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Três painéis de azulejos existentes no átrio interior do Leal Senado (fotografias pessoais de 2017)

1789

15-07-1789 – É eleito Bispo de Macau, D. Fr. Marcelino José da Silva. Franciscano da Ordem de Terceira, e frade conventual de S. Bento de Aviz, doutor pela Universidade de Coimbra. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 1, 2015, p. 320)

16-07-1789 – Faleceu em casa do seu Marechal de Campo, Simão de Araújo Rosa, o Governador Francisco Xavier de Mendonça Corte Real. Fica no cargo interinamente, Lázaro da Silva Ferreira até 1790.

1888

25-09-1888- O Processo n.º 344 – Série R da Administração Civil (A.H.M.) contém a representação dirigida ao Governo de Sua Magestade, pelo Leal Senado da Câmara de Macau, como protesto pela sua dissolução pelo Governador Firmino José da Costa.

1999

O “Leal Senado” deixou de existir e as suas funções municipais e administrativas passaram provisoriamente para a “Câmara Municipal de Macau Provisória“. Mas, no dia 31 de Dezembro de 2001, este organismo provisório foi também abolido, dando lugar ao “Instituto dos Assuntos Cívicos e Municipais” (IACM).

“Morreu em Lisboa, o poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage que durante a sua curta residência nesta colónia, foi hospedado pelo negociante Joaquim Pereira de Almeida, que o apresentou à sociedade macaense, tendo também sido protegido do Ouvidor e Governador, Lázaro da Silva Ferreira” (1)

Bocage IManuel Maria Barbosa l´Hedois du Bocage (Setúbal 15-09-1765 – Lisboa 21-12-1805), esteve em Macau de Outubro de 1789 a Março de 1790. Por um amor não correspondido, assentou praça como voluntário em 22 de Setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de Setembro de 1783. Nessa data, foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda assim, surge nomeado guarda-marinha por D. Maria I. Em 14 de Abril de 1786,  embarcou como oficial de marinha para a Índia, na nau “Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena”, comandada por José Rodrigues Magalhães,  mas arribou ao Rio de Janeiro, por causa de ma tempestade, em finais de Junho. Em Abril de 1786, tornava a partir na mesma nau,  fez escala na Ilha de Moçambique (início de Setembro) e chega finalmente a Goa a 29 de Outubro desse ano. Em Pangim, frequentou de novo os estudos regulares de oficial de marinha. Em 25 de Fevereiro de 1789 foi promovido a tenente de infantaria da 5.ª companhia da guarnição da praça de Damão, onde chegou a 6 de Abril do mesmo ano, mas logo dois dias depois desertou e foge para Macau, aportando primeiro em Cantão devido a uma tempestade. Em Macau, Lázaro da Silva Ferreira, governador de Macau,não o pronunciou por haver desertado de Damão, e o negociante Joaquim Pereira de Almeida, recebeu-o dando-lhe agasalho e o apresentou na sociedade macaense. Mas absolvida a culpa, o poeta não descansava com saudades da pátria, dos amigos e dos amores. Tratou logo de partir, e em Agosto de 1790 entrava a barra do Tejo. Chegava então a Lisboa o eco da revolução francesa de 1789 (2)
(1) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau. Notícias de Macau, 1954, 267 p.
(2) Dados recolhidos de:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Maria_Barbosa_du_Bocage
e http://www.arqt.pt/dicionario/bocagemanuel.html