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A estátua equestre do governador Ferreira do Amaral foi retirada a 28 de Outubro de 1992, da Rotunda com o mesmo nome. O apeamento da estátua do pedestal, que foi demolido irá dar lugar à remodelação da Rotunda Ferreira do Amaral que inclui a construção de um parque automóvel subterrâneo. A estátua foi levada para o cais de contentores do porto de águas profundas de Ka Hó, em Coloane, a aguardar embarque para Portugal. (1)
revista-macau-n-o-8-dez-92-estatua-ferreira-do-amaralA estátua erigido na esplanada dos aterros da Praia Grande, à entrada da baía do mesmo nome, por subscrição pública e auxílio do Governo da Colónia, foi inaugurada em 24 de Junho de 1940, por ocasião das Festas Comemorativas do Duplo Centenário (Oferta do Leal Senado) A estátua é da autoria do escultor Maximiliano Alves.

un-de-macau-no-ano-xiv-da-revolucao-estatua-ferreira-do-amaralO monumento no dia da sua inauguração, em 1940

Além do monumento foi dado o nome do governador Ferreira do Amaral a uma via pública de Macau (rua), à Rotunda onde estava a estátua e ao istmo da ligação da península ao continente. Também o arco das Portas do Cerco, inaugurado a 31 de Outubro de 1871, foi dedicado à memória do Governador João Maria Ferreira do Amaral.
Apresento cinco diapositivos meus (“SLIDES” depois digitalizados) tiradas no Ano Novo Chinês, de 1992.
slide-estatua-ferreira-do-amaral-1992Por detrás, o edifício sede da sucursal de Macau do banco da China inaugurado em 1991, na altura um dos mais altos edifícios em Macau.
slide-estatua-ferreira-do-amaral-1992-iislide-estatua-ferreira-do-amaral-1992-iiislide-estatua-ferreira-do-amaral-1992-ivslide-estatua-ferreira-do-amaral-1992-v(1) Revista «MacaU», II série N.º 8, Dezembro 92, pp. 199.
(2) Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/estatua-ferreira-do-amaral/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joao-m-ferreira-do-amaral/

Livro do Padre Manuel Teixeira,  publicado em 1942, (1) preparado no rescaldo das celebrações festivas dos Centenários da Fundação e Restauração, 1940. Justifica  o autor na Introdução:
Galeria de Macenses Ilustres Séc XIX 1942 CAPARessoam ainda aos nossos ouvidos os ecos das festas centenárias, em que comemorámos o oitavo centenário da fundação da nossa nacionalidade (1140) e o terceiro centenário da restauração (1640), após 60 longos anos de sujeição ao domínio castelhano…(…)
A avaliar  pelo filme “Documentário da Exposição Histórica da Ocupação do Século XIX“, exibido nesta cidade no Ano Áureo Português de 1940 (11 e 12 de Maio) a resposta parece que deveria ser negativa, pois que Macau não figurava nesse aliás interessante Documentário. E, no entanto, Macau pode orgulhar-se de ter também os seus heróis que, pela sua virtude, bravura, ciência, arte e entranhado patriotismo , honraram Portugal nestas remotas paragens do Extremo Oriente…”
Estão biografados 16 ilustres macaenses:
José Baptista de Miranda e Lima (1782-1848)
Francisco José de Paiva (1801-1849)
Guilherme José Dias Pegado (1801-1885)
João Rodrigues Gonçalves (1810-1885)
José Martinho Marques (1810-1867)
Lourenço Caetano Cortela Marques (1811-1902)
Vicente Nicolau de Mesquita (1818-1880)
António Alexandrino de Melo (1837-1885)
Pedro Nolasco da Silva (1842-1912)
José Augusto Ferreira da Veiga (1838-1903)
António Joaquim Bastos (1848-1912) (2)
Leôncio Alfredo Ferreira ( 1849-1920)
Alfredo Pereira (1815-19..) (3)
João Feliciano Marques Pereira (1863-1909)
Vitor Hugo de Azevedo Coutinho (1871 – ….) (4)
José Tomaz de Aquino (1804-1852)
Galeria de Macenses Ilustres Séc XIX 1942 CONTRACAPADos biografados há os que embora nascendo em Macau, nunca exerceram a sua profissão em Macau ou viveram pouco tempo em Macau, nomeadamente:
Vitor Hugo de Azevedo Coutinho, filho de Manuel de Azevedo Coutinho e Leonor Stuart Mendonça de Azevedo Coutinho (comissão em Macau comandante de artilharia e de material de guerra. nomeação do governador José Maria da Ponte e Horta   (1866 a 1868. Antes tinha sido escolhido pelo governador Januário Correia de Almeida, (1872 a 1874) na escolha de armamento e artilharia para a defesa do território dirigindo a montagem da bateria da artilharia  Conde de S. Januário. Terá regressado a Europa em 1890 onde  assentou praça na Armada Portuguesa, sendo admitido como aspirante em 5 de Novembro de 1888. Concluído o curso da Escola Naval, foi promovido a guarda-marinha em 1892, iniciando uma carreira militar naval multifacetada até 1933 – quadro de reserva em 1933 no posto de capitão de mar e guerra. Professor da Universidade de Coimbra e da Escola Naval. Político ligado ao Partido Democrático, exerceu as funções de Ministro da Marinha  em 1914-1915. Presidente do Ministério de um dos governos da Primeira República Portuguesa, tendo governado entre 12 de Dezembro de 1914 e 25 de Janeiro de 1915. Novamente Ministro da Marinha em 1915-1917 e pela terceira vez (1922-1923)
Alfredo Pereira, filho de Manuel Pereira e Guilhermina Pereira, aos 6 anos de idade  veio para Lisboa  onde estudou para engenheiro agrónomo-silvicultor. Ingressou nos C.T.T. em 1875; em 1881 nomeado professor do Curso Prático de Correios e Telégrafos, Inspector-Geral em 1886 e Administrador  Geral dos Correios e Telégrafos em 1900. Secretário interino do Ministério das Obras Públicas Político do Partido Regenerador Deputado eleito pelo círculo de Penafiel.
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira Volume 21.
José Augusto Ferreira da Veiga, 1.º visconde de Arneiro concedido por el-rei D. Luiz  em 1870, oficial da ordem de S. Tiago, importante proprietário e de Joana Ulmann Veiga. Matriculou-se na Universidade de Coimbra em 1855 e bacharel em Direito em 1859. Deputado por Sabugal 1861 a 1864. Estudou música em Lisboa.

Galeria de Macenses Ilustres Séc XIX 1942 LOGOTIPOReprodução do logótipo dos “Centenários da Fundação e da Restauração” em Macau, na 1.ª página

(1) TEIXEIRA, P. Manuel – Galeria de Macaenses Ilustres do Século XIX. Imprensa Nacional, Macau, 1942, 659 p.
(2) Filho de António Joaquim da Costa Basto (1823-1889) que foi baptizado com o apelido «Bastos», mas usou sempre a versão «Basto» que transmitiu definitivamente aos seus descendentes (FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume I, 1996)
(3) O Padre Teixeira refere ignorar a data do seu falecimento. Terá falecido a 29 de Março de 1925 segundo:
http://toponimiaparatotos.blogspot.pt/2011/07/ruas-com-historia-alfredo-pereira.html
(4) O Padre Teixeira não refere, mas faleceu em 27 de Junho de 1955, em Lisboa segundo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Victor_Hugo_de_Azevedo_Coutinho