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Em 12 de Janeiro de 1774, o governador Saldanha (1) sugere ao Vice Rei da Índia que se renova a cadeia do terreiro de St.º Agostinho, para junto do Senado e dá a razão: o tronco ou cadeia está em lugar solitário, tendo apenas em frente uma casa com janelas para outra parte e o Convento de S.to Agostinho, que tem apenas uma pequena janela de coro que dá para a cadeia; esta «não tem capacidade, nem fortaleza nem segurança». Mas junto ao Senado há uma casa do estado que se pode transformar em cadeia segura. O Vice-rei (D. José Pedro da Câmara) remeteu cópia desta carta ao Senado, a 4 de Maio de 1775, preguntando se havia algum inconveniente; como o Senado respondesse que havia grande despesa e dificuldades, o Vice-rei, a 30-04-1776, determinou «que não faça inovação alguma».

Para a cadeia que ficava anexa ao Senado, foram transferidos, pouco depois de 1776, os presos do tronco que ficava no Largo de Santo Agostinho, e que deu o nome à Calçada do Tronco Velho. (2) A casa onde antes estava era dos jesuítas, alugadas ao Senado; a nova, do Estado. A nova cadeia deu o nome “Rua da Cadeia,” (3) que em 1937 recebeu o nome de Rua Dr. Soares, em homenagem ao Dr. José Caetano Soares. (4) A 5 de Setembro de 1909, os presos passaram para a Cadeia Pública na Colina de S- Miguel e em 1990 para Coloane. (5) (6)

(1) Carta do Governador de Macau Diogo Fernandes Salema de Saldanha, datada de 12-01-1774: “O tronco desta Cidade está situado em hum lugar tão desamparado de cazas, que não tem mais que humas, q´ ficão de fronte delle com janelas para outra parte, e o convento de S. Agostinho, que não tem para parte delle mais que huma piquena janela do seo coro. Tambem não tem capacidade nem fortaleza, nem segurança para prezos recomendáveis; e como junto a caza do Senado, que hé o mais publico lugar há humas cazas pertencentes a Fazenda Real da Administração do Adjunto desta mesma Cidade, as quaes tem capacidade para nella se fazer huma cadeya segura, e com commodos suficientes, e fortes p.ª nella se prenderem os prezoz … Supplico a V. Exa. determine que trocando-se estas do actual tronco pelas outras junto do Sennado; nestas se estaleca a cadeya publica.» Ver anterior referência em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/diogo-fernandes-salema-e-saldanha/

(2) Calçada do Tronco Velho começa no Largo de Santo Agostinho, ao cimo da Calçada do Gamboa, e termina entre a Rua do Dr. Soares (outrora Rua da Cadeia) e a Rua dos Cules, em frente do Beco da Cadeia. Em chinês chamava-se 监牢斜巷 Kam Lou Ch´é Hóng, (7)  i. é, Calçada ou Encosta do Tronco Velho. O tronco ficava no Largo de S. Agostinho, passando depois para junto do Senado. (6)

(3) Rua da Cadeia começa na Rua dos Cules e acaba no Largo do Senado (hoje, Avenida Almeida Ribeiro) («Cadastro das Vias Públicas de 1874») Existe ao Beco da Cadeia que está junto da Rua dos Cules, tendo a entrada entre esta rua e a Rua do Dr. Soares, em frente da Calçada do Tronco Velho (6)

(4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/rua-da-cadeiarua-dr-soares/

(5) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume I, 2015, p.277.

(6) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, volume I, 1997, p. 331-332

(7)监牢斜巷mandarim pīnyīn: jiān lóu xié hàng; cantonense jyutping: gaam1 lou4 ce3 hong6. Hoje o nome chinês é 東方斜巷 mandarim pīnyīn: dōng fāng xié hàng; cantonense jyutping: dung1 fong2 gaam1 lou4 ; calçada oriental, referindo-se ao hoje inexistente Cine-Teatro Oriental (東方戲院) que esteva nessa calçada, desde 1950 a 1973.

A Sociedade de Abastecimento de Águas (SAAM) trouxe até Macau, o grande pianista de renome mundial José Iturbi que na noite de 6 de Dezembro de 1953, deu no Teatro Oriental um Concerto de Piano. Entre a numerosa assistência, que enchia literalmente o referido teatro, estava o Governador, Almirante Joaquim Marques Esparteiro com a esposa e filhas e o seu pessoal de Gabinete.

O produto líquido do concerto, que teve o patrocínio de D. Laurinda Marques Esparteiro, reverteu para os fundos da construção do Colégio de D. Bosco (1) e, por isso, foi de louvar a iniciativa da SAAM.

Após o concerto, o Governador e Esposa conversam com José Iturbi

 O bissemanário «O Clarim», referindo-se ao Recital de piano de José Iturbi escreveu: “O concerto constituiu uma lição magistral de verdadeira arte, que ficará, de certo, registada nas efemérides desta cidade, como facto deveras singular, dificilmente igualável. A magia com os mais harmoniosos acordes se desprendiam do instrumento, desconsertava-nos perante a aparente imobilidade das mãos de Iturbi cujos dedos vibráteis pareciam concentrar em si todo o nervosismo da sua alma de artista.

