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Assinalando o 1.º aniversário de seu governo (1) a Comunidade Chinesa de Macau homenageou o governador da província, comandante Pedro Correia de Barros, e sua esposa, no dia 8 de Março de 1958, com um lauto banquete chinês no restaurante “Golden City” («Cidade de Oiro»), no Hotel Central (2)
Retribuindo os cumprimentos do comandante militar interino, tenente-coronel Leonídio Marques de Carvalho, o governador comandante Pedro Correia de Barros esteve no quartel-general, onde lhe foram prestadas as honras de ordenança militar.

Esta imagem tem um texto alternativo em branco, o nome da imagem é bgu-xxxiv393-mar1958-embaixador-eua-1.png

Esteve em Macau, despedindo do governador comandante Pedro Correia de Barros, o novo embaixador dos Estados Unidos em Taipé Sr. Everet F. Drumright, (3) antigo cônsul geral em Macau e Hong Kong, acompanhado do adido naval, comandante M. C.Walley
Procedeu-se, no Porto Exterior, à destruição de grande quantidade de estupefacientes e artigos de fumatório e de laboratório apreendidos nos últimos 6 meses e avaliados em cerca de um milhão de patacas. Na foto vê-se o governador Pedro Correia de Barros assistindo.
Informações e fotos de «BGU» XXXIV-393, Março de 1958.
(1) Pedro Correia de Barros, tomou posse a 8 de Março de 1957 e governou a Província de Macau até 17 de Setembro de 1959 (sucedeu-o Jaime Silvério Marques)
Anteriores referências a este Governador em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pedro-correia-de-barros/
(2) O restaurante “Golden City” («Cidade de Oiro») ficava no 5.º andar do Hotel Central
Anteriores referências a este Hotel em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-centralpresident-hotelgrand-central-hotel/
(3) Everrett F. Drumright (1906-1993), diplomata de carreira desde 1930, foi embaixador dos Estados Unidos em Taipé de 1958 a 1962. Foi um defensor das pretensões chinesas de Taipé (nacionalista), nas Nações Unidas (nomeadamente no assento no Conselho de Segurança). Reformado em 1963, manteve-se como académico em universidades americanas. Era um estudioso da língua chinesa pelo que a maior parte da sua carreira diplomática esteve sempre ligado à China (Hankow, Beijing, Shanghai, Shantou, Nanjing, Chongqing). Cônsul geral em Hong Kong e Macau de 1954 a 1958. (“The New York Times”, 27 de Abril de 1993)

Mais dois “slides” digitalizado da colecção  “MACAU COLOR SLIDES  – KODAK EASTMAN COLOR)”comprado na década de 60 (século XX), se não me engano , na Foto PRINCESA (1)

O edifício das Repartições Públicas, na Praia Grande, inaugurado no dia 21 de Maio de 1952 (2) e a estátua de Jorge Álvares, do escultor Euclides Vaz, inaugurada a 16 de Setembro de 1954. (3)

O Ministro do Ultramar Sarmento Rodrigues na sua deslocação a Macau em Junho de 1952, acompanhado pelo Governador da província, visitou no dia 20 de Junho de 1952, o Palácio das Repartições Públicas que tinha sido inaugurado no dia 21 de Maio de 1952 e presidiu à inauguração do Tribunal Judicial da Comarca.
Com a progressiva saída das repartições que aí estavam instaladas (Serviços de Fazenda e Contabilidade, Serviços de Administração Cívil e Administração do Concelho), em finais da década de 70 o edifício passou a ter os serviços dos vários tribunais, pelo que normalmente era referido como “O Tribunal” , na década de 80.

O Palácio das Repartições à esquerda (foto tirada provavelmente do edifício D. Leonor), a Avenida Almeida Ribeiro à direita (o Hotel Central, o edifício mais alto).

