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 Continuação dos apontamentos de Jozé Baptista de Miranda e Lima (1) que foram publicados em vários números do jornal “O Macaísta Imparcial” em 1836.

Este é referente ao episódio ocorrido em Março de 1685 entre Macau e Nagasaki, na ilha da Macareira, que resultou no naufrágio de um barco de pesca japonês com doze homens a bordo, que aportaram em Macau. (2). O incidente “fez renascer de imediato as esperanças de Macau quanto à possibilidade de um regresso — material e espiritual — ao Japão após a expulsão decretada em 1639”, o que não veio acontecer (3)

NOTAS – “04-04-1685-A conselho do Capitão – Geral Belchior de Amaral e Meneses e do Governador do Bispado, António de Morais Sarmento, o Senado convocou os homens bons para discutir sobre: s forma como haveria de fazer regressar ao Japão os doze tripulantes japoneses dum barco que chegara desarvorado; a escolha do indivíduo que deveria fazer a sua entrega; e a forma como se conseguiria o dinheiro para as despesas, assentando todos em que existia toda a conveniência em repatriá-los num barco português, por existir a possibilidade de o Imperador do Japão, por reconhecimento, tornar a permitir que os barcos desta cidade voltassem a negociar naquele país, o que não se verificou. O macaense Manuel de Aguiar Pereira, cidadão categorizado, ofereceu-se para levar os japoneses, não obstante a sua avançada idade e os seus achaques.” (4)

“07-04-1685 – Reuniu-se novamente o Senado para deliberar sobre a forma de conseguir dinheiro para adquirir um barco destinado a repatriar os doze náufragos japoneses, mas não se conseguiu coisa alguma, pois o barco custaria 6 500 pardais. Porém, o Pe. Filipe Fieschi, Procurador da Província do Japão, escreveu oferecendo um barco que seria comprado por ele, pelo embaixador Pedro Vaz de Siqueira, José Pinheiro de Faria e Bernardo da Silva. Como existisse a possibilidade de os chineses e os holandeses chegarem ao Japão primeiro que os portugueses, podendo assim com as suas maquinações indispor o ânimo do Imperador contra os nossos, o Senado pediu ao embaixador que dispensasse a sua fragata São Paulo, que já não ia a tempo de seguir para Manila, para onde se destinava, por ter já passado a monção própria, pedido este que foi satisfeito”. (4)

“13-06-1685- Não obstante todos os embaraços postos pelos chineses interessados no negócio do Japão para impedirem o repatriamento dos 12 japoneses num barco português, chegando a oferecer 6 000 taéis aos mandarins do Governo de Navegação para se oporem a esta viagem., foi conseguida licença de Cantão para a partida da fragata São Paulo; e isto graças à providencial intervenção do Pe. Filipe Grimaldi,S. J. que, enviado pelo Imperador para vir buscar o célebre matemático Pe António Thomas (jesuíta belga em Macau de 1682 a 1685), tinha chegado nessa ocasião a Cantão, onde a muito custo conseguiu junto das autoridades o que pretendia; chegou mesmo a dizer que, no caso de os mandarins não concederem a licença pedida, ele mandaria seguir a fragata, estando pronto a pagar a sua cabeça, se o Imperador julgasse que ele procedera mal. Assim, em13 de Junho de 1685, pôde a fragata São Paulo fazer-se a vela para o Japão, sob o comando de João Baptista Pereira, natural de Setúbal, que exigira o posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra e de Capitão-Mor da Viagem do Japão, levando como enviado da cidade Manuel de Aguiar Pereira.” (4)

“14-06-1685 – Era tão grande a necessidade que Macau tinha de se conseguir a reabertura do comércio com o Japão que o Senado escreveu ao Governador do Bispado, António Morais Sarmento, pedindo-lhe que encomendasse a Deus a viagem da fragata São Paulo, em todas as freguesias, e que fosse feita uma solene novena a São João Baptista com a assistência do Senado. No Colégio de S. Paulo fez-se uma novena a Santo Inácio. O prior de Sto. Agostinho, Fr. João das Chagas, convidou todos os fiéis e principalmente todos os pobres mendigos para que subissem à Penha para rogarem a Deus e noutros colégios e igrejas se fizeram também orações, para impetrar o bom sucesso da viagem da mencionada fragata. “ (4)