A Dança Ritual do Fogo, que tantíssimas vezes se apresenta ao público, ouvimo-la quase como uma novidade, tal a beleza que o artista conseguiu equilibradamente imprimir aos contrastes de que esta peça está impregnada; até o efeito de órgão se pôde verificar nesta celebérrima obra de Falla.

Na Rapsódia Azul pudemos apreciar tôdos os efeitos que se podem tirar do piano, tal a gama de sentimentos que o autor da peça nela reuniu e que Iturbi fez viver através as cordas do piano “ (2)

José Iturbi Báguena (1895 – 1980) pianista, regente e maestro, espanhol, considerado um dos cinco mais importantes pianistas nos EUA na primeira metade do século XX (3)

Muito popular pela sua participação em filmes musicais de Hollywood, na década de 40. “Thousands Cheer” (1943), “Music for Millions” (1944), “Anchors Aweigh” (1945), “That Midnight Kiss”(1949), and “Three Daring Daughters” (1948) (4) . No filme biográfico do compositor Frédéric Chopin, “A Song to Remember”, (1945)  (5) as cenas ao piano do actor Cornell  que interpreta Chopin, as “mãos que tocam” são de José Iturbi. https://en.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Iturbi

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/colegio-d-bosco/

(2) Extraído de «MACAU B. I.», AnoI, n.º 9 de 15de Dezembro de 1953 p. 14

(3) https://www.amazon.com/Jose-Iturbi-Life-Piano-Technique/dp/9059727894

(4) https://www.imdb.com/video/vi1630781209?ref_=nm_rvd_vi_1

(5) https://www.youtube.com/watch?v=kf6e4eoudE8

No dia 9 de Março de 1954, os capitalistas Senhores Ho Yin e Y. C. Liang e alguns empresários mais, em conjunto com a Comissão de Senhoras Pro-construção do “Colégio D. Bosco” levaram a efeito no Teatro Cheng Peng uma noite de ópera chinesa; o espectáculo, dado por profissionais, teve a acompanhá-lo, para melhor transmissão do texto cantado, uma versão escrita em português, nos programas distribuídos.
O produto da venda dos bilhetes (Patacas $ 15 044,00) reverteu como era intenção para a continuação da construção do colégio (inaugurado em 10 de Fevereiro de 1952) que, mesmo inacabado, já alberga e educação de centenas de órfãos.” (1)

A Sr.ª. Dr.ª Laurinda Marques Esparteiro, esposa do Governador, entregando uma taça a uma das principais actrizes chinesas.

Extraído de «BGU» XXIX – 347 – MAIO DE 1954 p. 205.

A Comissão de Senhoras Pro-construção do “Colégio D. Bosco” presidida quando se constitui, pela esposa do governador Albano de Oliveira, D. Helena Cremilda de Oliveira e depois pela D. Laurinda Marques Esparteiro (tendo nessa altura como tesoureira e secretária D.ª Raimunda Faria, esposa do Director da Fazenda, e a D.ª Angelina Pacheco Borges, mãe do então Subdirector do colégio Padre Albino Pacheco Borges) (2) levaram a efeito vários espectáculos, peditórios e festas, em benefício do novo colégio que ainda estava em construção como por exemplo estas referências:
07-07-1951- Realizou-se um animado arraial, no Ténis Militar e Naval em benefício do Colégio D. Bosco de Artes e Ofícios. (3)
17 e 18-03-1954 –Nestes dias realizou-se no Teatro Oriental um espectáculo a favor do fundo da construção do «Colégio D. Bosco por iniciativa do «Sport Macau e Benfica» de que é activo presidente o Sr. Alberto Dias Ferreira (4)
14 de Abril de 1954 – Entregue ao Colégio D. Bosco, para aquisição de instrumentos para a sua oficina, a quantia de patacas $ 440,85, resultante de uma subscrição junto dos alunos do Liceu, da Escola Comercial Pedro Nolasco, dos Colégios de Santa Rosa de Lima e do sagrado Coração e das Escolas Primárias Oficiais e Luso-Chinesa (5)
20-06-1954 – Recital de Canto e Piano no Teatro D. Pedro V a favor do Colégio D. Bosco (6)
20-06-1954 – Recital no Teatro D. Pedro V, da cantora Lígia Pinto Ribeiro, acompanhada pelo Prof Harry Ore. Fins beneficentes, a favor do Colégio D. Bosco) (5).
(1) «M.B.I.», I-15, 1954.
(2) «M.B.I», II -33, 1954.
(3) «MOSAICO» II- 12,1951,
(4) «M.B.I», I-16, 1954.
(5) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. 5, 1998.
(6) «M.B.I» I -21, 1954.
NOTA: Anteriores referências ao Colégio D. Bosco:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/colegio-d-bosco/

