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As Forças Militares e Militarizadas da Província ofereceram ao Governador Nobre de Carvalho, as estrelas de general, posto supremo da hierarquia militar a que recentemente foi promovido.

O Comandante Militar, coronel Póvoas Janeiro, entrega ao Governador, general Nobre de Carvalho, um artístico estojo com as estrelas de General.

A cerimónia que se realizou no dia 14 de Novembro de 1970, na sala verde do Palácio da Praia Grande caracterizou-se pela entrega das estrelas que se encontravam dentro dum artístico estojo, com uma inscrição alusiva ao acontecimento. Em nome de todos usou da palavra, o Comandante Militar, coronel Póvoas Janeiro, que proferiu um discurso apresentando um extracto da brilhante folha de serviços prestados pelo novo general e as distinções honoríficas com que os mesmos foram assinalados pelo Governo ou pelos competentes superiores hierárquicos. Em resposta à homenagem que lhe era prestada com a oferta das estrelas de general, o Governador proferiu um breve discurso.

Representantes dos oficiais do Exército e Marinha e elementos da P.S.P e P.M.F. que apresentaram, no Palácio da Praia Grande, cumprimentos e felicitações ao Governador
O Governador ao ser cumprimentado pelos representantes dos oficiais do Exército, Marinha e P. S. P. e agentes desta Corporação e da P. M. F

Informação e fotos extraídos de «MBIT»,VI-8/9, de Outubro/Novembro de 1970, pp. 23-24

Uma das últimas fotografias do Comendador
Extraído de «MBI», IV-77, 15OUT1956, p.11

A ordem de Benemerência, criada pelo Estado Português em 1929 com o desdobramento da Ordem da Instrução e da Benemerência (criada em Abril de 1927), foi alterada para Ordem de Mérito, em 1976, após a Revolução de 25 de Abril de 1974. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_do_M%C3%A9rito

No dia 17 de Abril de 1955, celebrou-se o enlace matrimonial da filha do Governador da Província, Maria Helena Botelho da Costa Marques Esparteiro e Mário Nuno Borges do Canto Lopes da Costa, tenente miliciano de cavalaria e secretário do Governador (1)

“Não há memória de se ter registado, alguma vez, na história desta quadrissecular terra de Portugal, cerimónia nupcial tão elegante quão concorrida, tão portuguesa quão singela, como a que se observou nesse memorável 17 de Abril. Uniram-se, nesse dia, pelos laços do santo sacramento do matrimónio, a Senhorinha Maria Helena Botelho da Costa Marques Esparteiro, gentil e prendada filha de Sua Ex.ª o Almirante Joaquim Marques Esparteiro, Governador desta Província, e o Senhor Mário Nuno Borges do Canto Lopes da Costa, tenente miliciano de cavalaria e secretário de Sua Ex.ª o Governador. A velha e imponente Sé Catedral, ricamente engalanada com lindas flores e vistosos tapetes, oferecia um aspecto verdadeiramente festivo, Mimosa açucenas, dálias e festões de cedro cobriam o vasto templo dispostos com admirável gosto decorativo. (…) (2)

A chegada a Macau do Governador de Hong Kong, Sir Alexander Grantham, e de Lady Grantham
A Senhorinha Maria Helena dá entrada na igreja pelo braço de seu pai

“O lindo e gracioso vestido da noiva, de renda de Chantilly e tule branco, resplandecia ao lado do tom escuro e dos dourados da farda de gala de seu pai (trazia ao peito as mais honrosas condecorações), com os quais estabelecia agradável contraste. Um delicadíssimo toucado, bordado a palha e flor de laranjeira, moldurava-lhe a cabeça donde descia o mimoso véu. Na mão, um vistoso bouquet de rosas brancas, enfeitado com encantadora simplicidade. “ (2)

Oficiou durante a cerimónia do casamento, Sua Ex.ª Revmª o Prelado da Diocese, D. Policarpo da Costa Vaz

(1) “17-04-1955 – Casamento elegante, na Sé Catedral, da Senhorinha Maria Helena Marques Esparteiro, gentil e prendada Filha de Sua Exa. O Governador da Província, com o Sr. Tenente Mário Nuno de Canto Lopes da Costa, então secretário de Sua Exa. Este acontecimento, inédito nos anais da história de Macau, reuniu as figuras de maior destaque de Macau e de Hong Kong, à volta dos noivos. Recepção no palácio da Praia Grande”. (Número Especial dedicado ao Governador de Macau Almirante Joaquim Marques Esparteiro, comemorando o 4.º aniversário do seu governo. Editado e Publicado pelo Diário “Tai Chung Pou”, Macau, 23 de Novembro de 1955)

(2) Artigo não assinado em «MACAU Bol. Inf.», ANO II, n.º 42, de 30 de Abril de 1955, pp.2-7)

No dia 28 de Fevereiro de 1989, pelas 11 horas, o presidente da República Portuguesa Mário Soares, acompanhado do Vice-Primeiro Ministro, Eurico de Melo, desembarcava do jactoplanador que o transportou de Hong Kong, sendo acolhido, na ponte-cais do Porto Exterior, pelo Governador Carlos Melancia.

