Archives for posts with tag: Humberto S. de Avelar

Foi a 15 de Junho de 1920, a aprovação dos Estatutos da Associação Científica, Literária e Artística denominada «Instituto de Macau», criada para promover o estudo da sinologia e da acção e influência portuguesas no Oriente. Os Estatutos foram publicados no B.O., n.º 25 de 19 de Junho desse ano (pp. 468-469)

Extraído de «BOGPM», n.º 25 de 19 de Junho de 1920, p. 468

“ O Instituto durou pouco, mas chegou a dar frutos: – a criação do Museu Comercial e Etnográfico Luís de Camoês, a organização da Biblioteca Pública e a publicação de um boletim que deu origem aos Arquivos de Macau. O Governo de Macau deu alento ao entusiasmo dos mentores de tais ideias, Drs. Humberto Severino de Avelar e Telo de Azevedo Gomes, então ambos professores do Liceu (Cfr. Renascimento; Macau, Vol. II, pp. 480-482) ” (1)

Os fundadores do Instituto de Macau a homenagear o poeta, na Gruta de Camões, no ano de 1920. (2)

Da esquerda para a direita: Eng. Eugénio Dias de Amorim, Dr. Camilo Pessanha, D. José da Costa Nunes, Comandante Correia da Silva (Paço d´Arcos), Dr. Humberto S. de Avelar, Vice-almirante Hugo de Lacerda Castelo Branco, Dr. José António F. de Morais Palha, Padre Régis Gervais, José Vicente Jorge, Dr. Manuel da Silva Mendes, Dr. Telo de Azevedo Gomes e Alferes Francisco Peixoto Chedas.

Extraído de «ANUÁRIO DE MACAU DE 1921», p. 99

(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 131

(2) Anterior postagem em 24-04-2014 https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/04/24/macau-e-a-gruta-de-camoes-xxi-instituto-macau-1920/

Continuação dos anúncios dos advogados e solicitadores que exerciam asua profissão (privada) em Macau no ano de 1921, publicados no «Anuário de Macau 1921», pp II –III- IV (1)

18-05-1918 – Concessão de passagem para a Metrópole ao Senador eleito por este círculo, Carlos de Melo Leitão (A.H.M. – F. A. C. P. n.º 525 – S- P) (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997) 28-05-1918 – Tendo sido eleito Senador pelo Círculo de Macau, na eleição em 28 de Abril de 1918, o tabelião privativo de notas desta comarca bacharel Carlos de Melo Leitão, ficou desde aquela data entregue ao seu ajudante, Henrique Nolasco da Silva, o respectivo cartório («BOGPM», , n.º 18 de 4 de Maio de 1918)

22-12-1916- Processo n.º 399 – Série N – Nomeação do advogado Henrique Nolasco da Silva, para ajudante do tabelião Privativo de Notário desta Comarca, Dr. Carlos de Mello Leitão. (Boletim do Arquivo Histórico de Macau, Tomo I – Janeiro/Junho de1985, p.199).

 (1) Ver anterior em:  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2020/12/17/anuncios-de-1921-advogados-i/

ACTUALIZAÇÃO EM  01-05-2021 – Duas preciosas achegas a esta postagem, enviadas por Rogério Beltrão Coelho, sempre atento com os seus precisos apontamentos que muito agradeço.

1 – Constâncio José da Silva teve, de facto, escritório de advogado, mas não era formado em Direito. Beneficiou do estatuto de advogado provisionário. (Pormenores nas pp.18-22 do livro “Roque Choi: um Homem dois Sistemas”).

2 – Tudo leva a crer que Carlos de Melo Leitão nunca marcou presença no Parlamento português embora a viagem para Lisboa lhe tivesse sido concedida. (Pormenores na p.69 do livro “Roque Choi: um Homem dois Sistemas”).

