Archives for posts with tag: Década de 10 (séc. XX)

Postais antigos de Macau que circulam (alguns encontram-se á venda) nos sítios da net

MACAU – Pôr do Sol (década de 10 – século XX ?) 

Foto da Colina da Barra

“Areia Preta” – Batting Beaches Macao (década de 10 – século XX ?)
Sold by Graça & Co., Hong Kong, China
 

Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1)

Aspecto do Porto Interior na década de 10 do século XX, (2) – uma ponte-cais de passageiros, muito possivelmente da empresa “The Hong Kong, Canton and Macao Steamboat Company, Ld.” (agente em Macau: A. A. de Mello – Praça Lobo de Ávila (Praia Grande) n.ºs 22-24.
Reparar nos anúncios (lado esquerdo da foto) aos hotéis: “THE MACAO HOTEL” – situated in the centre of praya grande facing the sea”,(3), “ORIENTAL HOTEL” (4) e “HOTEL DE BOA VISTA” (5) e ao cinema: “ VICTÓRIA CINEMATÓGRAFO”. (2)
(1) Ver anterior referência em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/postais/
(2) Pelo anúncio afixado na fotografia: “VICTORIA CINEMATOGRAFO”, a foto deverá ter sido tirada após 08-01-1910, dia da inauguração desse cinematógrafo (o primeiro em Macau), situado na Calçada Oriental (hoje, Calçada do Tronco Velho)
Ver em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2011/12/28/cinemas-de-macau-i/
(3) Proprietário W.M. Farmer (Rua da Praia Grande n. º 65). Também proprietário do “Victoria Hotel” (em Cantão) e agente em Macau de casas comerciais de Cantão e Hong Kong.

Anúncio de 1912

Ver anterior referência em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/12/06/leitura-macau-ha-cem-anos-a-chegada-iii/
(4) O “Oriental Hotel” ficava na Rua da Praia Grande. Em 1912 era gerido por M. A. Conceição
東方酒店 mandarim pīnyīn: dōng fāng jiǔ diàn; cantonense jyutping:  dung1 fong1 zau2 dim3
(5)  Hotel de Boa Vista – 海鏡酒店 (“Hou Kiang Tsau Tim” ) , propriedade da Santa Casa da Misericórdia, estava alugada a A. A. Vernon. O Gerente era A. Naris.
Publicitado como “The Sanitarium of South China” na Rua do Tanque do Mainato n.º 1.
Ver anterior referência em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/04/24/anuncio-de-1904-boa-vista-hotel-sanitarium-of-south-china-macao/
海鏡酒店 mandarim pīnyīn: jiǔ jìng diàn hǎi ; cantonense jyutping: hoi2  geng3 zau2 dim3

POSTAL “Camoes Grotto, Macao” de M. Sternberg Hong Kong,

M. Sternberg, Wholesale and Retail Postcard Dealer”, empresa de Hong Kong que se dedicou a publicar bilhetes-postais, de 1906 a 1914, com imagens de Hong Kong e Macau. Ver anteriores referências em

Continuação do “post” anterior referente ao livro “Portugal e as Colónias Portuguêsas”. (1)
Reproduzo as três “fotos” do capítulo VII, dedicado a Macau.

Portugal e as Colónias Portuguesas VFig 70 – Macau – Pagode da Barra (pág. 318)

Templo de A-Má

Infelizmente são más cópias, talvez devido à qualidade do papel mas dá-nos uma ideia das paisagens da primeira década do século XX ou mesmo,  final do século XIX.

Portugal e as Colónias Portuguesas VIFig. 71 – Macau – Porto Interior (pág. 320) (2)

“… Na falta de territórios para a exploração agrícola, todas as fontes de riqueza pública em Macau se reduzem à actividade industrial e comercial; e ainda quanto a estas já teve a colónia maior prosperidade quando não sofria tanto a concorrência do pôrto inglês de Hong- Kong e de diversos portos chineses de novo abertos ao comércio estrangeiro.
O mais importante objecto da actividade económica de Macau é o ópio, importado em crú, preparado e reexportado…

Portugal e as Colónias Portuguesas VIIFig. 72 – Macau – Rua da Felicidade (Bazar Chinês) (pág. 322)                  Nota: dúvidas se será Rua da Felicidade

“… Semelhantemente se procede com o chá, que é também importado e preparado para dêle se fazer valiosa exportação, quási toda para Inglaterra.
É muito considerável a indústria da pesca, que abastece de peixe frêsco, sêco e salgado a cidade de Macau, Hong-Kong e outras povoações.
Outras indústrias de Macau: fabrico de sêda, descasca e moagem de arroz, fabrico de esteiras e fogos de artifício….”

(1) Ver:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/31/leitura-portugal-e-as-colonias-portugue-sas-i/

ALMEIDA, Fortunato de – Portugal e as colónias portuguêsas: com um apêndice sôbre a história da geografia e uma nota bibliográfica sôbre a geografia de Portugal e dos seus domínios. Segunda edição. Editor: Fortunato de Almeida, Coimbra, 1920, 484 p. + mapas, 21 cm x 13 cm.

