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“O grande acontecimento social de Macau em 1933 foi a inauguração do Edifício da União Recreativa, à Areia Preta, junto do Hipódromo, a 25 de Março.

Temos a descrição do imóvel, relatado em “A Voz de Macau”: “O elegante edifício, de linhas sóbrias e bem lançadas, é bastante amplo. No terreno vasto que lhe pertence, onde, à direita, existe já um parque para estacionamento de automóveis, ficarão instalados os campos de Futebol, Ténis, Golf, Basket-Ball, Hockey, e ainda um Parque Infantil para diversão dos filhos dos sócios, estando a Direcção envidando os seus melhores esforços para conseguir a realização duma ampla piscina”.

A Sociedade da União Recreativa foi fundada em 1924 por um grupo de macaenses que se reuniam para tocar música. Eram uns vinte e, entre eles, destacamos, sem desdouro para outros, António Ferreira Batalha, Paulino A. da Silva, Pedro e Alberto Ângelo e António Galdino Dias. Do entusiamo destes vinte, nasceu a ideia de criar um Centro Musical. Pouco a pouco, pelo dinamismo dos fundadores, o número de sócios aumentou, chegando a duzentos, número importante em relação à exiguidade da população portuguesa no Território. Agora já não era apenas um centro musical, mas também um centro recreativo e desportivo. O grupo representativo da União Recreativa, no futebol, era importante nos fins dos anos 20 e só foi dispersado quando rivalidades internas levaram os seus componentes a agruparem-se no Argonauta e no Tenebroso. Não havia sede nem instalações adequadas para comportar tamanho número de sócios. As festas e outras iniciativas exigiam um novo prédio. Mais uma ideia brilhante nasceu: o plano duma espécie de country club, fora de portas, em sítio calmo e ameno, onde a Sociedade pudesse dar largas às suas actividades. A Areia Preta era então um local ideal, pelo seu sossego, pelo ar de praia que ainda possuía. É preciso lembrar que a cidade morria na orla da avenida Horta e Costa; e, dali para o mar e para a Porta do Cerco, havia apenas algumas casas, tipo vilas, o Canídromo, o Hipódromo, aldeamentos chineses e imensos terrenos baldios. A Sociedade teve o apoio incondicional do Governador Tamagnini Barbosa. O Governo subsidiou, também a Associação dos Proprietários do teatro D. Pedro V, e outros vieram da iniciativa privada.

Ficou-nos na memória a festa da inauguração. Ainda nos lembramos de ver muita gente e estarmos à frente duma mesa pejada de iguarias e guloseimas, dum riquíssimo “chá gordo”. Discursaram o Presidente da Sociedade, António Ferreira Batalha, o Encarregado do Governo, Rocha Santos, e o Dr. Américo Pacheco Jorge, como representante da mais antiga agremiação macaense, o Clube de Macau. “A Voz de Macau” remata o seu artigo de 26 de Abril, com as seguintes palavras:

“Seguiu-se a assinatura da acta da inauguração, após o que numerosas pessoas assistentes dispersaram pelo amplo edifício e campos adjacentes, formando aqui e além pequenos grupos de cavaqueira, enquanto outros, os apreciadores de danças, iniciando a série de fox-trots, steps, valsas, etc., enlaçavam as gentis senhoras e meninas, danças que se prolongaram até cerca das 21 horas, com muito pesar dos fervorosos que desejariam que elas se prolongassem pela noite adiante. Mas Roma e Pavia não se fizeram num dia; e, como outras interessantes e simpáticas festas decerto se hão-de seguir, tirarão então a desforra…”

Não nos lembramos de ter havido campos de futebol, hóquei, golfe e basquetebol. Nem a piscina projectada. O que houve e tivemos ocasião de presenciar, foram as grandes partidas de ténis nos seus courts arejados e de vista ampla. A vida da União Recreativa foi brilhante nos primeiros anos, com festas e outras actividades que ficaram notáveis. Decaiu nos anos de 30 para reviver com a Guerra do Pacífico, sob outro nome – o Clube Melco. Mas este assunto será tratado noutra ocasião.

