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Reabriu no dia 10 de Março de 1982, o Arquivo Histórico de Macau, sob a direcção da Dra. Beatriz Basto das Silva, no edifício situado na Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida, nº 91-93, após a cerimónia inaugural das novas instalações, presidida pelo Governador Almeida e Costa que salientou na ocasião o alcance cultural e a importância do Arquivo para a investigação do passado histórico do Território.

A assinalar a reabertura do Arquivo realizou-se uma exposição bibliográfico-documental, na qual estão patentes alguns dos exemplares raros da secção de livros de consulta reservada, entre os quais o «Nuovi Avisi dell´Indie de Portugalio» de 1580 – o seu mais antigo exemplar bibliográfico. (1) (2)

(1) Texto e fotos retirados de «Macau82 jornal do ano», GCS, 1982, p. 57-58.

(2) “Iniciada a sua formação há cerca de quatro anos, o Arquivo esteve instalado provisoriamente no edifício da na Biblioteca Sir Robert Ho Tung, onde a reorganização do seu património documental ficou sob a orientação, durante largos meses, do Padre António da Silva Rego. Constituída actualmente por sete fundos documentais. entre os quais os do Leal Senado e da Fazenda, que datam do século XVII – , a biblioteca do Arquivo inclui milhares de livros doados pela família do escritor Luís Gonzaga Gomes, entre os quais 600 obras chinesas (algumas raras) que permitem realizar um estudo comparativo da história de Macau. Por outro lado, o acervo do Arquivo integra ainda 150 mil documentos microfilmados provenientes de Hong Kong ou do Arquivo Histórico Ultramarino, em Portugal.” (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 427.)

Saco de plástico preto do Instituto Português do Oriente (Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida, n.º 95 –G Tel: 370642/3 Fax: 305426 – MACAU), da década de 90 (séc. XX) (1) (2)
O mesmo design em ambos os lados (dimensões: 43 cm x 23 cm): capa da 1.ª impressão de “Os Lusíadas” de Luís de Camões de 1572.
(1) Antiga sede; hoje: Rua de Pedro Nolasco da Silva, n.º 45-1.º

Capa da 1.ª edição, 1572

(2) Instituto Português do Oriente – 東方葡萄牙學會 (IPOR), é uma entidade pública empresarial portuguesa que visa promover a língua portuguesa e a cultura lusófona no continente asiático. O actual director João Laurentino Neves exerce o cargo desde 2012.  O IPOR foi fundado em Macau a 19 de Setembro de 1989 pela Fundação Oriente e pelo Instituto Camões.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Portugu%C3%AAs_do_Oriente

A ponte das Nove Curvas no jardim Lou Lim Ioc em 1973

No dia 28 de Dezembro de 1974, (1) abriu as portas como Jardim Público, o único jardim de estilo chinês que pertenceu em tempos a Lou Lim Ioc e que o Governo adquiriu em 12 de Maio de 1973 (assinatura da compra e venda) (2) ao seu mais recente proprietário, «Sociedade de Fomento Predial Sei Iek Lda.», cujo gerente geral era o Ho Yin. Recuperado foi entregue ao Leal Senado para gestão deste este espaço de grande beleza e serenidade. (3)

O jardim de Lou Lim Ioc em 2017

A abastada família de artistas e letrados de apelido Lou/Lu, de Chiun Lin (distrito de San Wui/ Xinhui/Sunwui), na província de Cantão (Guangdong), cujo chefe de família era Lu Cheok Chin, também conhecido por Lou Kau, ou Lu Cao, um letrado de fino gosto artístico, veio para Macau, em 1870, fixando-se no Largo da Sé. (4) Adquiriu para recreio e “casa de campo” um terreno nas húmidas e pantanosas várzeas do Tap Seac. Contratou em Cantão os serviços de dois artistas, Lau Kat Lok e Lei Tat Chun para construírem um jardim chinês, ao estilo do século XIV, em Sou Chou (Suzhou)

