Convite da Associação de Apoio aos Deficientes Mentais de Macau para participar no Jantar Comemorativo do seu décimo quarto aniversário da sua fundação, no dia 22 de Setembro de 2000 pelas 19,30 horas no restaurante Federal (Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, nº 19-21 A, 5.º andar).
Saco comercial de plástico de 47 cm x 34,5 cm, com pegas de plástico branco. Fundo de cor branca, design igual nos dois lados, variando somente nas cores.


A loja “Benfica” de venda de artigos desportivos ficava na década de 80 (século XX), no Edifício Nam Kwong, na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, no 1. º Andar – F, numa área comercial denominada Rua de Compras -購物街 (1)

(1) 購 物 街 – mandarim pīnyīn: gòu wù jiē ; cantonense jyutping: gau3 mat6 gaai1; 塲 – mandarim pīnyīn: cháng ; cantonense jyutping: coeng4
(2) 奔飛家 – mandarim pīnyīn: bēn fēi jiā ; cantonense jyutping: ban1 fei1 gaa1
(3) 體育用品 – mandarim pīnyīn: tǐ yù yòng pǐn; cantonense jyutping: tai2 juk6 jung ban2

Saco comercial do Hotel Beverly Plaza, de plástico, de cor branca, 36,5 m(sem a alça ou asa) x 28 cm de dimensões.
O mesmo “design” nos dois lados.
Ver anteriores referências a este Hotel em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-beverly-plaza/
Não é uma caixa de fósforos como as anteriores publicadas (1) (2), mas duas carteiras de fósforos do “Hotel Beverly Plaza”, iguais no tamanho (4,7 cm x 3,8 cm no maior lado com 0,7 cm no topo).
Na parte da frente têm o mesmo “design”: o logótipo do Hotel, o nome do Hotel em português e chinês. Na outra face, a indicação da morada, numa a vermelho e na outra, a verde.
O interior, os fósforos com a cabeça branca e a fita da lixa
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/07/15/caixas-de-fosforos-do-hotel-beverly-plaza-i/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/07/17/caixa-de-fosforos-do-hotel-beverly-plaza-ii/
Do Boletim Geral das Colónias extraí estas duas informações (1) (2)
(1) BGC XXVI–297, Março de 1950.
(2) BGC XXVI-298, Abril de 1950.
Mais duas fotografias de residências, (1) estas destinadas a funcionários públicos construídas em finais da década de 40 e habitadas a partir dos primeiros anos da década de 50 (século XX). Hoje desaparecidas, em prol do desenvolvimento e progresso da território.
Um bloco de sete residências para funcionários, construído na Avenida Coronel Mesquita
Um bloco de seis residências para funcionários públicos, construído na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues
(1) Ver anteriores residências da mesma época em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/10/11/novas-residencias-em-macau-de-1950-ii/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/10/07/novas-residencias-em-macau-de-1950-i
“O «COLÈGIO DE SANTA ROSA DE LIMA» anexo ao antigo Convento de Santa Clara e a cargo das Franciscanas Missionárias de Maria, é um dos modelares estabelecimentos de ensino da Província.” (1956) (1)
“Os estatutos e regulamento para o Colégio de Santa Rosa de Lima como casa de educação para o sexo feminino, foram publicados em 1875 pelo governador José Maria Lobo d´Ávila (portaria n.º 23 de 18-02-1875) após a extinção do mosteiro de Santa Clara.
O ensino ministrado nesse colégio era o elementar, ou instrução secundária que compreendia: línguas portuguesa, francesa e inglesa; história sagrada; desenho; música de canto e piano; educação física; higiene e economia doméstica.
A pedido do bispo D. António Joaquim de Medeiros, as Irmãs Canossianas tomaram conta desse Colégio em 1889, dirigindo-o até 1903.
Convidadas pelo bispo D. João Paulino de Azevedo e Castro, as Franciscanas chegaram a Macau a 17 de Novembro de 1903, instalando-se no Mosteiro de Santa Clara e tomando a direcção do Colégio. Ambos os edifícios lhes foram cedidos pelo Governo juntamente com os bens do antigo Mosteiro e do antigo Recolhimento de S. Rosa de Lima (o recolhimento fechou em 1875 após o falecimento da última clarissa)
A 30 de Novembro de 1910, o Governo ordenou a saída das Franciscanas do Colégio, o qual era então frequentado por 130 alunas de diferentes nacionalidades, sendo muito delas internas. A escola foi confiada a pessoal leigo a 7 de Janeiro de 1911, ficando reduzida a 40 alunas.