A paixão pelo cinema desde miúdo levou-me a ver, quando era possível e o dinheiro chegava, todo o tipo de cinematografia. E da minha avó herdei o gosto pelos “filmes de Hong Kong” predominantemente cantonense das décadas de 50 e 60 que passavam principalmente nos teatros que frequentava, “Oriental” e  “Cheng Peng” (menos o “Alegria”).
E sem dúvida um dos ídolos deste cinema é (era) o actor LAM KA SING
Lembrei-me dele ao ter encontrado este recorte no meu dicionário escolar.
林家聲   Lam Ka-Sing  (aliás Lam Kar-Sing, Lam Ga-Sing)
Actor/cantor de ópera chinesa (cantonense, em Macau conhecido como “Auto China“)), Lam Ka-Sing nasceu em Hong Kong, em 1933 (nome de nascimento Lam Man Shun) e faleceu em Hong Kong a 5 de Agosto de 2015. Com a família foi para Guangzhou (Cantão) durante a ocupação japonesa de Hong Kong, na II Guerra Mundial. Aí estudou ópera cantonense (canto e representação). (1) Após a Guerra, regressou a Hong Kong continuando a aperfeiçoar-se. Iniciou a carreira de actor em cinema no filme “Prostituting to Raise the Orphan”, em 1947. Fez cerca de 301 (o último em 1967). Actuou em numerosas peças teatrais (formou a sua própria companhia de ópera cantonense – a última «tournée» em Hong Kong e Estados Unidos foi em 1993, tenho fixado a sua residência em Canadá após esta data). Regressou a Hong Kong em 2009. Em 2010 foi agraciado como Doutor Honorário pela «Hong Kong Academy for Performing Arts» e em 2012 recebeu a «Silver Bauhinia Star» (2)
Alguns actores/actrizes deste tipo de ópera chinesa, de Hong Kong, eram muito populares em Macau por isso actuavam neste território, em espectáculos no Teatro Cheng Peng ou (muitas vezes) em palcos improvisados e montados para as festas por exemplo (por mim presenciados) nas comemorações anuais do Templo de Deus da Terra (na Horta da Mitra – Cheok Chai In) (3) ou em espectáculos para angariação de fundos para associações ou auxílios aos pobres. (4)
O exemplo é esta fotografia tirada no Teatro Cheng Peng e publicada no Boletim Geral do Ultramar, em 1956, onde a «estrela» Hung Sin Nói (5) e o «galã» Iam Kim Fai (6) (actriz que fazia quase sempre o papel masculino, aliás muito vulgar na ópera cantonense) estavam em Macau, numa das suas digressões que as companhias de ópera chinesa (algumas exclusivamente de actrizes)  faziam à China, e outros países com comunidades cantonenses.
(1) Ópera Cantonense (粵劇) é uma da óperas chinesas originária do Sudeste da China, na província de Guangdong , muito popular nesta província e em Guangxi nas comunidades chinesas de Hong Kong (onde tem uma escola superior desta arte), Macau e no sudeste asiático. É uma arte tradicional chinesa bastante complexa envolvendo música, canto, artes marciais, acrobacia e representação. Existe dois géneros principais da ópera cantonense: a MOU (武, “artes marciais”) focando os aspectos da guerra, com personagens guerreiras (generais e soldados), e envolvendo cenas/acções da guerra com armamento e armaduras; a MAN (文, mais clássica), envolvendo a cultura chinesa – poesia, literatura.
粵劇 – mandarim pīnyīn: yuè jù; cantonense jyutping: jyut6 kek6
(2) http://www.scmp.com/news/hong-kong/education-community/article/1846733/cantonese-opera-master-lam-ka-sing-dies-hong-kong
A Filmografia deste actor de 1947 a 1967  (301 filmes) em:
http://hkmdb.com/db/people/view.mhtml?id=1332&display_set=eng
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/02/27/noticia-de-27-de-fevereiro-de-2017-tou-tei-o-deus-da-familia/
(4) Há descrições de palcos improvisados para a ópera chinesa por exemplo um que se “montou” nos terrenos das corridas de cavalos (actual, canídromo) entre 1935-1942 e que colapsou ao fim de 5 dias. O Teatro chinês “Cheng Peng” (7) durante a guerra no Pacífico tinha frequentemente ópera chinesa com os artistas de Hong Kong e Guangdong fugidos da ocupação japonesa. Consta-se que os melhores cantores eram bem pagos (para aquele período) e a mais conhecida Tam Lan Hing –譚蘭卿 (8) que chegou a Macau em 1942 (e diziam as más línguas de Macau que “engordou” no período da guerra) ganhava “um tael de ouro por um dia de actuação
https://en.wikipedia.org/wiki/Yam_Kim-fai
Hung Sin Nui em 1956 no filme “The Peach-Blossoms Are Still in Bloom”
(5) Hung Sin Nui 紅線女 (1924-2013) aliás Hong Sin-loi, Hong Xian-nu – uma das  grandes estrelas da ópera cantonense e actriz de cinema na China e Hong Kong (106 filmes)
Filmografia e biografia em
http://www.hkmdb.com/db/people/view.mhtml?id=1365&display_set=eng