FERNANDES, Henrique de Senna – Cinema em Macau III (1932-36) in Revista da Cultura, n.º 23 (II Série) Abril/Junho de 1995, pp.151-152. Edição do Instituto Cultural de Macau. Disponível para leitura em: ttp://www.icm.gov.mo/rc/viewer/30023/1797

Este anúncio, publicado no “Directório de Macau de 1932” é semelhante ao anúncio de 1934 que apresentei em anterior postagem sobre esta mesma «Leitaria/Vacaria Macaense» (1)
O “Clube de Corridas de Galgos de Macau” (“The Macao Greyhound Racinc Club”) foi fundado em 28-09-1932 (2) com o objectivo realizar corridas de galgos para entretimento / divertimento. As corridas duraram até 1936 quando foram suspensas.(3)
(1) Ver anteriores referências a esta Leitaria/Vacaria em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/leitaria-vacaria-macaense/
(2) “Em 1932, um grupo de chineses e americanos organizam em Macau a «Associação de Corridas de Cães de Macau» e fazem construir um canídromo. A inauguração do espaço foi um acontecimento importante, a que não faltou o concurso de uma orquestra feminina, composta de 22 raparias americanas, com vistoso uniforme. Mas o preço das entradas, muito elevado para o nível médio de vida, não permitiu a manutenção do espectáculo que acabou em 1936. Em substituição das corridas de cães, o espaço do canídromo foi transformado em parque de diversões (ópera, acrobacia, jogo) assim se mantendo até cerca de 1940. Em 1940, o Governo de Macau transforma o espaço do canídromo no «Campo Desportivo 28 de Maio“. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997)
“In 1932, greyhound racing was first introduced to Macao by Fan Che Pang (范潔朋) and a group of overseas Chinese and Americans, who later formed the “Macao Canine Club” and built a greyhound racing stadium, which is now the “Yat Yuen Canidrome”.  However, this newly introduced game was not truly popular at that time. The business stopped operating several years after until it was reopened in September 1963
http://www.dicj.gov.mo/web/en/history/
(3) Ver anteriores referências ao Canídromo
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/canidromo/

Oa amplos portões em arco,, entrada para o «Canídromo Clube de Macau / Macau Canídrome Club»

Mais um “slide” digitalizado da colecção “MACAU COLOR SLIDES – KODAK EASTMAN COLOR” comprados na década de 70 (século XX), se não me engano, na Foto PRINCESA. (1)
Em 1940, o Governo de Macau transforma o espaço do canídromo que foi construído pela «Associação de Cães de Macau» para realizar corridas de “cães” (de 28-09-1932 até 1936, quando foram suspensas), no terreno depois chamado «Campo Desportivo 28 de Maio». Em 28-09-1963 nesse mesmo campo desportivo, teve (re) início das corridas de galgos na sequência da concessão efectuada em Agosto de 1961 à empresa «The Kun Pha».
Depois disso, o projecto sofreu alterações até 16-03-1963 quando foram aprovados os Estatutos doa Associação Desportiva e Recreativa «Canídromo Clube de Macau» (“Macau Canidrome Club»” – 逸園賽狗場) (2) (3)  (Portaria n.º 7213 – B.O. n.º 11)

A Companhia “The Macau (Yat Yuen) Canidrome Club “ que foi responsável pelo Canídromo de Macau (a única pista de corridas de galgos na Ásia) fechou a 21 de Julho de 2018.

Fotografia de 2008
https://en.wikipedia.org/wiki/Canidrome_(Macau)

(1) https://www.google.com/search?sxsrf=ACYBGNSn7Rmv6jkuR-8RXyab3nyp4y78NQ:1567866434430&q=nenotavaiconta+slides+coloridos+de+Macau
(2) 逸園賽狗場 – mandarim pīnyīn: yì yuán sài gǒu  cháng; cantonense jyutping: jat6 jyun4 coi3 gau2 coeng4
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997.