O jardim de Lou Lim Ioc em 2017

O «Jardim das Delícias» ou «Yu Yun» ficou conhecido por «Jardim de Lou Kao» ou de «Lou Lim Ioc». O nome de Lou Lim Ioc (5) deriva do seu filho mais velho, que herdou parte da propriedade e o gosto do pai em receber com fausto as grandes figuras da cidade. O outro irmão, vivendo entre académicos, já que herdara do pai o pendor intelectual e literário, desinteressou-se da metade que lhe cabia na propriedade. (3)

Jardim do Lu-cau (vista interior onde se vê os viveiros, área hoje urbanizada) – “Ilustração Portugueza”, 1908.

Cercado de altos muros, tem hoje, a sua entrada pela Estrada Adolfo Loureiro, ocupando uma área de 1, 23 hectares (inicialmente registada com uma área de mais de 20 000 m2) mas reduzida por sucessíveis desanexações (por exemplo, a área ocupada actualmente pelas escolas Pui Cheng e Leng Nam). Dispondo das duas portas típicas dos jardins chineses, a “porta da lua” e a “porta da jarra”, encerra um grande lago de margens irregulares, bordejado por uma cortina de bambus e de salgueiros. Sobre o lago o célebre Pavilhão da Relva Primaveril que fica perto da montanha artificial, da qual de desprende uma cascata, e da famosa Ponte das Nove Curvas. (6)
Dentro do jardim havia um coreto inaugurado em 1928, onde, no início, o dono do jardim realizava espectáculos de ópera chinesa, de que era grande apreciador. Este coreto encontrava-se em lugar diferente do actual, visto que a porta dava para a Av. Conselheiro Ferreira de Almeida, e foi um dos edifícios destruídos pela explosão no Paiol da Flora em 13 de Agosto de 1931. (7)
Anteriores referências a este jardim em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jardim-lou-lim-ieoc/

A ponte das Nove Curvas no jardim Lou Lim Ioc em 2017

(1) Esta data vem referenciada na obra da Dra. Beatriz Basto da Silva (3). No entanto em muitos artigos e livros, vem referido como data de  abertura do jardim ao público o dia 28 de Setembro de 1974 – como por exemplo em «Jardins e Parques de Macau », p. 20. (6)
(2) Iniciativa do governador José Manuel Nobre de Carvalho. Foi adquirido com todas as benfeitorias existentes pela quantia de 2, 7 milhões de patacas. Após a assinatura da escritura foi feito o pagamento de $ 1 000 000,00, o restante foi feito no prazo de 18 meses a contar da data da celebração do contrato. Para o pagamento da primeira prestação foi utilizada importância de $ 1 000 000,00, referida no parágrafo segundo da 16.ª cláusula do contrato com a S. T. D. M. e destinada a obras de fomento. Dado que a despesa total excedia a importância fixada na regra 23.ª do artigo 15.º do E. P. A. da província foi necessário obter a autorização ministerial. (Macau B.I.T., 1973)
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 3 (1995) e Volume III (3.ª edição reformulada, 2015).
(4) Lou Cheok Chin ou Lu Cheok Chi ou Lu Cao (1837 – 1906) foi naturalizado português por Carta Régia de 11-05-1886.Teve 29 filhos das suas 10 mulheres. O mais velho e mais célebre foi Lou Lim Ioc.
(5) Lou Lim Ioc (1877 -1927), milionário, letrado, diplomata entre a China e Portugal, membro do Conselho Legislativo de Macau, foi agraciado com a comenda da Ordem de Cristo a 13 de Abril de 1925. Faleceu no dia 15 de Julho de 1927 e o funeral realizou-se com grande pompa e aparato no dia 31 de Julho de 1927. (7)
(6) ESTÁCIO, António Júlio Emerenciano; SARAIVA, António Manuel de Paula – Jardins e Parques de Macau. IPO, 1993
(7) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997.
NOTA: Conta-me o meu amigo Fernando Guerra, então alferes em comissão de serviço em Macau e aquartelado na Ilha Verde, onde estavam 90 militares – soldados europeus e macaenses (após a fase de recruta ; vigorava o serviço militar obrigatório) que em 1973 (após a compra pelo Governo do jardim), por ordem superior, foram os militares “encarregados” de limpar a área do jardim que estava em bastante estado de degradação e abandono. Mas entre os chineses e macaenses constava-se que a área (bem como a família) estava amaldiçoada e por isso havia “fantasmas” a circular por lá, pelo que os soldados macaenses recusaram participar na tarefa. Foram os soldados europeus a executar o trabalho.

