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No número dedicado às comemorações centenárias da Fundação e da Restauração Nacional na Metrópole e no Império 1140-1640-1940, o «Boletim Geral das Colónias» no seu número 187 do volume XVIII, refere às comemorações centenárias em Macau

Extraído de «BGC» XVII- 187, Janeiro de 1941, p. 287

Nesta data, era governador: Gabriel Maurício Teixeira (5-10-1940/23-06-1947), o bispo: D. José da Costa Nunes (1920-1941), o presidente do Leal Senado: Luciano Botelho da Costa Martins (3-1-1938/2-01-1941), o chefe de serviço da Repartição Central dos Serviços de Administração Civil: Luiz de Câmara Meneses Alves e o juiz de direito da Comarca de Macau: Dr. Evaristo Fernandes Mascarenhas.

Neste dia de 19 de Julho de 1733, ” mandou o juis Sendicante Manoel de Macedo Netto prender ao canarim Albuquerque o qual tirarão da Caza do Ouvidor António Moreira de Souza. O mesmo Sendicante mandou cercar a Caza do Ouvidor pelos Soldados e Officiaes e por a porta fechada não a querendo abrir, tendo os seus moços armados com armas de fogo, mandou o dito Sendicante traser huma bombarda da Fortaleza do Monte a qual dez disparar contra a porta, na qual tão somente fez hum buraco ou rombo com a balla, e fasendo-se outro tiro para a parede de tras igualmente fes outro buraco com a balla. E como mais ruina esperimentavão as Cazas vezinhas delle Ouvidor pelo extrondo da pessa, mandou o Sendicante parar os tiros e deixou os Soldados de Sentinella as portas; mas no Domingo 21 deste mes de manhãa foi o Sr. Bispo de Pekim que vivia em huas Cazas vesinhas as do Ouvidor tirar licença com o Sendicante para lhe fallar o que tendo alcançado, entrou dentro da Caza e sahio com o Ouvidor o qual levou para sua Caza onde ali ficou. “
BRAGA, Jack – A Voz do Passado, 1987.
“19-07-1733- O Sindicante Manuel Macedo Neto tendo mandado prender o canarim Albuquerque, que fez tirar da casa do Ouvidor António Moreira de Sousa, cercou a casa deste e fez disparar uma bombarda, que mandara vir da Fortaleza do Monte, contra a residência do Ouvidor, que a tinha defendida por escravos armados. Como os tiros da bombarda arruinassem mais as casas da vizinhança do que a do Ouvidor, o sindicante suspendeu o bombardeamento e deixou soldados de sentinela às portas, mas no Domingo, 21, o Bispo, que vivia numas casas próximas, com licença do sindicante, entrou em casa do Ouvidor e levou-o par a sua residência onde passou a morar.”
(GOMES, Luís G. –  Efemérides da História de Macau, 1954