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Extraído da «Gazeta de Macau e Timor», I-24 de 4 de Março de 1873, p. 3, terça-feira

Extraído de «BPMT», XIV -8 de 24 de Fevereiro de 1868, p. 46

Ver notícia postado ontem em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2023/02/23/noticia-de-23-de-fevereiro-de-1868-domingo-gordo/

Realizou-se no dia 3 de Março de 1956, nos salões do Clube Militar, um baile de Micareme com grande concorrência de sócios e suas famílias. O baile foi abrilhantado pela orquestra privativa do clube.

Nesse mês, no dia 10 de Março assumiu as funções, a nova Direcção do Clube Militar constituída pelos major dos S.A.M. Armando Lopes, capitão de Artilharia Luís Mendes, tenente de engenharia Manuel de Mesquita Borges, tenente de Artilharia Duarte Pessanha dos Santos e tenente dos S.A.M. Jaime de Oliveira Leite. (1)

(1) MACAU Boletim Informativo , Ano III, n.º 63. 15-03-1956, p. 13).

Duas notícias extraídas do «Boletim do Governo de Macau, (1) de 1865, relativas ao baile de carnaval realizada no dia 27 de Fevereiro, no teatro D. Pedro V e à procissão do Senhor Jesus dos Passos realizada no dia 5 de Março, da igreja da Sé Catedral para a de Santo Agostinho.

(1) Extraído de  «BGM», XI-10 de 6 de Março de 1865,p. 38
Extraído de «BPMT», XIII-n.º 10 de 11 de Março de 1867, p. 52

A quadra festiva do carnaval, que nesse ano de 1956, coincidiu com o Ano Novo Chinês (12 de Fevereiro-Ano do Macaco/Fogo), decorreu animada em todos os centros de diversões, sobretudo nos três principais clubes da Província, Clube de Macau, Clube Militar e Clube Recreativo 1.º de Junho.

À festa do Clube de Macau, que se realizou no dia 11 assistiu o Governador Marques Esparteiro e Esposa.

A tarde infantil para os filhos dos sócios do Clube de Macau, no domingo, dia 12 esteve igualmente muito animas e concorrida, para isso contribuindo muito os interessantes e originais trajos com que algumas crianças se apresentaram. A todas foi servido um delicado e abundante chá que dispôs bem a pequenada.

O baile do Clube Militar realizou-se no dia 12, domingo, com grande afluência de sócios e suas famílias e de muitos convidados. Num ambiente elegante e distinto, dançou-se amimadamente até altas horas da noite. (1)

 (1) «MBI», III- 61, de 15 de Fevereiro de 1956, p. 16.

“A rua chique ainda era a Rua Central, para onde se subia depois da missa das onze na Sé, aos domingos, para conhecer as “novidades” expostas nas lojas dos “mouros”. Na “Royal Silk Store” de J. H. Bejonjee, vendia-se seda riscada para camisas a $1,08 a jarda, o mesmo acontecendo com crepe de seda pesado; o crepe da China estampado custava $1,30 a jarda; o crepe de setim pesado $2,00 a jarda. Camisas de seda Fuji para homem custavam $3,50 cada e pijamas de seda Fuji para homem $4,50 cada. Os preços nas lojas vizinhas do “mouro” Elias e do “mouro” Haaji ficavam uma pela outra. E havia quem se lamentasse do custo de vida!

Para benefício da elegância das senhoras de Macau, depois que Miss Dina Rosemberg exibira, com grande sucesso, lindos vestidos no Hotel Riviera, em Dezembro do ano anterior, surge, entre nós, Madame Lebon, uma francesa imponente e refinada, que abre um atelier, salvo erro de informação, na loja “Paradis des Dames”, à Praia Grande. É claro que o melhor da sociedade macaense acorreu ao atelier e começou a vestir-se à moda de Madame Lebon, que ditou cartas, desdenhou as costureiras caseiras do burgo e pontificou com o seu prestígio parisiense, para grande arrelia das algibeiras dos maridos e dos papás. Quando alguém titubeava quanto ao preço, Madame Lebon alçava o queixo e rematava em tom profundamente superior: – “Este vestido não é para toda a gente“.

O Carnaval, caído entre fins de Fevereiro e princípio de Março, era particularmente retumbante. Já não havia a guerra nem a meningite para ensombrar os ânimos. “A Voz de Macau”, ao relatar os festejos dos clubes, os cortejos das “tunas” e os “assaltos” em casas particulares, usava um tom alegre e brejeiro que traduzia a despreocupação da época, passados os pesadelos.

