Archives for posts with tag: Joaquim Pinto Machado

Em Março de 1986, com a presença do Encarregado do Governo, coronel Amaral de Freitas, (1) dos Secretários-Adjuntos, do Bispo de Diocese, além de diversas personalidades da Administração foi inaugurada a estátua em homenagem ao Dr. Sun Yat Sem, colocada na entrada do Hospital Kiang Wu. Este monumento ao reconhecido político e médico foi mandado erigir pela Associação de Beneficência da Hospital Kiang Wu, que assim se associou às celebrações do 61.º aniversário da morte do primeiro presidente da República Chinesa.

Foto : «Nam Van», n.º 23, Abril de 1986,p. 69

(1) O Governador Contra-Almirante Almeida e Costa foi exonerado a 8-01-1986, a seu pedido ficando encarregado do Governo, o coronel Manuel Maria Amaral de Freitas, comandante das Forças de Segurança de Macau. Nesse mês de Março a 9, Mário Soares tomava posse como Presidente da República Portuguesa e nomeou o professor Dr. Joaquim Pinto Machado como Governador que iniciou funções a 02-06 de 1986.
Sobre o Dr. Sun Yat Sem, ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/sun-yat-sen/

o-jornal-ilustrado-supl-n-o-621-o-jornal-16-22jan-1987-capaO Jornal Ilustrado, suplemento ao n.º 621 de «O Jornal» de 16 a 22 de Janeiro de 1987, trazia uma reportagem do jornalista Cáceres Monteiro intitulada “Macau: a última etapa”.
o-jornal-ilustrado-supl-n-o-621-o-jornal-16-22jan-1987-p-4Uma reportagem de 8 páginas (pp. 4 – 11) abordando Macau no contexto jurídico/administrativo, sociocultural  e político de 1987,
“À beira da entrada do novo ano chinês – que será do Coelho – Portugal acelera o desenvolvimento de Macau, enquanto a China Popular multiplica os sinais de impaciência para entrar de posse do território”, apresentando-a  com os subtítulos:
Pp. 4-5 – “Portugal em Macau: o salto do Coelho”
Pp. 6-7 – “Portugal em Macau: o poder civilizou-se”
Pp. 8-9 – “Portugal em Macau: valorizar a Assembleia Legislativa”.
Pp. 10-11 – “Portugal em Macau: o inferno do jogo”
o-jornal-ilustrado-supl-n-o-621-o-jornal-16-22jan-1987-elenco-governativo

O elenco governativo em 1979

Assuntos abordados:
– Evolução do território desde 1979 (altura em que o autor visitou pela primeira vez o território)
– A herança do MASP ( Movimento de Apoio Soares à Presidência)
– A diplomacia do croquete.
– Neto Valente e Rangel possíveis na Assembleia Legislativa
– Monjardino e o Aeroporto de Macau.
– A língua dos negócios não é o português.
– Entreposto cultural do Oriente.
– A TDM e a Cultura portuguesa no Oriente.
– Um grande festival de música e outro de cinema.
– «Fundação Stanley Ho».

AUTOCOLANTE - Raid Aétreo Janeiro de 1987Autocolante com as dimensões:  11, 8 cm x 7, 3 cm,  editado pelo Banco Nacional Ultramarino. em Janeiro de 1987, promovendo o Raid Aéreo  Lisboa-Macau -Lisboa.
O monomotor  “Sagres” partiu de Lisboa a 11 de Janeiro de 1987 e chegou a Macau em 6 de Fevereiro, , no Aterro da Concórdia em Seac Pai Van (Coloane).
O avião com Jorge Cruz Galego, Arnaldo Alves Leal e Álvaro M. Prata Mendes, percorreu cerca de 15.000 Km em 27 dias ( tempo total de vôo: 65H30) , com 23 aterragens. (1)
Leal Senado - Placa Comemorativa Raid Aéreo (I)Foi descerrada à entrada do edifício do Leal Senado, uma lápide evocativa deste feito, junto a uma outra já existente e que evoca a epopeia vivida em 1924 por Sarmento Beires, Brito Pais e Manuel Gouveia.
Leal Senado - Placa Comemorativa Raid Aéreo (II)Esta placa foi enviada de Lisboa pelo Aero Club de Portugal com o objectivo de homenagear precisamente aqueles pioneiros da aviação portuguesa. A placa descerrada havia sido entregue ao Governador de Macau pela tripulação do “Sagres” aquando da sua chegada ao Território.