(1) Ver anteriores slides desta colecção em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/artes/
(2) Este edifício denominado Palácio das Repartições Públicas substituiu o antigo Palácio das Repartições que tinha sido construído entre 1872-1874, no mesmo lugar (começou por ser residência de governadores, depois diversos  serviços públicos e mesmo o início do Banco Nacional Ultramarino). Como foi construído de tijolo e madeira, com o tempo, devido à formiga branca e tufões, degradou-se e foi necessário demoli-lo em 1946.O projecto do novo edifício foi de António Lei , de 1949  e conforme regime da altura, estilo monumental com colunas altas em pedra. (4)
Anteriores referências ao Palácio das Repartições
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/06/20/noticia-de-20-de-junho-de-1952-o-palacio-das-reparticoes-publicas-e-o-tribunal-judicial/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/05/21/noticia-de-21-de-maio-de-1951-edificio-das-reparticoes/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/12/10/noticia-de-10-de-dezembro-de-1862-visconde-da-praia-grande/
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jorge-alvares/
(4) Descrição mais pormenorizada, aconselho consulta em:
http://www.hpip.org/def/pt/Homepage/Obra?a=499

Sobre a inauguração da ponte –cais n.º 16 do Porto Interior, no dia 7 de Abril de 1951, que publiquei em anterior postagem (07-04-2016) (1) encontrei outras duas notícias (com imagens) sobre este assunto na imprensa portuguesa desse ano. (2) (3)


NOTA: O capitalista citado superiormente é FU TAK IAM (Fu Laorong), um dos dirigentes da comunidade sinófona alinhado com Pequim e que foi condecorado pelo Ministro do Ultramar aquando da sua visita ao território em 1952.
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/04/07/noticia-de-7-de-abril-de-1951-inaugura-cao-da-ponte-n-o-16/
(2) BGC XXVI – 312, 1951
(3) BGC XXVII – 313, 951,

cx-fosforo-hotel-central-vOutra caixa de fósforos do Hotel Central (1) , esta da década de 50 (século XX).
cx-fosforo-hotel-central-iEsta caixa mais pequena que a anterior (2), rectangular (dimensões: 5,5 cm x 2, 7 cm x 0,9 cm); num dos lados com fundo preto e letras a amarelo e o logótipo do hotel no canto superior direito (a branco).

Hotel Central
Macau

cx-fosforo-hotel-central-iiNo outro lado, fundo amarelo com os caracteres chineses a preto  (leitura da direita para a esquerda); o logótipo do hotel no canto superior direito (a branco).

門 澳
店 酒 央 中
TEL: 5III (1o LINES)

cx-fosforo-hotel-central-iiiA “cabeça” dos fósforos de cor azul claro
Na parte lateral indicação de do endereço rádio-telegráfico, registado em Hong Kong.

cx-fosforo-hotel-central-ivCable : “HOTCENTRAL” HONGKONG

cx-fosforo-hotel-central-vi(1) Acerca do «Hotel Central», ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/04/29/anuncios-hotel-central-i/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/08/21/anuncios-de-hoteis-em-1957/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/08/11/caixa-de-fosforos-hotel-central-i/
 

A propósito do livro “Roteiro do Ultramar”, postado em (1), encontrei no Anuário de Macau de 1956-1957, os seguintes anúncios, referentes aos hotéis de 1.ª categoria que existia em Macau no ano de 1958,  (só faltou o do Hotel «Kuoc Chai»).

ANÚNCIO Hotel Central 1957Anúncio do Hotel Central de 1957 (gerido pela Companhia Tai Hing), semelhante ao já publicado em (2), referente ao ano de 1951.

O EDIFÍCIO MAIS ALTO DO ULTRAMAR PORTUGUÊS,
SITUADO NA AVENIDA ALMEIDA RIBEIRO
A PRINCIPAL ARTÉRIA DA CIDADE

ANÚNCIO Hotel Bela Vista 1957HOTEL BELA VISTA
SERVIÇO PERFEITO
QUARTOS A PREÇOS ACESSÍVEIS,
ASSEADOS E COM BOA VENTILAÇÃO

ANÚNCIO Hotel Riviera 1957HOTEL RIVIERA
É o único hotel europeu desta cidade com o maior conforto para turistas e visitantes

