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04-11-1823 – Notícia de que foi preso o Pe. Joaquim José Leite, Superior do Seminário/Colégio de S. José. Pouco depois, e por ter defendido o Superior, por escrito, quase está para acontecer o mesmo ao Pe. Luiz Alvarez Gonçalves; mas é apenas rejeitado como substituto que chegou a ser na liderança do Seminário, sendo esta entregue com o beneplácito do Bispo Chacim ao Rev. Nicolau Rodrigues Pereira de Borja. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 39)

Extraído de «Gazeta de Macau», n.º IV de 24 de Janeiro de 1824, p 303

O Padre Joaquim José Leite (lazarista) chegou a Macau no dia 20 de Maio de 1801 e aqui veio a falecer com 89 anos de idade e 52 de residente, a 25 de Junho de1853. No se tempo, o Seminário estava aberto a seminaristas com vocação sacerdotal, mas também à juventude de Macau (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 7)

Anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pe-joaquim-jose-leite/

Extraído de «Gazeta de Macao», n.º IV de 24 de Janeiro de 1824, pp. 310 e 312

No dia 20 de Janeiro de 1824, embarcaram na fragata Salamandra o Comandante dela, Capitão de Mar-e-Guerra Joaquim Mourão Gracez Palha, futuro governador de Macau. (1) Foi muito obsequiado e saudado à hora da partida, tendo a fortaleza de S. Francisco salvado quando, dirigindo-se do Hopu da Praia Grande para bordo, a lancha que o conduzia passou a frente.“ (2) A fragata que esteve em Macau desde 23 de Setembro de 1823 até à partida em 20 de Janeiro de 1824, trouxe uma força de 200 marinheiros e oficiais vindos de Goa, (3) sob o comando do Major João Cabral de Estefique ocupando as fortalezas e impondo um Conselho do Governo. (2) (3) (4)

(1) De 1825 a 1827 é Governador de Macau, Joaquim Mourão Garcês Palha. Teve problemas financeiros e políticos, nomeadamente com as autoridades chinesas quer de Cantão quer de Pequim. Garcês Palha chegou a ser em 1848 governador geral da Índia. (2) Anteriores referências de Joaquim Mourão Garcez Palha em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joaquim-mourao-garces-palha/

(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, pp. 38-40.

(3) De 1 de Julho a 23 de Setembro de 1823, a Cidade de Macau, foi governada exclusivamente pelo Senado. Em 23-09-1823, toma posse, em substituição do Senado, um conselho presidido pelo Bispo D. Fr. Francisco de Nossa Senhora da Luz Chacim, dele fazendo parte p Major João Cabral d´Estefique e um vereador aos meses (liberal). O termo de posse foi lido no Senado, mas a provisão era do Governador de Goa, D. Manuel da Câmara. Exactamente por este motivo, as nomeações não foram bem acolhidas. Entre outras razões, foi invocado que “se o povo de Goa pode dar autoridade, por que o não poderá o de Macau? (2)

(4) “23-09-1823 – Segundo os liberais do Senado, a fragata Salamandra era o centro do alegado movimento despótico e anti-constitucional que ameaçava Macau.” (2)

NOTA: “03-01-1824- Primeiro número do periódico “Gazeta de Macao”, substituto de “A Abelha da China”. Durou até fins de Dezembro de 1826. De periodicidade semanal, era impresso na Tipografia do Governo, a cargo do Leal Senado. O parque tipográfico veio a ser posteriormente emprestado ao Superior do Colégio de S. José, P.e Nicolau Rodrigues Pereira de Borja. (2)

«Gazeta de Macao», I-n.º 26 de 18 de Julho de 1839. p. 96.

O navio francês «Alexandre», sob o comando do capitão D. Ponyalet, pertencente à empresa holandesa “Van Basel, Toe Laer & Co,” (1) deu entrada no porto de Macau, chegado de Manila, no dia 30 de Junho de 1839 («Gazeta de Macao», I-25 de 11-07-1839 p. 95). (2)

O mesmo anúncio com a mesma data é repetido no mesmo jornal, «Gazeta de Macao», I-28 de 1 de Agosto, de 1839, p. 104.