(6) Yam Kim Fai 任劍輝 – Ren Jianhui (1913-1989) actriz /cantora da chamada nova ópera cantonense. Filmes desde 1937 a 1968 num total de 300 filmes onde na maioria actuou em papéis masculinos.
Filmografia e biografia  em:
http://www.hkmdb.com/db/people/view.mhtml?id=499&display_set=eng
(7) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2011/12/28/cinemas-de-macau-i/

(8) 譚蘭卿  Tam Lan Hing   aliás Tam Shui-Fan (1908 – 1981)
Filmografia (1935-1969 – 187 filmes) e biografia em:
http://hkmdb.com/db/people/view.mhtml?id=133&display_set=eng

No dia 15 de Dezembro de 1954, início da exibição dos filmes portugueses «Cantiga da Rua», «Saltimbancos» e «Fado – História de uma Cantadeira», nos teatros Capitol e Oriental.

1949-cantiga-da-rua«Cantiga da Rua», filme realizado em 1949 por Henrique Campos (1909- 1983) com os actores: Alberto Ribeiro, Deolinda Rodrigues, Luísa Durão, Costinha, Artur Agostinho e Eunice Munoz.
Pequeno trailer em:
https://www.letras.mus.br/deolinda-rodrigues/483091/
Henrique Campos é também realizador do filme «A Luz Vem do Alto” de 1959 que se estreou em Macau no Teatro Vitória no dia 14 de janeiro de 1960. Ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/02/12/folhetos-de-cinema-teatro-vitoria-ii/
1951-saltimbancos«Saltimbancos» foi realizado por Manuel Guimarães (1915-1975) (primeira longa metragem deste realizador), no ano de 1951, estreado em Janeiro de 1952.
Actores: Maria Olguim, Helga Liné,Artur Semedo e José Victor
Trailers em:
https://www.youtube.com/watch?v=FC1nbE0ixTY
https://www.youtube.com/watch?v=sGS0DvGtWkY
1948-fado-historia-de-uma-cantadeira«Fado – História de uma Cantadeira» foi realizado por Perdigão Queiroga, (1916- 1980), no ano de 1948. Primeira longa-metragem deste realizador.
Com: Virgílio Teixeira, Vasco Santana, Erico Braga, Amália Rodrigues, João Nazaret, Henrique Santana, Tony D’Algy, Pestana Amorim, Emílio Correia, Alda de Aguiar, Raul de Carvalho, Reginaldo Duarte, Eugénio Salvador.
Trailers em:
https://www.youtube.com/watch?v=FSR8DIgiWmg
https://www.youtube.com/watch?v=K9OrM9qXBnU
https://www.youtube.com/watch?v=r8SWAm8QvqU

Foi no dia 8 de Fevereiro de 1953 que se estreou, em Macau, no Cine-Teatro Oriental, (1) o filme português «Frei Luís de Sousa» (2)

Frei Luís de SousaPoster do filme (col. Cinemateca Portuguesa)

 “Frei Luís de Sousa” é um filme português de 1950, (118 minutos), realizado e argumento de António Lopes Ribeiro, (1908-1995), produção de «Lisboa Filmes», adaptado da obra homónima “Frei Luís de Sousa”, de Almeida Garrett.Drama, a preto e branco, estreado a 21 de Setembro de 1950, no Cinema S. Jorge, em Lisboa. Música de Luís de Freitas Branco (há fontes que apontam: Jaime Silva Filho), com os actores: Raul de Carvalho, (1901-1984), Maria Sampaio (?), Maria Dulce (1936-2010) (3) e João Villaret (1913-1961).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frei_Lu%C3%ADs_de_Sousa_%28filme%29 

Poderá ver um enxerto deste filme em:
https://www.youtube.com/watch?v=Za1SIbAlmXg

Outras referências a filmes portugueses que se exibiram em Macau:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/02/09/noticias-de-9-e-10-de-fevereiro-de-1924-cinema-portugues-em-macau/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/02/12/folhetos-de-cinema-teatro-vitoria-ii/
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2011/12/28/cinemas-de-macau-i/   
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 5.
(3) Maria Dulce estreou-se como actriz neste filme interpretando Maria. Tinha 13 anos de idade.

Filme “promocional” de um dos grupos que apareceram em Liverpool, na década de 60, na sequência do êxito de  “The Beatles” e do filme “A Hard Day´s Night” – «Gerry and the Pacemakers», um dos grupos do chamado “Merseybeat bands“. Surgido em 1962 o grupo terminou em 1966 embora depois, reformulado por Gerry em 1974 para actuações.

Filme pouco relevante, de 1965, a preto e branco, e apesar de ter sido anunciado como filme musical (Título em Macau: «Filme musical – “THE PACEMAKERS”») é somente um filme com músicas do grupo «Gerry and The Pacemakers”». A canção mais conhecida dá o título do filme “Ferry cross the Mersey”, composto por Gerry Marsden em 1964. Uns dos produtores do filme era o Brian Epstein (manager de “The Beatles” e deste grupo))

Estreado em Macau no dia 19 de Abril de 1966.

