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O lançamento da emissão filatélica /1.º dia de circulação do “10º Aniversário do Centro Histórico de Macau como Património Mundial” (1) dos Correios de Macau, teve lugar no dia 15 de Julho de 2015. (2)

Sobrescrito (26 cm x 16,2 cm) com impressão alusiva à emissão com selo de 12.00 patacas com o n.º 264671, obliterado com o carimbo comemorativo do primeiro dia de circulação.

Para a emissão, composta por um conjunto de quatro selos e um bloco filatélico, foram seleccionadas imagens do Sam Kai Vui Kun (Templo de Kuan Tai), Igreja da Sé (Sé Catedral), Santa Casa da Misericórdia, Casa de Lou Kau e Largo do Senado. Aos edifícios do património arquitectónico de estilo chinês e ocidental que coexistem em Macau – um templo chinês e uma igreja cristã, uma instituição de caridade e a residência de um comerciante chinês – foram associadas figuras chinesas e portuguesas, representativas de tradições e de festividades locais. A miscigenação das culturas chinesa e ocidental, aliada à harmonia da paisagem, tornam a comunidade de Macau um exemplo de tolerância e de coexistência pacífica de diferentes religiões, culturas e costumes.

Folha (19 cm x 15,5 cm) constituída por 16 selos (quatro selos de cada valor em bloco) n.º 264671

(1) O Centro Histórico de Macau foi inscrito na “Lista do Património Mundial” da UNESCO em 15 de Julho de 2005, constituindo o 31.º sítio designado como Património Mundial da China.
(2) No acto da compra dessa emissão filatélica, nesse dia e nos locais específicos de venda, os compradores receberam também um conjunto de quatro modelos tridimensionais em papel de sítios do Património Mundial de Macau, oferecidos pelo IC.
O conjunto de quatro modelos tridimensionais em papel de sítios do Património Mundial de Macau representativos inclui: a Igreja e Seminário de S. José, o Teatro Dom Pedro V, a Casa do Mandarim e o Templo de A Má – sobre uma base quadrada que corporiza as características sino-ocidentais e a harmonia arquitectónica de Macau.
https://www.gov.mo/pt/noticias/118746/
Despacho do Chefe do Executivo n.º 139/2015
Usando da faculdade conferida pelo artigo 50.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau e nos termos do n.º 2 do artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 88/99/M, de 29 de Novembro, o Chefe do Executivo manda:
1. Considerando o proposto pela Direcção dos Serviços de Correios, é emitida e posta em circulação, a partir do dia 15 de Julho de 2015, cumulativamente com as que estão em vigor, uma emissão extraordinária de selos designada «10.º Aniversário do Centro Histórico de Macau como Património Mundial», nas taxas e quantidades seguintes:
$ 2,00  300 000
$ 3,00  300 000
$ 4,50  300 000
$ 5,50  300 000
Bloco com selo de $ 12,00     300 000
2. Os selos são impressos em 75 000 folhas miniatura, das quais 18 750 serão mantidas completas para fins filatélicos.
29 de Maio de 2015.
O Chefe do Executivo, Chui Sai On.
https://bo.io.gov.mo/bo/i/2015/23/despce.asp?mobile=1

SACO COMERCIAL CASA DO MANDARIM (1)Saco de papel (o chamado “papelão” – papel mais grosso e resistente) branco, de 35 cm x 25 cm (base de 25 cm x 15,5 cm) com o logótipo da Casa  do Mandarim, em ambos os lados de maior dimensão.

SACO COMERCIAL CASA DO MANDARIM (3)鄭家大屋
Casa do Mandarim
Mandarin´s House.

Proveniência: Loja da Casa do Mandarim (2015)
SACO COMERCIAL CASA DO MANDARIM (2)De entre todos os complexos residenciais de Macau, a Casa do Mandarim é a propriedade residencial de maior escala. A Casa do Mandarim tem as características de uma residência tradicional típica da região de Cantão, tendo igualmente incorporado influências arquitectónicas de outras culturas, tal como pode ser observado em alguns dos edifícios que a compõem, que fazem desta casa um bom exemplo da fusão entre as culturas chinesa e ocidental. A Casa do Mandarim representa igualmente valores elevados nas áreas dos estudos humanísticos e da história. Zheng Guanying  , um filósofo e personalidade afamada dos finais da Dinastia Qing, concluiu a sua obra-prima, intitulada Shengshi Weiyan (Advertências em Tempos de Prosperidade) nesta casa.
http://www.wh.mo/mandarinhouse/pt/introduction/
SACO COMERCIAL CASA DO MANDARIM (4)Num dos lados laterais, indicação de:  INSTITUTO CULTURAL do Governo da R. A. E. de Macau.
Mais informações em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/casa-do-mandarim/
鄭家大屋mandarim pinyin: zhèng jiā dà wū; cantonense jyutping:  zeng6 gaa1 daai6 nguk1

Da colecção dos postais emitida em 16 de Julho de 2005  com o tema “Macau Património Mundial” (1) apresento hoje o postal (15 cm x 10,5 cm) emitido nesse dia com o mesmo tema  e dedicado à CASA DO MANDARIM – um dos edifícios patrimoniais do Centro Histórico de Macau e inscrito na Lista do Património Mundial da Unesco em 2005.