(1) A companhia holandesa sediada na Batavia “Van Basel, Toe Laer & Co,” tinha uma delegação em Cantão, no n.º 1 Dutch hong. Os sócios fundadores foram Magdalenus Jacobus Senn Van Basel (3)  e G. M. Toe Laer

Extraído de «The Chinese Repository», Vol V, From May 1836 to April 1837, p. 431

(2) O semanário «Gazeta de Macao» iniciou-se a 17 de Janeiro de 1839, editado por Manuel Maria Dias Pegado, irmão do deputado macaense e lente de Matemática na Universidade de Coimbra, lente da cadeira de Física na Escola Politécnica, Guilherme José António Dias Pegado. Já tinha existido uma «Gazeta de Macao» de 3 de Janeiro de 1824 a 13 de Dezembro de 1826. Esta nova série de 32 números terminou em 29 de Agosto de 1839 (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume IIm, 2015, p. 84)

(3) Magdalenus Jacobus Senn Van Basel (1808-1863), nascido na Holanda foi nomeado escrivão no consulado da Holanda em Cantão em 1826 e Vice-cônsul em Novembro de 1831. Estabeleceu a empresa «Senn van Basel & Toe Laer & Co» em Cantão a 12 de Junho de 1835 com os sócios G. M. Toe Laer e P. Tiedenan. Em 1848 foi nomeado “Collector General of Taxes”. https://www.werelate.org/wiki/Person:Magdalenus_Senn_Van_Basel_(1)

Extraído de «The Canton Register»,  Vol 8, n.º 26 de 30 de Junho de 1835 , p. 101.

“A 2 do corrente sentio-se nesta Cidade hum pequeno termor de terra aos 7 minutos depois do meio dia, o qual duraria por espaço de 5 segundos e sendo bastante sencível não causou com tudo prejuízo algum nos edifícios.”

«Gazeta de Macao»,n.º 11 de 10 de Janeiro de 1824, p. 301.

Extraido de «Gazeta de Macau», n.º VI de 7 de Fevereiro de 1824.

Anúncio de lições da “língoa ingleza» na Calçada da Penha e lições de Dança “em sua casa aos homens, e às Senhoras em casa de cada huma”, publicado na «Gazeta de Macao» XXIV de 11 de Junho de 1825.

Extraído de «Gazeta de Macau» n.º II de 8 de Janeiro de 1825.

NOTA : sobre este incêndio ver anterior referência neste Blogue em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/12/31/noticia-de-31-de-dezembro-de-1824-incendio-do-convento-de-santa-clara/

A “Gazeta de Macau” (2.ª fase) (1) que se iniciou em 17-01-1839 terminou a 29-08-1839 (2) após a publicação do nº 32. Era um semanário impresso na Tipografia Macaense e tonha como redactor Manuel Maria Dias Pegado. (3)
No início da publicação apresentava-se como jornal oficial, (após a suspensão da publicação do «Boletim do Governo da Província de Macau, Timor, e Solor»), (4) passando depois a jornal de oposição, lutando pela liberdade de imprensa. Foi sujeito à censura.
Alguns “Avizos” curiosos/interessantes, extraídos deste semanário
(1) “Gazeta de Macau” (1.ª fase) foi publicada de 03-01-1824 a 30-12-1826 tendo saído 52 números. O redactor era António José da Rocha mas segundo algumas fontes, o redactor verdadeiro era um frade agostiniano.
(2) “29-08-1839 – Terminou, após 32 números, a publicação do semanário «Gazeta de Macau», editado por Manuel Maria Dias Pegado, irmão do célebre deputado e lente da Universidade de Coimbra e da Escola Politécnica, o doutor Guilherme José António Dias Pegado.” (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954)
(3) Manuel Maria Dias Pegado (1805 – ? ) fundou três jornais em Macau: o semanário «Gazeta de Macao» cujo primeiro número saiu a 17 de Janeiro de 1839 e terminou a 29 de Agosto de 1839, após 32 números; «O Portuguez na China» em 2-09-1839 (durou até até 04-05-1843); o «Procurador dos Macaistas» em 06-03-1844 (até 22-09-1845).
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/manuel-maria-dias-pegado/
(4) “09-01-1839 – Suspendeu-se a publicação do Boletim do Governo da Província de Macau, Timor e Solor, que era impresso, na Tipografia Macaense, oficina de S. Wells Williams, após cinco números, reaparecendo só no ano seguinte, com o mesmo título a 08-01-1840. (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954)