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Seis moedas de Macau dentro de uma embalagem de plástico compartimentado: 10 avos- 1993; 20 avos – 1993; 50 avos – 1993; 1 pataca – 1998; 5 patacas 1992; 10 patacas 1997. Foram compradas numa das bancas de venda de artigos variados para turistas, em 1998/1999, que existiam na Rua de S. Paulo /Largo Companhia de Jesus, junto às Ruínas de S. Paulo. Preço: 25 patacas.

Frente
Trás
Anverso das moedas –澳MACAU門
Reverso das moedas

10 Avos – 1993 – Dança Leão – redonda, latão, bordo liso, 1,38 gr, 17 mm de diâmetro e 1 mm de espessura; 壹毫: (yī háo, jat1hou4) 20 Avos – 1993 – Barco dragão – formato:12 lados, latão. Bordo liso, 2,8 gr, 20 mm de diâmetro e 1,28 mm de espessura; 贰 毫(èr háo/ji6 hou4) 50 Avos – 1993 – Dança do dragão – redonda, latão, bordo liso, 4,59 gr., 23 mm de diâmetro e 1,55 mm de espessura; 伍毫  (wǔ háo / ng5 hou4) 1 Pataca – 1998 – Farol e Capela da Guia – redonda, cupro-níquel, serrilhado, 9 gr, 26 mm de diâmetro e 2,25 mm de espessura; 壹圓 (yī yuán /jat1 jyun4) 5 Patacas – 1992 – Ruínas de S. Paulo e Junco chinês – formato: 12 lados, cupro-níquel, bordo liso, 10,1 gr; 27,5 mm de diâmetro e 2 mm de espessura. 伍圓 (wǔ yuán/ng5 jyun4) 10 Patacas – 1997 – Ruínas de S. Paulo – redonda, bimetálica: centro de cupro-níquel, anel de Latão, bordo serrilhado intermitente, 12 gr., 28 mm de diâmetro e 2,7 mm de espessura; 十圓 (shíyuán/ sap6 jyun4)

Envelope vermelho – Lai Si (12,5 cm x 8,3 cm), (1)  emitido pela Direcção dos Serviços de Turismo para comemorar o Ano de Dragão que se iniciou a 5 de Fevereiro de 2000.
No seu interior, um pequeno folheto dobrável em três partes (total: 21,5 cm x 11,8 cm) de cor vermelha: num dos lados, KUNG HEI FAT CHOI e uma moeda nova de 10 avos colada a uma das três partes;
a parte do meio, uma lista de eventos em Macau no ano 2000 (trilingue)
e a terceira, um boletim para sorteio.
Este sorteio era destinado apenas aos visitantes que quiseram participar com “prémios fabulosos” promovido pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e com o patrocínio dos Hotéis, Agências de Viagens, Empresas Aéreas e de Navegação, devendo preencher o formulário e remetendo-o no período de 5 a 19 de Fevereiro para as caixas de sorteio que se encontravam localizados nos balcões de informação na sede da DST, Terminal marítimo e Aeroporto Internacional de Macau


No verso,  em três línguas, chinês, português e inglês:
As festividades do Ano Novo Lunar, iniciam-se no dia 5 de Fevereiro, este ano é dedicado ao signo do Dragão, que é porventura, o símbolo exterior e visível que melhor identifica e distingue a civilização e a cultura chinesa.
Das várias acções previstas e para as quais esperamos contar com a sua presença, encontram-se algumas com diversas simbologias representando as tradições milenárias , tal como a oferta de “Lai Si” que é uma forma de desejar ao próximo e ao ofertante boa sorte e prosperidade no decorrer do ano. Para os mais supersticiosos, haverá a dança do Dragão e do Leão, a queima de panchões, que de acordo com a tradição, servirá para afastar os maus espíritos.
(1) Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/envelopes-vermelhos-%E5%88%A9%E6%98%AF-%E5%88%A9%E5%B8%82-%E5%88%A9%E4%BA%8B/

Dez postais impressos na Tipografia Seng Si Lda (5.000 exemplares) e emitidos pela Direcção dos Serviços de Turismo, em Fevereiro de 2006, publicitando “Eventos de Macau” . Sem outras indicações (autores ? datas?)