澳門 世界 遺 產
MACAU PATRIMÓNIO MUNDIAL
MACAO WORLD HERITAGE

POSTAL - CASA DO MANDARIMConstruído antes de 1869, este foi o lar de arquitectura tradicional chinesa da proeminente figura literária chinês Zheng Guanying, cujos trabalhos sobre mercados económicos influenciaram tanto o Dr. Sun Yat Sen e Mao Tse Tung e que foram utilizados por eles promovendo grandes mudanças históricas na China. Este complexo residencial de estilo tradicional chinês que tem uma área de cerca de 4.000 metros quadrados também com espaços abertos, integra vários estilos arquitectónicos e  constitui o maior complexo residencial Chinês existente em Macau. Está localizado junto ao Largo do Lilau, um dos primeiros da cidade ao estilo das praças Portuguesas.
POSTAL - CASA DO MANDARIM verso(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/04/18/dia-internacio-nal-dos-monumentos-e-sitios-postal-macau-patrimonio-mundial/
Anterior referência à Casa do Mandarim em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/casa-do-mandarim/

Continuação da leitura do livro de J. Dyer Ball (1) (2).
Hoje a descrição dos meios de transportes públicos existentes em Macau (1905).

Jinrickshas
There are a number of these useful little vehicles plying for hire and the gradients of most of the streets are not sufficiently steep, as in Hongkong, to prevent them going up and down hill. The fares of these licensed vehicles, unless altered of late, are as follows:

 An hour, or anything short of it, within the walls of the city: 5 cts.
Outside of the city walls for an hour: 10 cts.
And for each extra half-hour: 5 cts
If two get into the same rickshaw, the price to be arranged with the coolie.

JinrixáFoto retirado dum livro de 1955

 Sedan-Chairs
There are about 170 of these plying for hire on the streets. They are registered like the rickshaws, and numbered, and the Bearers have also a board with the fares printed on them. If not recently altered the fares are:

 From 6 a. m. till 6 p. m.
One hour: 10 cts.
 Six hours: 50 cts.
Twelve hours: $.1.
During the evening 5 cts, more an hour.”

RiquexóEste riquexó (imagem retirada da revista  “MACAU”, 1988)  tem a particularidade de ter sido utilizado por Camilo Pessanha. Na altura, estava no Museu Luís de Camões.

As liteiras (“sedan-chairs”, em Macau conhecidas por “cadeirinhas chinesas”), muito populares na China (3), foram também muito utilizadas em Macau quer como meio de transporte público quer particularmente pelas famílias abastadas e desapareceram progressivamente das ruas, com a introdução dos riquexós.
A liteira é uma cadeira portátil, aberta ou fechada, transportada por dois “cules”,(4)   um à frente e o outro atrás e suportada por duas varas.

 LiteiraLiteira para transporte público em Hong Kong (c 1870) (5)

 Riquexó, “rickshaw” ou jerinchá: 人力車 (em mandarim: rén li che; em cantonense jyutping: jan4 lik6 ce1) é o meio de transporte humana em que uma pessoa puxa por uma carroça de duas rodas. Os primeiros jirinkshás (riquexós) terão surgido em Macau em 1883 (6)
Com a introdução dos triciclos de dois passageiros, em 1951 (7) o número dos riquexós foi diminuindo rapidamente. Os triciclos que em Macau chegaram a circular cerca de mil, vieram substituir os riquexós quer porque eram um novo meio de transporte, mais cómodos  quer  pelo seu preço mais acessível. Creio que na década de 60 já não existia nenhum riquexó para transporte de passageiros embora recorde de um ou outro ainda a circular, levando mercadorias. Os triciclos por sua vez, como transporte público permanecem até a década de 70 e hoje são só para o transporte de turistas.
NOTA: na Casa do Mandarim existe um “Corredor das liteiras“:
Passando a porta de lua, desemboca-se num corredor de passagem. Uma vez que tanto o patriarca da família como o seu filho eram oficiais do Governo, a área designada por ‘Ronglu’ dava acesso às áreas mais reservadas e nobres, na parte posterior do complexo. Os visitantes eram convidados a sair das suas liteiras e a desmontar dos seus cavalos neste longo corredor, percorrendo posteriormente a distância remanescente a pé até chegarem ao Pavilhão ‘Ronglu’, que marca a transição entre os espaços de serviço e as áreas nobres do complexo. Os carregadores e criados esperavam na parte exterior, sendo este corredor conhecido por ‘Corredor das Liteiras’”
http://www.wh.mo/mandarinhouse/pt/route/?id=4 
(1) BALL, James Dyer – Macao: The Holy City; The Gem of Orient Earth. Printed by The China Baptist Publication Society, Canton, 1905, 83 p.
O livro está digitalizado pelo “Internet Archive”, em 2007 e poderá consultá-lo em
http://archive.org/details/macaoholycitygem00ballrich
(2)  Sobre este autor e transportes terrestres, ver meus anteriores “posts”:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/j-dyer-ball/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/12/31/postal-antigo-macau-do-seculo-xix-vii-riquexos-na-praia-grande/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/maria-do-rosario-almeida/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/transportes-terrestres/
(3) Segundo historiadores o precursor da liteira (“sedan chair”)  terá surgido na Dinastia Xia ( 夏朝, pinyin: Xiá Cháo)
http://en.wikipedia.org/wiki/Xia_Dynasty
(4)  “Cule” – trabalhador braçal ou carregador
(5) http://en.wikipedia.org/wiki/File:HK_Sedanchair.jpg
(6) Em 27 de Agosto de 1883, o  Leal Senado de Macau apresentou, ao Conselho da Província um Projecto de Postura sobre a circulação, vigilância e preços dos carros chamados «Jin-rik-shas (riquexós); o projecto é aprovado e publicado integralmente no Boletim n.º 42 de 20 de Outubro  seguinte
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XIX, Volume 3. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, Macau, 1995, 467 p (ISBN 972-8091-10-9)
(7) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XX, Volume 5. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, Macau, 1998, 320 p (ISBN 972-8091-64-8)