Alguns ainda se vão conservando…

Outros, desapareceram ….

Intitulada “IMAGENS DE MACAU”, foi publicada no Boletim Geral das Colónias (1)
Nesta última foto em que se vê o primeiro bloco dos três construídos, foi erigido pelos Correios de Macau para os seus funcionários – o chamado Bairro do pessoal menor.
(1) As duas primeiras imagens foram já publicadas neste blogue, em anteriores portagens, ver referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/10/14/novas-residencias-de-macau-de-1950-iv/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/10/13/novas-residencias-em-macau-de-1950-iii/
(1) BGC XXVI – 305, Novembro de 1950.

O Grupo Desportivo «Argonauta», agremiação de gloriosas tradições que muito contribuiu para o progresso do desporto nesta terra, festejou, hoje, 30 de Junho, o seu 25.º aniversário de fundação, tendo concorrido às comemorações grande número de associados, entre os quais alguns sócios fundadores.
Pela manhã, os associados assistiram à Santa Missa, na Sé Catedral, mandada rezar pela colectividade, em sufrágio das almas dos sócios falecidos. à noite, reuniram-se na Pousada «Macau», (anexo), onde tomaram parte num  jantar de confraternização.“(1)
O Grupo Desportivo «Argonauta»  foi fundado em 1931 (os Estatutos aprovados pela Portaria n.º 680-E, de 29 de Junho de 1931, foi publicada no Boletim no Boletim Oficial n.º 28/31) e a sede ficava na Rua do Campo n.º 8.
No ano de 1956, tinha a sede na Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida, n.º 27 com cerca de 300 sócios e tina como actividade desportiva,  o futebol e desportos atléticos.
Estava filiado no Clube de Futebol «Os Belenenses», de Lisboa.
Jogava neste clube o famoso jogador macaense Joaquim Pedro Pacheco, desde o ano de 1942 – os anos da Guerra do Pacífico, não se realizaram campeonatos de futebol embora mantivessem os jogos de “bolinha” – e em 1946, tendo ingressado na Polícia passou a alinhar pelo Grupo Desportivo da Polícia. Em 1948 jogou na equipa de  St Joseph de Hong Kong até ao seu ingresso no Sporting em Portugal em 1950  e onde permaneceu até 1959 (jogou depois pelo Leixões de 1959 até 1962)  (foi quatro vezes campeão nacional pelo Sporting e foi uma vez internacional por Portugal, em Milão contra a Itália que ganhou por 3-0)
Se o «Tenebroso» lhe deve, deve-lhe a Polícia  e deve-lhe muito o «Argonauta», pois Manuel Maria de Jesus, o «Manecas, era o coração do «Argonauta». Deste clube tipicamente macaense, aonde se juntava Frederico, José Borges, Pedro Silva, Guta, Boaventura do Rosário, «Pum-Pum» (Manuel de Magalhães) , os irmãos Madeira de Carvalho (A Fét, Luís, José, Augusto), Laertes – tantos e tantos” (2)
A Direcção (ano 1956) era constituída por:
Presidente – Anísio Rómulo Luís.
Secretário – Constâncio José Gracias.
Tesoureiro – António do Rosário
Vogais – Acácio Miguel Osório Xavier e Eduardo Armando de Jesus.
(1) «Macau B. I.», 1956.
(2) RÊGO, José de Carvalho e – Figuras Desportitivas do Passado, 1996
Referências anteriores em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/04/14/final-da-taca-de-macau-1951/