“3-07-1685- Chegou a Nagasáqui a fragata São Paulo, que foi obrigada a regressar no dia 20 de Agosto deste ano, sem ter conseguido nada dos japoneses que se recusaram a reatar relações com os portugueses, com receio, diz-se, de estes regressarem para tornar a ensinar a doutrina de Cristo.” (4)

(1) “Antiguidades de Macao I – D. Belchior Carneiro “ no jornal “O Macaísta Imparcial”, Vol. I n.º 1 de 9 de Junho de 1836, p.3. https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/06/16/leitura-antiguidades-de-macao-apontamentos-de-jose-baptista-de-miranda-e-lima-d-belchior-carneiro/

(2) “O Macaísta Imparcial”, Vol. I, n.º 3 de 16 de Junho de 1836, p. 12

(3) Comunicação de Jorge da Silva Flores “Um naufrágio e um sonho entre Macau e Nagasaki em 1685”, disponível em: https://academia.marinha.pt/pt/multimedia/sessoesculturais/Paginas/Um-naufr%C3%A1gio-e-um-sonho-entre-Macau-e-Nagasaki-em-1685.aspx

(4) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954, pp. 66, 77,111, 112, 113 e 128.

Templo de Lin Fong (foto do autor: 2015)

No dia 3 de Setembro de 1839, reinado de Daoguang, o comissário Imperial Lin Zexu (1) acompanhado por Deng Tingzhen, (que era nesse ano Vice-Rei de Liangguang – Guangdong e Guangxi), que chegaram a Cantão em Março desse ano, vieram da Casa Branca/Qianshan (2) para Macau, acompanhados por centenas de soldados, através da Porta do Cerco. À espera do Comissário Imperial Lin Zexu estavam o Procurador José Baptista de Miranda e Lima, com o grau de mandarim outorgado pelo Imperador Wan-Li (1573-1620) (e não, o então Governador Adrião Acácio da Silveira Pinto – 1837-1843) e uma guarnição de cem soldados alinhados ao longo dos dois lados da rua e três bandas de música.

Lin Zexu declarou a Miranda e Lima a proibição do armazenamento e comércio de ópio dentro da cidade e se fosse encontrado algum estrangeiro com essa substância, deveriam reportar às autoridades chinesas e prenderem-no. Em nome de Macau, o Procurador concordou e prometeu cooperar com o Governo do Império Celeste, aceitando ficarem os portugueses neutrais no conflito sino-britânico e não permitir às forças invasoras inglesas usarem como base Macau durante o conflito.

Lin Zexu e o Vice-Rei de Liangguang, Deng Tingzhen apenas ficaram umas horas em Macau, pois ao meio-dia desse dia o Comissário retornou para Casa Branca/Qianshan, sendo acompanhado pelos portugueses até à Porta do Cerco.

Estátua de Lin Zexu no Templo de Lin Fong (foto do autor: 2015)

Em Macau, existe um Memorial no Templo de Lin Fong fundado em 1997 e uma Fundação Lin Zexu, criada em 1998, para promover e estudo da sua actuação nas guerras de ópio e sua relação com o território (3)

https://en.wikipedia.org/wiki/Lin_Zexu

(1) Lin Zexu (1785-1850) (Lin Tse-hsü; Yuanfu) , comissário imperial da dinastia Qing, vice-Rei de Liangguang (Guangdong e Guangxi) no ano de 1840, sucedendo a Deng Tingzhen vice-Rei de 1836 a 1839), governador geral, conhecido pelor seu papel na Primeira Guerra do Ópio de 1839–42. O Imperador Daoguang apoiou as políticas de linha dura defendidas por Lin, mas depois culpou-o pela guerra desastrosa para a China.