ANÚNCIO Hotel Macau 1957HOTEL MACAU
Preços módicos
Comodidades modernas

NOTA: O Hotel “Macau” tinha a gerência de Peter Pang e  os hotéis “Riviera” e “Bela Vista” estavam, nesse ano, a ser geridos pela Sociedade “A Macau Lda”.
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/08/17/leitura-roteiro-do-ultramar/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/04/29/anuncios-hotel-central-i/

Livro de Manuel Henriques Gonçalves, “Roteiro do Ultramar (1), de 1958 (traz a indicação de 1959, na lombada) pretende ser, conforme afirma o autor “… uma síntese da história, da geografia, das raças, das produções, das possibilidades sociais e turísticas, dos meios de comunicação, numa palavra, – da vida desses pedaços de Portugal, que, como há oito séculos, continua a ser um povo de missão…..”

Roteiro do Ultramar CAPA

Não traz a indicação da editora mas muito possivelmente da Agência Geral do Ultramar, dentro da política de propaganda ultramarina.

Roteiro do Ultramar MAPA Macau 1958

Referência a Macau das páginas 111 a 120, com 10 páginas de fotogravuras no texto e um mapa de Macau cartonado intercalado extra-texto.

Roteiro do Ultramar Página Macau

De interesse (curiosidade), a ADENDA UTILITÁRIA, no fim do capítulo sobre Macau, proposto pelo autor (em 1958):
“Vias de comunicação exterior:
– Ligações marítimas diárias com Hong Kong; ligações com Lisboa
– Ligações terrestres com a China através da Porta do Cerco.
Elementos económicos:
Como grande porto franco e província constituída por áreas urbanas Macau é um grande entreposto de trânsito e importação. NO entanto, exportou em 1956: arroz (518 tons); artefactos de malha (22 tons); artigos de bambu (352 tons); artigos de couro (10 tons); artigos de toilette (1.000 tons).
Divisão administrativa:
Concelhos de Macau e Ilhas.
Hotéis:
Europeus e chineses: A Chao, Bela Vista(1), Cam Va (ou Kam Va *), Cantão, Central (2), Homo (*) Ian Ian, Kam Lang, Ruoc Chai (3), Macau(4), Riviera (5), San Hou (*), San Ka Pau, Hap Kei, Tai Peng, San San (*), Siong Hoi Seng Kai, Tong Fong, Ung Chao (*), Va Ton, Veng Va (*), Vo Cheong.
(sinalizo os cinco hotéis de 1.ª categoria e com (*) os hotéis de 2.ª categoria, frequentados sobretudo pela população chinesa)
Informações económicas e turísticas:
Repartição Técnica de Estatística – Macau
Informações gerais:
Agência Geral do Ultramar – Rua S. Pedro de Alcântara, 81 – Lisboa.”
 
Roteiro do Ultramar CAPA+CONTRACAPA

GONÇALVES, Manuel Henriques – Roteiro do Ultramar. Lisboa, 1958, 131 p. De 22 cm x 16 cm.