A 10 de Dezembro de 1911, foi arrendado o edifício do antigo Mosteiro de Santa Clara para aquartelamento e tropas expedicionárias, determinando-se que o Colégio de S. Rosa de Lima passasse para outro edifício particular; felizmente esta medida não pegou, continuando o colégio sob a direcção de pessoal leigo.
Em 1932, voltaram as Franciscanas a dirigir o Colégio. A secção chinesa iniciou-se em 1933. (3)
Em Setembro de 1975, o curso de inglês deste colégio, passou para a Escola Matutina (2) e o curso chinês desta passou para o Colégio de S. Rosa (Rua de Santa Clara). A Instrução Primária portuguesa no Colégio funcionou até 1999, permanecendo aí a secção chinesa.
“O COLÉGIO D. BOSCO, de linhas modernas e airosas, é um dos mais modernos estabelecimentos de ensino da Província. “ (1956) (1)
“ A 24 de Julho de 1941, a Santa Casa da Misericórdia entregou ao Bispo de Macau, D. José da Costa Nunes, o seu Asilo dos Órfãos, com os seus 30 rapazes e a 15 de Agosto desse ano foi confiado aos Salesianos. Enquanto se não levantava edifício próprio, os órfãos portugueses ficaram instalados no Orfanato da Imaculada Conceição juntamente com os chineses.
Em 1940, o Governo concedeu um terreno em Mong Há e a 10 de Novembro de 1941, fez-se a inauguração do aterro para os futuros pátios do colégio.
A 6 de Fevereiro de 1949, foi lançada nesse terreno a primeira pedra dum edifício que se chamou “ COLÉGIO D. BOSCO”, de Artes e Ofícios, destinado ao Ensino Técnico e Profissional, sendo seu primeiro Director, o Pe. António Giacomino. António Bastos foi o arquitecto que preparou todos os planos” (3)
(1) MACAU Boletim Informativo, Ano III, 1956
(2) Na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, edifício que foi demolido em 1998 para construir no mesmo lugar o actual “Colégio de Santa Rosa de Lima English Secondary” (Av. Dr.Rodrigo Rodrigues, n.º 367).
(3) TEIXEIRA, Padre Manuel – A Educação em Macau. Direcção dos Serviços de Educação e Cultura, 1981, 423 p.
Foi determinado em acta do Leal Senado de 11 de Maio de 1940, a inauguração de algumas vias públicas nesse ano, atribuindo-lhes o nome de figuras históricas dentro do programa das comemorações do Duplo Centenário da Independência e da Restauração (oitavo centenário da Independência e terceiro centenário da restauração de Portugal),
Era Governador do território, o Capitão de Fragata Gabriel Maurício Teixeira.
Inauguração da Avenida de D. Afonso Henriques
A Avenida de D. Afonso Henriques, começa na Avenida de Lopo Sarmento de Carvalho, em frente da Avenida do Infante D. Henrique e termina perto do Reservatório.
Foi inaugurada a 4 de Junho de 1940.
Afonso Henriques filho de D. Henrique de Borgonha e de D. Teresa, foi o 1.º rei de Portugal (1128-1185).
Inauguração da Avenida de Lopo Sarmento de Carvalho
Começa entre a Rua da Praia Grande, e a Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, em frente da Estrada de S. Francisco, e termina na Avenida da Amizade. Foi inaugurada a 25 de Junho de 1940.
Lopo Sarmento de Carvalho, natural de Bragança, estabeleceu-se em Macau, em 1615, casando com Maria Cerqueira, natural de Macau (falecida a 26 de Outubro de 1639, sepultada em S. Paulo, na capela de Jesus).
Foi o último Capitão-Mor da viagem de Japão no governo de Macau (1617/18 e 1621/22), pois a 7 de Julho de 1623, o primeiro Governador e capitão-geral, D. Francisco de Mascarenhas, tomava posse.
Obteve grandes lucros da viagem ao Japão, em 1617, de maneira que em 1920 comprou três viagens de Japão. Das três viagens que comprou só pode realizar uma em 1621(com 6 galeotas e de lá trouxe muita seda, de que auferiu grande lucro). Foi o herói da vitória contra os holandeses em 24 de Junho de 1622 (1).
Um filho seu, Inácio (Macau 1616 – Goa 1676) foi capitão-geral da Armada e da Costa do Norte, governador e capitão-geral de Diu e capitão-geral de Moçambique, e tem perpetuado, em Macau, o seu o nome: Travessa de Inácio Sarmento de Carvalho.