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/qianshan-casa-branca/

(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 87)

Sobre este assunto aconselho leitura de José Simões Morais em: https://hojemacau.com.mo/2016/05/02/lin-zexu-visita-macau/

Retrato do Dr. Thomas Colledge – pintura de George Chinnery (1838?)

José Baptista de Miranda e Lima (1) dedicou um “EPIGRAMA” ao Dr. Thomas R. Colledge, por altura da partida de Macau deste médico-cirurgião, versos esses recitados pelo autor em casa do pintor George Chinnery.

Extraído de «O Macaísta Imparcial», n.º 152 (Vol. 2; n.º 47) de 23 de Maio de 1838, p. 190.
Dr. Thomas R. Colledge e o seu assistente Afun, após uma operação oftalmológica a uma chinesa, quadro pintado por George Chinnery em 1833. Quadro em “Peabody Essex Museum, Salem, MA” http://visualizingcultures.mit.edu/rise_fall_canton_02/cw_essay02.html
Extraído de «O Macaísta Imparcial», n.º 152 (Vol. 2; n.º 47) de 23 de Maio de 1838, p. 190.

A 16 de Maio de 1838 partiu de Macau para Inglaterra (via Nova York) o médico-cirurgião Dr. Thomas R. Colledge (1797 – 1879) (2) que, em 1827, fundou em Macau um “hospital” oftalmológico em Macau que funcionou de 1827/28 a 1832, totalmente financiado pelo próprio. O hospital acudia a todo o tipo de doenças, embora concentrasse em problemas oculares. Terá atendido cerca de 4000 doentes. Foi um dos primeiros médicos europeus que enquanto trabalhava para a “British East India Company”, em Guangzhou (Cantão) e em Macau, como missionário fundou o primeiro hospital de medicina ocidental, em Cantão para os doentes chineses. Na partida, deixou como responsável o cirurgião americano, Dr. Peter Parker que se tornou o primeiro médico missionário a tempo inteiro para a comunidade chinesa. Em 1837, fundou e foi o primeiro presidente da Sociedade Médica Missionária da China (até à sua morte).

NOTA: O médico casou em Macau com a americana Carolina Mary Shillaber na capela do Cemitério protestante de Macau, em 1932, e o Governador João Cabral d´Estefique foi um dos convivas. Nesse mesmo cemitério (antigo Cemitério da Companhia das Índias Orientais) estão sepultadas três crianças irmãs, filhas do casal.

(1) Anteriores referências ao poeta J. B. Miranda e Lima https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-baptista-de-miranda-e-lima/

(2) Anteriores referências ao Dr. Thomas Colledge em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/03/25/noticia-de-25-de-marco-de-1820-introducao-da-vacinacao-na-china/

Uma das fábulas de Esopo (1) “O Lobo e o Cordeiro”, (2) traduzida em verso por José Baptista de Miranda e Lima (3)

«O Macaista Imparcial», I- 71 de 9 de Fevereiro de 1837, p. 285

 (1) Esopo (Nessebar, 620 a.C. – Delfos, 564 a.C.) foi um escritor da Grécia Antiga a quem são atribuídas várias fábulas populares. A ele se atribui a paternidade da fábula como gênero literário. Sua obra, que constitui as Fábulas de Esopo, serviu como inspiração para outros escritores ao longo dos séculos, como Fedro e La Fontaine.

Pintura de Diego Valázquez em 1638, representando o fabulista grego Esopo (Museu do Prado) https://pt.wikipedia.org/wiki/Esopo

(2) ESOPO– O Lobo e o Cordeiro  . https://pt.wikisource.org/wiki/Fabulas_de_Esopo/O_Lobo_e_o_Cordeiro

(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-baptista-de-miranda-e-lima/

Extraído de «Gazeta de Macao», I-31, 22 de Agosto de 1839
«O Macaísta Imparcial», de 16-06-1836

«O Macaista Imparcial» publicou-se de 09-06-1836 (preço: 50 avos) a 04-07-1838. (n.º 158)