Embalagem exterior de 15,5 cm x 10.5 cm x 0,5 cm, contendo no seu interior 10 eventos que anualmente eram em 2006 (e ainda são) realizados em Macau: ano novo chinês; procissão do Nosso Senhor dos Passos; festival do dragão embriagado; festival de artes de Macau; corrida dos barcos dragão; festival internacional de dança; concurso internacional de fogo de artifício; festival internacional de música de Macau; gastronomia macaense; e grande prémio de Macau..

DANÇA DO DRAGÃO NO TEMPLO DE Á MÁ

O primeiro grande evento do ano é sem dúvida as festividades de celebração do ANO NOVO CHINÊS, em que durante dez dias a população local assiste a um conjunto variado de festas e de acontecimentos sociais e culturais celebrando a entrada num Novo Ano.
Há danças do dragão e dos leões pelas ruas do centro da cidade, as pessoas visitam-se e organizam festas nos restaurantes e hotéis, os templos são visitados por multidões e as principais praças de Macau são decoradas com lanternas, flores e dísticos auspiciosos.
É tradicional que quando as pessoas se encontram digam “Kung Hei Fat Chói” e se ofereçam “Lai Si” (pequenos envelopes vermelhos) contendo dinheiro, que é uma forma tradicional e concreta de desejar, a familiares e amigos, boa sorte e prosperidade para o novo ano em que se entra. (1)

POSTAL (15 cm x 10 cm) – DST – ANO NOVO CHINÊS

(1) https://www.macaotourism.gov.mo/pt/events/calendar/chinese-new-year

Artigo de Maria Ana Acciaioli Tamagnini  “Uma festa chinesa em Macau” publicado no jornal de Macau «A Pátria» (n.º 808 – Março de 1928) e republicado no Boletim Geral das Colónias, em 1928

macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-danca-de-leao-iCom o agitar permanente da cabeça, enorme e temerosa, seguindo o programa clássico dos ritmos e das suas sequências, o bicho não se quietou enquanto não patenteou à curiosidade dos espectadores toda uma série de acrobacias com um fundo mitológico, a dar-lhe uma significação que se prende a tempos imemoriais dos homens e da história desta lendária China.
Seguiu-se à primeira, uma outra dança, com dois leões, menos estilizados e, portanto mais próximos da realidade figurativa dos animais. Pulando para cima de duas mesas sobrepostas, equilibrando-se com espantosa habilidade que punha arrepios de susto na assistência, que não despregava os olhos de todo aquele aparato agitado, os dois bichos evidenciaram, perfeitamente, o temperamento feroz que os dominava.” (1)

macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-danca-de-leao-iiOs dois outros leões preparam-se para tentar o salto para cima das duas mesas sobrepostas numa demonstração de perfeita agilidade de movimentos, enquanto um dos acrobatas os incita a realizar tão atrevidos cometimentos.

(1) Reportagem (não assinada) e fotos já publicados em anterior postagem (2), (hoje com mais pormenores sobre a dança de leão) retirados de Macau B. I.T., 1973.
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/02/03/noticia-de-3-de-fevereiro-de-1973-macau-e-o-dragao-xxxv-ano-novo-lunar-boiagua/

As Danças do Leão e do Dragão impõem-se como as manifestações folclóricas mais  típicas entre os chineses e as que mais intensamente fazem vibrar a alma deste povo. (…)
… Desde a sua fundação, a Sociedade de Construções e Fomento Predial organiza exibições deste género, por ocasião das festividades do ano Novo Lunar, a que assistem o Governador, esposa e muitas individualidades portuguesas e chinesas.
A primeira dança que se exibiu foi  a do Leão… (…)

MACAU B.I.T. VIII-11-12 1973 ANO NOVO LUNAR I

O Leão, na dança a que o submetem, ergue a cabeça altaneiro
e raivoso, num ritmo cansativo e ofegante, como se na
realidade o animal vivesse ali todo em corpo
e temperamento bravio

Seguiu-se, à primeira, uma outra dança, com dois leões, menos estilizados  e, portanto mais próximos da realidade figurativa dos animais.

