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Capa de Fernando Lima

Publicado em 1 de Maio de 1994, o primeiro número da “ASIANOSTRA  revista de cultura portuguesa do oriente”, que se anunciava de publicação semestral, com a coordenação de António Aresta e Maria da Conceição Rodrigues;. A edição e propriedade era do Instituto Português do Oriente (IPOR),  e foi impressa na tipografia Mandarim (23 cm x 15,8 cm x 0,5 cm).

Infelizmente somente foram publicados dois números.

ÍNDICE – pág. 3
NOTA PRÉVIA – pág. 5
Contracapa

 A nova «Escola do Santíssimo Rosário / :聖玫瑰學校»  situado na Rua de S. Paulo (1), foi inaugurado no dia 14 de Janeiro de 1973.
O moderno edifício escolar destinado ao ensino infantil e primário, substitui um casarão velho e em ruínas que já não oferecia nenhumas condições de funcionamento. Este edifício tem 18 salas, amplas, bem arejadas e iluminadas. No dia 2 de Janeiro de 1973 começaram a funcionar as aulas já no novo edifício.
Nesse ano lectivo estava matriculados 400 alunos, de ambos os sexos. O seu director era o Padre Elias Marçal Periquito, S.J., há longos anos em Macau.(2)
Presidiu à inauguração o Bispo de Macau, D. Paulo José Tavares, tendo assistido representantes de ordens religiosas, masculinas e femininas que exerciam o apostado em Macau.

Paulo José Tavares, Bispo de Macau, procede à bênção das instalações da nova escola.
Na foto (esq para dir): ????, Pe. Joaquim Guerra, Bispo Paulo Tavares, Pe. Elias Periquito , Pe João Guterres, ????

A Diocese de Macau que exercia (e ainda exerce) um papel muito importante no ensino em Macau particularmente no sector da população chinesa tinha no ano de 1973 cerca de 22 250 alunos sendo 10 925 rapazes e 11 325 raparigas, distribuídos por 37 edifícios escolares, neles funcionando 87 escolas, assim discriminadas: 29 escolas infantis; 35 escola primárias; 17 escolas secundárias-liceais; 1 escola normal; 1 escola de enfermagem (Escola de Enfermagem das Franciscanas Missionárias de Maria desde 1958); 2 escolas profissionais; 1 academia de música e 2 seminário menor. Pertenciam ao quadro de professores 808 elementos leigos.

Um grupo de pequenos que se exibiu no dia da inauguração
Recreio no largo terraço da escola

(1) No princípio de 1954, o Padre Joaquim Guerra, S.J. que foi expulso da China em 1952, fundou o Centro de Nossa Senhora do Rosário. Destinava-se a dispensário e catecumenato. Presidiu à inauguração o Bispo D. João de Deus Ramalho. Era um rés-do-chão dum prédio na Rua de Estalagens n.º 5. Devido a dificuldades económicas, em Setembro deste ano, o dispensário deixou de existir, passando a funcionar ali uma pequena escola para os pobres do bairro. Mas no segundo semestre, os alunos eram já uns cem pelo que em 7 de Outubro de 1954 transferiu-se para o n.º 37 da mesma rua, um prédio de três andares. No ano escolar de 1955/56 contava com 200 alunos e 4 professores. Em Março de 1958, a Escola do Rosário estabeleceu-se definitivamente na Rua de S. Paulo, ocupando três casas contíguas, de igual construção, os n.ºs 39, 41 e 43.

http://www.oclarim.com.mo/en/2016/06/17/escola-do-santissimo-rosario-to-close-in-2017/