Minutos depois, na sala VIP, recebia os cumprimentos de boas vindas do Presidente da Assembleia Legislativa, Dr. Carlos Assumpção e demais altas individualidades do Território.

Daí, em cortejo automóvel, rumo ao Palácio da Praia Grande, onde com a saudação à Bandeira Nacional e a revista à Guarda de Honra se iniciaram as cerimónias solenes que acompanharam toda a visita presidencial que decorreu do dia 28 de Fevereiro a 3 de Março de 1989

Sobre esta visita oficial, com edição do Gabinete de Comunicação Social, foi publicada uma revista (30,5 cm x 25 cm) com 63 páginas, (fotocomposição e impressão da Imprensa Oficial de Macau) em que apresenta o programa do dia a dia desta visita acompanhado de fotografias.

CAPA
Contracapa
Página 8

O Boletim Oficial do Governo da Colonia de Macau n.º 1 de 4 de Janeiro de 1936 (p. 4) publicava o despacho da Direcção Geral dos Serviços Centrais, de 2 de Dezembro de 1935, em que exonerava, a seu pedido, o governador da colónia de Macau António José Bernardes de Miranda. (1)

«BOGCM» n.º 1 de 4 de Janeiro de 1936, p. 4

O Boletim Oficial do Governo da Colonia de Macau n.º 7 de 15 de Fevereiro de 1936 (p. 180) publicava o despacho da Direcção Geral de Administração Política e Civil, de 16 de Janeiro de 1936, em que foi nomeado em 28 de Dezembro de 1935 o bacharel João Pereira Barbosa governador interino de Macau. (2)

«BOGCM», n.º 7 de 15 de Fevereiro de 1936, p.180

O mesmo Boletim no seu n.º 9, de 29 de Fevereiro (p. 216) publicava a tomada de posse do cargo de Governador interino, em 27 de Fevereiro, do bacharel João Pereira Barbosa.

«BOGCM», n.º 9 de 29 de Fevereiro de 1936, p. 216.

(1) António José Bernardes de Miranda, foi governador de 21 de Junho de 1932 a 4 de Janeiro de 1936. Residiu no Palácio da Praia Grande, entregando o Palacete de Santa Sancha ao seu secretário. A 19 de Setembro de 1935 o Governador deixou o cargo, embarcando no dia seguinte para Lisboa. (3)

«BOGCM»,  n.º 50 de 14 de Dezembro de 1935, p. 1469

(2) Nomeado por Decreto de 28 de Dezembro de 1935, governador interino, por vacatura do lugar, João Pereira Barbosa esteve neste cargo de 29 de Fevereiro de 1936 a 19 de Dezembro deste ano. No seu tempo foi inaugurado o reservatório do Porto Exterior. Teve a seu cargo acudir a reedificação depois dos estragos do tufão de 17 de Agosto de 1936 e viu reabrir, no fim do ano o Hotel Boa Vista com a denominação de Bela Vista. Embora nomeado governador a 19 de Dezembro de 1936, Artur Tamagnini Barbosa (pela 3.º vez) somente assumiu no território esse cargo a 11 de Abril de 1937. Assim, de 19 de Dezembro de 1936 a 10 de Abril de 1937, António Joaquim Ferreira da Silva Júnior e depois João Pinto Crisóstomo estiveram como encarregados do Governo.

«BOGCM», n.º 52 de 26 de Dezembro de 1936, p. 1133

(3) SILVA, Beatriz Basto – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, pp. 237, 246 e 250

Anteriores referências aos governadores mencionados em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/antonio-jose-bernardes-de-miranda/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joao-pereira-barbosa/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/artur-tamagnini-barbosa/

O Sr. Governador e esposa inaugurando o novo emissor de 15 kWs
Membros da comunidade chinesa cumprimentando o Sr. Almirante Esparteiro

Artigo e fotos extraídos de «BGU», XXIX-341-342, Novembro/Dezembro de 1953, pp.187-195

“A visita que cerca de 70 sócios do Clube Lusitano (1) fizeram, no dia 28 de Novembro de 1976 a Macau, constitui um acontecimento de notável importância nas relações entre a comunidade portuguesa de Macau e a residente no território vizinho de Hong Kong Foram recebidos no cais pelo Presidente do Leal Senado Sr. Rogério Artur dos santos e pelo Director do CIT, Dr. Jorge Rangel, tendo-se o Governador feito representar pelo seu ajudante em campo Capitão Costa e Silva. (…)

A Direcção do Clube Lusitano recebida pelo Governador de Macau.