(1) O Hotel Bela Vista estava situado na Rua Comendador Kou Ho Neng . Disponha de 27 “arejados” quartos, com restaurante de comida europeia e uma esplanada (onde tocava durante os meses de Verão e Outono, todas as noites das 21.00 horas à meia-noite uma “moderna” orquestra de jazz). Os preços dos quartos, diárias em patacas, variavam de $10,00 para os “singles” «sem casa de banho» a $30.00, para os “doubles” «com casa de banho». Mais informações em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-bela-vista/
(2) O Hotel Central estava situado na Avenida Almeida Ribeiro. No 6.º andar, um «Salão de Dança», todas as noites das 21.00 às 3.00 horas da madrugada tocava uma orquestra filipina. Os preços variavam, diárias em patacas, de $ 7,50 para os “singles” «sem casa de banho» a $14.00 para os “doubles” «com casa de banho».Mais informações, ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-centralpresident-hotelgrand-central-hotel/
(3) Deve ter sido erro de impressão – O Hotel era o Kuoc Chai (Grande Hotel) situado ao fundo da Avenida Almeida Ribeiro, junto das pontes de desembarque do porto interior, onde atracavam os barcos da carreira Macau-Hong Kong. Tinha 84 quartos. O «Salão de Dança», que estava 1.º andar estava aberto todas as noites das 21.00 às 3.00 horas da madrugada. As diárias, em patacas, dos “singles” «sem casa de banho» custavam $10,00 e os “doubles” «todos com casa de banho», $25,00. Para mais informações, ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/07/noticia-de-7-de-marco-de-1941-grande-hotel-kuok-chai/
(4) Hotel Macau, estava na Travessa das Virtudes e era dos hotéis de 1.ª categoria, o mais económico. Tinha 62 quartos com os “singles” «sem quarto de banho» a custar $ 5,00 patacas diárias e os “doubles” «com quarto de banho e ar condicionado» a $ 14,00 diárias.
(5) Hotel Riviera estava situado no cruzamento da Rua da Praia Grande com a Avenida Almeida Ribeiro era o hotel preferido pelos turistas estrangeiros. Dispunha de 22 «amplos e arejados quartos», com as diárias desde os “singles” «sem casa de banho» por$15,00 patacas até aos “doubles” «com casa de banho», por $30,00 patacas. Para mais informações, ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-riviera/

O “CAFÉ DE CHINE”, estava no 1.º andar do Hotel Central / 中央 (1) na Avenida Almeida Ribeiro / . Terá funcionado nesse hotel, com este nome em toda a década de 60, e servia comida chinesa (tinha ar condicionado). Nos Anuários de Macau da década de 70 já não o mencionava. O telefone era: 5125 – 9
A caixa de fósforo tem as seguintes dimensões: 5,5 cm x 3,5 cm x 1 cm.

Café de Chine Cx I  酒 央      (2)

Café de Chine Cx LateralNão consegui “decifrar” os caracteres do nome, em chinês, deste “Café”.

Deveria ser uma “sucursal” do “CAFÉ DE CHINE” de Hong Kong, pois do outro lado da caixa apresentava o mesmo “reclame” mas com o endereço de Hong Kong. (Tel:  220400; 224383; 234750). 

 

Café de Chine Cx II

Aliás, esse mesmo reclame, encontro-a numa carteira (bastante danificada e já sem fósforos), somente com o endereço de Hong Kong (certamente utilizada no “café” de Hong Kong).

Café de Chine Cx CarteiraDimensões da carteira: 4,7 cm (maior lado) x 3,8 cm x 0,5 cm (um lado) 

Café de Chine Carteira IDo outro lado da carteira do “CAFÉ DE CHINE”, de Hong Kong, um reclame do «7UP»

« “Fresh up” with 7UP 七喜 » (3)

Café de Chine Carteira IIAnteriores referências do Hotel Central em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-central/ 
(1) 央酒 mandarim pinyin: zhong yang jiu diàn; cantonense jyutping: zung1 joeng1 zau2 dim3 – Hotel Central
Embora em anteriores “posts” sobre o Hotel Central tivesse afirmado que este fechou portas em 31 de Dezembro de 1961, (após atribuição da concessão do exclusivo do jogo à STDM – início a 1 de Janeiro de 1962), isto não corresponde à verdade. Fechou somente o casino que estava instalado nesse hotel, continuando a funcionar o Hotel e os restaurantes embora já sem a pujança económica dos “velhos” tempos. A evidente degradação das instalações por falta de renovações, levou ao fecho definitivo na década de 70. No entanto, terá reaberto (?) pois o Anuário de Macau de 1980 voltou a sinalizá-lo-o como Hotel de 1.ª classe a funcionar na Avenida Almeida Ribeiro n.º 30, nos pisos 4.º, 5.º, 7.º, 8.º, 9.º e 10.º.
(2)     – “lê-se” da direita para a esquerda.
   mandarim pinyin: lù má xin mén Ào;   cantonense jyutping: lou6 maa5 san1 mun4 Ou3 – Avenida Almeida Ribeiro, Macau
mandarim pinyin: diàn   jiu yang  zhong; cantonense jyutping: dim3 zau2  joeng1 zung1 – Hotel Central
mandarim pinyin: lóu èr; cantonense jyutping: lau4 ji6 – segundo piso – 1.º andar.
(3) 飯店 mandarim pinyin: fàn diàn; cantonense jyutping: faan6 dim3
       七喜mandarim pinyin: qi xi; cantonense jyutping: cat1 hei2 (tradução literal: sete “coisas” alegres/agradáveis).

