Archives for posts with tag: Colina do Monte

Baía da Praia Grande c. 1854, guache de pintor chinês desconhecido
Macau: Praia Grande vista do norte; a baía, a colina da Penha ao longe (à esquerda)

Baía da Praia Grande c. 1855, guache de pintor chinês desconhecido
Macau: Praia Grande vista do sul; a baía, a colina/fortaleza do Monte ao longe (centro) e a colina/fortaleza da Guia ao longe (à direita)
Baía da Praia Grande c. 1870, guache de pintor chinês desconhecido
Macau: Praia Grande vista do norte; a baía, com um barco a vapor com rodas de pás a entrar,  a colina da Penha ao longe (à esquerda) e as árvores da fortaleza de S- Francisco (á direita)

No livro “Tellurologie et Climatologie Medicales de Macau”, estão publicados quatro mapas da região de Macau. Um dos mapas foi já reproduzido em (1). Hoje mais um deles, – MACAU (Relief du Sol) – com a descrição do relevo do solo e subsolo.

MAPA do Relevo de Macau 1921 Tellurologie et ClimatologieEste mapa (escala de 1/50.000) foca o relevo do solo da cidade de Macau, em 1921, estando assinaladas as colinas e a Ilha Verde.

 “Le squelette de Macao est granitique. Les noyaux éruptifs sont indiqués par ses collines. Les rochers et la colline de Mong-Ha, celle qui est appelée Montanha Russa, les collines de Dona Maria, Guia, San Jerónimo, de Patane ou de la Grotte de Camoens, San Miguel, San Paulo do Monte, Santo Agostinho et Penha, – sont como les points d´ossification du squelette… (…)
L´isthme réunit cette terre à l´île de Hiong-Chan – et voilà formée la presqu´ile de Macao.
Un autre noyau, Ilha Verde (35 m. de alt), un peu plus isolé, est resté aussi sous línfluence dynamique du fleuve, et on a vu de nos jours l´oeuvre de la liaison naturelle au plus proche noyau, Mong-Ha, laquelle a été aidée par l´homme.
Les collines de Macao peuvent être divisées en deux groupes, délimités par la continuité qu´on remarque en chacaux d´eux. Appartenant au premier groupe, je citerai: Mong-Ha, Montanha Russa, Dona Maria, Guia, San Jerónimo, – dont la ligne d´enemble est une courbe sensible de concavité vers l´Ouest, les plus hautes cotes de niveau étant à Mong-Ha (59 mètres) et à Guia (76 à 99 mètres). La ligne du second groupr, courbe aussi en partie et envelippée par celle-là, évoque, en sa planification, la forme d´un bâton pastoral, dont la crosse est formée par les collines de Camoens, San Miguel, San Paulo do Monte, – se prolongeant selon l´axe de la presqu´île jusqu´à son extremité, passant para la Sé, Santo Agostinho, San Lourenço, Bom Jesus et Penha, et la cime atteignant les cotes plus élevées à San Paulo do Monte (40 m) et à Penha (70m).
Les terrains bas de Tap-Seac, Long-Tin-Chin, Mong-Ha, Sa-Kong, San-Kiu et Patane, oú coulent les eaux et les ruissellements des ravines voisines, sont développés en une grande superficie sub-urbaine, entre les deus courbes. Tap-Seac a un facile accés vers la mer, entre da Sé et San Francisco, et les autres terrains qui , naguère n´étaient que des marécages, ont été comblés aux dépens de l´aplanissement des colines de Mong-Há et San Miguel, et ils sont convenablement drainés et amplement libres vers le fleuve.
La zone base de la ville se développe dans la concavité de la courbe de rayon plus petit, en quartiers riverains qui s´appelent Tarrafeiro, Matapao, Bazar, et qui sont continués par les terrains marginaux de Praia Manduco et Barra.
Au dehors de la courbe plus grande on remarque, au Nord, les terrains bas de l´isthme et la plage Areia Preta. Dans le rest de la courbe, la petite plage de Cacilhas, exceptée, il ný a pas dáutres terrains bas, puisque le versant de la Guia coule vers la mer en pente brusque.” (1)
NOTA: o negrito é da minha autoria.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/06/01/leitura-tellurolo-gie-et-climatolo-gie-medicales-de-macao/

Livro de António Júlio Emerenciano Estácio e António Manuel de Paula Saraiva, de 1993, (1) responsáveis pelo pelouro das zonas verdes das duas câmaras do território nessa altura e dedicado “À memória de quantos como Tancredo Caldeira do Casal Ribeiro e Alfredo Augusto de Almeida, dedicaram grande parte das suas vidas e do seu saber em prol dos Zonas Verdes do território de Macau”.

Jardins e Parques de MacauDa “Introdução” retiro:
Alguns jardins têm uma grande carga histórica e mesmo científica, como, por exemplo, os jardins de Camões e da Flora, enquanto outros encerram um simbolismo muito especial como sucede em relação ao Jardim de Lou Lim Ioc.
A par dos jardins propriamente ditos possui a península de Macau, sete colinas – Guia/S. Jerónimo (S. Januário), Barra, Monte, Mong-Há, D. Maria, Penha e Ilha Verde – as quais, por terem sido utilizadas para fins militares ou por instituições religiosas, se mantiveram como Zonas Verdes.
Por serem colinas, são visíveis de muitos pontos – isto é, são zonas dominantes da paisagem – contribuindo, em parte, para que Macau se apresente com uma certa imagem de enquadramento verde.
No entanto, e muito lamentavelmente, as Zonas Verdes têm sofrido, nos últimos anos, um autêntico cerco imobiliário que a continuar, poderá transformá-las em “jardins interiores” – o que constituirá uma perda para a imagem do território, nomeadamente na cidade de Macau.”
Os autores descrevem de forma sucinta, a realidade histórica, social, botânica e paisagística, ilustrando com fotografias coloridas, os seguintes Jardins: Camões, Lou Lim Ioc, de S. Francisco, da Flora, da Montanha Russa, de Vaco da Gama, da Vitória, de Santa Sancha, Interior do Leal Senado, e ainda os Parques, Dr. Sun Iat Sen e da Guia.
(19 ESTÁCIO, António J. E; SARAIVA, António M. P. – Jardins e Parques de Macau. 1.ª Edição. Instituto Português do Oriente, 1993, 62 pp., ISBN 972-8013-06-X, 32 cm x 23,5 cm

Farol Guia AGC 1929Macau – Farol da Guia

(Construido pelos portugueses e o primeiro que iluminou as costas da China)

Vista da cidade AGC 1929Macau – Vista da cidade

As  fotografias foram publicadas pela Agência Geral das Colónias em 1929 .