(2) Embora o livro tenha sido publicado em 1920, as fotos são muito mais antigas. Por exemplo, esta foto que foi posteriormente publicada no Resumo da História de Macau, de Eudore de Colomban de 1927, 

Resumo Hx Macau Eudore Colomban 1927 Porto Interioré a mesma, com uma melhor impressão, publicada na Revista Serões de 1902

Revista Serões 1902 Porto Interiore também anteriormente reproduzida na Revista TA-SSI-YANG-KUO, Vol I , de J. F. Marques Pereira (Est.XV) (1899-1900)
com o seguinte indicação:

Margem do porto interior, visto da Lapa – Photog. de P. Marinho, segundo uma photographia do sr. Carlos Cabral (1898)

The Praia Grande 1900Praia Grande cerca 1900

One of the most enchanting scenes in Macao is that of this beautiful bay, quiet and graceful sweep of sea wall and rows of houses rising up the gentle slopes and the ancient forts and modern public buildings dotted here and there, while behind all rise the Mountains of Lappa and to the right those beyond the Barrier. All descriptions are imperfect; some fail from an attempt to liken this beautiful little gem with another world-renowned spot, the Bay of Naples. Let it be acknowledged at once that each is sui generis and attempt no comparison. There is no doubt when coming in from sea towards Naples and trying to detect Macao in Naples one does see a faint resemblence in one of the houseclad hills of the latter to Macao’s central portion ; but rather let one be content with enjoying the beauties of each and attempt no belittling of the grand proportions of the one or try to greaten the sweet gem-like curves and colour of dear old Macao. As an instance of what the artistic eye finds in the latter we quote from a short account of Macau appearing in the “Dublin University Magazine” for 1848:
A view of Macao from the sea is exquisitely fine. The semicircular appearance of the shore, which is unencumbered and unbroken by wharfs or piers [there are one or two small landing places projecting] and upon which the surge in continually breaking and receding in waves of foam, whereon the sun glitters in thousands of sparling beams, presents a scene of incomparable beauty. The Parade [Praia Grande] which is faced with an embankment of stone, fronts the sea and is about half a mile in length. A row of houses of a large description extends along its length. Some are coloured pink, some pale yellow and others white. The houses, with their large windows extending to the ground with curtains, convey an idea to the visitor that he has entered a European rather than an Asiatic seaport. This idea becomes still stronger by tin; constant ringing of the church bells and passing and repassing of priests clad in cassocks and three-cornered hats. But this illusion is quickly dispelled when the eye, turning towards the sea beholds the numerous sampans and mat-sail boats, or glancing shorewards rests upon figures clad in Chinese costume.”

POSTAL Praia Grande 1910POSTAL – PRAIA GRANDE cerca 1900

Unfortunately the outer Harbour on which the Praya Grande faces is shallow and any large vessels which may call at Macao have to lie some miles from the shore in the offing. The Inner Harbour lying between the Peninsula and the Island of Lappa affords a secure harbour, but, unfortunately it has been silting up with mud for many years past. Of late years, however, a dredger has improved matters. The Praya on the Inner Harbour presents a great contrast to the other Praya for whereas quiet reigns on the seaward one, the inland one is all bustle ; rows of Chinese vessels are anchored off the shore and boats and sampans line the banks on which coolies are busy loading or unloading cargo to carry into the stores, shops, and wholesale Chinese merchants’ places of business on this Menduia Praya or into the back streets.”

(1) BALL, J. Dyer – Macao: The Holy City; The Gem of Orient Earth. Printed by The China Baptist Publication Society, Canton, 1905, 83 p.

MACAU e o seu porto - Praia GrandePraia Grande

MACAU e o seu porto - Templo BarraPagode  Ma-chu-min na Barra

(Templo de A-Má /Ma Kok Miu/Templo da Barra)

MACAU e o seu porto - Jardim S. FranciscoJardim de S. Francisco

MACAU e o seu porto - Farol da GuiaFarol da Guia

(Em primeiro plano o Cemitério dos Parses e a seguir a Casa de Silva Mendes e o início da Estrada de Cacilhas. Notar que ainda não havia a Rampa do Padre Vasconcelos.

NOTA: postais fotográficos de LACERDA, Hugo (coord) – Macau e o seu futuro porto. Macau: Tip. Mercantil – N. T. Fernandes e Filhos, 1922, 84 p.:il; 25 cm + |2| mapas desdobr.

“População de facto na ocasião do recenseamento referido a 31 de Março de 1927: 157:175 habitantes, sendo 87:548 varões e 69:627 fêmeas. Segundo as raças, 4:437 não chineses, e 152:738 chineses. Segundo as nacionalidades: portugueses 3:846, chineses 152:738, outras nacionalidades, 591. Atendendo, porém, a que muitos chineses, por ignorância ou por mêdo, fogem ao recenseamento, a população de facto poderá ser computada sem receio de engano em  mais de 200:000 habitantes devido ao grande movimento da população flutuante que atingiu 4.959.508 no ano de 1937.” (1)

Porto Interior.

Embora retirado dum livro editado em 1927, esta foto é de finais do século XIX, princípios do século XX (2)

(1) Anuário do Império Colonial Português de 1940. Edição da Emprêsa do Anuário Comercial por contracto coma Agência Geral das Colónias, 636 p.
(2) Retirado de COLOMBAN, Eudore de – Resumo da História de Macau. Edição de Jacinto José de Nascimento Moura, Macau, 1927, 148 p.