




NOTA: a baía da Praia Grande, vista da Colina da Penha, ou possivelmente do Hotel Bela Vista. Ao fundo à direita, à beira mar, o Grémio Militar, construído em 1870 e no alto a Colina da Guia.
NOTA: A baía da Praia Grande, vista da Colina da Guia ou possivelmente da Colina de S. Jerónimo. Ao fundo o Hotel Bela Vista, à beira da baia, e a Colina da Penha (Igreja da Penha).
(1) http://www.wattis.com.hk/gallery/photographs/9/5997/macao-praya-grande.html
Dentro do envelope (22 cm x 15,5 cm), um postal (19,7cm x 15 cm) e um marcador de livro (19,7 cm 6 cm) com a mesma temática: quadro – aguarela sobre papel (9“ x 11“) – retrato de Cecília Yvanovich, pintado por George Smirnoff, em Macau, 1945. Emissão do Instituto Internacional de Macau em 2010.
Cecilia Yvanovich pintura de George Smirnoff
“Exílios diferentes provocaram o encontro entre George Smirnoff e Cecilia Yvanovich, em 1945, em Macau. Desse acaso, e das mãos do pintor, saiu um dos poucos retratos produzidos poe ele, mais conhecido pelas aguarelas de cenas e paisagens de Macau. Retrato que a jovem modelo oferece, 66 anos depois a Macau, para que possa juntar às outras obras do mestre, no Território” (português, chinês e inglês)
(1) Nascido em Vladisvostock (Rússia) a 27 de Outubro de 1903, devido à revolução russa, vai com a mãe e uma tia, aos 12 anos, para Harbin (Manchúria) onde se forma, e trabalha como arquitecto-engenheiro, e onde projecta cerca de 200 casas e uma grande igreja. Continuava a pintar sendo autodidata e consegue sobreviver vendendo alguns quadros. Casamento em 1934 e em 1937, vai com a família para Tsingtao (Qingdao) norte de Shanghai, e em 1939, devido à ocupação japonesa, foge com a família para Hong Kong, onde retoma a sua profissão sobrevivendo com a pintura e fotografia. Em Dezembro de 1941 devido à invasão japonesa a Hong Kong, consegue em 1944 refugiar-se em Macau e aqui sobrevive dedicando-se à pintura, quer em aguarelas quer em desenhos de cenários para peças de teatrais, e ao ensino.
O Governo de Macau através de Pedro José Lobo encomenda-lhe uma série de 63 aguarelas de cenas e paisagens de Macau. Fez a primeira exposição em Macau em Dezembro de 1945 no Colégio de S. Luís na Rua da Praia Grande, juntamente com os seus alunos. Após a guerra, regressou a Hong Kong onde se suicidou, por precipitação, em 1947. Está sepultado no Cemitério de Happy Valley. (2)
(2) Informações retiradas de SMIRNOFF, Irene – Biografia no Catálogo de Exposição “George Vitalievich Smirnoff”, edição do Leal Senado de Macau em Junho de 1985.
“Ocorreu em Macau, no ano de 1970, o primeiro centenário da fundação do Clube Militar de Macau, uma das instituições mais antigas do Ultramar, no seu género. Deve-se a sua existência a um grupo de oficiais do Exército e tem contado sempre, entre os seus sócios –e nos seus corpos gerentes – distintos oficiais do Exército e da Marinha. Muitos deles já eram ou vieram a ser figuras de grande destaque na vida nacional ou da Província, o mesmo se podendo dizer dos seus sócios civis, dos vários sectores de actividades desta terra.
Para celebrar este importante acontecimento na vida social desta pequena terra portuguesa, foi realizado um variado programa de comemorações, culturais, artísticas, recreativas e sociais, que tiveram início em 13 de Agosto, com uma sessão solene e terminaram com uma baile de gala, no dia 31 de Dezembro, com a participação dos sócios e das individualidades de maior destaque da vida oficial e do sector privado da Província, destacando-se a presença do Governador, General Nobre de Carvalho e esposa, D. Julieta Nobre de Carvalho.” (1)
Um aspecto do baile de gala no encerramento do I Centenário da fundação do Clube Militar
(1) Foto e reportagem de «Macau, Boletim de Informação e Turismo», VI-10 de Dezembro de 1970 p. 17
Os órgãos sociais do Clube Militar de Macau, no ano de 1970.
Assembleia Geral:
Presidente – Coronel Póvoas Janeiro
Vice-presidente – Major Eduardo César Francisco Bélico de Velasco
Direcção :
Presidente – Major Maia Gonçalves
Secretário – Guilherme Lopes da Silva
Tesoureiro – Tenente Santos Pereira
Vogais – Capitão José dos Santos Lopes e Capitão Pereira Bastos
Conselho Fiscal:
Presidente – Capitão Alberto Fernando Pereira
Vogais – Capitão Rogério Saturnino dos Santos Nunes e Reginaldo dos Remédios.