Caixa de fósforo do «Hotel Central», (dimensões: 5,5 cm x 3,5 cm x1cm) cor de base esverdeada (”azeitona”); num dos lados, o logotipo do Hotel no canto superior esquerdo  e com letras em amarelo

Hotel Central IHOTEL CENTRAL

MACAU

Do outro lado, o mesmo fundo, os caracteres em chinês, a amarelo e logotipo no canto superior direito (1)

Hotel Central II中央 酒店

澳門 新馬路

Do lado lateral:

Hotel Central III26-30 AVENIDA ALMEIDA RIBEIRO

TEL: 7700

Dos vários tipos de caixas de fósforos que o Hotel “produziu” ao longo dos anos de actividade., creio que este “modelo” terá sido um dos últimos, da década de 50. Recorda-se que o Hotel encerrou as portas em 31 de Dezembro de 1961.

(1)   中央 酒店 mandarim pinyin: zhong yang jiú diàn ; cantonense jyutping: zung1 joeng1 zau2 dim3
澳門 新馬路 mandarim pinyin: Ào mén xin ma luò; cantonense jyutping: Ou3 mun4 san1 maa5 lou6
Sobre o «Hotel Central» ver anteriores “posts” em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-central/

Foi inaugurado o «President Hotel» (adoptaria a designação de «Grand Central Hotel» a partir de 1930, mais conhecido como «Hotel Central»), sendo o primeiro “risca-céus” de Macau. Inicialmente tinha 6 andares, mas com o tempo foi aumentando até aos 11 andares, tendo sido durante muito tempo, o mais alto do Ultramar Português (1).
No rés do chão e sobre-loja, funcionava o Restaurante “GOLDEN GATE” (um dos primeiros restaurantes a funcionar interruptamente “onde se encontra uma cozinha excelemte que satisfará todos os gostos”); do outro lado do rés do chão estava um “SALÃO DE BELEZA(“o melhor da colónia”); no 1.º andar tinha um salão de divertimentos (“divertimentos europeus e chineses”); tinha outro restaurante “GOLDEN CITY” no 5.º andar; no 6.º andar estava o Cabaret/Salão de dança ( com uma “esplêndida banda e dispondo de ar condicvcionado); os quartos do hotel estavam no 2.º ao 4.º  e no 7.º ao 10.º andares (2).
Os anúncios nos jornais da época, não o mencionava expressamente, mas no 1.º andar funcionava o “CASINO HAO XING” (daí o anúncio de salão de divertimentos europeus e chineses”)
A inauguração do hotel foi notícia não só em Macau e Hong Kong como também no estrangeiro e em Portugal , uma revista, em 1939, anunciava o seguinte: (3)

Hotel Presidente

O monumental edifício do «President Hotel», o maior estabelecimento hoteleiro de Macau e um dos melhores do sul da China, foi recentemente inaugurado pelo governador daquela colónia sr. Tamagnini Barbosa, perante uma numerosa assistência. Este edifício que veio a custar meio milhão de patacas, tem 80 quartos para hóspedes, dez salas de jantar, um roofgarden e um esplêndido salão cinematográfico. Esta arrojada iniciativa pertence ao activo capitalista de Macau sr. Hee Cheong cujo retrato se vê no medalhão que é um grande amigo de Macau e dos portugueses.”