MACAU B.I.T. VIII-11-12 1973 ANO NOVO LUNAR II

Anunciou-se, depois, a chegada do Dragão.
A convite dos organizadores, o Senhor Governador da Província pintou de vermelho os olhos furiosos do Dragão, antes de se dar início à Dança.
MACAU B.I.T. VIII-11-12 1973 ANO NOVO LUNAR IIIComo que picado duma ponta de fogo, o Dragão deixa-se atravessar por uma onda de movimentos que se estende a todo o comprimento do seu enorme corpanzil de muitos metros, num movimento espantoso de ziguezagues bem ritmados, sincronizado com o som vibrante dos pratos metálicos e o compasso soturno do «Bombo», que não pára, não se cansa, mas mais se excita à medida se tornam mais apressadas, mais convulsionadas… (…)

MACAU B.I.T. VIII-11-12 1973 ANO NOVO LUNAR IVO dragão no cruzamento da Av. Infante D. Henrique com a Rua Dr. Pedro José Lobo à frente do antigo Teatro Nam Vam

O Dragão distende o seu descomunal arcaboiço com as rápidas evoluções que requerem espaço e muitos acrobatas para que o simbolismo seja todo expresso num movimento nervosos e candente.
Os executantes das danças tanto do leão como o do Dragão, são pessoas bem ginasticadas que fazem gala da sua preparação física praticando perante o público os mais caprichosos saltos com uma  agilidade que espanta e arranca ovacionantes exclamações bem merecidas.”
Reportagem não assinada e fotos retirados do «Boletim de Informação e  Turismo,  1973. »

 Exp. Macau nas escolas - PANFLETOFolheto de 41,5 cm x 21 cm dobrável em quatro partes, da «Exposição – Macau nas escolas», organizada pela Missão de Macau em Lisboa (sem indicação do ano de realização; provável década de 90).

Exp. Macau nas escolas - 1.ª parteA Exposição tinha como objectivo primordial sensibilizar a população para a realidade multimoda daquele território nas suas vertentes históricas, geográfica, económica, religiosa e socio-cultural.

Exp. Macau nas escolas - Paines IEnfatizava a convergência de civilizações, o encontro prolífero de dois povos em convívio fecundo ao longo dos séculos.

Exp. Macau nas escolas - Paines IIA exposição era constituída por 24 painéis que proporcionaram uma panorâmica abrangente desta cultura e por objectos do quotidiano macaense: cabeças de leão, máscaras, frascos de perfume, miniaturas de barcos típicos, brinquedos tradicionais, chapéus, sombrinhas, produtos farmacêuticos, géneros alimentares, cestos, papagaios chineses, leques, jornais, um ábaco, um instrumento musical, etc.

Exp. Macau nas escolas - Paines IIIConsiderando a vertente manifestamente pedagógica, esta exposição fez uma itinerância pelas Escolas Secundárias de Camões, da Pontinha, de Carnide, de Pedro Nunes de Alvide, Fernando Mendes Pinto, Machado de Castro, Rainha Dona Leonor, São Domingos de Rana e padre António Vieira. E também na Fundação Serralves (Porto) e Biblioteca Municipal de Setúbal.

Exp. Macau nas escolas - PANFLETO versoA exposição teve como coordenadores: Maria Filomena Silva Pinto e Daniel Pires.
Os textos foram de Ana Maria Amaro, Daniel Pires, Francisco Figueira, Graça Barreiros, Graciete Batalha, Lu Yan Bin, Margarida Alcântara de Melo e Rui Manuel Loureiro.

Exp. Macau nas escolas - 2.ª parteNeste folheto apresenta ainda os “Dados históricos sobre a fundação de Macau

Exp. Macau nas escolas - 3.ª partee uma pequena explicação da “Dança do Leão” que transcrevo:
A dança do Leão, há mais de dois mil anos executada em ocasiões de alegria e de festa, insertas no calendário religioso chinês, pretende manifestar bons augúrios, afugentando o mal, e por isso, protegendo.
Em cena há dois deles, isto é, dois ou quatro homens que dançam em corpos de leão de papel ou de tecido colorido. Um outro dançarino coloca-se em frente dos leões, ostentando uma bola, no alto de uma vara de bambú, representando o sol ou uma pedra preciosa.
A dança é executada ao som de um gongo, de pratos e de tambor, com pancadas rítmicas bem definidas e alternadas a um tempo o ritmo calmo do leão adormecido, depois o leão acordado, coreografado pelos movimentos energéticos de um experimentado praticante de Kung-Fu.
O leão – ser vivo – não é oriundo da China, tendo sido introduzido como símbolo na arte chinesa através do Budismo.”

INFORMAÇÃO ACTUALIZADA EM 05-11-2015: Esta exposição sobre a memória cultural das famílias macaenses radicadas em Portugal  esteve patente em Outubro de 1992 no Palácio Foz, em Lisboa e foi inaugurada pelo Governador Rocha Vieira  que se encontrava em Lisboa em visita de trabalho, tendo representado o Presidente da República.