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“ O vasto recinto da Piscina Municipal serviu de teatro, nos dias 5 e 6 de Setembro de 1953, a uma excelente exibição de esgrima, com a assistência de numeroso público. Participaram neste torneio-exibição uma equipa constituída por esgrimistas de Macau, outra de Hong Kong e outra ainda do Japão, todas elas proporcionando ao público local duas magníficas sessões.

Uma fase do torneio de esgrima

Com a cooperação dos esgrimistas de Hong Kong, os esgrimistas de Macau aproveitaram a estadia, na vizinha colónia britânica, dos ases japoneses, Sugo, Shirai e Omae, para a organização do torneio triangular que, estamos certos, muito deverá ter contribuído para o ressurgimento da esgrima em Macau. Menos treinada que as equipas de Hong Kong e do Japão, a equipa de Macau foi a que obteve menor número de vitórias. Contudo, o seu merecimento não foi menor que o das outras, porquanto todos os esgrimistas se portaram com igual desportivismo e estilo elegante.

Foram os seguintes os resultados: O Japão venceu Macau em florete, por 8 a 1 em sabre, por 7 a 2. Macau venceu o Japão em espada por 4 a 3. O Japão venceu Hong Kong em florete, por 7 a 2. Hong Kong venceu em espada por 7 a 2 e em sabre, por 5 a 4. Hong Kong venceu Macau em florete, por 8 a 1, em espada, por 5 a 4, e em sabre, por 5 a 4.

Os representantes do Japão recém as taças por eles ganhos

Os esgrimistas Sugo, Shirai e Omae representaram o Japão em todas as modalidades. Representaram Hong Kong em florete: o major Brewer; j. Osório e J. Tong; em espada Williams, Gros-Hodge e José Marçal e em sabre: o major Brewer, Grose-Hodge e J. Tong. Por Macau esgrimiram: engenheiro H. Rodrigues, capitão Pinheiro e alferes Ferreira em florete; capitão Júlio da Cruz, Fausto Branco e engenheiro H. Rodrigues, em espada; e capitão Júlio da Cruz, tenente Robin de Andrade e tenente Stone, em sabre.”

Reportagem não assinada no «MBI», I-3 de 15 de Setembro de 1953, p. 13

No Campo 28 de Maio, de Macau, realizou-se com numerosa assistência o III “Interport” de Futebol, entre grupos representativos das Polícias de Macau e Hong Kong, Os polícias de Hong Kong iniciaram o desafio com grande energia marcando o primeiro ponto aos quatro minutos do jogo. O desafio decorreu renhido terminando pelo elevado score de 6-3 a favor da Polícia de Macau.

3 Interport PSP 1950 I carimboO Governador Sr. Comandante Albano de Oliveira, cumprimentando no Campo, os componentes das selecções que jogaram

3 Interport PSP 1950 IIAspectos das bancadas (1)

3 Interport PSP 1950 IIIO Campo 28 de Maio durante o desafio (1)

            Esta colónia recebeu os visitantes com a proverbial hospitalidade portuguesa. Sete «jeeps» da Polícia foram à ponte-cais buscar os jogadores e dirigentes do grupo de Hong-Kong, conduzindo-os, após um passeio pela cidade, ao Hotel Riviera onde se hospedaram. À noite, após o desafio, foi-lhes oferecido um jantar no restaurante Golden City do Hotel Central, de confraternização entre as duas polícias. Em nove mesas tomaram lugar cerca de cem convivas.

3 Interport PSP 1950 IV carimboOs «jeeps» da Polícia de Macau que conduziram os jogadores de Hong Kong, estacionados em frente da ponte-cais da carreira de ligação Macau-Hong Kong, no Porto Interior

Numa das mesas tomaram lugar os Srs. capitão José Pires Simões, presidente da direcção da Associação de Futebol de Macau, capitão Augusto Remígio, presidente do Conselho Consultivo, tenente Simeão Inácio da Costa, vogal da direcção, que representava o comandante da Polícia de Macau, Sr. Capitão Luís Paletti, Mário de Almeida Machado, seleccionador da referida Associação, Francisco Maria Candeias, oficial da Polícia de Macau, major S. O. I., superintendente da Polícia de Hong-Kong, sub-inspectores Gordon e Taylor, «staff sargeant», A. Colaço, Wei Cheong e David Barrote, representantes do Notícias de Macau e Secção de Propaganda. Noutra mesa os Srs. Joas Lopes, chefe da secção especial da mesma Polícia, e Fausto Afonso Branco, chefe da secção da P. I. C. e outros representantes da Polícia de Hong-Kong.

