Archives for posts with tag: «O Progresso»

Sobre este assunto “Monumento à memória do Governador Amaral e do Coronel Mesquita”, já abordados anteriormente (1) também a «Revista Colonial», já em 1918 (2) fazia referência a um crédito votado no Parlamento, em 1917, de 30 000 escudos, (3) para ser levantado em Macau aos dois monumentos (ambos da autoria do escultor Maximiliano Alves). O artigo com notícias vindas dos periódicos macaenses “A Colónia” e “O Progresso”, referia-se às solenidades, realizadas no dia 9 de Julho de 1918, comemorativas do centenário do nascimento do coronel Vicente Nicolau de Mesquita. Nesse dia, foi deposta uma coroa de bronze no túmulo de herói de Passaleão e colocada a pedra fundamental do monumento ao coronel.

As solenidades foram programadas por uma comissão composta pelos generais António Joaquim Garcia, Fernando José Rodrigues e tenente-coronel José Luiz Marques. Este último fez o discurso no túmulo do coronel Mesquita.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/10/30/noticia-de-30-de-outubro-de-1924-os-monumentos-a-ferreira-do-amaral-e-nicolau-mesquita-na-imprensa-portuguesa/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/10/30/noticia-de-30-de-outubro-de-1924-monumentos-coloniais/

(2) «Revista Colonial», 6.º Ano, n.º 70, 25 de Outubro de 1918, p. 168.

(3) O Governo da Colónia de Macau foi autorizada pelo Decreto n.º3:367 de 15 de Outubro de 1917, a dispender 30 000$00, fornecendo o Arsenal do Exército o material necessário. (TEIXEIRA, P. Manuel – Vicente Nicolau de Mesquita, 1958, p.68)

Sobre estas duas estátuas, ver anteriores referências: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/estatua-ferreira-do-amaral/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/estatua-coronel-mesquita/

Anúncio publicado na imprensa local, no dia 20 de Dezembro de 1913, publicitando o escritório dos advogados: Camilo Pessanha (1) e Luiz Nolasco (Luís Gonzaga Nolasco da Silva) (2) na Rua do Hospital (futura Rua Pedro Nolasco da Silva) n.º 7

(1) Sobre Camilo Pessanha, ver referências anteriores neste blogue:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/camilo-pessanha/
(2) Luís (Luíz) Gonzaga Nolasco da Silva, (1881-1954). 7.º filho de Pedro Nolasco da Silva  (1803 – 1874) e Edith Maria Angier , nascido em 14 de Dezembro de 1881, bacharel em Direito, Advogado e Notário Público, casado com Beatriz Emília Bontein da Rosa Nolasco d Silva  (tiveram 10 filhos), foi membro do Conselho do Governo; fundador, editor do jornal «Vida Nova» (1909-1910) e do seminário «O Progresso» (1914 – 1918. Em 1917 comprou a Manuel Ferreira da Rocha o terreno na Estrada dos Parses, onde edificou a sua moradia conhecida como a «Casa Branca»  (hoje Autoridade Monetária de Macau). (FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume II, 1996)
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/luis-gonzaga-nolasco-da-silva/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/02/23/folheto-de-propaganda-turistica-macau-guide/

No dia 4 de Novembro de 1940, faleceu em Paris, com 67 anos de idade, o padre Jean François Régis Gervaix, (1) que com o nome de Eudore de Colomban (2) foi autor de um «Resumo da História de Macau» (3). Nascido em França, a 3 de Dezembro de 1873, foi ordenado em 24 de Setembro de 1898 como missionário das Missões Estrangeiras de Paris, tendo partido de imediato para Guangdong(Cantão), onde missionou durante vários anos. No ano de 1916, veio de Cantão para Macau, tendo sido nomeado membro do Padroado Português a 28 de Junho de 1917; entre 1917 e 1925 foi professor do Seminário de São José. Foi o principal redactor, durante muito tempo, do Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau Em 1925,  por convite, leccionou francês e literatura francesa na Universidade de Pequim, tendo por isso aí  residido.