Hotel Central década de 60Avenida Almeida Ribeiro e o Hotel Central na década de 60 (já com os 11 andares)

As notícias davam ainda como novidade, neste hotel, de dois elevadores com capacidade para 9 pessoas cada um e ainda a instalação de um cinematógrafo e um “frigorífico” (4)

Hotel Central A Voz de Macau 1042Anúncio no jornal “A Voz de Macau”, em 1942

O Hotel Central (local de muitas “estórias” principalmente durante a guerra do Pacífico) fechou portas em 31 de Dezembro de 1961, após a atribuição da concessão do exclusivo do jogo à  STDM (a partir de 1 de Janeiro de 1962).
NOTA: É de recordar que nesse mesmo ano, Janeiro de 1928, abriu o «Hotel Riviera», sucessor do «New Macao Hotel» (por sua vez, sucessor do «Hing Kee» ) na Avenida Almeida Ribeiro, cruzamento  da Praia Grande, em frente ao Banco Nacional Ultramarino. No Anuário de Macau de 1927, o único hotel “conhecido” mencionado era o «New Macao Hotel».

(1)   GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau. Notícias de Macau, 1954, 267 p.
(2)   Ver anterior “post” anúncios do Hotel Central
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/04/29/anuncios-hotel-central-i/
(3)   Revista “Ilustração”, 1929, n.º 73, p.14
(4)   SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Século XX, Volume 4. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, 2.ª Edição, Macau, 1997, 454 p, ISBN 972-8091-11-7.

Outras referências aos hotéis Central e Riviera:

https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-central/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-riviera/  

No Campo 28 de Maio, de Macau, realizou-se com numerosa assistência o III “Interport” de Futebol, entre grupos representativos das Polícias de Macau e Hong Kong, Os polícias de Hong Kong iniciaram o desafio com grande energia marcando o primeiro ponto aos quatro minutos do jogo. O desafio decorreu renhido terminando pelo elevado score de 6-3 a favor da Polícia de Macau.

3 Interport PSP 1950 I carimboO Governador Sr. Comandante Albano de Oliveira, cumprimentando no Campo, os componentes das selecções que jogaram

3 Interport PSP 1950 IIAspectos das bancadas (1)

3 Interport PSP 1950 IIIO Campo 28 de Maio durante o desafio (1)

            Esta colónia recebeu os visitantes com a proverbial hospitalidade portuguesa. Sete «jeeps» da Polícia foram à ponte-cais buscar os jogadores e dirigentes do grupo de Hong-Kong, conduzindo-os, após um passeio pela cidade, ao Hotel Riviera onde se hospedaram. À noite, após o desafio, foi-lhes oferecido um jantar no restaurante Golden City do Hotel Central, de confraternização entre as duas polícias. Em nove mesas tomaram lugar cerca de cem convivas.

3 Interport PSP 1950 IV carimboOs «jeeps» da Polícia de Macau que conduziram os jogadores de Hong Kong, estacionados em frente da ponte-cais da carreira de ligação Macau-Hong Kong, no Porto Interior

Numa das mesas tomaram lugar os Srs. capitão José Pires Simões, presidente da direcção da Associação de Futebol de Macau, capitão Augusto Remígio, presidente do Conselho Consultivo, tenente Simeão Inácio da Costa, vogal da direcção, que representava o comandante da Polícia de Macau, Sr. Capitão Luís Paletti, Mário de Almeida Machado, seleccionador da referida Associação, Francisco Maria Candeias, oficial da Polícia de Macau, major S. O. I., superintendente da Polícia de Hong-Kong, sub-inspectores Gordon e Taylor, «staff sargeant», A. Colaço, Wei Cheong e David Barrote, representantes do Notícias de Macau e Secção de Propaganda. Noutra mesa os Srs. Joas Lopes, chefe da secção especial da mesma Polícia, e Fausto Afonso Branco, chefe da secção da P. I. C. e outros representantes da Polícia de Hong-Kong.

NOTA: não consegui “descobrir” qual o dia e o mês deste encontro, em 1950
Fonte: Agência Geral das Colónias, 1950
(1) Estas duas fotos foram anteriormente publicadas em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/campo-desportivo-28-de-maio/
embora de fonte diferente, “Anuário de Macau, 1950″.