Após o ensino de 62 anos, o estabelecimento escolar fechou as portas a 1 de Setembro de 2017, após a conclusão do ano lectivo de 2016/2017. Aquando do fecho possuía educação secundária, primária e um jardim de infância, com 25 professores e um total de 80 alunos (nas décadas de 70 e 80 devido à «onda migratória» chegaram a ter cerca de mil alunos) e a razão  apontada pela Diocese foi a diminuição progressiva do número de alunos. Também terá contribuído para o fecho o alegado uso abusivo, não autorizado pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) do método pedagógico “Montesson” (Taiwan) (3)
(3) «Jornal Tribuna de Macau» 10 de Junho de 2016 – Escola do Santíssimo Rosário tem os dias contados
http://jtm.com.mo/local/escola-santissimo-rosario-tem-os-dias-contados/
(2) O Padre Elias Marçal Periquito, S.J., ficou encarregado da Escola desde Março de 1959, porque o anterior, o Padre António Tam ficou encarregado da Escola Estrela do Mar.
Informações e fotos (preto e branco) extraídos de:
TEIXEIRA , Padre Manuel – A Educação em Macau, 1982.
«Macau, B. I. T.» VIII-11/12, 1973.

Dicionário Chinês- Português de Análise Semântica Universal do Padre Joaquim Guerra (1)
Foto no interior da capa

Prefácio do autor datado de 13 de Outubro de 1980:
Disse Mestre Confúcio “Em tudo o que penso, digo e faço, não perco de vista o próximo”. A tanta perfeição não chego eu. Em todo o caso, quando escrevo, não é para o papel, mas para os leitores.
A presente obra parece um Dicionário Chinês-Português; é, porém, com mais exactidão, uma Chave Universal de Análise Semântica, ou seja, para todas as línguas; sem excepção, cuido eu. E nisto representa – os leitores que ajuízem – uma útil descoberta. (…).”

CONTRA-CAPA

Livro “volumoso” de 26 cm x 19 cm x 5,5 cm com 1118 páginas, edição patrocinada pelo Governo de Macau.
1.ª página: dedicatória do autor ao Padre João Seabra datada de «Lisboa, 23 de Fevereiro de 1993»
(1) GUERRA, Joaquim A. de Jesus (S. J.) – Dicionário Chinês- Português de Análise Semântica Universal. Jesuítas Portugueses, Macau, 1981, 1118 pp. Impresso em «Pond´s Entreprise Co.»
Para melhor informação da cronologia e biografia do Padre Joaquim Angélico Guerra, aconselho as leituras disponíveis na net:
1 – Padre Joaquim Guerra, S. J. (1908-1993), Centenário do Nascimento. Centro Científico e Cultural de Macau, I. P.
href=”http://www.cccm.pt/anexos_noticias/c20090321173951.pdf”>http://www.cccm.pt/anexos_noticias/c20090321173951.pdf
2 –  Blogue «Crónicas Macaenses»:
https://cronicasmacaenses.com/2014/09/14/padre-joaquim-guerra-o-maior-sinologo-portugues/
3 – Blogue «Sinografia»
http://sinografia.blogspot.pt/2013/11/o-homem-que-converteu-confucio.html
4 – António Aresta no Jornal Tribuna de Macau
http://arquivo.jtm.com.mo/view.asp?dT=359902004

A propósito de duas estampas antigas sobre LAO TSE (1), Manuel da Silva Mendes (2) “traduziu” (3) da iconografia taoista:

Lao Tse I

Aos bons faz sempre o bem;

E aos não-bons fá-lo também

LaoTse II

Desvantagem é ser útil;

Vantagem é ser inútil.

A maior veneração

Alcança-se na inacção

(1) 老子 Laozi (c. 500 BC) (cantonense jyutping lou5 zi2); (romanizado para Lao Tse, Lao Tzu, Lao Zi, Laoutsi para o Padre Joaquim Guerra); filósofo, autor de TAO TE CHING.
(2) Sobre Manuel da Silva Mendes ver post anterior
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/manuel-da-silva-mendes/
(3)  Folhetim do  Notícias de Macau in pp. 117 e 155 de  MENDES, Manuel da Silva – Sobre Filosofia. Edição do Leal Senado de Macau Comemorativa do 4. º Centenário da sua Fundação, 169 p.