Albert Einstein (1879-1955) em 1921
https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein

Na sessão do Conselho Escolar do Liceu de 14 de Novembro de 1922, o Dr. Humberto Severino de Avelar (1) comunicou o seguinte:
«No desempenho da honrosa missão que a ele e aos seus colegas Dres. Adelino dos Santos Diniz e Telo de Azevedo Gomes fora incumbida pelo Conselho Escolar, se avistaram com o Professor Einstein a bordo do paquete «Kitano Maru» (2) no dia 9 do corrente, (3) a quem apresentaram as homenagens do mesmo Conselho, tendo-se aquele eminente sábio mostrado profundamente sensibilizado e reconhecido por tal facto, pedindo-lhes para apresentarem os seus agradecimentos ao Conselho e prometendo vir a Macau agradecer pessoalmente, desde que isso lhe fosse possível, no seu regresso do Japão» (4)

Albert Einstein e a esposa Elsa a bordo do «Kitano Maru», em 1922
https://www.scmp.com/magazines/post-magazine/travel/article/2140114/why-was-einstein-hong-kong-day-he-won-nobel-prize.

Afinal, Einstein não chegou a vir a Macau. Após uma permanência de 6 semanas no Japão, o retorno à Europa fez-se através de Shanghai, Hong Kong (6 de Janeiro de 1923), Singapura e Colombo.
(1) Os professores Humberto Severino de Avelar, Adelino dos Santos Diniz e Telo de Azevedo Gomes foram designados, na sessão do Conselho Escolar do Liceu (5) de 8 de Novembro de 1922, para irem a Hong Kong prestar homenagem ao Professor Einstein que por ali passava no dia 9; o reitor comunicou esta resolução ao Encarregado do Governo, o qual, compreendendo o alto significado deste démarche, deu a essa missão um carácter oficial enviando para esse fim ao Dr. Avelar, chefe da deputação, um ofício credencial. (2)
O Dr. Humberto de Avelar, bacharel em direito, além de professor no Liceu (latim e português)  exercia a sua profissão em consultório de advocacia na Rua de Praia Grande n.º 13.
(2) O paquete «Kitano Maru» vinha de França, via Singapura e partiu no dia seguinte, 10 de Novembro para o Japão.
(3) Precisamente a data, 9 de Novembro de 1922, em que foi anunciado em Oslo a atribuição do Prémio Nobel da Física de 1921 a Albert Einstein, “pelos serviços na física teórica e especialmente pela sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico” No entanto, Einstein somente recebeu a notícia por telegrama na sua chegada a Shanghai, três dias depois. A cerimónia da atribuição foi realizada a 10 de Dezembro, em Estocolmo, mas o físico não esteve presente pois encontrava-se em Kyoto.
NEBBS, ADAM – Why was Einstein in Hong Kong the day he won the Nobel Prize? in
https://www.scmp.com/magazines/post-magazine/travel/article/2140114/why-was-einstein-hong-kong-day-he-won-nobel-prize.
(4) Informações de TEIXEIRA, P. Manuel – Liceu Nacional Infante D. Henrique, 1969.
(5) O quadro de pessoal /professores) do Liceu Central de Macau, em 1922 era constituído por:


Extraído da «Revista Colonial», Anno IX- 2, 1921.

Camilo Pessanha INSTITUTO 1920 Gruta de CamõesOs fundadores do Instituto de Macau (Da esquerda para a direita: Eng. Eugénio Dias de Amorim, Camilo Pessanha, D. José da Costa Nunes, Com. Correia da Silva (Paço d´Arcos), Humberto S. de Avelar,, Alm. Hugo de Lacerda Castelo Branco, Dr. José António F. de Morais Palha, Padre Régis Gervais, José Vicente Jorge, Dr. Manuel da Silva Mendes, Dr. Telo de Azevedo Gomes e Ten. Francisco Peixoto Chedas) a homenagem ao poeta, na Gruta de Camões, no ano de 1920. (1)
Foi a 15 de Junho de 1920 que foi aprovado os estatutos da Associação Científica, Literária e Artística denominada «Instituto de Macau», criada para promover o estudo da sinologia e da acção e influência portuguesas no Oriente. (2)
Foi nesse ano que o único livro de poemas de Camilo Pessanha «Clepsydra» foi publicado em Lisboa, sem a sua participação (estava em Macau) com edição de Ana de Castro Osório, 1920, 1a edição. (3)
Foi também em 17 de Agosto desse ano que Camilo de Almeida Pessanha foi nomeado para 1.º substituto do Juiz de Direito, da comarca de Macau. (2)
(1) Postal da Colecção «CAMILO PESSANHA no 70º aniversário da publicação do “CLEPSIDRA”». Edição do Instituto Português do Oriente, Macau, 1990.
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XX, Volume 4. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, 2.ª Edição, Macau, 1997, 454 p (ISBN 972-8091-11-7).
(3) Há edição fac-símile publicada pela Ecopy em 2009. Graças à iniciativa  de Ana Castro Osório, que publicou o livro a partir de autógrafos e recortes de jornais, os versos de Pessanha se salvaram do esquecimento. Posteriormente, o filho de Ana de Castro Osório, João de Castro Osório, ampliou a Clepsidra original, acrescentando-lhe poemas que foram encontrados. Essas edições foram publicadas em 1945, 1954 e 1969.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Camilo_Pessanha