No dia 16 de Dezembro de 1976, o Governador de Macau (José Garcia Leandro) e representantes da concessionária da «Macau (Yat Yuen) Canidrome Co. Ltd.» (澳門逸園賽狗股份有限公司) assinaram no Palácio da Praia Grande, em Macau a escritura da alteração de algumas cláusulas do contrato da exploração de corridas de galgos.
De acordo com as alterações previstas no contrato firmado em 1964 e posteriormente alterado em 1973, a concessão terminava em 31-12-1987. Conforme já estava estabelecido, durante este período da concessão, para além de outras disposições, a sociedade obrigava-se a pagar até ao final do presente contrato a renda anual de um milhão e 500 mil patacas. A partir de 1-1-1978 até 31-12-1987, a renda anual terá um adicional de duzentas e cinquenta mil patacas. A partir de 1-1-1983 até 31-12-1987, a renda anual passaria a ter um adicional de 500 mil patacas.
Ainda de acordo com o documento assinado, a «Macau (Yat Yuen) Canidrome Co. Ltd» obrigava-se a realizar, em cada ano de exploração, o mínimo de 125 sessões e de dez corridas por cada sessão, considerando-se uma sessão equivalente a um dia de corridas.. No contrato anterior a concessionária comprometia-se a realizar anualmente o mínimo de 100 sessões. (1)
NOTA: As corridas de cães iniciaram-se em 1932 mas foram suspensas em 1936. Após várias tentativas para o seu reinício, só após aprovação dos estatutos do denominado “Canídromo Clube de Macau» em 16-03-1963 (Boletim Oficial n.º 11), voltaram as ocorridas de galgos em 28 de Setembro de 1963 (sob o contrato de Agosto de 1961 com a empresa «Kun Pha») ( SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 5, 1998)
O contrato que está em vigor será o último pois foi decisão do Governo da RAEM acabar com as corridas de galgos em Macau tendo estendido a concessão da licença somente até Julho de 2018.
Ordem Executiva n.º 76/2016, Delega poderes no Secretário para a Economia e Finanças, como outorgante, na escritura pública de prorrogação do prazo até 20 de Julho de 2018 e alteração do contrato de concessão celebrado entre a Região Administrativa Especial de Macau e a Companhia de Corridas de Galgos Macau (Yat Yuen), S.A., para a exploração, em regime de exclusivo, das corridas de galgos.
(1) Extraído de «MACAU B. I. T», Vol. XI, 9-10, 1976.
Anteriores referências ao Canídromo
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/canidromo/

Folheto turístico de 20 cm x 13,5 cm, em inglês, com o título “MACAU” sem indicação do editor (provável, Direcção dos Serviços de Turismo) e sem data de emissão (provável, década de 80); 16 páginas.
Contents: 1 – History; 2 – Geography; 3 – The Present; 4/5 – Travelling to Macau; 6/7 –  Sightseeing; 8/9 – Events; 10 – Accomodation; 11 – Eating Out;  12/13 – Entertainment; 14 – Shopping; 15/16 – Old Buildings Sites.”

FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) capaCapa (Fortaleza do Monte) e Contra-capa

FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp.2-3Páginas 2 (“Geography” – Mapas) e 3 (“The Present” – o edifício dos Correios e a marginal em frente do Hotel Lisboa e do Hotel Presidente)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp.6-7Páginas 6 e 7 (“Sightseeing”: as Ruínas de S. Paulo, o Museu Luís de Camões, a Igreja da Penha, o  Templo da Barra)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 10-11Páginas 10 (“Accomodation”: o Hotel Excelsior e a Pousada de Santiago) e 11 (“Eating Out”: pratos de comida portuguesa e chinesa)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 12-13Páginas 12/13 (“Entertainment” – um passeio de triciclo e depois jogar: o Hotel/Casino Lisboa, o canídromo/corrida de galgos, o casino Jai Alai e o hipódromo da Taipa – cavalos a trote)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 14-15Páginas 14 (“Shopping”: as guloseimas chinesas, o peixe salgado e os antiquários ) e 15 (“Old Buildings Sites”: os Correios e Macau e os edifícios da Avenida Conselheiro Ferreira do Amaral)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 16-17Páginas 16 (“Old Buildings Sites”: o Clube Militar) e 16/17 (os endereços das diversas representações turísticas do Departamento de Turismo de Macau, pelo mundo)

