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Extraido de «BPMT», XIII-18 de 6 de Maio de 1867, p. 100

A capela da Penha que foi construída em 1622, em resultado de um voto de marinheiros que recorreram a Virgem e foram atendidos, foi reconstruída totalmente (mais o Paço Episcopal) em 1837 (1), Sofreu nova reedificação em 1861. (2)

Vista da Igreja da Penha – George Chinnery c. 1837

(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, p. 79

(2) Contracto feito na Procuratura, em 20 de Setembro de 1859, entre o Presbítero assistente da Ermida, Padre Maximo A. dos Santos e o empreiteiro china Atac, publicado no «BGM» VIII-2 de 14 de Dezembro de 1861, p. 6

… continua ..

Relação dos trinta maiores contribuintes de todas as contribuições (predial, industrial de taxa varável e industrial por licenças) no ano de 1923, muitos deles figuras/individualidades notáveis da época (grandes negociantes da área comercial e industrial, alguns ligados actividades liberais, advogados, médicos, etc.)

Extraído do «BOGPM», suplemento ao n.º 24 de 18 de Dezembro de 1923.

“No dia 13 de Maio de 1856 houve um leilão das casas denominadas do Barão sitas na rua da Praia do Manduco n.º 1 sendo de vinte mil patacas a base de licitação. As casas foram leiloadas pelo falecimento do proprietário Bernardo Estevão Carneiro” (1) (2)

O leilão foi publicitado no Boletim do Governo como “Avizo Judicial” de 24 de Abril de 1856 (3)

Extraído de «BGPMTS», II-27 de 26 de Abril de 1856, p. 108

No mesmo Boletim, na mesma página  e no nº seguinte, foi publicado outro anúncio, dos familiares do defunto (Bernardo Estevão Carneiro), Ana Maria Peres da Luz e Silva Carneiro (esposa) e Joaquim António Peres da Silva (genro) a contestarem a venda das Casas. (4)

Extraído de «BGPMTS », II-28 de 3 de Maio de 1856, p. 116

(1) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954

(2) Bernardo Estevão Carneiro (1785-1854) – não se sabe em que ano veio para o Oriente, mas em 1819 já vivia em Manila destacando-se no comércio. Em 1831 veio para Macau onde em 1825 tinha comprado o palácio da Rua da Praia do Manduco, que fora do Barão de S. José de Porto Alegre. Foi um dos mais ricos comerciantes e proprietários do seu tempo. Exerceu por duas vezes o cargo de procurador do concelho. Era proprietário do chamado «Jardim do Carneiro», sito na Bela Vista que sua viúva vendeu mais tarde a Cleverly Osmond para servir de Cemitério Protestante. Casou pela 1.ª vez em Manila, com Gertrudes Maria Pereira e pela 2.ª vez em Macau (1837) com Ana Maria Peres da Luz e Silva (1807-1888). Joaquim António Peres da Silva (1806-1861) era o genro de Bernardo Estevão Carneiro, casado com a 1.º filha do 1.º casamento, Vicenta Sabina Carneiro, nascida em Manila (1817-1907). FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume I, pp. 661-662

3) Boletim do Governo da Província de Macao, Timor e Solor II-27 de 26 de Abril de 1856, p. 108

(4) Boletim do Governo da Província de Macao, Timor e Solor, II-28 de 3 de Maio de 1856, p. 116

Encadernação de época de lombada em papel

Livro fundamental para quem quiser saber cronologicamente por dias, meses e ano, a história de Macau, de Luís Gonzaga Gomes editado em 1954, pelo “Notícias de Macau», o XII volume da «Colecção Notícias de Macau, embora , como afirma o autor, não seja precursor, em Macau, deste tipo de documentação histórica por datas, numa sequência lógica.
Livro composto e impresso nas oficinas do Jornal «NOTÍCIAS DE MACAU», Calçada do Tronco Velho, n.º 6-8, Macau- Oriente (1)

