Continuação das postagens sobre “MACAU RETROSPECTIVA” (filatelia e postais) (1), emissão autorizada pela Portaria n.º 387/99/M de 25 de Outubro (2)
Do documento dos CTT explicativo da emissão (pagela), retiro as referências iconográficas da autoria de Luís Sá da Cunha, aos 4 selos desta emissão extraordinária de 19 de Dezembro de 1999. “Design” dos selos de Carlos Marreiros.
SELO I – 1 pataca

Para simbolizar o conhecimento geográfico do mundo, dois dos mais representativos momentos da cartografia jesuíta na China:
– O mapa-mundo chinês de Mateus Ricci – Kunyu Wanguo / Quantu, mapa dos dez mil países da terra. Detalhe do exemplar da Royal Geographic, Londres, reproduzida da R.C., n.º 21, ICM, Macau.
– O primeiro globo terrestre chinês (1623) executado por Manuel Dias Júnior e Nicolau Longobardi. Reprodução do globo da British Library, publicado na R.C., n.º 21, ICM, Macau.
SELO II – 1.50 patacas

Para simbolizar o movimento da apresentação e compenetração cultural, escolheu-se um aspecto do Observatório Astronómico de Pequim, imediatamente à refundição dos aparelhos coordenada pelo jesuíta Ferdinand Verbiest.
E projecção da cruz da Ordem de Cristo, (instituição portuguesa que concebeu e desencadeou a aventura marítima) símbolo com que o Ocidente ficou identificado em todo o Oriente. A Cruz de Cristo foram as armas atribuídas a Macau imediatamente ao seu estabelecimento.
SELO III – 2.00 patacas

Para simbolizar a tolerância e o convívio e miscigenação antropológica e cultural, selecionou-se um pormenor do “Quadro dos Tributários” do Imperador Xianlong, livro-harmónio com memória descritiva de todos os tipos humanos do Império chinês. Na estampa, como no envelope, uma sequência da galeria de tipos humanos observada e retratada em Macau (Séc. XVIII)
SELO IV – 3.50 patacas

Sobre a volumetria dos novos edifícios do fecho da Baía da Praia Grande, o Farol da Guia como símbolo de um passado que persiste.
Foi pela primeira vez aceso nas costas da China em 24 de Setembro de 1865.
O maquinismo primitivo, que funcionava a petrópelo, foi concebido pelo industrioso macaense Carlos Vicente da Rocha.
Em Junho de 1910 o melhor mecanismo foi substituído por aparelhagem mais moderna de rotação, importada de França.
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/12/19/noticia-de-19-de-dezembro-de-1999-filatelia-macau-retrospectiva-i/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/01/09/postal-i-filatelia-macau-retrospectiva-ii/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/01/12/postais-ii-filatelia-macau-retrospectiva-iii/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/01/15/postais-iii-filatelia-macau-retrospectiva-iv/21
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/02/01/postais-iv-filatelia-macau-retrospectiva-v/
(2) Portaria n.º 387/99/M de 25 de Outubro.