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Foi assinado, no dia 23 de Abril de 1976, entre o Governo de Macau e os representantes da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (S.T.D.M.), um novo contrato para a exploração dos Jogos de Fortuna e Azar, após os trabalhos de estudo iniciados em 5 e Dezembro de 1975 de maneira a salvaguardar os interesses da comunidade.
À  S. T. D. M. foi adjudicada a exploração do Jogo em Macau, no ano de 1962, através de um contrato firmado entre os seus delegados e o Governo do território, tendo sido cessada a última revisão do contrato em causa em 1972, que terminaria em 1977, pelo que a presente revisão, entrou em vigor com a antecipação de uma ano.

Momento da leitura das cláusulas do novo contrato

De acordo com as novas cláusulas, a S.T.D.M. passou a pagar a renda anual de 30 milhões em dólares de Hong Kong sendo que as obrigações anuais passariam a mais de 80 milhões anuais, contra os 9  milhões do contrato que terminava.
Foram também integradas no novo contrato cláusulas referentes aos investimentos que a Concessionária seria obrigada a realizar como participação no desenvolvimento económico de Macau, ficando estipulado que o montante anual seria de 30 milhões de dólares de Hong Kong.
– Aumento do capital social da Companhia de Electricidade de Macau no valor de 100 milhões
– Construção de um complexo de estaleiros navais em associação com as Oficina Navais e a obrigação da S.T.D.M. mandar executar nas Oficinas Navais os trabalhos de conservação e reparação das suas embarcações, mantendo ainda a antiga obrigação contratual de dragar os canais dos portos interior e exterior. No entanto permitia ao Governo contratar outras empresas especializadas para a realização de trabalhos que a S.T. D. M. não pudesse cumprir, correndo as despesas por conta da Concessionária.
– Construção dum terminal marítimo no Porto Exterior, mantendo a obrigação de sanear e urbanizar os aterros do porto Exterior, suportando a S.T.D.M. o encargo de indemnizar e alojar 200 famílias por ano.
– Fomento das indústrias transformadoras excepto têxteis.
– Criação de empresas de utilidade pública.
– Construção de infraestruturas do território.

Um aspecto da assistência à cerimónia da assinatura do novo contrato

Ficou, igualmente, estipulado que tanto o valor da renda como o montante dos investimentos seriam revistos, anualmente, face à evolução dos lucros brutos da empresa.
Para tanto, a Inspecção dos Contratos dos Jogos tinha o cargo de fiscalização das receitas ilíquidas cobradas pela empresa de modo a que o Governo pudesse ter conhecimento do movimento financeiro da exploração.
Para além dos pagamentos da renda e dos investimentos, em moeda de Hong Kong, a S.T.D.M. foi obrigada a contribuir para o equilíbrio cambial da pataca, pondo também à disposição da Companhia de Electricidade de Macau (CEM), a importância necessária, na mesma moeda, para que esta empresa pudesse liquidar os seus compromissos com o exterior.

O Governador, Coronel Garcia Leandro assinando o documento do novo contrato

Quintuplicava o rigor das penalidades, traduzidas em multa, a que a S.T.D.M- se sujeitaria caso não cumprisse as leis e as cláusulas do contrato.

Stanley Ho, Administrador-delegado da S.T.D.M. assinando o documento do novo contrato

No capítulo do Turismo, a empresa concessionária obrigava-se a realizar a propaganda turística de Macau, de acordo com as directrizes do Centro de Informação e Turismo Centro além de impender sobre a mesma a obrigação de realizar, quinzenalmente, espectáculos de variedades, atracções e diversões de bom nível artístico, além de organizar anualmente, exposições, espectáculos e provas desportivas.

Teddy Hip, um dos directores da S.T.D.M., apondo a sua assinatura novo contrato

Nesse ano o capital social da STDM, que era de 3 milhões foi aumentado para uma importância nunca inferior a 80 milhões sendo o depósito da caução para garantia do cumprimento do contrato elevado para 10 milhões
Extraído de «MBIT», XI-1/2, 1976.

Realizou-se no dia 8 de Março de 1977, o jantar da Primavera e de homenagem ao Governador Garcia Leandro e a sua Esposa no Restaurante Lisboa oferecido por Hó Yin representante da Comunidade Chinesa e sua Esposa e para o qual foram convidadas as principais autoridades civis, militares e religiosas, numerosas pessoas das mais diversas categorias sociais, em número de algumas centenas, estando também presentes os pais e sogra do Governador que se encontravam neste território.

Na mesa redonda de honra, posta para 24 convivas, sentaram-se os anfitriões, o casal Ho Yin e os especiais homenageados, o casal Garcia Leandro, com os convidados de maior destaque naquele banquete.

O Sr. Ho Yin no seu discurso focou o problema da electricidade em Macau:
“A nova Central Eléctrica de Coloane poderá entrar já em funcionamento no Verão do corrente ano, prevendo-se, portanto, que o problema de fornecimento de energia eléctrica ficará resolvido. Porém, a Companhia de Electricidade de Macau está sobrecarregada de dívidas, e não será forma salutar ter de pagar, a longo prazo, avultadas somas em juros. Peço sinceramente às autoridades de Macau, a todos os sectores comerciais, bem como a toda a população – já que sabemos que o deficiente fornecimento de energia eléctrica traz grandes prejuízos para o progresso e desenvolvimento deste Território….”
Após as palavras de saudação de Ho Yin, o Governador de Macau, Garcia Leandro, agradeceu a oportunidade que lhe era dada, para significar aos anfitriões o prazer daquele convívio, que servia para estreitar os laços de amizade que unem as duas comunidades que aqui trabalham para melhorar a situação económica de cada cidadão e da própria comunidade.
Ambos os discursos foram traduzidos para as línguas portuguesa e chinesa pelo Chefe da Repartição dos Assuntos Chineses, António Galdino Dias.
O jantar de ementa chinesa que começou às 20.00 horas, terminou cerca das 20.00 horas. (1)
(1) Fotos e reportagem de MACAU B. I. T., 1977.

