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Continuação do relato do “III GRANDE PRÉMIO DE MACAU” (1) iniciado na postagem de ontem, dia 3 de Novembro.(2)
A manhã de domingo, dia 4 de Novembro, despontou um tanto enovoada, fazendo prever que não se teria o mesmo bom tempo da véspera.
E de facto, uma chuva miúda e impertinente veio prejudicar o desenrolar da grande prova quando esta se encontrava na sua melhor fase.
Com a pista ainda molhada, pois tinha estado a chover na noite anterior, os automobilistas inscritos na grande corrida começaram a treinar muito cedo. No treino do dia anterior, os melhores tempos foram obtidos pelo «Mercedes 190SL» de Douglas Steane (n.º 6) (3m 46s), «Ferrari Mondial» de Mário Lopes da Costa (n.º 16) (3m 49s) e «Austin Healey M.» de Robert Ritchie (n. 21) (3m 52s).
Os 18 carros que entraram na pista

Antes da corrida todos os volantes foram apresentados ao Encarregado do Governo, Brigadeiro Portugal da Silveira
Os carros alinhados na pista antes de ser dado o sinal de partida

Pela ordem dos melhores tempos obtidos no treino do dia anterior foram colocados na pista em 7 filas, com a seguinte distribuição:
Às 12 horas precisas, o Encarregado do Governo, Brigadeiro João Carlos Quinhones de Portugal da Silveira deu sinal de partida coma Bandeira Nacional.
Apesar da chuva, à volta do Circuito dezenas de milhar de espectadores não abandonaram os seus lugares. Desses milhares, cerca de 10 mil turistas tinham vindo de Hong Kong propositadamente para assistirem às provas.
À 13.ª volta, começaram a sentir-se umas gotas de chuva, o que obrigou os carros a diminuir sensivelmente a velocidade. Na 17.ª volta, um acidente grave que não trouxe contudo consequências funestas.
O «MG-A» (n.º 31) de P. Molyneux, embateu contra a muralha na Praia de Cacilhas sofrendo grandes danos quer na carroçaria quer no motor. O volante partiu-se em dois bocados, enquanto o condutor, com ligeiros ferimentos, chegou a perder os sentidos. Conduzido ao hospital, numa auto-ambulância, ali recebeu os necessários tratamentos.
Na 34.ª volta, o «Mercedes 190 SL» n.º 6, que seguia, em primeiro lugar, com 2 voltas de avanço do «Ferrari Mondial» n.º 16, sofreu um acidente, indo o carro embater contra a guarita do Posto Fiscal colocada na extremidade da Avenida (então denominada) Dr. Oliveira Salazar, defronte do Quartel de S. Francisco. Parou nos poços, onde perdeu cerca de 3 minutos para receber beneficiações e reentrou depois na pista , com apenas uma volta de avanço sobre o «Ferrari».
Entretanto, o «Ferrari» n.º 16 sofreu por sua vez um acidente talvez mais grave ainda que o do «Mercedes», o que levou a perder mais de 5 minutos nos poços. Dum embate contra umas árvores, próximo do Quartel de S. Francisco, resultou grande estrago de carroçaria. A porta do lado esquerdo teve de ser arrancada. Lopes da Costa não desanimou e voltou à pista tão depressa os mecânicos o largaram. Na pista entrou em 6.º lugar mas ainda conseguiu atingir a 2.ª posição.
Apenas 12 carros completaram as 60 voltas, número mínimo de voltas que cada carro tinha de fazer para se classificar na prova.
O «Femcar» n.º 5, embora tivesse perdido uns preciosos minutos nos poços, continuou na prova, assim como o n.º 21, «Austin-Healey M» de Ritchie, que embora com o motor avariado, não abandonou a prova.
Lopes do Costa, sem esperanças já de apanhar o carro de Steane, ainda no comando ultrapassa entretanto na 69.ª volta, o seu compatriota Macedo Pinto, n.º 11 e vai colocar-se em 2.º lugar.
A Grande corrida termina com 77.ª voltas feita pelo «Mercedes 190 SL» conduzido Douglas Steane, sargento do Exército britânico e o 2.º classificado na prova do ano passado.
A Classificação final foi a seguinte

