Extraído de «The Singapore Free Press and Mercantile Advertiser» (1884-1942) 17 March 1908 p. 5
https://eresources.nlb.gov.sg/newspapers/Digitised/Article/singfreepressb19080317-1.2.26
Extraído de «The Singapore Free Press and Mercantile Advertiser» (1884-1942) 17 March 1908 p. 5
https://eresources.nlb.gov.sg/newspapers/Digitised/Article/singfreepressb19080317-1.2.26
Extraído de «ABC Madrid», 9-03-1908
http://hemeroteca.abc.es/nav/Navigate.exe/hemeroteca/madrid/abc/1908/03/09/001.html
Ver anteriores postagens sobre este incidente: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/tatsu-maru/
The Singapore Free Press and Mercantile Advertiser, 17 March 1908, Page 5
https://eresources.nlb.gov.sg/newspapers/Digitised/Article/singfreepressb19080317-1.2.27
Notícia de 12 de Fevereiro de 1874 na imprensa portuguesa, no «Diário Illustrado» n.º 531 p.3, (1) sobre a visita do Governador Visconde de S, Januário ao Japão, em 1873.
NOTA: O governador chegou a Macau no dia 8 de Fevereiro de 1874, vindo duma visita a Cantão (Guangzhou) de 1 a 8 de Fevereiro e não (como salienta a notícia) do Japão; Inaugurou o Hospital que foi concluída em Dezembro de 1873, a 6 de Janeiro de 1874 (2)
(1) Diario illustrado. – Nº programa (jun. 1872) – a. 39, nº 13301 (7 jan. 1911). – Lisboa : Impr. de Souza Neves, 1872-1911. – 46 cm
(2) 23-10-1873 – O Governador Visconde S. Januário (1827-1901) seguiu para o Japão na qualidade de enviado extraordinário e ministro plenipotenciário, sendo recebido pelo Imperador Matsuhito (Meiji), no dia 20 de Novembro de 1873. Barão de São Januário em 1866 outorgado por El-Rei D. Luís; visconde em 1867 e finalmente conde de São Januário em 1889. Em 1872 assumiu o cargo de Governador-Geral de Macau e Timor, cargo que exerceu até 7 de Dezembro de 1874, tendo entretanto sido nomeado Ministro Plenipotenciário.
07-05-1874 – Exoneração a seu pedido, do cargo de Governador da Província de Timor, do Visconde de S. Januário e nomeação do Coronel do exército, José Maria Lobo d´Àvila para o mesmo cargo. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 207 e 211)
Extraído de «Gazeta de Macau e Timor» II-6 de 28 de Outubro de 1873, p. 2
Anteriores referências a este Governador em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/januario-correa-de-almeida-visconde-conde-de-s-januario/
Tam Pek Lei, proprietário da firma Kong Vo (1) (firma que estava situada na Rua de S. Domingos num dos edifícios de traça ocidental de três pisos à frente da actual Livraria Portuguesa), alugou o cargueiro japonês «Tatsu Maru n.º 2» que partiu da cidade de Kobe em 26 de Janeiro para introduzir clandestinamente na China, aos alegados revolucionários , 2000 espingardas e 40 000 balas de Empresa Tatsuma. Na tarde do dia 5 de Fevereiro o vapor japonês foi abordado por um navio patrulha da marinha de Amoy (Guangdong) ao largo da Ilha de Coloane e a carga ilegal detectada originou um sério incidente diplomático entre a China, o Japão e Portugal.
A população chinesa de Macau e Hong Kong e comunidade chinesa em diversas cidades asiáticas manifestaram publicamente a sua indignação contra as acções subversivas dos japoneses conduzindo a manifestações e ao boicote de produtos japoneses durante sete meses.
O navio foi rebocado para Cantão (Guangzhou) alegando o governo imperial chinês que as águas de Coloane não constituíam parte do território de Macau.
Sequência relacionada com o Incidente “ Tatsu Maru” que durou entre Março e Outubro de 1908
5 de Fevereiro – Aprisionamento do navio “Tatsu Maru” pela armada chinesa.
13 -15 de Março – Japão impõe cinco exigências à China Imperial incluindo a libertação do navio, pedido de desculpas e uma indeminização.
17 de Março> – Mercadores em Cantão (Guangzhou )começam um boicote aos produtos chineses.
19 de Março – Protestos da população na província de Cantão (Guangdong). O boicote aos produtos chineses estende-se por toda a China.
