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4MAR1994 1.º Centenário Nasc. Infante ENVELOPE

Emissão extraordinária dos Correios de Macau, 1.º dia de circulação do Envelope (15,9 cm x 11,4 cm) com selo comemorativo do 6.º Centenário do Nascimento do Infante D. Henrique, e com o carimbo «Cruz de Cristo» “CTT MACAU 4/3/94” (1)

4MAR1994 1.º Centenário Nasc. Infante SELO

O selo com um valor facial de 3 patacas (denteado 14 ¼ x14 ¼) está representado um mapa do século XV e o busto do Infante D. Henrique (2)

(1) Boletim Oficial de Macau, 24-01-1994
Portaria n.º 3/94/M: Emite e põe em circulação selos postais alusivos à emissão extraordinária “6.º Centenário do Nascimento do Infante D. Henrique”.
(2) Nesse dia com o mesmo motivo, saíram em Portugal e no Brasil.

4MAR1994 1.º Centenário Nasc. Infante PORTUGAL

4MAR1994 1.º Centenário Nasc. Infante BRASIL

Comunicação apresentada na Academia de Marinha pelo Membro Efectivo

Contra-Almirante EMQ José Luís Roque Martins

em 14 de Dezembro de 2010 (1)

“Aquele ano de 1960 tinha começado normalmente. Os cadetes do Curso D. Lourenço de Almeida preparavam-se para concluir o 3º semestre do seu curso, o que deveria acontecer até ao fim de Fevereiro. Todos nós sabíamos que no programa de ensino da Escola Naval, o 4º semestre correspondia a uma viagem de instrução. No entanto, apesar de nos aproximarmo-nos rapidamente de Março confesso que não notei que houvesse grande dramatismo com o caso, correndo às vezes notícias desencontradas a que se não dava grande importância. Até que numa tarde, quase no fim de Fevereiro, encontrando-nos a jogar futebol no campo da Base Naval, vejo descer a correr pela rampa do topo sul o meu primo, 1º ten. Martins Salvador, nosso professor na Escola Naval, gritando “Luís, Luís-vocês vão dar a volta ao Mundo!… (…)
Efectivamente aproveitando as Comemorações do V Centenário da morte do Infante D. Henrique que ocorriam em 1960, era proporcionado aos cadetes do curso D. Lourenço de Almeida uma viagem de circumnavegação… (…)
Saímos do Japão rumo a Hong-Kong pelo estreito da Formosa. A visita a este território, grande centro comercial e também cinematográfico, mostrou-nos um lugar cosmopolita com imensa população, com um centro da cidade onde predominavam os grandes bancos e grandes empresas.
Daí a Macau foi um pequeno passeio entre ilhas. Em Macau foi pena termos de ficar no Porto Exterior a 4 milhas de terra. A ligação era feita por um rebocador que ia lançando fagulhas, que com o tempo chuvoso que apanhámos quase sempre, nos sujava as fardas permanentemente. Estivemos pouco tempo em Macau, mesmo assim deu para visitar os pontos mais importantes da cidade, desde o Farol da Guia até à Porta do Cerco, às ruínas da Igreja de S. Paulo e à gruta de Camões e às instalações da Marinha. Circulámos no Centro e tivemos uma recepção no Leal Senado e uma pequena festa no Clube Militar e ainda tivemos tempo de ir uma noite ao velho Casino Central, experimentar aquele ambiente de fumos e odores exóticos.
Macau em 1960 tinha casas relativamente baixas e não havia nenhuma construção moderna, como as que vieram a ser construídas no último quartel do século XX. Ficámos um pouco surpreendidos com a reduzida percentagem da população que falava português. Tirando o pessoal dos correios, da polícia, e das funções oficiais, poucos mais falavam a nossa língua.”

AVISO DE 1.ª CLASSE “AFONSO DE ALBUQUERQUE” (2) 

Esta viagem, a bordo aviso de 1ª classe “Afonso de Albuquerque” iniciou-se  em 18 de Março de 1960.
O aviso “Afonso de Albuquerque” ficou em Goa tendo os cadetes sido transferidos para o “Aviso Bartolomeu Dias ” que regressava a Lisboa. O Aviso “Afonso de Albuquerque” não voltaria a Lisboa pois em Dezembro de 1961. no combate com a esquadra indiana, acabou por se perder encalhado perto de D. Paula (praia de Bambolim). Do combate resultou 5 mortos e 13 feridos . A heroicidade da guarnição do “Afonso de Albuquerque” foi reconhecida pelo próprio inimigo, sendo Cunha Aragão (o comandante, António da Cunha Aragão, capitão de mar e guerra ficou ferido durante o combate) visitado no hospital, pelos comandantes dos navios que enfrentou. Depois de capturado, o navio foi rebatizado “Saravasti” pelos indianos, sendo rebocado para Bombaim (hoje, Mumbai). (3)

AVISO DE 1.ª CLASSE “BARTOLOMEU DIAS (4)

NOTA: Os cursos da Escola Naval tinham  um patrono. O curso «D. Lourenço de Almeida» foi o primeiro curso da chamada «nova» reforma da Escola Naval, aprovada pelo Decreto-Lei nº 41.881, de 26 de Setembro de 1958, que veio alterar, substancialmente, o ensino naquela Escola. Os 63 Cadetes que iniciaram o curso em 2 de Dezembro de 1958, com destino às classes de Marinha, Aviação Naval, Engenheiros Maquinistas Navais e Administração Naval, constituíram, muito provavelmente, o maior curso que alguma vez frequentou a Escola Naval. (5)
Lourenço de Almeida  (1480-1508) foi capitão-mor de Portugal, único filho varão do vice-rei D. Francisco de Almeida e de Brites Pereira. Combateu em Tânger (1501) e chegou ao Ceilão (actual Sri Lanka) em 1506 onde submeteu o rei e descobriu a origem da canela. Derrotou a poderosa esquadra do rei de Calecute. Faleceu em combate, em 1508, na batalha de Chaul frente à esquadra mameluca egípcia comandada por Mirocem. (6)
(1)  http://www.marinha.pt/PT/amarinha/actividade/areacultural/academiademarinha/Conferencias/Documents/14DEZ10.pdf
(2)  http://www.guerracolonial.org/specific/guerra_colonial/uploaded/graficos/naviosfichas/navios.swf(3)  http://pt.wikipedia.org/wiki/NRP_Afonso_de_Albuquerque
(4)  http://naviosenavegadores.blogspot.pt/2009/04/bartolomeu-dias-o-navegador-e-os-navios.html
(5)  http://avozdaabita.blogspot.pt/2008/11/os-50-anos-do-curso-d-loureno-de_20.html
(6)  http://pt.wikipedia.org/wiki/Louren%C3%A7o_de_Almeida,_capit%C3%A3o-mor