A direcção da referida instituição associativa, a que preside o Comendador Arnaldo de Oliveira Sales, deslocou-se ao Palácio da Praia Grande, onde foi recebida pelo Coronel Garcia Leandro. (…)

A Direcção do Clube Lusitano e outras individualidades nas escadarias da entrada no Palácio da Praia Grande

No prosseguimento do programa da visita previamente elaborado, o Senhor Bispo da Diocese, D. Arquimínio Rodrigues da Costa, celebrou uma missa na Sé Catedral. (…)

Os visitantes no jardim Lou Lim Iok

Transportados em autocarros, foi-lhes oferecida uma digressão pela cidade incidindo esta sobretudo em pontos que para alguns deviam ser desconhecidos como é o caso do jardim Lou Lim Iok, que beneficiou de grandes melhoramentos depois da compra que o Governo fez aos seus proprietários e, consequentemente, da sua transição para o domínio público.

Os visitantes à saída do jardim Lou Lim Iok

O almoço oferecido no velho mas inconfundível Hotel Bela Vista, (2) reuniu mais duma centena de convidados, mantendo-se do princípio ao fim um ambiente acentuadamente familiar.

Almoço no Hotel Bela Vista
Oferta duma Caravela em filigrana em nome de Macau para os portugueses de Hong Kong que são os sócios do Clube Lusitano, na pessoa do seu presidente, Comendador Arnaldo de Oliveira Sales (3)

(1) “O Clube Lusitano surgiu em Hong Kong em 1866. A primeira pedra foi lançada em 1865. O Clube nasceu em 1866, sendo inaugurado oficialmente por um Governador de Macau, na altura o Conselheiro Horta” (trecho do discurso do Governador de Macau). Ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/clube-lusitano-de-hong-kong/

(2) “ Escolhemos este Hotel onde nos encontramos, não por ser o Hotel mais moderno de Macau, mas precisamente por ser o Hotel mais antigo de Macau, o Hotel a que estão ligadas, com certeza, gerações e gerações de portugueses de Macau que daqui saíram para Hong Kong e, também, por durante a guerra, a segunda grande guerra mundial aqui estiveram e, julgo que neste mesmo Hotel alguns viveram durante esses dias e anos difíceis da guerra. “ (trecho do discurso do Governador de Macau)

(3) “ Não é um presente de grande valor, mas tem um grande valor simbólico. Continua a significar que é através do mar e foi através do mar que os portugueses se espalharam pelo Mundo. E esse mar que a dada altura espalhou os portugueses pelo Mundo ainda hoje serve para fazer a sua ligação.“ (trecho do discurso do Governador de Macau)

Fotos e texto extraídos de «Macau B.I.T.», XI-9/10 de Novembro/Dezembro de 1976, pp. 24-27

Da leitura das crónicas de Henrique de Senna Fernandes, extraí o seguinte apontamento sobre o desporto no ano de 1928 nomeadamente das corridas de bicicletas, esta corrida referente ao dia 5 de Outubro de 1928.

“O culto do desporto, altíssimo nessa época, revelou-se em outras actividades. É o apogeu das corridas de bicicleta, iniciadas talvez na segunda metade dos anos 20, salvo erro de apontamento, sob o impulso do Núcleo Desportivo “Pátria”, constituído principalmente pelo pessoal dos Serviços de Marinha. A grande alma do ciclismo macaense foi Júlio A. Bento, popularmente conhecido por “Pau Preto”, o campeão incontestável da época.

A maior realização dos anais do ciclismo macaense foi a Corrida de 100 Quilómetros Macau-Tong Ká-Macau. Essa prova duríssima fez-se, em comemoração do Dia da República, 5 de Outubro, partindo os doze ciclistas inscritos do Palácio da Praia Grande. Do “Jornal de Macau” conhecemos os nomes de alguns dos corredores: Júlio Bento, Pietro Colombo (italiano), Carlos Borges Delgado, filho do então reitor do Liceu, Manuel Rodrigues e Manuel Dias Correia, ambos da Guarnição Militar, Samal Khan (polícia mouro) e Francisco Pinto.

Júlio Bento, o campeão, foi perseguido pelo azar, logo de início. Na curva do Jardim de S. Francisco, teve a primeira queda. Atrasado a consertar a bicicleta e a tratar-se de escoriações, voltou a correr, fazendo uma recuperação espantosa, chegando a Tong Ká, a poucos minutos de distância do primeiro. No caminho do regresso, teve a segunda queda em A-Chac, prosseguiu depois com o mesmo afinco e estava já a um minuto e tal do que ia à frente, quando à saída de Ku-Oc teve a terceira queda que lhe espatifou a bicicleta, desistindo da corrida.”

FERNANDES, Henrique de Senna – O Cinema de Macau II in  http://www.icm.gov.mo/rc/viewer/30018/1706

Extraído de «BGU», XXXIV-393, Março de 1958, pp. 200-207

«Gazeta de Macau e Timor»,  I-12 de 10 de Dezembro de 1872,