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«O Correio de Macau», Vol I, n.º 13 de 7 de Janeiro de 1883, p. 51

Muito possivelmente, o anúncio será do Dr. Francisco da Silva Magalhães nascido em Tomar (Portugal) e formado em medicina na Universidade de Coimbra que chegou a Macau a 18 de Agosto de 1870, vindo como facultativo de 2.ª classe e professor do Seminário de S. José. Foi ele o primeiro médico que em Macau usou o clorofórmio nas operações. Em Macau fundou o jornal “O Oriente” em que, segundo Padre Teixeira (1):

eivado de preconceitos anti-religiosos, atacava os jesuítas, (2)  pondo a ridículo o ensino por eles ministrados no Seminário; atacou o projecto da fundação da Escola Comercial, insinuando que a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses «não tinha por fim a instrução dos macaenses, mas um motivo meramente político» e censurou o Governador Visconde de S. Januário por ter readmitido em Macau as Irmãs de Caridade Francesas.

Metido em Conselho de investigação, foi preso por na sua qualidade de facultativo militar ter censurado a autoridade governativa, sendo desterrado para Timor Foi exonerado, a seu pedido, por decreto de 7-9-1874. Em Timor, o Dr. Magalhães foi delegado da Junta de Saúde.

Regressou de Timor a Macau: daqui passou a Manila, onde exerceu clínica durante sete anos. Regressou a Macau em finais de 1882. No ano lectivo de 1883-84 foi professor do Seminário de S. José, voltando a Portugal, faleceu em Tomar a 8 de Março de 1886.

(1) TEIXEIRA, Pe. Manuel – A Medicina em Macau, Volumes III-IV, 1998, pp. 162-163.

(2) Em defesa dos jesuítas e da causa da instrução dos macaenses, publicaram-se dois opúsculos: “Um brado pela Verdade ou a questão dos Professores jesuítas e a “Instrução dos Macaenses em Macau” de Leôncio Ferreira, Macau, 1872, e “A verdade Reivindicada ou a Questão dos Jesuítas,” por E. J. de Couto, Shanghae, 1872. a

Extraído de “O Oriente”, I-21 de 6-06-1872, p. 3
Extraído de «O Oriente»,  I-5 de 15 de Fevereiro de 1872, p. 3

NOTA: O ano novo chinês de 1872, iniciado a 9 de Fevereiro e com termino a 29 de Janeiro de 1873, foi o ano do Macaco/Água.

Extraído de «O Oriente», I-29 de 1 de Agosto de 1872, p. 4
Extraído de «O Oriente» I-30 de 8 de Agosto de 1872, p.

NOTA 1 : “A Morgadinha de Val Flor” drama em cinco actos, um dos primeiros dramas de Manuel Joaquim Pinheiro Chagas, representado pela primeira vez no Teatro D. Maria II, em 3 de Abril de 1869, e publicado em livro no mesmo ano, A intriga, sentimental e ultrarromântica, desenrola-se na Beira, em finais do século XVIII, época conturbada de transformações políticas e sociais, e gira em torno do amor impossível, com desfecho trágico, entre Leonor, a morgadinha de Valflor, uma fidalga altiva, e Luís, um humilde pintor em quem ela reconhece a “incontestável superioridade sobre os filhos degenerados da gloriosa nobreza de outrora”. https://www.infopedia.pt/$a-morgadinha-de-valflor.

NOTA 2 : Em 1923, estreou o filme português, mudo, “A Morgadinha de Val-Flor”, rodado em 1921 dos realizadores Ernesto de Albuquerque e Erico Braga, com argumento de Augusto de Melo, baseado na peça de Pinheiro Chagas. Infelizmente apenas subsistem alguns fragmentos deste filme. http://www.cinept.ubi.pt/pt/filme/2298/A+Morgadinha+de+Val-Flor.

Extraído de «O Oriente», I-31 de 15 de Agosto de 1872 p . 3

A informação mais antiga que possuo, da existência deste hotel “Royal Hotel” é de 1864/65 (postagem de 19-01-2018). (1) A informação seguinte é de 1868 em que consta como proprietário: C. R. Reed, O “Manager” era J. White e L. M. Perpetuo (empregado ?)

Extraído de «The Directory  & Chronicle for China….» de 1868.

Outras duas indicações são de 1872 (ano do anúncio acima citado) e de 1873 em que o proprietário era L A. de Graça. Será Lourenço António da Graça (? ) nascido em S. Lourenço a 6-8-1836, filho de Vitoriano António da Graça e Ana Josefa Carliton.

Extraído de «The Directory & Chronicle for China … » de 1873

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/01/19/noticias-de-19-a-21-de-janeiro-de-1865-visita-do-corpo-de-voluntarios-de-hong-kong-a-macau/

Aviso publicado na imprensa em 13 de Junho de 1872, para venda de diversos produtos, “vindos ultimamente da Europa” e disponíveis na Rua Central n.º 28

Extraído da gazeta “O Oriente”. I-22 de 13 de Junho de 1872, p. 4

NOTA: Em Hong Kong, a casa leiloeira “Ayres & Co” ficava em “Queen´s Road”, n.º 42 (Central). A empresa era de Miguel Ayres da Silva (leiloeiro) e trabalhavam lá, no ano de 1872: José Maria Guedes jr (leiloeiro); Adelino E. Alemão (escriturário) e Ricardo de Souza (escriturário). No ano de 1873:

«The Chronicle & Directory for China, Japan, & The Philippines…1873», p. 195

Anteriores referências à corveta “Duque de Palmela”e canhoneira “Camões” https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/corveta-duque-de-palmela/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/canhoneira-camoes/

O soldado n.º 78 da 2.ª Companhia do Batalhão de Infantaria Euzebio Gonçalves “soldado de péssimo comportamento e genio feroz” que estava preso, condenado em 5 anos de trabalhos públicos pelo conselho de guerra, fugiu na noite de 9 para 10 de Abril de 1872, da cadeia pública, (1) mas conforme conta o jornal “O Oriente” (2) regressou por sua iniciativa devido aos “caprichos da sorte”

(1) «O Oriente», I – 13 de 11 de Abril de 1872,
(2) «O Oriente», I-14 de 18 de Abril de 1872, p. 4

No mesmo jornal (1) na página 2, traz um artigo onde se descreve as péssimas condições da cadeia. Um pequeno excerto do artigo:

NOTA: Ver anterior ocorrência nesta cadeia em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/02/12/noticia-de-12-de-fevereiro-de-1872-occorren-cia-na-cadeia/

Extraído de «O Oriente» I- 8 de 7 De Março de 1872
Extraído de «O Oriente», I-8 de 7 de Março de 1872 p. 3.