NOTA MUITO ESPECIAL:
O que mais entusiasmou o público neste Grande Prémio foi a condução do americano George Baker no seu «Ford Thunderbird» (n.º 2) que tendo partido da grelha da 3.ª fila manteve-se após partida o 7.º lugar, sempre com uma calma admirável e grande perícia fazendo autênticas acrobacias como o seu carro que já era de mudanças automáticas. Ao mesmo tempo, durante a prova, teve tempo de comer sanduíches, beber café e ouvir o relato da corrida transmitida pela emissora «Vila Verde», num aparelho portátil colocado sobre os joelhos. Era com este desportivismo, autêntico amadorismo e também humorismo que os primeiros grandes prémios decorriam para gáudio do público presente.
(1) Retirado de «MBI» IV-79, 1956
(2) Anteriores referências ao III Grande Prémio de Macau
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/iii-grande-premio-de-macau/

XII Grande Prémio de Macau 28-29NOV1970 emvelope

No dia 28 de Novembro de 1970, os correios de Macau então denominado Repartição Provincial dos Serviços dos Correios, Telégrafos e Telefones, lançaram um envelope comemorativo do XVII GRANDE PRÉMIO DE MACAU evocando e homenageando a primeira Comissão Organizadora de 1954:

António Nolasco (1)
Carlos Humberto da Silva
Fernando de Macedo Pinto
João Pires Antas
Júlio Augusto da Cruz e
Paul Eric du Toit

XII Grande Prémio de Macau 28-29NOV1970 Comissãpo Organizadora

Com o envelope comemorativo foi também lançado o carimbo com logotipo próprio que foi colocado em toda a correspondência dos CTT nos dias 28 e 29 de Novembro desse ano.

Os selos do envelope (com o carimbo) são de emissões anteriores.

XII Grande Prémio de Macau 28-29NOV1970 SelosO selo de 50 avos (corridas de motos) é da colecção  “Modalidades Desportivas” de 1962
O selo de 5 avos pertence à emissão “Carta Geográfica de Macau”, de 1956.
(1) Dr. António Nolasco da Silva (advogado)
Sobre a Comissão Organizadora e a realização do 1.º Grande Prémio, ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/10/30/primeiro-grande-premio-de-macau-1954/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/10/15/noticias-do-primeiro-grande-premio-de-macau-1954/

Notícia do anúncio do III Grande Prémio de Macau, na imprensa em Macau, em Maio de 1956 (1)

“A Delegação de Macau do Automóvel Clube de Portugal, com a colaboração do Governo da Província e do Leal Senado da Câmara, levará a efeito, nos dias 3 e 4 de Novembro próximo, o III Grande Prémio automobilístico de Macau, competição a efectuar em circuito fechado, conforme as prescrições do respectivo regulamento e do Código Desportivo Nacional. A prova, que é organizada sob os auspícios de Sua Ex.ª o Governador da Província, Almirante Joaquim Marques Esparteiro, será disputada, como nos anos anteriores, no Circuito da Guia já de todos, conhecido.
Os trabalhos relativos à organização e realização do III Grande Prémio de Macau estão entregues a uma Comissão Executiva, constituída pelos Srs. António Nolasco da Silva, delegado do A. C. P., servindo de presidente, Fernando A. de Macedo Pinto, 1.º tenente engenheiro naval Fernando da Silva Nunes, Arnaldo Rodrigues da Silva e Paul E. du Toit, este último de Hong Kong.
O regulamento do III Grande Prémio de Macau apresenta-se ligeiramente modificado, em relação ao regulamento da prova anterior, sendo dignas de menção as seguintes alterações:

  1. A prova levará, este ano, o rótulo de Competição Nacional, porquanto pelo A. C. P. acaba de ser aprovada a proposta relativa à inclusão do Grande Prémio de Macau nos programas anuais de competições nacionais de automobilismo. A designação nova que se dá valoriza muito mais a prova e não impede que nela participem automobilistas estrangeiros.
  2. O percurso será de 77 voltas ao Circuito da Guia, ou sejam 483 Kms,175 (300,3 milhas), e só serão classificados os concorrentes que completarem pelo menos, 60 voltas.
  3. Haverá um prémio de $ 300,00 para cada concorrente que completar pelo menos, 60 voltas.
  4. Para os 3 primeiros classificados haverá, além das taças, prémios monetários. O 1.º classificado ganhará $ 3.000,00, o 2.º $ 1.500,00 e o 3.º $750,00.
  5. A Delegação do A. C. P. tirará um seguro contra terceiros.