Do Jornal “ULTRAMAR” (órgão oficial da I Exposição Colonial)  (1) retirei esta pequena notícia do dia 1 de Setembro de 1934, referente ao “Dia de Macau“.
ULTRAMAR Dia de Macau 1 de Setembro de 1934A Gruta de Camões em Macau, que foi reproduzida nos jardins do Palácio de Cristal, onde se alizou a exposição.ULTRAMAR n.º 1 p.5 - Gruta de Camões

Na mesma publicação mas em números anteriores, duas fotografias de Macau.

ULTRAMAR n.º n.º 14 p.7 - Panorama de MacauPanorama de Macau” – a baía de Praia Grande vista da Colina da Penha.

ULTRAMAR n.º n.º n.º 7 p. 4 - O Estádio de Macau“O Estádio de Macau” (2), futuro “Campo Desportivo 28 de Maio

(1) Segundo outra fonte, o “Dia de Macau” foi realizado no dia 30 de Agosto de 1934. Ver anteriores referências a esta Exposição e o opúsculo que foi impresso a propósito da  conferência do então chefe de Repartição do gabinete do Governo de  Macau, Capitão Rogério Ferreira, referido no texto da notícia.
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/1-a-exposicao-colonial-portuguesa/
(2) Em 1934, o “Estádio de Macau” era um canídromo pois em 1932, “um grupo de chineses e americanos organizam em Macau a «Associação de Corridas de Cães de Macau» e fazem construir um canídromo, precursor do actual; a inauguração do espaço foi um acontecimento importante, a que não faltou o concurso de uma orquestra feminina, composta de 22 raparias americanas, com vistoso uniforme. Mas o preço das entradas, muito elevado para o nível médio de vida, não permitiu a manutenção do espectáculo que acabou em 1936. Em substituição das corridas de cães, o espaço do canídromo foi transformado em parque de diversões (ópera, acrobacia, jogo) assim se mantendo até cerca de 1940. Em 1940, o  Governo de Macau transforma o espaço do canídromo no «Campo Desportivo 28 de Maio».”
(SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4.

O espaço do antigo canídromo de Macau, (1) entre a Avenida do Almirante Lacerda e a Avenida do General Castelo Branco foi em 1936 transformado em parque de diversões onde foram realizadas as mais diversas actividades como por exemplo: espectáculos de ópera, acrobacias e jogos. E assim se manteve até 1939 quando o Governo de Macau pretendeu transformar aquele terreno num Complexo Desportivo a ser inaugurado em 1940. (2)
O plano inicial englobava um campo de futebol com uma pista para atletismo ao seu redor, dois campos para o basquetebol nos dois topos do campo, e por detrás da Esquadra Policial n.º9, dois campos para ténis, uma piscina e um campo para o hóquei em campo.

Campo Desportivo 28 de Maio PLANTADesse plano ficou só concluído o campo de futebol (em relva) e a pista de atletismo (em areia) que foi inaugurado em 1940, aquando das comemorações do Duplo Centenário da Independência e da Restauração, com o nome de «Campo Desportivo 28 de Maio» (3)

Campo Desportivo 28 de Maio Campo de futebol

A entrada do Campo Desportivo ficava no cruzamento daquelas duas Avenidas, e tinha dois portões e ao meio um “obelisco” que tinha no topo gravada a bandeira da Fundação de Portugal e a data de 1940.