Último número de «O Macaísta Imparcial e Registo Mercantil» II-158 de 04-07-1838

Bi-semanal até 05-05-1837 e em 05-07-1837 (n.º 106) acrescentou o subtítulo «Registo Mercantil», depois passou a hebdomadário. (1)

«O Macaísta Imparcial e Registo Mercantil» I-106 de 05-07-1837

Foi seu fundador e redactor, Félix Feliciano da Cruz. (2) Impresso na Tipografia Feliciana, do próprio fundador.  Colaborou neste jornal, José Baptista de Miranda e Lima, (4) nomeadamente com apontamentos da história de Macau na secção ”Antiguidades de Macao”. Impunha-se ser imparcial embora de feição conservadora, mas em Agosto de 1936, entrou em oposição ao jornal «Cronica de Macao» (quinzenário de 12-10-1834 a 18-11-1836) e terminou a publicação por ordem censória do governador Adrião Acácio da Silveira Pinto.

1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/o-macaista-imparcial/

(2) Félix Feliciano da Cruz nasceu na Sé, cerca de 1810 e faleceu em Hong Kong a 1 de Março de 1879. Foi Irmão da Santa Casa de Misericórdia, eleito a 29-10-1837. Publicou a «Pauta Geral da Alfândega da Cidade de Macau», em 1844. (3) Trabalhou entre Cantão e Hong Kong tendo editado o «Anglo- Chinese Kalendar and Register», em 1832 e colaborado, em Cantão, no lançamento do «Canton Press” (1835 publicado em Cantão e depois, em 1844, publicado em Macau). Depois em Macau, foi proprietário da Tipografia Feliciana e Tipografia Armenia, e fundador, em Macau, de três jornais portugueses entre 1936 e 1844: «O Macaista Imparcial» de 09-06-1836 a 04-07-1838 (Tipografia Feliciana) «O Farol Macaense» de 23-07-1841 a 14-01-1842 (Tipografia Armenia) «Aurora Macaense» 14-01-1843 A 03-02-1844, semanário (Tipografia Armenia). F. F. da Cruz foi o editor do “Canton Commercial List” com os seus filhos e “compositores tipográficos” macaenses entre 1848 e 1856. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/felix-feliciano-da-cruz/

(3) FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Vol. I, 1996, p. 965.

(4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-baptista-de-miranda-e-lima/

Apontamentos de José Baptista de Miranda e Lima que foram publicados em vários números do jornal “O Macaísta Imparcial” em 1836. O primeiro, um pequeno apontamento sobre D. Belchior Carneiro

Extraído do jornal “O Macaísta Imparcial” Vol I n.º 1 de 9 de Junho de 1836, p.3
Extraído de TEIXEIRA, P.e Manuel – Macau e a Sua Diocese II, p. 83

Anteriores referências a D. Melchior Carneiro em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/d-belchiormelchior-carneiro/page/1/

Extraído de « O Procurador dos Macaístas»I-42 de 19 de Dezembro de 1844

Sobre este autor, ver referências anteriores em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-baptista-de-miranda-e-lima/

AVISO

José Maria da Silva e Souza avisa que em casa do Sr. José Baptista de Miranda e Lima, (1) ensina aulas de “Grammatica Portugueza e Latina e o mais, que está ao seu alcance”, “por um medíocre preço de pataca e meya…” aos «meninos ignorantes dellas …(…) mas também aos alunos que já tem tido alguns progressos…”

Extraído de «O Macaista Imparcial» n.º 138 de 14 de Fevereiro de 1838.

Jose Miguel Alves também oferece a ensinar particularmente em sua casa “ a lêr, escrever, e contar correcta, e desembaçadamente, elementos de Grammatica Portugueza e Latina, princípios da Lingua Franceza…”
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-baptista-de-miranda-e-lima/

DIÁLOGO ENTRE JOSÉ FAGOTE E PANCHA GUDUM, AMBOS VELHOS

FAGOTE
Bons dias senhora Pancha!
Minha musa encantadora!
Quer bocê casar comigo?
Diga já, já, sem demora!