Teatro Nam Van - 1965 - Ferry Croos the Mersey

O próprio argumento é muito sucinto:
“A história deste filme baseia-se no falado conjunto musical “The PACEMAKERS” formado pelos irmãos Gerry e Fred Maraden” (engano: Gerry e Fred Marsden -baterista, falecido em 2006).
Este conjunto musical adquiriu fama começando por tocar no “CAVERNS CLUB” um dos mais conhecidos e frequentados clubes de Liverpol.
Dodie a namorada de Gerry resolve promover um festival musical cujo fim é escolher e classificar o melhor conjunto de Liverpool.
Após uma “luta renhida entre vários conjuntos os “PACEMAKERS” são detentores da taça

Teatro Nam Van - 1965 - Ferry Croos the Mersey verso

Gerry Marsden compôs 9 canções para o filme, onde também participa Cilla Black (cantora inglesa conhecida pela canção “You´re My World” – 1964), Jimmy Savile (famoso DJ inglês, na época,  mas que posteriormente, após a sua morte em 2011- «julgado como criminoso sexual – abuso sexual de crianças“), George Martin (produtor de “The Beatles”) e alguns conjuntos do Merseybeat.

Trailer do filme em:
https://www.youtube.com/watch?v=k-d0xUXdzoY
http://www.dailymotion.com/video/x45rat_ferry-cross-the-mersey-gerry-the-pa_music

Gerry ficou também celebrizado pela canção “You´ll Never Walk Alone”, canção adoptado posteriormente pelos adeptos do Liverpool para apoiar a equipa nos jogos.
https://www.youtube.com/watch?v=OV5_LQArLa0

NOTA: anos depois (talvez, 1969) vi este filme pela 2.º vez no Teatro ROXY, (1) numa «matiné» (16H00 ???), “por engano”, pois no jornal chinês anunciava “um filme musical com quatro cantores «malucos» de Liverpool” e eu pensei ser o filme “A Hard Day´s Night” de “The Beatles”

High Wind in JamaicaBREVEMENTE: “A high Wind in Jamaica”, (1965), filme baseado na novela do mesmo nome, «Tempestade na Jamaica» (uma história de piratas) foi dirigido por Alexander Mackendrick para os estúdios da «20th Century-Fox , com Anthony Quinn, James Coburn, Deborah Baxter, Gert Frobe.http://en.wikipedia.org/wiki/A_High_Wind_in_Jamaica_(film)

Uma nota de curiosidade, em Macau este filme esteve anunciado nos folhetos como BREVEMENTE durante meses, creio que só foi estreado em Agosto de 1966.
Trailer em
http://www.imdb.com/video/screenplay/vi3852928281.

(1) Teatro Roxy, desactivado em 1970-71 e depois o edifício foi demolido; estava na Rua Ribeira do Patane. Era considerado um grande «cine-teatro» com capacidade para 1005 lugares.(Os outros quatros maiores que o «Roxy» eram o «Teatro Nam Van».«Teatro Alegria»(não sei se ainda mantém os 1160 lugares que tinha inicialmente), «Teatro Apollo» e o «Teatro Oriental»). Passava filmes chineses sobretudo de Hong Kong e nas chamadas “matinés“, filmes americanos/ingleses já anteriormente estreados noutros cinemas.

Muito antes do aparecimento de Bruce Lee (1) e dos filmes de Kung Fu (o chamado filme “Wuxia”) (2), já se via em Macau nas décadas de 50  e 60, filmes de artes marciais. Filmes que a população chinesa gostava e a rapaziada que percebia o cantonense, também. E sem duvida, para todos,  o mais popular era os filmes em que a figura chave tinha como herói,  Wong Fei Hung (3). Os primeiros filmes “a preto e branco” passavam sobretudo no Teatro Cheng Peng (4) e  depois já “coloridos” no mesmo Teatro e no Teatro Oriental (5).

Consta no “Guinness”, ser a mais longa série de filmes (85 no total) acerca deste  herói  (também conhecido como Huang Fei-Hong) iniciando em 1940 – 1.º filme: “The True Story of Huang Fei-Hong” (6) e continuando até ao ano de  1979:  “Magnificient Butcher” (7). Do total, 77 foram protagonizados por Kwan Tak Hing (8), todos em cantonense excepto 5, em Mandarim Este actor, durante a década de 70, fez somente um filme com esta personagem, mas manteve esse papel numa série que foi realizada para a TV.

  Kwan Tak Hing

Não esquecer que o sucesso dos primeiros 25 filmes (1949 – 1956) deveu-se não só ao carisma do actor, Kwan Tak Hing mas também ao actor Shih Kien (9), que se celebrizou posteriormente (não só nos filmes de Hong Kong mas internacionalmente), sempre como “vilão”, aliás em toda a sua carreira, a maioria dos papéis interpretados foram sempre de “vilão/mau”, “cínico”, “tirano”, “traidor”, “ganancioso”, etc. Ambos os actores eram praticantes de artes marciais (embora de escolas diferentes) o que dava uma certa autenticidade às cenas de “luta”. Nesse tempo ainda não havia grandes “efeitos especiais” nem montagens acrobáticas. Os primitivos “truques” eram imprimidos na película.