Por isso é que ninguém pareceu ligar às eleições na Alemanha, onde triunfou o partido nazi e subiu ao poder um nome praticamente desconhecido, Adolfo Hitler. A notícia veio publicada em 6 de Março, mas passou-nos indiferente. A imprensa local e de Hong-Kong preocupou-se mais com o famoso julgamento, na colónia vizinha, de Cheong Kwok Yau, um playboy chinês e, parece, filho único de pais milionários, que assassinara outro milionário, George Fung. Fora um crime passional que apaixonara a opinião pública, mesmo a estrangeira, e tanto na defesa como na acusação estavam envolvidas as mais prestigiosas figuras da advocacia inglesa.

O ano de 1933 ficou marcado, no futebol, pela luta renhida de dois grupos rivais, o Argonauta e o Tenebroso, que travaram o seu primeiro desafio em 7 de Fevereiro. Venceu o Argonauta por três bolas a duas num desafio memorável, disputado com alma, genica e intenso espírito desportivo

Mas é no hóquei que Macau marca os seus melhores tentos, adquirindo fama por todo o Extremo Oriente. Entra-se na idade de ouro daquela modalidade desportiva. Praticamente todos os domingos, grupos de Hong-Kong deslocam-se ao campo de Tap Seac. O treino dos nossos rapazes é tão eficiente que Hong-Kong apenas leva daqui derrotas. Toda esta preparação dá como resultado poder-se defrontar no ano seguinte a fortíssima selecção da Malaia. Os nossos “ases” do hóquei tornam-se ídolos da mocidade. Todos os garotos sonham poder exibir um dia as suas habilidades no relvado verde do Tap Seac e receber as mesmas aclamações… (…)”

Extraído de FERNANDES, Henrique de Senna – Cinema em Macau III (1932-36) in Revista da Cultura, n.º 23 (II Série) Abril/Junho de 1995, pp.151-152. Edição do Instituto Cultural de Macau.

Extraído de “O Independente” I- 31, de 2 de Abril de 1869

O Carnaval em Macau no ano de 1935, na descrição de Henrique de Senna Fernandes (1)
“O Carnaval de 1935 foi animadíssimo e, segundo os coevos, tão divertido e brilhante como o do ano transacto. Houve vários “assaltos” em casas particulares, mas o que excedeu toda a expectativa foi o que se realizou em 16 de Fevereiro, na Sociedade da União Recreativa. Ouçamos o “A Voz de Macau”, de 18, Segunda-Feira:
Realizou-se no Sábado, 16 do corrente, nos salões da U. R., um dos característicos “assaltos” carnavalescos que decorreu com uma animação desusada, tendo uma assistência computada em 200 pessoas.
São de louvar estas festas numa quadra em que a crise económica deprime a alegria salutar da mocidade.
Felicitamos os promotores desta simpática festa, srs. Edmundo de Senna Fernandes; Dr. Adelino Barbosa da Conceição, José Choi Anok, Alberto Barros Pereira e José Tavares.
A tuna do grupo deu uma animação extraordinária à festa e a sua entrada nas salas da S. U. R., acompanhada dum grupo de mais de 60 mascarados, foi verdadeiramente triunfal.
Que estas festas se repitam a fim de quebrar a monotonia em que vivemos.
O Carnaval propriamente dito iniciou-se no Sábado-Gordo, 2 de Março, com o baile local a rigor no Clube de Macau, tão protocolar e chique que alguém, fugindo para outro mais popular, o Clube de Sargentos (Sociedade Recreativa 1° de Junho), apelidou de “baile de embaixada”. E até Terça-Feira seguinte foi um delírio. Nesse ano, para animar os clubes havia um enorme grupo de Hong-Kong e mais a oficialidade da canhoneira inglesa “Moth” e da americana “Izabel”, que se aproveitaram da visita ao nosso porto para gozarem o Carnaval de Macau, que tinha fama nestas paragens.
Sobre o baile de Terça-Feira do Clube de Macau, extraímos o seguinte artigo do mencionado periódico:
Para não fugir à tradição, a festa da Terça-Feira do Carnaval, no Clube de Macau, foi de todas a mais animada. Foi interessante a entrada dum grande grupo de simpáticas meninas trajando diversos costumes regionais das Províncias de Portugal. Dispostas estas meninas numa roda, surgiu, como por encanto, uma interessante cigana que exibiu uma dança fartamente aplaudida pela numerosa assistência.
Tivemos a seguir uma desilusão quando descobrimos que a linda cigana era o Eduardo Silva!
Por volta das onze horas e meia fez a sua entrada na sala a ‘Tuna Camélia’, acompanhada dum luzidio cortejo de mascarados. A festa atingiu então a sua maior animação, tendo durado até altas horas da madrugada.
E assim terminou um Carnaval excepcionalmente animado”.
FERNANDES, Henrique de Senna – Cinema em Macau, III (1932-36)– RC.n.º 23, 1995

Extraído de «O Oriente», I-5 de 15 de Fevereiro de 1872