NOTA: não consegui “descobrir” qual o dia e o mês deste encontro, em 1950
Fonte: Agência Geral das Colónias, 1950
(1) Estas duas fotos foram anteriormente publicadas em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/campo-desportivo-28-de-maio/
embora de fonte diferente, “Anuário de Macau, 1950″.

O Infante D. Henrique morreu a 13 de Novembro de 1460.
Em 1960, Macau comemorou o V Centenário da sua morte, como Ano Henriquino, com actividades e celebrações  ao longo do ano (1)
As comemorações Henriquinas em Macau foram promovidas pela Comissão Administrativa do Leal Senado da Câmara de Macau, de que era presidente o Dr. Pedro José Lobo, vice-presidente o capitão José Francisco de Azevedo Fernandes Basto e vogais, Jaime Robarts, Engo. José Maria Paulo Rodrigues e Joaquim Morais Alves.
As Comemorações iniciaram-se no dia 4 de Março de 1960 com o hastear das bandeiras Nacional e da Cruz de Cristo em todos os edifícios públicos e às 11.00 horas,o “Te Deum Laudamos”  na Sé Catedral, presidida pelo Bispo D. Policarpo da Costa Vaz.
Na tribuna dos cantores, as vozes da «Capela da Santa Cecília»., do Seminário de S. José e da «Scola Cantorum» da Sé, sob a regência do Pe. Áureo da Costa Nunes e Castro.
Às 16.30 horas, no Salão Nobre do Leal Senado, sessão solene em honra do Infante. Discursou o Dr. Pedro José Lobo, estando presentes na mesa, o Governador da Província, o Bispo de Macau, o Meritíssimo Dr. Juiz de Direito e o Comandante Militar.

O orador da conferência, foi o Dr. José Tertuliano Cabral, reitor do Liceu Nacional Infante D. Henrique.

Nesse ano, realizou-se em Portugal, o “Acampamento Internacional Infante D. Henrique” (6 a 16 de Agosto) tendo uma delegação da Mocidade Portuguesa de Macau (2)  participado com dez filiados. A delegação partiu  para Hong Kong, no dia 31 de Julho, efectuando-se o embarque na Ponte N.º 16, às 22.00 horas, seguindo de avião, no dia 1 de Agosto, para Lisboa aonde chegaram, no dia 3 do mesmo mês. O regresso foi a 8 de Setembro.
Para que se  conste, os filiados de Macau foram: (3)
Fernando Airosa Branco, José António de Melo, João Baptista Lam e Ernesto Basto da Silva do Liceu Nacional Infante D. Henrique;
Rogério Máher Mendes e Luís da Silva Pedruco, da Escola Comercial;
Alberto Pais de Assunção e Mário José do Rosário, do Colégio D. Bosco; e Lísbio Maria Couto e Tomás Ferreira de Almeida, do Seminário de S. José
           LEGENDA: Alguns dos filiados de Macau, confratenizando com os da “metrópole”

(1) Em 16-01-1960, o Governador da Província, tenente-coronel de Corpo do Estado-Maior, Jaime Silvério Marques determinou em despacho que se compilasse um opúsculo contendo as principais actividades e celebrações levadas a efeito, nesse Ano Henriquino. O opúsculo donde se retirou as informações, tem 417 p. e tem edição do Leal Senado da Câmara de Macau. Foi publicada em Dezembro de 1960, com impressão da Tipografia da Missão do Padroado.
(2) Nessa data, o Comissário Provincial da Mocidade Portuguesa era o Pe. Júlio Augusto Massa e o instrutor, Fausto Afonso Branco.
(3) Dos que conheço, um grande abraço ao Ernesto Basto da Silva e saudosa memória do Dr. João Lam  e Lísbio Couto.