Leal Senado - Placa Comemorativa Raid Aéreo (III) O Governador Joaquim Pinto Machado entendeu que “ o lugar apropriado “ para a sua colocação era o Leal Senado.
(1) Ver anterior referência a este acontecimento em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/02/15/noticia-de-15-de-fevereiro-de-1987-partida-do-monomotor-sagres/

Raid SAGRES 1987 IJorge Cruz, Arnaldo Leal e Prata Mendes,  (1) pilotando o monomotor Sagres, reeditaram o feito semelhante realizada em por Sarmento Beires, Brito Pais e Manuel Gouveia, a bordo de um «Breguet», que todavia ficou pelo caminho.(2)
Os novos heróis de hoje, percorreram no seu monomotor 30 mil quilómetros em 26 dias, (3) antes de alcançarem o seu destino final – Macau – e depois de enfrentarem diversos acidentes técnicos e dificuldades burocráticas.
A 15 de Fevereiro, o Sagres despedia-se de Macau, sobrevoando a cidade, com destino a Portugal. Mas dois dias depois, ventos fortes das montanhas de Yunan faziam estremecer o monomotor português que, também com falta de combustível, viria a cair em Luxi, na China (4)

Raid SAGRES 1987 IIRaid SAGRES 1987 III

Raid SAGRES 1987 IV

NOTAS:
1 –  A avioneta “Sagres” ficou posteriormente colocada (estará ainda ??) no Parque de Seak Pai Van (na altura chamada “Granja” em Coloane).
2 – Foi descerrada à entrada do edifício do Leal Senado, uma lápide evocativa deste feito, junto a uma outra já existente e que evoca a epopeia vivida em 1924 por Sarmento Beires, Brito Pais e Manuel Gouveia. Esta placa foi enviada de Lisboa pelo Aeroclube de Portugal com o objectivo de homenagear precisamente aqueles pioneiros da aviação portuguesa. A placa descerrada havia sido entregue ao Governador de Macau pela tripulação do “Sagres” aquando da sua chegada ao Território. Pinto Machado entendeu que “ o lugar apropriado “ para a sua colocação era o Leal Senado. (5).
3 – Jorge Cruz Galego relatou esta viagem no livro:
GALEGO, Jorge Cruz – Raid aéreo no Sagres,  de Sagres a Macau. Associação de Comandos de Macau, 1998,  158 p. : il. ; 30 cm.
4 – Poderá ver um pequeno vídeo da chegada a Macau em:
http://www.dinistel.pt/raid.htm

(1) Jorge Cruz Galego, Álvaro M. Prata Mendes e Arnaldo Alves Leal , este proprietário do monomotor “Sagres” MOONEY SUPER 21, construído em 1965.
(2) Recorda-se que no 1.º «raid» aéreo Lisboa -Macau, os pilotos aviadores, Major de Infantaria António Jacinto da Silva Brito Paes e Major de Engenharia José Manuel Sarmento de Beires e o mecânico Alferes graduado António Manuel Gouveia,  a bordo do 2.º avião “Pátria II” (o 1.º avião “Pátria” “partiu-se” numa aterragem forçada na Índia), não chegaram a Macau tendo o avião caído, no dia 2 de Junho de 1924, em Sam -Tcham, a 45 milhas de Macau. Os aviadores chegaram a Macau, trazidos pela canhoneira «Pátria».
(3) Na verdade foram cerca de 15.000 Km em 27 dias ( tempo total de vôo: 65H30) , com 23 aterragens. Foi realizado em 1987, entre Lisboa e Macau com início a 11 de Janeiro e concluído em 6 de Fevereiro, com a chegada a Coloane, no Aterro da Concórdia em Seac Pai Van.
http://foreverpemba.blogspot.pt/2009/07/diversificando-relembrando-o-raid-aereo.html
(4) Informações e fotos retiradas de «Nam Van» n.º 1, 1987.
(5) Informações recolhidas do  “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau” 12.3.1987