PANCHA
Cusa? Sium na sium sua terra
Sã assim pidi cazá?
Ung-a ome assim vêlo
Inda num sabe falá.

FAGOTE
Oh2 Minha querida flôr,
Não se zangue por tão pouco!
Dê-me essa mão de esposa,
Quando não eu mouro louco!

PANCHA
Tirá mão daqui galego!
Vai casá cô moça, moça!
Nom basta vêlo franzido
E sem sápeca na borça.

FAGOTE
Eu já sei que não és moça,
És uma velha coruja!
Com os cabelos já brancos,
E com a bôca toda suja!

PANCHA
Sai! Lagarto sem vergonha!
Já depressa vai s´imbora!
Si non quero eu logo
Fazê corê com vaçora!.

FAGOTE
Boça mercê não me insulte!
Tome cuidado comigo!
Nunca vi uma pantera
Com tanta sanha consigo!

PANCHA
Azinha trezé vaçóra!
Dáli, pinchá na rua
Para este porco sem vergonha,
Déçá ele mulá com chúa!

FAGOTE
Oh! Não, não, eu já me vou!
Nada faço com esta gente.
Que um raio abraza esta casa
Junto com esta serpente!.

José Baptista de Miranda e Lima (1)

(1) José Baptista de Miranda e Lima (Macau, na rua hoje chamada Central, 10-11-1782- Macau na mesma casa, 22-01.1848; sepultado no Cemitério de S. Paulo), benemérito da instrução e hábil educador, se não foi o primeiro, tornou-se seguramente o mais importante poeta macaense (compunha em português e em patuá num estilo marcado pela literatura neoclássica). Professor régio desde 1804, até a sua morte da cadeira de Gramática Latina e de Português no Real Colégio de S. José, de Macau. José Baptista de Miranda e Lima era grande adepto de Miguel de Arriaga Brum da Silveira (a quem dedicou em 1810 uma poesia cantando as virtudes deste ao vencer o pirata Cam Pau Sai), e em 1822, dirigiu em nome dos constitucionais de Macau uma representação ao Rei e à Cortes, declarou-se a favor do novo rei D. Miguel, em 1829 e por isso foi suspenso do seu lugar de professor. Foi reintegrado, anos mais tarde.
Filho de José dos Santos Baptista e Lima, (natural de Lila de Alpedriz-Leiria, veio para Macau onde casou em 23 de Janeiro de 1782, grande educador e professor régio das línguas portuguesa e latina em 1775 – primeira cadeira de Instrucção publica criada em Macau depois da reforma de Estudos pelo Ministério Pombalino.
Família de beneméritos da instrução já que a sua irmã Maria Izabel Baptista de Miranda e Lima (1785-????) foi Mestra de Escola Publica de Caridade desta cidade-para os Bairros da Sé e Santo António.(2)
(1) Poéma retirado de REIS, João C. – Trovas Macaenses. Mar-Oceano Editora, Macau, 1992, 485 p.
(2) «MBI» I.6 de 31 de Outubro de 1950.
Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-baptista-de-miranda-e-lima/

Edital de 3 de Abril de 1835 (em inglês) na imprensa estrangeira “The Canton Register”, publicitando o início da Lotaria de Macau no dia 5 de Maio. Presidindo ao sorteio, os vereadores António Vicente Cortella (1) e Joze Vicente Jorge (2) Por cada extracção eram emitidos 400 bilhetes.

O edital está assinado por J.J. Barros, secretário da Câmara, governador de Macau Bernardo José de Sousa Soares de Andrea, José Baptista de Miranda e Lima, Presidente da Câmara, e os vogais: Floriano António Rangel, António Vicente Cortella, João Damasceno Coelho dos Santos e José Vicente Jorge.

(1) António Vicente Cortela (1789-1841 – filho de Inácio Baptista Cortella de Sousa e Albuquerque e Mariana da Silva Faria. Sócio da «Casa de Seguros de Macau», foi vereador da Câmara Municipal e em 1837, juiz de paz da freguesia de S. Lourenço.
(2) José Vicente Jorge, ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-vicente-jorge-1803-1857/