Shih Kien

Posteriormente outros actores interpretaram Wong Fei Hong. O mais celebre foi o actor Jet Li (10) numa série de seis filmes: “Onde Upon a Time in China” (1991) em que os dois últimos foram já protagonizados por Vicent Zhao (este actor também interpretou o herói numa série televisiva de 1996).

(1) Bruce Lee (1940-1973) 李小龍  mandarim pinyin Lǐ Xiǎlóng; cantonense jytping Lei5 Siu2 Lung4
http://en.wikipedia.org/wiki/Bruce_Lee
(2) Wuxia (武俠); wu (), significa “marcial”, “militar” ou “armado”, e xia (), significa “herói”, “honrado” “bravo. Wuxia é o termo genérico que se dá aos filmes de ficção de artes marciais.
http://en.wikipedia.org/wiki/Wuxia
“Typically, the heroes in Chinese wuxia fiction do not serve a lord, wield military power or belong to the aristocratic class. They are often from the lower social classes of ancient Chinese society. Wuxia heroes are usually bound by a code of chivalry that requires them to right wrongs, especially when the helpless or the poor are oppressed. The wuxia hero fights for righteousness and seeks to remove an oppressor, redress wrongs, or to bring retribution for past misdeeds. The Chinese xia traditions can be contrasted with martial codes from other countries, such as the Japanese  samurai´s bushido tradition, the chivalry of medieval European knights and the gunslingers of America´s Westerns.”
ROBERTSON, Patrick – The Guiness Book of Movie Facts & Feats. Guiness Books, 236 p. ISBN 0-85112-899-8
                            Possível foto do “verdadeiro” Wong Fei Hung

(3) Wong Fei Hung  黃飛鴻 (mandarim pinyin: huáng fei-hông; cantonense jyutping: wong4 fei1 hung4)) nasceu em 1847 e faleceu em Guangzhou (Guangdong) em 1924 (76 anos). Foi mestre das artes marciais chinesas (estilo «Hung Gar», também conhecida como «Hung Fist»). Era médico/acupunturista (Medicina Tradicional Chinesa). Trabalhou na sua clínica em Po Chi Lam (寶芝林 mandarim pinyin: bǎozhīlín; cantonense jyutping: bou2 zi1 lam4) em Foshan (Guangdong). Foi um revolucionário nacionalista contra o invasor japonês em 1895 (instrutor  do exército e das milícias), tendo-se tornado um herói popular gerando histórias patrióticas, sempre defendendo os oprimidos.
http://en.wikipedia.org/wiki/Wong_Fei-hung
(4)Teatro Cheng Peng  em funcionamento de 1875 a 1992. Ver meu anterior post:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2011/12/28/cinemas-de-macau-i/
(5) Teatro Oriental em funcionamento de 1950 a 1973. Ver meu anterior post:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/cine-teatro-oriental/          
(6) “Huang Fei-hong Chuan” – “The Story of Huang Fei Hung: part1 (Whiplash Snuffs the Candle Flame)”, (em cantonense) o primeiro filme como Wong Fei Hung  é de 1949. Dirigido por Wu Peng e produzido por “Yong Yao Film Company”. O filme incluía o actor Shih Kien como vilão e Li Laan (a primeira vencedora do concurso de “Miss Hong Kong Pageant”) O sucesso deste filme prolongou-se pelas sequelas posteriores com a mesma equipa num total de 25 filmes até 1956.
http://hkmdb.com/db/movies/view.mhtml?id=1036&display_set=eng
Pode-se ver duas sequências deste filme – episódio da dança do leão e outra de demonstração de várias posições de «Hung Gar» em:
http://www.youtube.com/watch?v=fpv46KQBxso
http://www.youtube.com/watch?v=rw6bE80ajYQ
(7) “Magnificent Butcher” –林世榮Lin Shì Róng” (em cantonense jyutping: lam4 sai3 wing4) – 1979. Dirigido por Yuen Woo-ping com Kwan Tak-hing e Sammo Hung. Falado em cantonense.
(8) Kwan Tak-hing (1905 – 1996) 關德興 (mandarim pinyin Guān Déxīng; cantonense jyutping Gwaan1 Dak1 Hing1). Terá feito um total de 130 filmes.
http://en.wikipedia.org/wiki/Kwan_Tak-hing
Pode-se ver uma homenagem a este actor em:
http://www.youtube.com/watch?v=7VTfpwqLB3Y
(9)Shih Kien  (1913-2009) 石堅 (mandarim pinyin: Shǐ Jián; cantonense jyutping: Sek6 Gin1). Praticante do Kung Fu (Shaolin). Um dos últimos grandes papeis foi no filme de Bruce Lee em 1973 “Enter the Dragon“.
Pode-se ver um resumo da sua vida em:
http://www.youtube.com/watch?v=7y2yAtpwnQM
http://www.youtube.com/watch?v=aFHlIYU2wTg
(10) Jet Li 李連杰 (mandarim pinyin: Lǐ Liánjié; cantonense jytping: Lei5 Lin4 Git6).