Ver anteriores referências ao Clube Militar em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/clube-militar-gremio-militar/
Nos salões do Clube Militar, realizou-se no dia 5 de Junho de 1954, um Baile de Primavera que reuniu grande número de sócios, acompanhados de suas respectivas famílias, e de muitos convidados.
Num ambiente de distinção e elegância, característica das reuniões festivas naquele clube, o baile foi animado por uma excelente orquestra e pela alegria comunicativa de todos os presentes”
Extraído de «MBI» I-21 de 15 de Junho de 1954.
No dia 7 de Outubro de 1954, em substituição do Sr. Coronel António Cirne Rodrigues Pacheco, (1) assumiu, o Comando Militar da Guarnição de Macau, o Coronel Rui Pereira da Cunha (2) que desembarcou nesta Província no dia 5 de Outubro de 1954. Exerceu o cargo até 16 de Maio de 1956 (3)
O Governador Almirante Joaquim Marques Esparteiro esteve no dia 8 de Outubro, no Quartel General, a fim de retribuir os cumprimentos da véspera (o novo comandante militar esteve no Palácio do Governo, acompanhado do seu ajudante, tenente Mendonça, onde apresentou cumprimentos ao governador) tendo ali sido recebido com todas as honras militares. Passou revista à guarda de honra, +restada pelo Esquadrão Motorizado.
(1) O Coronel António Cirne Rodrigues Pacheco, que exerceu o cargo de Comandante Militar desde 14 de Maio de 1952, regressou a Portugal no dia 7 de Outubro para frequentar o curso de Altos Comandos. Os oficiais da guarnição militar ofereceram no dia 2 de Outubro, ao Comandante cessante, no Clube Militar um almoço de despedida. No dia 4 de Outubro, o Coronel Cirne Pacheco despediu-se de todos os oficiais do Quartel General.
Ver anteriores referências em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/antonio-cirne-pacheco/
(2) Ver anteriores referências em
https//nenotavaiconta.wordpress.com/tag/rui-pereira-da-cunha/
(3) «M. B. I.» II-29, 1954.
No dia 22 de Janeiro de 1973, assumiu as funções de Comandante Militar do Comando Territorial Independente de Macau, (1) o coronel do C.E.M., Manuel de Mesquita Borges, (2) sucedendo neste cargo ao coronel José Luís de Azevedo Ferreira Machado.
Na parada do Quartel General a continência da Guarda de Honra, tendo passado revista à mesma, após o que a Força Armada de efectivo duma companhia, com Guião e Fanfarra sob o comando do Capitão Duarte Ferreira desfilou perante a tribuna.
A transmissão de poderes realizou-se a seguir na Sala da Bibliotecas do referido estabelecimento militar, com a presença dos oficiais da Guarnição Militar.
O Chefe do Estado Maior, major Rui Ravara, deu as boas vindas ao novo Comandante Militar, a quem desejou as maiores felicidades no exercício do elevado cargo que acabava de lhe ter transmitido, salientando as qualidades dos militares do C. T. I. que muito facilitariam a missão que a partir daquele momento lhe cabia desempenhar.
O coronel Mesquita Borges dirigindo-se aos oficiais agradeceu a sua presença nesta cerimónia, acentuando que era a segunda vez (3) que servia na Guarnição Militar de Macau onde, praticamente começara a sua carreira militar. (4)
(1) Em 17 de Janeiro de 1961, a Guarnição de Macau passou a chamar-se «Comando Territorial Independente de Macau»
(2) O Tenente-Coronel Manuel de Mesquita Borges (1924-2006) foi nomeado 2.º Comandante Militar em 30 de Setembro de 1971 e em 11 de Janeiro de 1972 é promovido ao posto de coronel, deixando desde esta data de desempenhar as funções do 2.º Comandante. Em 1972, foi nomeado Chefe de Gabinete da fiscalização da construção da ponte Macau-Taipa (depois denominada Ponte do Governador Nobre de Carvalho) Foi exonerado das funções de Comandante Militar em 3 de Junho de 1974.
(3) Em Macau, nos princípios da década de 50. Em 1951, foi feita uma restauração do “Clube Militar” de Macau que ficou a cargo do então Alferes de Engenharia, Manuel de Mesquita Borges. Em 1952 foi promovido a Tenente.
Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/manuel-de-mesquita-borges/
(4) Extraído de «Macau B.I.T.» VIII, 1973