“30-06-1822 – Primeira carta enviada pelo Correio Marítimo de Macau Endereçada «Ao Sr./ António Esteves Costa/ Negociante da Praça do Comércio/Lisboa, seguiu no brigue Temeroso (ou Temerário)” (1)

Brigue Temerário IA Administração do Correio Geral, de Portugal, anunciando saídas dos navios (com correio);  no dia 28 de Abril de 1829,  o Brigue «Temerario» para Calcutá (2)
Brigue Temerário II 1815Notícia do Brigue  «Temerário”, de 1815, na Bahia (3)
Brigue Temerário III 1821Outra notícia do Brigue «Temerário», de 1821 (4)

Brigue

José Nunes da Silveira 1754-1833Jozé Nunes da Silveira (Ilha do Pico, Açores 1754 – Lisboa 1833) – marinheiro, piloto, capitão de navios e depois mercador, armador de navios de carreira e comerciante.  Fez uma fortuna notável, co-proprietário (com José Inácio de Andrade) de uma linha de barcos para a Ásia particularmente Macau – Lisboa. No período de 1786 a 1832 conseguiu deter uma frota de 20 navios (brigues, galeras escunas e navios), treze deles afectos a viagens ao Oriente entre eles o «Temerário» e «Correio d’Azia» (5) ).
Chegou a Macau em 1780. Voltou a Lisboa como capitão  do navio «Santa Cruz» em  1785. Volta a Macau em 1786 (o filho Joaquim Nunes da Silveira nasce em Macau nesse ano).
Em 1818 adquiriu os navios Delfim e Golfinho S. Filipe de Nery para comércio de escravatura (África – Brasil),  mas desistiu do intento, porque um tratado com a Inglaterra proibiu tal negócio. Quando se deu a revolução liberal do Porto de 24 de Agosto de 1820, Jozé Nunes da Silveira integrou a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino. Depois nomeado  Governador do Reino Fez ainda parte da Junta Preparatória das Cortes, mas não foi eleito deputado, possivelmente devido a um ataque apoplético que o deixou meio paralítico. Morreu nas vésperas da tomada de Lisboa pelo Exército Libertador, solteiro, mas com filhos reconhecidos e testamento.(6)
(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. 3, 1995.
(2) «Gazeta de Lisboa» n.º 94 de 22 de Abril de 1829.
(3) ” O Investigador portuguez em Inglaterra: ou Jornal literário, Político, Etc. “,  Março, 1816 (N.º 1, Vol. XV) -periódico publicado em Londres mensal patrocinado pela Coroa Portuguesa, então no Rio de Janeiro de 1811 a 1819.
(4) Diário da Regência (do Governo): n.º 141 de 15 de Junho de 1821, Edições 1-153
(5) «Correio  d´Azia» naufragou no dia 25 de Novembro de 1816, nas costas da nova Holanda (Austrália) – aconselho leitura de MONTEIRO, Alexandre José Nunes da Silveira, negociante de grosso trato, capitão de longo curso, armador do Correio d’ Ázia, disponível em
http://www.academia.edu/464296/_Jos%C3%A9_Nunes_da_Silveira_negociante_de_grosso_trato_capit%C3%A3o_de_longo_curso_armador_do_Correio_d_%C3%81zia_
6) http://marprof.univ-paris1.fr/fileadmin/MARPROF/colloque2011/Alves.pdf
https://www.geni.com/people/Jos%C3%A9-Nunes-da-Silveira/6000000018166005317
http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/default.aspx?id=10126