Segundo João Botas (1), o mais antigo cinema de Macau foi inaugurado em 8/1/1910 (Cinematógrafo Vitória) e situava-se na Rua dos Mercadores. Mas, segundo cinema treasures” (2), o primeiro cinema com esse nome (refiro-me aos teatros então existentes que projectavam filmes, já que o Teatro mais antigo de Macau foi o Cheng Peng, inaugurado em 1875, apresentando óperas chinesas mas que só em 1925 (3) instalaria o cinematógrafo), situava-se na Calçada Oriental (hoje, Calçada do Tronco Velho), tinha 806 cadeiras e chamava-se Teatro Vitória (Victória ?).  Foi inaugurado em 8/1/1910 e iniciou a projecção de filmes no dia seguinte.

A mesma data encontra-se registada também em (4): The first cinema in Macau was known as Victoria Theater, which was located in the area called “Calçada do Tronco Velho”.

Henrique de Senna Fernandes (5) refere: O mais remoto cinematógrafo de que temos notícia foi o «Chip Seng», situado na Rua da Caldeira…(…). Outro cinematógrafo, também situado no dédalo do Bazar, era o «Tin Lin», no Largo do Hong Kong Mio que, em 4 de Fevereiro de 1909, como reporta «A Verdade» da mesma data, exibia, além de filmes, trabalhos de prestidigitação…(…). O primeiro cinematógrafo chamado o «Vitória», também um barracão, foi inaugurado em 9 de Janeiro de 1910, no terreno onde se ergue hoje o edifício dos Serviços Técnicos Municipais, na Rua do Dr. Soares, antigamente Rua da Cadeia…(…)… temos a certeza de que, em 1915, era essa mesma companhia a companhia que explorava o «Victoria Theatre»  de Hong Kong) que dirigia a exploração do segundo «Vitoria», agora instalado no edifício de tijolo e alvenaria da Rua dos Mercadores…

O jornal “A Verdade“, de 13 de Janeiro de 1910, referia à inauguração no dia 9 (domingo) do novo teatro do cinematógrafo ” Victoria” (os anúncios nos jornais indicavam sempre «Cinema Victoria»). No entanto, no blogue citado (1),  apresenta uma foto do Cinematógrafo Vitória, (a mesma foto já aparecia na Revista Nam Van (6), num artigo não assinado “Macau, há trinta anos, há três, e hoje“), já na Rua dos Mercadores,  mas com indicação de “inaugurado em 1910“. Essa data não deverá estar correcta,  já que  na foto , “vê-se” a Avenida Almeida Ribeiro já “aberta” ou “alargada” até ao Porto Interior e segundo Padre Teixeira em (7): “esta avenida foi rasgada em 1915 pelo Eng. director das Obras Públicas, António Pinto de Miranda Guedes O mesmo afirma, Leonel Barros (8) num artigo publicado no Jornal Tribuna de Macau As forças ocultas.” “…Mas apesar da oposição dos chineses, a avenida Almeida Ribeiro foi mesmo aberta em 1915, para depois ali se construírem casas dos dois lados como se verifica hoje…“.  A mesma foto publicada na pág. 197 da Revista da Cultura (9) tem a seguinte indicação “Cinematógrafo Vitoria, anos 30

O “novo” Teatro Vitória  ficava na Rua dos Mercadores (hoje Banco Tai Fung) e foi inaugurada em 1921  (possivelmente no mesmo lugar do antigo cinematógrafo). Ficou conhecida por ter apresentado o primeiro filme falado (os talkies) a 28/03/1931, com o filme “Follies of 1929” (não existe presentemente nenhuma cópia) (10).

“O verdadeiro nome do filme era “Fox Movietone Follies of 1929”. Não havia praticamente história..Era constituído por quadros musicais, sequências de bailado e sapateado, e orquestras de jazz...(11)

Segundo SENNA FERNANDES (12): “mais para quem conheça o «Vitória, poderá tratar-se dum cinema confortável, luxuoso, de bons assentos e à altura dos magníficos filmes que exibia. tal impressão só evocará um sorriso complacente daquelas que se lembram do casarão na esquina da Rua dos Mercadores com a Avenida Almeida Ribeiro, um dos lugares mais frios de Macau, por causa do vento encanado que ali sopra. Denominando-se a primeira casa de espectáculos, sem outra a fazer-lhe sombra, era assim, um monumento de desconforto…(…). Naquele tempo, não havia marcação de bilhetes no «Vitória». O indivíduo que lograsse chegar cedo, ficava com os melhores lugares…(…)… as sessões lucrativas  eram a «matinée» e a sessão das 19,30 horas, quase exclusivamente frequentada por chineses.”