A grande novidade da competição deste ano será, sem dúvida, a lotaria que o A. C. P. vai levar a efeito por ocasião da corrida.
Pelo Governo Central já foi autorizada a organização da lotaria, estando o diploma respectivo a ser, presentemente, elaborado pelo Governo da Província.

Além do Grande Prémio, haverá ainda outras provas automobilistas, uma das quais a interessante corrida por equipas, que o A. C. P. organiza este ano pela primeira vez

Eis o programa completo do grandioso certame:
3 de Novembro, sábado:
Das 7 às 8 horas – Treino oficial dos carros não participantes no G. P.
Das 8,15 às 9,30 horas – Treino oficial dos concorrentes ao G. P.
Às 10,45 horas – Cerimónia de abertura.
1.ª corrida: Principiantes (10 voltas ao Circuito)
12 horas – 2.ª corrida: Senhoras (10 voltas ao Circuito)
13 horas – 3.ª corrida: «Handicap» para carros de produção corrente (100 milhas).
16 horas – 4.ª corrida: Por equipas (15 voltas ao Circuito).
Das 17,30 às 19 horas – Treino oficial dos concorrentes ao G. P. com cronometragem para a posição dos carros à partida.

4 de Novembro, domingo:
Das 7,30 às 9,30 horas – Treino oficial dos concorrentes ao G. P.
Às 11,30 horas – Chegada de Sua Ex.ª o Governador a comitiva.
Às 11,45 horas – Abertura oficial.
Às 11,50 horas – Apresentação de Sua Ex.ª o Governador aos concorrentes.
Às 11,55 horas – Entrada dos condutores nos seus carros.
Às 11,57 horas – 1.º sinal para a partida.
Às 11,58 horas – 2.º sinal para a partida.
Às 11,59 horas – 3.º sinal para a partida.
Às 12 horas precisas – Partida para o III Grande Prémio de Macau.
Às 20 horas – Jantar oficial e entrega dos prémios.”

(1) Artigo não assinado – MACAU, ano III, n.º 67, 15-05-1956.
Destaques em “bold” da minha autoria.