Do meu amigo, José Felício, agradeço o envio deste “poster/autocolante” (digitalizado) do “ III RALLY-PAPER DA A. A. L. M. “ (Associação dos Antigos Alunos do Liceu Nacional Infante D. Henrique) que se realizou no dia 26 de Janeiro de 1992. (1)
Os prémios:
iii-rally-paper-1992-a-a-l-mO “ III Rally-Paper da A. A. L. M.” que era para ser realizado em 1991, foi também, a última que se realizou pois “os rally-papers, não tiveram continuação. O crescimento de Macau ditou o aumento do trânsito e, consequentemente, o fim desta actividade.” (2)
Os prémios:
1.º Prémio: Viagens no valor de MOP 8 000.00
2.º Prémio: Viagens no valor de MOP 4 000.00
3.º Prémio: Viagens no valor de MOP 2 500.00
Patrocínio: Aldifera; S. T. D. M., Construções Técnicas, C. E. M., Serviços Sociais Administração Pública, C. T. T., e Livraria Portuguesa.
(1) Ver anterior referência aos “rallies” da A. A. l. M. em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/10/15/noticia-de-15-de-outubro-de-1989-rally-paper-da-a-a-l-m/
(2) PALAVRA, Mariana – Os Primeiros 15 anos da Associação dos Antigos Alunos do Liceu Nacional Infante D. Henrique de Macau (AALM), 2004.

calendarios-de-1997-cem-ii-versoDois calendários de bolso, do ano de 1997, com a mesma dimensão  (13 cm x 9,5 cm; dobrável: 6,5 cm x 9 cm), da Companhia de Electricidade de Macau /CEM (1) e muito semelhante variando na fotografia e nas cores das letras.No verso de ambos, o mesmo o calendário do ano, em português e chinês.
calendarios-de-1997-cem-iIndicação do “hot-line” para avarias e iluminação pública 24 horas ao serviço da população de Macau, n.º 339922

calendarios-de-1997-cem-iiiAJUDE-NOS A MANTER MACAU BEM ILUMINADA

calendarios-de-1997-cem-iv(1) CEM / Companhia de Electricidade de Macau, iniciou o serviço de fornecimento de energia eléctrica em 1972, após o fim do contrato de concessão com a «Macao Electric Lighting Company Ltd» (MELCO) (1906-1972).

COLOANE Mapa Turístico 1991COLOANE (路環), MAPA TURÍSTICO 旅遊地圖, (1)

A capa do folheto de 19 cm por 11 cm, editado pela Câmara Municipal das Ilhas, sem indicação de data (provavelmente de 1991).

COLOANE Mapa Turístico 1991 versoA contra-capa, com um mapa “miniatura” da ilha.

 No interior, desdobrável, um mapa da ilha com 45 cm x 35,5 cm de dimensões e pequenas fotografias dos locais a visitar.

COLOANE Mapa Turístico 1991Planta da ilhaEncontram-se sinalizados, os seis templos chineses, as Igrejas de S. Francisco Xavier e de Nossa Senhora das Dores (Ká Hó), as praias de Cheoc Van  e Hac Sá  e as respectivas piscinas e o Parque de Seac Pai Van.
Não sinalizados, mas já aparecem no mapa, os aterros de Seak Pai Van (junto ao reservatório) e de Tai Van e os aterros onde estão construídos as instalações da Central Térmica da Companhia de Electricidade de Macau (CEM).

COLOANE Mapa Turístico 1991 Resenha históricaE no verso do desdobrável, em português e chinês, um resumo histórico e indicações dos lugares turísticos. Do resumo, retiro:
Longe vão os tempos em que a ligação entre Macau e as suas ilhas se fazia de barco, travessia que tinha os seus encantos, constituindo as duas etapas do percurso (de Macau à Taipa e daí a Coloane) por si só, um excelente e repousante passeio nas águas tranquilas do rio das Pérolas. Hoje é possível, saindo de Macau, fazer-se um percurso de automóvel nas duas ilhas; em 1968 foi inaugurado o istmo que passou a fazer a ligação da Taipa com Coloane; em 1974 inaugurou-se a primeira ponte entre Macau e a Taipa e, mais recentemente em 1994, abriu ao tráfego uma nova ponte que liga a península à ilha da Taipa.”
A 23 de Dezembro de 1864, O Governador de Macau, José Rodrigues Coelho de Amaral, escrevia ao Comandante Militar da Taipa nos seguintes termos:
Tendo sido solicitado os habitantes de Coloane uma força militar para sua protecção e sendo de reconhecida necessidade este pedido, marchou hoje um destacamento de dez praças da polícia para aquela povoação, tendo ordem de se apresentar primeiro a V. Ex.ª, debaixo de cuja inspeção ficam”.
Foi assim que, em 1864, os portugueses ocuparam a ilha de Coloane.

(1) 路環mandarim pinyin: lù huàn; cantonense jyuping:  lou6 waan4.
旅遊地mandarim pinyin: lu yóu di tú; cantonense jyuping:  leoi5 jau4 dei6 tou4