Luís Gonzaga Gomes na sua introdução, elabora uma pequena “história” deste tipo de trabalho, e justifica a publicação do presente livro.
“ O primeiro trabalho no género do que presentemente apresentamos foi efectuado por A. Marques Pereira e publicado, e em números sucessivos do Boletim do Governo da Província de Macau e Timor de 1867. No ano seguinte, este trabalho foi editado, em forma de livro, por José da Silva, com o seguinte título “Ephemerides Comemorativas da História de Macau e das Relações com os povos christãos,”, por A. Marques Pereira, (2) antigo secretário da Legação de Portugal na China, Procurador dos Negócios Sínicos d Cidade de Macau, Membro honorário da Real Sociedade Asiática (Inglesa), Cavalheiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição, etc.
Em 1922 apareceu no Anuário de Macau um trabalho idêntico, porém, mais simplificado mas quase todo baseado nas “Ephemerides” de A. Marques Pereira.
Em 1842 a revista «Religião e Pátria» reproduziu, na íntegra, o trabalho aparecido no Anuário de Macau. Em 1944, o semanário «União» publicou trabalho idêntico mas, infelizmente, com muitas gralhas tipográficas, na parte respeitante às datas, registando, todavia, vários acontecimentos não mencionados em trabalhos anteriormente publicados.
Com o aparecimento de inúmeras obras de investigação, sobre assuntos referentes à actuação dos portugueses no Extremo-Oriente, conscienciosamente feitas por Jordão de Freitas, Frazão de Vasconcelos, Armando Cortesão, Manuel Múrias, Albert Kammerer, Dr. José C. Soares, C. R. Boxer, J. M. Braga, Pe. M. Teixeira, Pe. A. Silva Rego e outros, bem como a publicação dos “Arquivos de Macau”, surgiu a possibilidade de se elaborar um novo trabalho deste género, só com factos referentes a Macau, que publicamos, em 1950, na revista «Mosaico».
Este trabalho, depois de refundido e muito acrescentado, volta agora a aparecer, pela necessidade que existe duma obra, onde os que se interessem pela história desta província ultramarina podem encontrar breve notícia daquilo que lhes exigira muito tempo perdido em busca e rebusca por bibliotecas, pois tudo quanto se tem publicado sobre Macau…”

(1) GOMES; Luís Gonzaga – Efemérides da História de Macau. Notícias de Macau, 1954, 267 p., 18 cm x 11,5 cm x 2 cm.
Anteriores referências a L. G. Gomes em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/luis-gonzaga-gomes/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/joao-feliciano-marques-pereira/

«B. O. do Governo da Província de Macau e Timor». XLI-4 de 25 de Janeiro de 1895

Faleceu em Macau no dia 19 de Janeiro de 1895, o 1.º e único Barão de Assumpção/Assunção (título criado por D. Carlos I em 6-5-1890), João Corrêa Paes D´Assumpção. (1)

“Ordem d´Armada” de 30 de Junho de 1846
«Annaes maritimos e coloniaes», n.º 3, p. 26.
Lista dos “ Officiaes da Fazenda d´Armada, segundos aspirantes”
«Almanak estatistico de Lisboa»,  Volume 1, 1848, p. 39.

Oficial da Armada, esteve em Macau pela 1.ª vez como comissário da corveta «Infante D. Henrique», voltando novamente em 1854, quando fixou residência em Macau.

«The Directory & Chronicle for China, Japan, Corea, Indo-China, …,» 1868.

Durante largos anos foi contador/secretário  da Junta da Fazenda Pública de Macau, Timor e Solor. Foi também 1.º oficial do Corpo dos Oficiais e superintendente da fiscalização da importação e exportação do ópio em Macau,. Em 1891 foi arrolado como um dos 40 maiores contribuintes de Macau.

Cemitério de S. Miguel
http://www.macaneselibrary.org/PublicE-o/p37.htm 

Encontrei esta nota curiosa de felicitação ao comendador por se ter livrado da cegueira do olho direito após tratamento do tratamento duma conjuntivite!

«O Correio Macaense» VI-15 de 24 de Maio de 1889

(1) João Corrêa Paes D´Assumpção (Paço de Arcos 1825 – Macau 1895) foi cavaleiro (1865), comendador da Ordem Militar de Cristo (ordem honorífica portuguesa que herdou o nome da extinta Ordem de Cristo (1834), cavaleiro da ordem de N.ª Srª da Conceição de Vila Viçosa (1888) e cavaleiro da Real Ordem do Cambodja. Foi também cônsul do Brasil (1892)

«Bol. Gov de Macau» XII-9 de 26-02-1866

Dados biográficos recolhidos de FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume I, 1996,p. 293.