Folheto turístico de 20 cm x 13,5 cm, em inglês, com o título “MACAU” sem indicação do editor (provável, Direcção dos Serviços de Turismo) e sem data de emissão (provável, década de 80); 16 páginas.
Contents: 1 – History; 2 – Geography; 3 – The Present; 4/5 – Travelling to Macau; 6/7 –  Sightseeing; 8/9 – Events; 10 – Accomodation; 11 – Eating Out;  12/13 – Entertainment; 14 – Shopping; 15/16 – Old Buildings Sites.”

FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) capaCapa (Fortaleza do Monte) e Contra-capa

FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp.2-3Páginas 2 (“Geography” – Mapas) e 3 (“The Present” – o edifício dos Correios e a marginal em frente do Hotel Lisboa e do Hotel Presidente)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp.6-7Páginas 6 e 7 (“Sightseeing”: as Ruínas de S. Paulo, o Museu Luís de Camões, a Igreja da Penha, o  Templo da Barra)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 10-11Páginas 10 (“Accomodation”: o Hotel Excelsior e a Pousada de Santiago) e 11 (“Eating Out”: pratos de comida portuguesa e chinesa)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 12-13Páginas 12/13 (“Entertainment” – um passeio de triciclo e depois jogar: o Hotel/Casino Lisboa, o canídromo/corrida de galgos, o casino Jai Alai e o hipódromo da Taipa – cavalos a trote)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 14-15Páginas 14 (“Shopping”: as guloseimas chinesas, o peixe salgado e os antiquários ) e 15 (“Old Buildings Sites”: os Correios e Macau e os edifícios da Avenida Conselheiro Ferreira do Amaral)
FOLHETO TURÍSTICO - MACAU NA DÉCADA DE 80 (SÉC. XX) pp. 16-17Páginas 16 (“Old Buildings Sites”: o Clube Militar) e 16/17 (os endereços das diversas representações turísticas do Departamento de Turismo de Macau, pelo mundo)

FILATELIA -LXXV Aniversário LNIDH 1969

Em 1969, esta data foi dia de lançamento do envelope (16,5 cm x 10,5cm) e carimbo comemorativos do 75.º Aniversário do Liceu Nacional Infante D. Henrique /Exposição Biográfica, Bibliográfica e Filatélica.

Os selos de 10 avos (tambor 1548) e 15 avos (soldado com montante 1548) são de uma colecção anterior a esta data: Uniformes Militares do Exército (8 selos com motivos uniformes utilizados pelo exército português em missão de serviço em Macau, nos anos de 1548 a 1904), emitidos em 1966 (Portaria 22141 de 31 de Julho).

Nesse ano de 1969, em que se celebrava o Jubileu de Diamante do Liceu (1), além da cerimónia oficial, realizaram-se várias actividades ao longo do ano nomeadamente as exposições biográfica, bibliográfica e filatélica.

O Liceu Nacional de Macau aprovado pelo Governo da metrópole a 30 de Junho de 1893, foi inaugurado com 31 alunos (30 alunos, segundo o mesmo autor na reedição do livro, em 1986) (2) a 28 de Setembro de 1894 ficando instalado no convento de Sto. Agostinho, antigo quartel da extinta Guarda Policial, ficando reitor o Dr. José Gomes da Silva.

Nos dias 10 e 11 de Setembro, fizeram-se os exames de admissão ao liceu, a que concorreram os alunos de várias escolas de Macau.