O Padre Régis Gervaix na Gruta de Camões (ao lado do busto) entre alguns catecúmenos chineses

(1) Ver biografia completa em
TEIXEIRA, Mgr Manuel – Fr. Régis Gervaix the great french historian of Macao in
http://www.icm.gov.mo/rc/viewer/20019/1013
(2) O Padre Régis Gervaix, com o pseudónimo de Gervásio, publicou no jornal «O Progresso» em 16 de Julho de 1916 (ano em que chega a Macau), um poema em francês, de homenagem a Camilo Pessanha, intitulado «Desiludido de Tudo e de Todos

“Je ne sais que ton nom, j’ignore ton visage,
Qu’on dit celui d’un sage,
D’un poete, sacré par le choix merité
De la posterité…
Car ton nom passera lumineaux d’âge en âge,
Comme un feu qui surnage
A l ‘horizon qui fuit sur l’abîme agité
De l’immortalité…”

(3) Ver anteriores postagens em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/regis-gervais/

MAPA DO PORTO DE MACAU
Plano de futuros (depois de 1926)
In p.144 de COLOMBAN, Eudore de – Resumo da História de Macau, 1927.

No dia 7 de Fevereiro de 1915, o jornal «O Progresso», publica o seguinte convite: «O Governador da Província de Macau e D. Berta de Castro e Maia têm a honra de convidar as pessoas das suas relações a visitar hoje, pelas 16 horas, no Palácio do Governo, a exposição de preciosidades chinesas da colecção do Exmo. Se. Dr. Camilo de Almeida Pessanha». Camilo proferiu então uma conferência sobre «Estética Chinesa». (1) É Camilo Pessanha quem organiza pessoalmente a exposição, escolhendo cento e vinte e cinco peças, cem delas classificadas no respectivo catálogo. (2)

POSTAIS CAMILO PESSANHA - 6SET1915Camilo Pessanha com o afilhada Ângela Gracias, em Macau,
no dia 6 de Setembro de 1915, véspera da sua última partida para Portugal (3)

Esta colecção seleccionada é oferecida ao Estado Português, seguindo-se uma outra, de sessenta peças doada por documento de 1926, ano da sua morte, ao Museu Machado de Castro , de Coimbra, terra natal do Poeta. Ambas as doações se encontram hoje nesse Museu, depois de várias vicissitudes e com seis peças em falta (4)

POSTAIS CAMILO PESSANHA - MARÇO 1916Camilo Pessanha com António Osório de Castro, em Lisboa, em Março de 1916
pouco antes de regressar definitivamente a Macau. (3)

(1) Camilo Pessanha já em 28 de Maio de 1910 proferira uma conferência sobre estética chinesa, no Grémio Militar de Macau, a qual se prolongara por duas horas.
O relato desta conferência “Estética Chinesa“, elaborada pelo próprio autor, foi publicado no jornal “A Verdade”, de Macau, nº 85, em 2 de Junho de 1910. Poderá Lê-lo em: https://sites.google.com/site/pesscam/sinologo/estetica-chinesa
(2) “A sua colecção de arte chinesa é exposta no Palácio do Governo no dia 7 de Fevereiro de 1915. Constituída por cem peças, incluía exemplares de pintura e caligrafia, bordados, brocados, indumentária, joalharia, cloisonné, champlevé, bronze com incrustações, escultura em madeira e marfim, unicórnio, pedras duras e vidro, embutidos em madeira, charão e cerâmica. O poeta ofereceu-a então ao Estado português.” http://purl.pt/14369/1/cronologia1909.html
(3) Postais da Colecção «CAMILO PESSANHA no 70º aniversário da publicação do “CLEPSIDRA”». Edição do Instituto Português do Oriente, Macau, 1990.
Postais desta colecção em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/01/23/leitura-macau-e-a-gruta-de-camoes-xxv-por-camilo-pessanha/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/01/noticia-de-1-de-marco-de-1926-falecimento-de-camilo-pessanha-postal-poesia-camilo-pessanha-ii/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/02/06/poesia-postal-de-camilo-pessanha-i/
(4) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997.