“A Delegação de Macau do Automóvel Clube de Portugal (1) levou a efeito, nos dias 30 e 31 de Outubro de 1954, um certame de automobilismo, que reuniu dezenas de volantes nacionais e estrangeiros de Macau e Hong Kong e  milhares de espectadores, muitos dos quais vindos, propositadamente, da vizinha colónia britânica.
O programa, conforme se anunciou (2), constou de duas provas distintas, ambas entusiásticamente disputadas e acompanhadas com muito interesse. No primeiro dia realizou-se uma prova de velocidade-regularidade, com o concurso de 20 automóveis, dos quais 9 de Macau. No dia seguinte, teve lugar o Grande Prémio de Macau, ao qual concorreram 15 volantes, dos quais um apenas de Macau. Três outros caros vindos de Hong Kong não puderam participar nesta prova devido a acidentes sofridos na véspera, durante os treinos…(…) Ambas as provas se realizaram no «Circuito da Guia» que mede, aproximadamente, 6,27 quilómetros, ou sejam 3,9 milhas…(…) Este circuito, que mereceu as mais elogiosas referências de todos os concorrentes, só se conseguiu após intenso trabalho de preparação, nele intervindo não só os organizadores como também o pessoal das Obras Públicas…(…)
Sua Ex.ª o Governador ofereceu a artística e linda taça destinada ao vencedor, a qual custou cerca de mil e duzentas patacas, tendo sido feita expressamente em Lisboa.
Sua Ex.ma Esposa de Sua Ex.ª o Governador, Sr.ª Dr.ª D.ª Laurinda Marques Esparteiro, a convite da Comissão Organizadora, cortou a fita simbólica colocada para a inauguração do circuito, acto que foi sublinhado por uma salva de palmas. Seguidamente, a mesma Ex.ma Senhora declarou aberto o circuito.
Felizmente, e não obstante os justificados receios de todos, não houve desastres graves a lamentar, durante a realização das provas salvo pequenos acidentes de que resultaram apenas ligeiros ferimentos em alguns condutores, com algum dano material.
Ganhou brilhantemente o Grande Prémio, no qual se classificou vencedor absoluto, o hábil volante português Eduardo de Carvalho, que conduziu na prova um «Triumph TR2», de 1991 cm3. A prova de velocidade-regularidade foi ganha, também brilhantemente, pelo cabo da R. F. A. Robert Ritchie, que conduziu um «Fiat 1100».
Teve brilhante actuação o único concorrente de Macau, Fernando Macedo Pinto, que, num «MG Special» se classificou em 4.º lugar, revelando-se, em perícia e regularidade, tão bom como os melhores.
Os resultados finais:
Prova de velocidade-regularidade:
Vencedor absoluto (taça oferecida pelo Leal Senado da Câmara de Macau) : Robert Ritchie, Fiat 1100, com 79 pontos;
Vencedor da Classe A: Manuel Magalhães, Renault, com 108 pontos;
Vencedor da Classe B: 1.º – Robert Ritchie, Renault 1100, com 79 pontos; 2.º – Wen Lenard, Fiat 1100, com 94 pontos;
Vencedor da Classe C:  1.º – D. N. Steane, Hillman, com 86 pontos; 2.º Dr. A. Nolasco, Volkswagen, com 90 pontos;
Vencedor da Classe E:  1.º Fernando Ribeiro, Vauxhall, com 84 pontos; 2.ª Maria F. Ribeiro, Vauxhall, com 85 pontos.
Grande Prémio de Macau
Por categorias:
Carros de desporto ou especiais:
1.º – Vencedor absoluto: Eduardo de Carvalho, «Triumph TR2». Completou 51 voltas ao circuito, em 4 h. 3m. e 19,1s.
2.º – Paul du Toit, «Triumph TR2», com 51 voltas, em 4h. 4m. e 46 s;
3.º – Reginaldo da Rocha, «Triumph TR2», com 50 voltas, em 4h. 1m. e 55,5 s; ao lado do seu pai.
4.º – Fernando Macedo Pinto, «MG Special», com 48 voltas, em 4h. e 3,4s  NOTA: Reparar na matrícula: M-818
Carros de turismo:
Classe B: Robert Ritchie, Fiat 1100, com 48 voltas, em 4h. 1m. e 57,6 s;
Classe D: D. N. Steane, Hillman, com 46 voltas, em 4h. 1m. e 29 s.
Classe E: K. O. Mak, Ford Zodiac, com 45 voltas em 4h. 1m. e 56 s.;
Outros concorrentes:

R. Pennels junto do seu «Austin Healey 100», o carro mais potente do «Grande Prémio»
G. J. Bell junto do seu «Morgan»
O Jantar de Gala efectuou-se no salão do Clube de Macau, na noite do dia 31, a que presidiu Sua Ex.ª o Governador. (3)”
Entrega da taça do «Grande Prémio» a Eduardo de Carvalho pela Exma. Sr.ª Dr.ª Dª Laurinda Marques Esparteiro
UM ASPECTO DO 1.º GRANDE PRÉMIO DE MACAU (1954) (4)