Boletim da Agência Geral das Colónias (Ano 5.º, Novembro de 1929, n.º 53),  dedicado a Macau, pp. 3 a 175.

Boletim AGC n.º 53 1929 CAPA

SUMÁRIO:
1. O Govêrno de Macau, por Artur Tamagnini Barbosa, Governador de Macau (1)
2. Padroado Português no Extremo Oriente, por J. da Costa Nunes. (2)
3. Vésperas do Ano Novo Chinês, por D. Maria Ana Acciaioli Tamagini. (3)
4. A aclamação del Rei D. João IV em Macau, (subsídios históricos e biográficos) por Frazão de Vasconcelos (4)
5. Aspectos e problemas de Macau, por João dos Santos Monteiro (5)
6. Climatologia de Macau, por Morais Palha (6)
7. À maneira de conto, por Félix Horta (7)
8. Uma página para a História de Macau, por Jaime do Inso (8)
9. Traços impressionistas de Macau, por Bella Sidney Woolf (9)
10. Alguns dados estatísticos sôbre a colónia portuguesa de Xangai (referidos a 31 de Março de 1918), por Francisco de Paula Brito Júnior (10)
11. A Gruta de Camões, por Humberto de Avêlar (11)
12. Alguns dados estatísticos sôbre a colónia de Macau (lista dos governadores de Macau e datas de posse, inquérito sôbre a população de Macau e suas dependências)
13. Lugares selectos da Biblioteca Colonial Portuguesa (o comércio de Macau de 1863 e o princípio de associação como base dom progresso)) – editorial do semanário macaense TA-SSY-YANG-KUO, n.º 18, de 4 de Fevereiro de 1864.
Boletim AGC n.º 53 1929 Índice

(1) 2.º mandato como Governador de Macau (1926 -1930). Sobre este Governador ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/artur-tamagnini-barbosa/
(2) D. José da Costa Nunes foi bispo de Macau de 1920 a 1940.
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/d-jose-da-costa-nunes/
(3) Maria Ana Acciaioli Tamagnini, escritora e poetisa, casada com o governador de Macau, Artur Tamagnini Barbosa. Ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/maria-anna-tamagnini/
(4) José Frazão de Vasconcelos, (1889-1970), arqueólogo, historiador, autor de vários livros e artigos relacionados com Macau. Nesse ano, secretário da Secção de Diplomática da Associação dos Arqueólogos Portugueses, correspondente do Instituto de Coimbra, da Arcádia de Roma.
(5) João dos Santos Monteiro, advogado, Sub-Director Geral das Colónias do Oriente, nessa data.
(6) J. António Filipe de Moraes Palha, coronel médico, cirurgião pela Escola de Lisboa, “facultativo” de 1.ª classe do ultramar, chefe dos Serviços de Saúde de Macau. Autor do “Esboço Crítico sobre a Civilização Chinesa”, publicado em 1912, com prefácio de Camilo Pessanha.
(7) Félix Horta, advogado, delegado da colónia de Macau à Exposição de Sevilha, cônsul de Portugal em Cantão.
(8) Sobre Jaime do Inso ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jaime-do-inso/
(9) Bella Sidney Woolf (1877-1960), escritora inglesa, secretária do Governo de Hong Kong e esposa de W. T. Southorn que foi secretário colonial do Governo de Hong Kong. Ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/bella-sidney-woolf/
(10) Francisco de Paula Brito Júnior, cônsul geral de Portugal em Xangai.
(11) Humberto Severino de Avêlar, advogado, professor do Liceu de Macau do 1.º grupo (Português e Latim), reitor do Liceu Central (após exoneração de Camilo de Almeida Pessanha, em 4 de Setembro de 1925), fundador do Instituto de Macau.