Inauguração da Avenida de D. João IV
A Avenida de D. João IV começa na Rua da Praia Grande, em frente do Jardim de S. Francisco e termina na Avenida da Amizade (nessa altura, Dr. Oliveira Salazar). Foi inaugurada a 1 de Dezembro de 1940.
D João IV (1604-1656), 8.º duque de Bragança, foi coroado a 15 de Dezembro de 1640, após o golpe do 1.º de Dezembro, Rei de Portugal (1640-1656)
Inauguração da Avenida de D. João IV (outro aspecto)
Fotos do Anuário de Macau, 1940-1941 e informações de TEIXEIRA, P.. Manuel – Toponímia de Macau, Volume II.
(1) Ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/monumento-da-vitoria/
Nesta data, domingo, realizou-se pelas 11 horas, na Avenida Rodrigo Rodrigues, próximo do Quartel de S. Francisco, a cerimónia do Juramento de bandeira dos mancebos macaenses.
“Juro ser fiel à minha Pátria e estar pronto a lutar e a dar a vida por ela. Juro defender a bandeira até à última gota de sangue, respeitar, obedecer cegamente aos meus chefes e honrar as tradições gloriosas do exército português”
(NOTA: reparar nesta fotografia, os aterros do Porto Exterior (à frente da Fortaleza de S. Francisco), o molhe e ao fundo, a Ilha da Taipa. Em primeiro plano, a futura Avenida Rodrigo Rodrigues.)
A festa militar decorreu com grande brilhantismo, imponência e solenidade, e os recrutas há poucos meses incorporados souberam corresponder à espectativa, demonstrando ao público assistente que são possuidores da indispensável preparação pela perfectibilidade que evidenciaram através dos vários exercícios executados.
Da tribuna de honra, as Exmas. Autoridades assistiram ao desfile de todas as forças em parada.
(NOTA: a tribuna estava encostada à muralha da Estrada de S. Francisco)
Além dos assistentes de honra, presidida pelo Governador da Província, Almirante Joaquim Marques Esparteiro, a brilhante Festa Militar foi presenciada por um numeroso público constituído na maioria por funcionários civis e militares de todas as categorias, que enchia literalmente as imediações apesar da temperatura agreste e pouco convidativa do dia.
Sua Exa. o Governador da Província passa revista à guarda de honra constituída pelo Esquadrão Motorizado
Feita a leitura dos Deveres Militares, número três da 1.ª parte do Programa, o Comandante Militar, Exmo. Sr. Coronel António de Cirne Pacheco, proferiu um entusiástico e patriótico discurso com palavras alusivas à Cerimónia.
A 2.ª parte do programa consistiu na distribuição de Medalhas de Comportamento Exemplar, distribuição de prémios das Aulas Regimentais e distribuição de Prémios dos Campeonatos Desportivos.
O Comandante do B. C. 2 recebe a Taça atribuída à Unidade que somou maior número de pontos.
Foram distribuídas Medalhas de Comportamento Exemplar a 441 praças da Guarnição desta Província por terem, pelo menos, três anos de serviço com a chamada «Folha Limpa» – isenção completa de faltas e castigos.
Sua Ex.ª o Governador condecorou assim 28 praças europeias, 344 soldados do Batalhão de Caçadores 2, e 8 soldados africanos do Batalhão de Caçadores 1. Foram também distribuídas condecorações a 61 soldados que seguiram, há dias no vapor «Lúrio» de regresso a Moçambique.
A escola de ginástica educativa dos novos Soldados de Portugal impressionou pelo aprumo e precisão de movimentos
A terceira parte foi iniciada pela apresentação do pelotão de recrutas. Para toda a assistência foi este um dos melhores números do programa. Nos vários exercícios que executaram os novos soldados demonstraram óptima e cuidada preparação evidenciando precisão e perícia, especialmente no manejo de armas e evoluções sem comando.
A assistência aplaudiu com verdadeiro entusiasmo os exercícios executados nos números de ginástica educativa e saltos ao plinto. A finalizar tão brilhante festa realizou-se, imponentemente, o desfile de todas as forças em parada, participando no desfile destacamentos de todas as unidades da guarnição, nomeadamente pelotões dos Batalhões de Caçadores 2 e 2, das Unidades de Artilharia e Engenharia das batarias Anti-Aéreas e o Esquadrão Motorizado em meios-auto.
Terminado o desfile, os convidados com as melhores impressões recebidas, dirigiram-se para o Clube Militar, onde lhes foi servido um delicado copo de água.
Informação e fotografias de “Macau, Boletim Informativo“, 1953