Archives for posts with tag: Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara

a-marques-21fev1857-concordataEm 21 de Fevereiro de 1857. foi celebrada, entre sua Magestade Fidelessíma El-Rei de Portugal e Sua Santidade o papa Pio IX, a concordata sobre os direitos e exercício do Padroado Português do Oriente, (1) tendo a mesma sido negociada entre os plenipotenciários Camillo di Pietro e Rodrigo da Fonseca Magalhães. Foi ratificada, em 6 de Fevereiro de 1860, e esta Concordata reduziu o Padroado Português à Diocese de Macau e esta à província de Kuang Tong e ilhas adjacentes, com excepção de Hong Kong, perdendo as missões da China, Cochinchina e Japão.
GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.
NOTA: a monografia publicada por Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara, (2) em 1860, cujo original se encontra na Torre do Tombo, traz além dos termos da Concordata de 21 de Fevereiro de 1857, anotações do autor de 10 de Setembro de 1859 e as ratificações à Concordata feitas em 1859.
http://www.bdalentejo.net/BDAObra/BDADigital/Obra.aspx?ID=519
(1) Anterior referência ao Padroado Português na China em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/12/06/leitura-o-padroado-portuguez-na-china/
(2) Referência anterior deste autor em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joaquim-heliodoro-da-cunha-rivara/

cunha-rivara-relacao-de-varios-factos-verdadeiros-icunha-rivara-relacao-de-varios-factos-verdadeiros-iiFONTE: Relação de vários factos verdadeiros, etc, de Cunha Rivara, (1) publicados no Chronista de Hssimry
https://archive.org/stream/subsidiosparaah01frangoog/subsidiosparaah01frangoog_djvu.txt 
1 – Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara (1809 — 1879) foi um médico, professor, intelectual, jornalista e político português. Não se sentindo atraído pela prática clínica médica, optou por iniciar uma carreira administrativa no Governo Civil de Évora, no qual ingressou em 1837; em Outubro desse mesmo ano foi nomeado professor de Filosofia Racional e Moral do Liceu de Évora, e em 1838 nomeado director da Biblioteca Pública de Évora (1838-1855). Secretário-geral do governador do estado da Índia de 1856 a 1870. Permaneceu em Goa 22 anos. Mais informações sobre a biografia em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Heliodoro_da_Cunha_Rivara 
NOTAS.
I – O arrátel era a unidade de base de peso do antigo Sistema Português de Medidas. Até à adopção do Sistema Métrico, no século XIX, o arrátel foi usado em Portugal, no Brasil e em outros territórios do Ultramar Português. Os valores absoluto e relativo do arrátel foram sendo alterados desde a Idade Média até serem fixados como equivalentes aos da libra (ibérica), por decreto do Rei D. Manuel I em 1499. A partir de então, o “arrátel” passou a ser o mesmo que “libra”.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arr%C3%A1tel
II- “No dia 4 de abril de 1705 aportou a Macau o patriarcha da Antiochia, Carlos Thomaz Maillard de Toumon, commissario e visitador apostólico, com poderes de legado a latere, enviado pelas controvérsias que então havia na China entre jesuítas e missionários das mais ordens sobre as ceremonias chinezas e especialmente sobre os três seguintes pontos:
1.ª Se a palavra tien, conforme a doutrina dos letrados chinas e o sentir do imperador, significava o Deus verdadeiro, creador de todas as cousas.
2.ª Se o grande culto que os chinas prestavam a Confucius, seu grande mestre, e aos progenitores defuntos era meramente politico.
3.ª Se eram lícitos os quadros ou painéis em que os chinas, para memoria dos seus fallecidos ascendentes, que veneram, tèem escriptos os nomes d’elles.
Foi buscal-o ao navio em que vinha o padre Francisco Pinto, da companhia de Jesus, provincial do Japão e reitor do colegio que os jesuítas tinham em Macau, com outros padres seus subordinados. N’esse mesmo dia se hospedou o patriarcha n’uma propriedade que os mesmos padres tinham numa ilha próxima.
Ali o foram visitar o capitão geral e o bispo de Macau e lhe fizeram singulares offerecimentos. Não quiz, porém, o patriarcha deter-se, nem tão pouco entrar na cidade, e no dia seguinte partiu para Cantão.”
Ver o mesmo trabalho de  Cunha Rivara (2) em
Collecção de tratados e concertos de pazes que o estado da India portugueza fez com os reis e senhores com quem teve relações nas partes da Asia e Africa Oriental desde o principio da conquista até ao fim do seculo XVIII”
https://archive.org/stream/collecodetratad03estrgoog#page/n1/mode/2up”>https://archive.org/stream/collecodetratad03estrgoog#page/n1/mode/2up
III – Padre Jean-François Gerbillon (1654- Beijing 1707), (nome chinês: Zhang Cheng), jesuíta e matemático enviado por Luis XIV de França à China 1685.Chegou a Sião em 1685 e a Ningbo (China) em 1687 e finalmente a Beijing em 1688. Jean-François Gerbillon foi um dos cinco “Matemáticos do Rei” (os outros quatros: Jean de Fontaney (1643 – 1710); Joachim Bouvet (1656-1730); Tomás Pereira (1645-1708) e Antoine Thomas (1644-1709). O Padre Gerbillon e o padre Bouvet foram professores do Imperador Kangxi (1662-1722).
Uma biografia mais pormenorizada em:
tochastikon.no-ip.org:8080/encyclopedia/en/gerbillonJeanFrancois.pdf  
IV – Padre Tomás Pereira (1645 — 1708) foi um jesuíta, matemático, astrónomo, geógrafo e diplomata português. Em 25 de Setembro de 1663 entrou para a Companhia de Jesus. Em 15 de Abril de 1666 embarcou para a Índia, continuando os seus estudos em Goa, chegando a Macau em 1672. Tomás Pereira viveu na China até à sua morte em 1708 no antigo Observatório Astronómico de Pequim. Foi apresentado ao imperador Kangxi pelo colega jesuíta Ferdinand Verbiest. Foi também músico, sendo autor de um tratado sobre a música europeia que foi traduzido para Chinês, e também construtor de um órgão e de um carrilhão que foram instalados numa igreja de Pequim. É considerado o introdutor da música europeia na China.
Tomás Pereira e um padre francês, J.F. Gerbillon, foram escolhidos pelo imperador Kangxi para acompanharem a embaixada chinesa do ministro Songgotu – 索額圖 – e participarem como intérpretes – tradutores e conselheiros de direito internacional, nas negociações (foram conduzidas utilizando o latim),do primeiro acordo fronteiriço entre a China e a Rússia  terminando com o Tratado de Nerchinsk- 1689.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_Pereira
2 – Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara (1809 — 1879) foi um médico, professor, intelectual, jornalista e político português. Não se sentindo atraído pela prática clínica, optou por iniciar uma carreira administrativa no Governo Civil de Évora, no qual ingressou em 1837; em Outubro desse mesmo ano foi nomeado professor de Filosofia Racional e Moral do Liceu de Évora, e em 1838 nomeado director da Biblioteca Pública de Évora (1838-1855). Secretário-geral do governador do estado da Índia de 1856 a 1870. Permaneceu em Goa 22 anos. Mais informações sobre a biografia em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Heliodoro_da_Cunha_Rivara