Reparar nesta foto, as “obras” iniciadas nesse ano (Abril ?), de alargamento das curvas da Estrada de Cacilhas com o desbravar da encosta. Nesse alargamento, aconteceu, no ano seguinte (1955) um acidente de trabalho, por mim relatado no post “Estrada de Cacilhas (I)”  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/05/10/estrada-de-cacilhas-i/
(1) Nesse ano, de 1954, antes do 1.º Grande Prémio, o Automóvel Clube de Portugal nomearia seu delegado em Macau, o Sr. Carlos Humberto da Silva, um dos organizadores do Grande Prémio de Macau. O mesmo senhor ficou incumbido de promover a criação nesta Província, duma Delegação do Automóvel Clube de Portugal.
(2) Ver anterior blogue: “NOTÍCIAS DO PRIMEIRO GRANDE PRÉMIO DE MACAU” https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/10/15/noticias-do-primeiro-grande-premio-de-macau-1954/
(3) Macau Boletim Informativo, n.º 31, 1954
(4) Postal da «Macau Multimedia Photographic Association, sobre as obras de fotografias “Macau nos últimos 60 anos” do Sr Lei Iok Tin»

NOTÍCIAS de 15 de Agosto de 1954  (1)
“Encontra-se aberta a inscrição para as provas de automobilismo organizadas pela Delegação de Macau do Automóvel Clube de Portugal. a qual encerrar-se-á no próximo dia 1 de Setembro.
As provas que vão se levadas a efeito são o Grande Prémio de Macau e a Prova de regularidade, estando já inscritos no Grande prémio duas dezenas de automobilistas de Hong Kong, entre os quais duas senhoras.
Até a presenta data, Macau conta apenas com um inscrito no Grande Prémio, Fernando Macedo Pinto.
Na prova de regularidade e velocidade à qual poderão concorrer quaisquer condutores de automóveis, com carros de turismo, espera-se grande concorrência dado o elevado número de entusiastas que existe entre nós.
A inscrição para o Grande Prémio é grátis, até à data de encerramento, sendo de $ 20,00 a inscrição para a Prova de regularidade e velocidade. Findo o prazo estipulado, haverá um novo período de inscrição, durante o qual cada inscrito pagará, para o Grande Prémio $ 50,00 e para a segunda prova $ 30,00.”
               ESQUEMA DO ACTUAL CIRCUITO DA GUIA (2)

NOTÍCIAS de 15 de Setembro de 1954 (3)
“Encerradas as inscrições para o Grande Prémio de Macau e prova de regularidade-velocidades, verificou-se estarem inscritos 25 concorrentes para  primeiro e 24 para a última.
No Grande Prémio, há só três concorrentes de Macau, sendo os restantes de Hong Kong; na prova de regularidade-velocidade, 14 concorrentes são e Macau.
Estas provas terão lugar nos dias 30 e 31 de Outubro próximo.
No passado dia 9, o Sr. Carlos Humberto da Silva, (4) um dos organizadores das provas de automobilismo, proferiu, na reunião-jantar do Rotary Clube de Macau, uma interessante palestra sobre o «Grande Prémio de Macau»”
 
NOTA: O 1.º GRANDE PRÉMIO DE MACAU foi organizado pela Delegação de Macau do Automóvel Clube de Portugal e realizou-se nos dias 30 e 31 de Outubro  de 1954, contando à partida com 15 participantes (apenas um de Macau), numa prova de 51 voltas ao circuito da Guia com cerca 6,27 Km, tendo durado 4 horas. Convém recordar que a maior parte do circuito era de terra batida de muita má condição (outras partes, em paralelepípedo como a subida de S. Francisco e asfaltado somente na recta do reservatório e ao longo da marginal), com muita areia solta o que dificultava a condução dos condutores que seguiam atrás, por vezes sem visibilidade nenhuma por causa do poeira levantada.
 
(1) Boletim Informativo Macau, n.º 25, 1954
(2) http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/20/Circuito_da_Guia_GP.svg
(3) Boletim Informativo Macau, n.º 27, 1954
(4) Carlos Humberto da Silva foi um dos organizadores do Grande Prémio. Os outros foram o Dr. António Nolasco da Silva, Capitão-tenente João Pires Antas e Fernando Macedo Pinto. Outros colaboradores foram o Dr. Manuel Ferreira Cabrita, Paul du Toit (suíco, grande entusiasta de automóveis, residente em Hong Kong, a quem os organizadores se socorreram para “confirmar” o trajecto do circuito da Guia e por ele considerado ” melhor do que o do Mónaco”) e o 2.º tenente Horácio de Oliveira.