Campo Desportivo 28 de Maio EntradaA bandeira da Fundação de Portugal na entrada do Campo Desportivo

Campo Desportivo 28 de Maio Construção da entrada Foto de 1940 aquando da construção da entrada.

 Campo Desportivo 28 de Maio BancadasA bancada principal que estava ao meio do campo desportivo

 Anterior referencia a este mesmo Campo Desportivo em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/02/05/festa-desportiva-28-de-maio-de-1942/
(1) Em 1932, um grupo de chineses e americanos organizaram em Macau a «Associação de Corridas de Cães de Macau», construindo um Canídromo. A inauguração do espaço foi um acontecimento importante, a que não faltou o concurso de uma orquestra feminina, composta de 22 raparias americanas, com vistoso uniforme. Mas o preço das entradas, muito elevado para o nível médio de vida, não permitiu a manutenção do espectáculo que acabou em 1936.
(2) Nesse mesmo ano, a 28 de Setembro por ocasião da Celebração do 30.º aniversário da Implantação de República Portuguesa fez-se a distribuição de um bodo a 2 000 pobres, nesse Campo Desportivo.
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4
(3) O «Campo Desportivo 28 de Maio» passou a ser mais conhecido como “Canídromo” após 28 de Maio de 1963, data da inauguração das corridas dos galgos, embora «as corridas de galgos» não ocupassem toda a área, mantendo-se a actividade desportiva no campo central. Nesse espaço actualmente, além do Canídromo, está o denominado “Centro Desportivo de Lin Fong” que é um complexo desportivo que abrange o campo de futebol, a pista de atletismo (5 pistas de tartan), 2 piscinas cobertas, ginásios.

Apresento uma medalha correspondente ao 2.º Prémio da luta de tracção da Festa Desportiva realizada no Campo Desportivo 28 de Maio, em 28 de Maio de 1942.

Desconheço se esta “festa desportiva” realizada em 1942,  foi somente entre militares ou  também havia participação de outras instituições.

Sei  que a final da luta de tracção foi entre militares e o 2.º Prémio foi para a Companhia de Artilharia, estacionada no Quartel da Guia.
Uma das faces da medalha (sensivelmente triangular de 3 cm de base e 4 cm de altura) tem os dizeres ” Festa Desportiva 28 de Maio de 1942 MACAU“. A outra face: “Luta de tracção 2.ª Prémio
Recorda-se que o  Campo Desportivo 28 de Maio (hoje campo desportivo de Macau /campo de Lin Fong) tinha sido inaugurado em 1940. Era aí que se realizavam os jogos de futebol (campeonato do “bolão”, «interport» com Hong Kong),  as actividades desportivas, principalmente de atletismo – tinha uma pista  em terra batida (campeonatos de Macau, o campeonato inter-escolas “patrocinado” pela Mocidade Portuguesa), os festivais / exibições de ginástica dos militares, etc.
Estas duas fotos do campo desportivo 28 de Maio durante o “Interporte” de Futebol Macau-Hongkong foram retiradas do Anuário de Macau de 1950 (1)
Só em 28 de Maio de 1963, com a inauguração das corridas dos galgos (aliás teria sido nesse mesmo terreno que, a partir de 1932, se realizaram as primeiras corridas de galgos). este campo passou a ser mais conhecido como  “Canídromo”, embora o campo central relvado, mantivesse os jogos de futebol (de bolão e bolinha).  Actualmente, além da “actividade canina”, o Centro Desportivo de Lin Fong é um complexo desportivo que abrange o campo de futebol, a pista de atletismo (5 pistas de tartan), 2 piscinas cobertas, ginásios.

(1) Anuário de Macau, 10.º Ano de publicação, 1950, 271 p. + anexos em numeração romana CVIII p. (Comerciantes, Industrias e Profissionais) + Índice em numeração romana XV p. + anúncios 26 p.