21 a 22 de Março – Devido à pressão do Japão, o governo imperial chinês ordena o fim do boicote.
5 de Abril – As mulheres em Cantão (Guangzhou) organizam um marcha memorial de vergonha por este incidente.
(1) No rescaldo deste incidente, o negócio de Kong Vo sofreu imenso e nem o facto de mudar de nome salvou a empresa.
Tam Pek Lei não teve outro remédio senão abandonar Macau e reiniciar a sua vida em Honolulu e outros países do sudeste asiático. As instalações seriam adquiridos por um respeitável comerciante chinês de Macau, Ho Lin Vong e transformadas numa casa de ópio e jogo, sob a designação de Companhia Chap Chi. (As Ruas Antigas de Macau, IACM, 2016, p. 17)
NOTA 1: sobre este incidente, vale a pena ouvir João Guedes in Falar de Memória (127) “O Tatsu Maru e a Questão de Macau” em: http://port.tdm.com.mo/c_radio/play_audio.php?ref=9943
NOTA 2: interessante trabalho académico deste incidente, do ponto de vista japonês https://digitalrepository.trincoll.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1041&context=moore
10-01-1667 – Chegaram, pela tarde, acompanhadas pelos mandarins de Hèong-Sán e da Casa Branca, três das dez ou quinze autoridades superiores da fiscalização do litoral, que vieram de Cantão, para se certificarem do cumprimento da ordem imperial, que mandava retirar as populações do litoral para o interior, estando Macau abrangida nessa ordem. Estas autoridades partiram logo, no dia seguinte. Durante a sua breve estadia visitaram a Fortaleza do Monte, que salvou com 5 peças, o mesmo fazendo a Fortaleza da Nossa Senhora da Guia, quando elas se foram pelo Campo, para a Porta do Cerco. (1)
15-02-1667 – O mandarim de Heong San intimou a cidade de Macau a cumprir a ordem de Pequim (2)de transferir a cidade para o interior, prometendo, no entanto, tratar de conseguir a sua reabertura comercial, no caso de lhe serem dados 250 000 taéis. Dias antes, chegaram 12 barcos para porem o cerco à cidade da banda de Oitem (Lapa) e da Taipa, impedindo a saída das lorchas para a pesca e para buscar lenha, fechando-se também a Porta do Cerco, por onde já era impedida a vinda do arroz há 20 dias. Feita a promessa, reabriu-se a Porta do Cerco três dias depois, retirando-se também a flotilha. (1)
31-03-1667 – Chegaram cartas de Cantão dando a notícia de que o Vice-Rei dessa cidade tinha ordenado o envio de barcas a Macau a fim de transportar os habitantes com todos os seus bens para o interior, em conformidade com a ordem imperial da transferência das populações do litoral para as terras de dentro, devido aos ataques do pirata Coxinga., adversário dos Manchus. (1) (3). A embaixada de Saldanha conseguiria demover o Imperador. (4)
7-04-1667 – O Mandarim de Casa Branca oficiou aos moradores de Macau, ordenando que preparassem as suas bagagens a fim de serem transportados para Cantão, onde fora já escolhido o sítio com casas para sua residência, devendo entretanto ser feita a concentração na vila de Hèong-Sán, onde algumas barcas estavam esperando para transportar para Cantão, em consequência da ordem imperial que mandava transferir todas as populações do litoral para o interior, devido aos ataques do pirata Coxinga. (1)
18-04-1667- O mandarim de Hèong Sán comunicou que viria a Macau, estando a Porta do Cerco estava fechada há 39 dias mas, no dia seguinte, informou que não poderia vir e convidou o Senado a avistar-se com ele na Casa Branca. O Senado, receando alguma armadilha, mandou-lhe dizer que não era costume sair do lugar em que sempre têm sido tratados os negócios desta cidade e que, querendo, viesse ele, portanto a Macau. (1)
Todos os anos os chineses exerceram pressão sobre Macau, invocando serem ordens do Imperador. Mas não eram. O Suntó ou Vice Rei de Cantão provou as suas culpas acabando por se enforcar (4)
(1) GOMES. Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.