Fechado em Julho de 1934 por más condições higiénicas. Reaberto em 1935. Renovado em 1938. Fechou definitivamente a 25/11/1971. (No Anuário de Macau de 1972, já não fazia referência a este teatro).  Existiu posteriormente na Calçada do Tronco Velho 12-14 (hoje Oriental Centre), o Cine Teatro Oriental (terá sido no mesmo sítio do primitivo Vitória?). Foi inaugurado em 1950. Tinha 1020 lugares. Fechou em 28/02/1973. Era uma teatro que projectava filmes chineses (de estreia) e principalmente em cantonense. Vi lá bons filmes principalmente os produzido pelo “Shaw Brothers” (saudades dos artistas Linda Lin Dai, Leung Sing Po, Woo Fun, Josephine Siao Fong Fong, Fung Po Po, etc., estórias para  os próximos posts).

No Anuário de Macau de 1938 (13) no capítulo VI – Comerciantes, Industriais e Profissionais  (Classified Business Directory), na secção “Teatros e animatógrafos (Theatres and Cinemas)” não vem referenciada o Cinema Vitória (estão somente mencionados o Cinema Apollo, Cheng-peng, Hoi-kiang, Nam-king, San-kio e Teatro  Capitol). Já o Anuário de Macau 1940/1941 (14) vem mencionado o Cinema. No anuário de Macau de 1950 (15) vem publicada a “planta” do  cinema que era apresentada na bilheteira aquando da aquisição do bilhete , afim de escolher o lugar pretendido. Tinha Galerias de 1.ª  e 2.ª , e Plateias de 1.ª, 2.ª e 3.ª

Para os curiosos (cinefilos), poderão encontrar no Blog de João Botas:
–  uma foto do Teatro Vitória de 1960 da autoria de Leong Chi Cheng (16)
–  fotos de “cinemas” de Macau incluindo O Teatro Oriental (17)
(1) http://macauantigo.blogspot.com/2010/05/cinematografo-vitoria.html
(2) http://cinematreasures.org/theaters/32507
(3) Embora haja uma informação no Capítulo “Macau…há quarenta anos” de:  REGO, Francisco de Carvalho e – Macau. Imprensa Nacional, 1950, referido por Jorge Rangel em http://www.jtm.com.mo/view.asp?dT=308202004
Por essa época apareceram em Macau as primeiras exibições cinematográficas, que se realizavam no Teatro Cheng peng, sendo depois construído à beira-mar, no Porto Interior, um barracão onde essas exibições eram exploradas pela firma “ramos e ramos”. Os lugares da galeria eram luxo para os ricos e custava cada bilhete vinte avos
 (4) http://macauantigo.wordpress.com/page/65/
(5FERNANDES, Henrique de SennaO Cinema em Macau,. O tempo do “mudo” – I in Revista de Cultura, Número 16, Edição em Português, Outubro/Dezembro 1991, Instituto Cultural de Macau, pp. 31-61
(6) Macau há trinta anos, há três, e hoje. Revista Nam Van, n.º 3 de 1 de Agosto 1984, Edição do Gabinete de Comunicação Social do Governo de Macau, p. 38
 (7) TEIXEIRA, Padre Manuel – Toponímia de Macau. Instituto Cultural de Macau, 1997
 (8) http://www.jtm.com.mo/view.asp?dT=290302001
(9) FERNANDES, Henrique de SennaO Cinema em Macau – II 1930-31- A emoção do sonoro in Revista de Cultura, Número 18 (II Série), Edição em Português, Janeiro/Maço 1994,  Instituto Cultural de Macau, pp. 183-216
(10) http://www.imdb.com/title/tt0019896/
 (11) FERNANDES, Henrique de SennaO Cinema em Macau – II 1930-31- A emoção do sonoro in Revista de Cultura, Número 18 (II Série), Edição em Português, Janeiro/Maço 1994,  Instituto Cultural de Macau, pp. 183-216
(12)  FERNANDES, Henrique de SennaO Cinema em Macau,. O tempo do “mudo” – I in Revista de Cultura, Número 16, Edição em Português, Outubro/Dezembro 1991, Instituto Cultural de Macau, pp. 31-61
(13) Anuário de Macau, 1938, 7.º Ano de Publicação. Repartição Central dos serviços Económicos, Colónia de Macau, 480 p. +|LXII|+ 40 p. Anúncios+ XVII Índice Alfabético.
(14) Anuário de Macau, 9.º Ano de publicação, 1940-1941, 480 p. + anexos (Comerciantes, Industrias e Profissionais)
(15) Anuário de Macau, 1940/1941, 9.º Ano de Publicação. Repartição Central dos serviços Económicos, Colónia de Macau, 480 p.+|LXXXV|+ 46 p. Anúncios+ XIX Índice Alfabético.
(16) http://macauantigo.wordpress.com/2010/03/03/teatro-vitoria/
(17) http://macauantigo.blogspot.com/2009/04/rise-and-fall-of-macau-theaters.html