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Anúncio publicado no «Boletim do Governo da Província de Macau, Timor e Solor» em 1 de Maio de 1851, para a venda de vinhos trazidos de Lisboa pelo navio “Omyon”

“Vinhos da melhor qualidade existente em Macau”

Para venda também

“Alguns barris de três almudes, de excelente VINHO MADEIRA e PORTO, a preços regulares

Os pretendentes podem dirigir-se a JOHN FITZPATRICK”

Extraído de «B. G.P.M.T. S.», 1851, VI- 34, p. 112

Na sequência de episódios contra os piratas descritos anteriormente, a expedição portuguesa iniciada em 12 de Novembro (1), dissolveu-se no dia 17 de Novembro e a Lorcha Portuguesa «Amazona» regressou a Macau.

Extraído de «BGPMTS», I-5 de 18 de Novembro de 1854, p. 18

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/piratas/

Extraído de «BGPMTS», Vol. 6- 49 de 25 de Outubro de 1851

No dia 1 de Fevereiro de naufragou no baixo da Prata, a galera portuguesa “Joven Idhap” de José Vicente Jorge, (1) a qual tinha largado, em 23 de Janeiro deste ano, (2) de Manila para Macau, com 35 praças de tripulação, 2 passageiros – um chinês e outro filipino – e um rapazito filho de um dos marinheiros. Esta galera de 375 toneladas e 41 centésimos foi construída, no ano de 1847, em Bordéus (3) (4)
O «Boletim do Governo da Província de Macao, Timor e Solor»(5) traz o relato completo deste acidente. Reproduzo somente duas colunas desse comunicado.
(1) José Vicente Caetano Jorge (1803-1857) estudou ciência náutica no Colégio do seminário de S. José, após o que enveredou por uma bem sucedida carreira de negociante e exportador, em navios próprios, grangeando uma sólida fortuna. Esteve também ligado ao negócio da emigração (6) de trabalhadores chineses para as colonias espanholas da América Central e do Sul. (7)
Segundo Luís G. Gomes (3) (bem como Beatriz Basto da Silva) José Vicente Caetano Jorge faleceu em 31 de Março de 1956, com 53 anos de idade. Segundo Jorge Forjaz (8) foi a 31 de Março de 1857, com 54 anos de idade.
Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-vicente-jorge-1803-1857/
(2) O navio “Joven Idhap“ tinha partido de Macau no dia 4 de Janeiro para Manila, onde chegou a 11, com retorno a 23 de Janeiro do mesmo ano, com uma carga de arroz. Do «Boletim do Governo da Província de Macao, Timor e Solor» II-11 de 5 de Janeiro de 1856.
Portuguese barque Joven Idhap, laden with rice, from Manila to Macao in January , 1856; two men died in the boats” (The Nautical Magazine and Naval Chronicle for 1857. Journal of Papers on Subjects  connected with maritime affairs)
(3) “31-03-1856 – Faleceu, com 53 anos de idade, o acreditado comerciante desta praça José Vicente Jorge, que ocupou por várias vezes o cargo de Procurador do Senado de 1840 a 1845 tendo sido agraciado pelos relevantes serviços prestados ao governo, com várias condecorações”  (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954).

A “Villa d´Alva”, residência de José Vicente Caetano Jorge em Hong Kong, ficava na “Macdonnell Road”. Demolida na década de 30 ? do século XX . (8)

(4) «Boletim do Governo da Província de Macao, Timor e Solor» II – 11 de 5 de Janeiro de 1856.
(5) «Boletim do Governo da Província de Macao, Timor e Solor» II-16 de 9 de Fevereiro de 1856.
(6) De 1851 a 1894, data do último regulamento que aborda em Boletim Oficial a emigração chinesa, vamos acompanhar o percurso do fenómeno, que deve o seu arranque europeu (via Hong Kong) a dois pioneiros franceses, Guillon e Durand; dispunham de engajadores chineses já prácticos nessa actividade bem à vista do próprio Império do Meio. Seguiu-lhes o macaense José Vicente Caetano Jorge, tendo este começado por levar 250 cules contratados para Callao de Lima (Peru), na barca Sophia, de que ele mesmo era proprietário (SILVA, B. B. da – Emigração dos Cules, 1994).
(7) FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume II, 1996, p. 256
(8) Segundo o site “Gwulo: Old Hong Kong”,
m>https://gwulo.com/node/36130#15/22.2757/114.1615/Map_by_ESRI-Markers/100