(2) Devido aos ataques constantes do pirata Coxinga, sediado na Formosa, o Imperador chinês decidiu pôr em prática um decreto obrigando ao recuo de quatro léguas para o interior nas cinco províncias d Sul da China ((A.N.M. – DITEMA, Volume IV, 2011 p.1323
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/zheng-chenggong-%E9%84%AD%E6%88%90%E5%8A%9F-coxinga/
(4)) Manuel Pereira Saldanha, que foi enviado como Embaixador de Portugal à corte de K´ang Hsi (Kangxi), não conseguiu resolver as pendências que levava (aspirava libertar Macau e restituir-lhe a continuidade como intermediária entre o comércio interno e externo nos mares da China) e faleceu na cidade de Uai-On-Fu (Huaiyin) no dia 21 de Outubro de 1670, no regresso da sua embaixada a Pequim. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume I, 2015, pp. 181-182, 187)
NOTA: “No dia 3 de Setembro de 1839, visitou Macau o Comissário Lin (1785-1850), grande palatino da proibição do ópio. Tem em Macau um “Memorial “ no Templo de Lin-Fong fundado em 1997 e uma Fundação Lin Zexu, criada em 1998, para promover o estudo da sua actuação nas guerras de ópio e sua relação com este território” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 87).
Hoppo – administrador da alfândega chinesa (Guangzhou / Cantão) (粵海關部; pinyin: Yuèhǎi Guānbù), na dinastia Qing, official responsável perante o imperador no controle dos barcos, cobrança da tarifas, mantendo ordens dos comerciantes ao longo do delta do rio das pérolas, de 1685 a 1904. Em Macau, as alfândegas chinesas denominavam-se de Hopu. Exitiam duas: Hopu grande na Praia Grande e Hopu pequeno no Largo do Ponte e Horta e arredores. Ver: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2022/03/05/noticia-de-5-de-marco-de-1849-fecho-dos-hopus/
“1667- Grande movimento comercial de Macau com o Norte (Ansão e Cantão) para onde se enviava coral, e alambre, vindo das costas da África Oriental (espécie de âmbar cinzento), bucho de peixe, ninhos de pássaro e asas de peixe e outras fazendas consideradas de requinte. As Portas do Cerco, de irregular abertura, foram nesse ano e no mês de Agosto declaradas abertas diariamente, o que mereceu repiques de sinos, salvas de artilharia e de mosqueteria. A cidade chegou a estar dois meses à míngua, por se encontrarem fechadas as Portas do Cerco.”
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. I, 2015, p. 181.
“8-12-1830 – O Suntó de Cantão ameaçou, por Edital, expulsar para Macau qualquer mulher estrangeira que, contra as leis do Império fosse levada para Cantão, devendo igualmente ser expulsos para os seus países os navios estrangeiros que desobedecessem a tal ordem. Esta ordem foi repetida várias vezes.” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 59)
08-12-1830 – Em 8 de Dezembro, o mesmo Mandarim repetiu este Edital, ordenando às autoridades do litoral que não deixassem passar mulher alguma e que fizessem fogo contra qualquer que desobedecesse. Os chineses receavam que os negociantes europeus, tendo consigo as famílias, passassem a tornar permanente a sua residência nas feitorias e fossem aumentando de número, de forma a constituírem, no futuro, uma colónia numerosa e pouco dócil. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 58.
Em 10 de Março de 1980, o Governador de Macau general Melo Egídio, acompanhado pelos Secretários-adjuntos para os Assuntos Económicos Henrique de Jesus e Obras Públicas e Telecomunicações, Aires da Silva, efectuaram, até 17 deste mês, uma visita oficial à República Popular da China para tratarem de assuntos sobre Macau e as relações luso-chinesas, a convite do Ministro do Comércio Externo daquele país. O general Melo Egídio, Governador de Macau entre 1979 e 1981, foi o primeiro a realizar uma visita oficial, à República Popular da China, depois da implantação do regime comunista, em1949 e a estabelecer relações amistosas com as autoridades chinesas de Pequim como da província de Guangdong cerca de um ano depois de Portugal e China terem restabelecido as relações diplomáticas
Um dos assuntos da sua agenda era a obtenção de assentimento para construção de um aeroporto e de uma ligação ferroviária com a China. Quando da visita, o Governador de Macau teve oportunidade de ser recebido pelo Vice-Primeiro-Ministro, Deng Xiaoping, com ele trocando francas e amistosas impressões sobre o significado do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. (1)
Antes de regressar a Macau, a 15-03-1980, o Governador Melo Egídio e a sua comitiva visitaram Xangai e Guangzhou, aonde mantiveram conversações com o Governador de Guangdong, Xi Zhonxu e os Vice governadores Liang Weilin e Zeng Dindgshi sobre a cooperação entre a província de Guangdong e Macau (1)
(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. III, 2015, pp. 416-417