Tomaram posse das respectivas cadeiras, em 16 do mesmo mês, os seguintes professores:

  • O bacharel Horácio Afonso da Silva Poiares
  • O engenheiro civil Mateus António de Lima,
  • O bacharel Camilo de Almeida Pessanha
  • O cónego Baltasar Estrócio Faleiro
  • O tesoureiro-geral João Albino Ribeiro Cabral
  • O imediato da Capitania do porto, capitão-de-fragata Wenceslau de José de Sousa Morais
  • O chefe do Serviço de Saúde, Dr. José Gomes da Silva
  • O director das Obras Públicas, major de engenharia Augusto César de Abreu Nunes. (2)

Certo dia ruiu o Convento, passando o liceu para um casarão entre a Praia Grande e o Leal Senado; dali passou para o hotel Bela Vista, depois para o edifício da Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida, donde foi transferido para o edifício próprio construído no Porto Exterior (Liceu Nacional Infante D. Henrique) entre a antiga Avenida Dr. Oliveira Salazar e a de Infante D. Henrique (1) (demolido posteriormente, após construção do novo edifício, nos aterros do Z.A.P.E.) O novo complexo escolar, denominado Liceu de Macau,  foi inaugurado em 4 de Janeiro de 1986.

(1) TEIXEIRA, P. Manuel – Liceu Nacional Infante D. Henrique, Jubileu de Diamante (1894-1969). Macau, 1969, 291 p.
(2) TEIXEIRA, Monsenhor Manuel – Liceu de Macau. Direcção dos Serviços de Educação, 1986, 377 p. +|10|

Fábrica Duplo DragãoFÁBRICA “ DUPLO DRAGÃO” (1)
UMA MARCA QUE SE IMPÕE EM QUALQUER MERCADO

A fábrica metalúrgica que produzia utensílios caseiros de ferro esmaltado, ferros de engomar bem como artigos de plásticos: copos, escovas de dentes, bonecas, tinha a sua sede comercial na Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida, n.º 72.

A fábrica estava na Ilha Verde. Creio que esta fábrica esteve em funcionamento de 1955-56 até meados da década de 70 (1975 ?)

(1) mandarim pinyin: shuang lóng; cantonense jyutping: soeng 1 lung4 – Duplo Dragão
O «Duplo Dragão» é uns símbolos muito utilizado na China, na saúde, carreira profissional e negócios. Dentro da teoria do «Feng Shui Taoista», este símbolo representa o “dobro”, o efeito “duplicar” quer na sorte, saúde e felicidade quer  nos negócios (comércio e indústria).
Por isso, muito utilizado pelos proprietários desses negócios para a sua marca. «Duplo Dragão» tem portanto, um significado de crescimento potencial dando neste caso multiplicação de oportunidades de negócios e assim duplicando a fortuna da família.

Continuação da reprodução dos mapas de Macau, já apresentados em anterior “post”(1), do Boletim da Agência Geral das Colónias de 1929 (2)

Mapa de Macau e Arredores 1929 (AGC) II“Macau – O novo pôrto de Macau e a sua situação no Extremo Oriente”

 O mapa de Macau e a Ilha da Taipa com a escala de 1 / 80.000 e a outra com a escala de 1/100.000.000.
Assinalado a duração da carreira marítima para Cantão de 8 horas e para Hong Kong de 4 horas. No mapa à esquerda, a indicação do chamado “Porto Novo” com os aterros desde a Fortaleza de S. Francisco até à praia de Cacilhas(posteriormente chamados aterros do Porto Exterior)

Mapas de Macau 1929 Projecto aterroMapa com o projecto para o aterro da parte norte da enseada da Praia Grande e prolongamento e rectificações das ruas e avenidas existentes.

Assinaladoas neste mapa, algumas propostas interessantes, de espaços, avenidas e edifícios públicos, mas que nunca foram concretizadas: uma “Avenida de Portugal” (paralela a norte da Avenida Almeida Ribeiro com indicação de “trenvias e eléctricas” (instalação de «eléctricos») (3) passando por uma “Praça Afonso de Albuquerque” com um “Lago” e um “Tribunal”;  um “Museu” sensivelmente à frente de Sta Clara (Colégio de Santa Rosa de Lima), uma “Avenida da Catedral” que ligaria  a Sé Catedral à Rua das Estalagens e Ruínas de S. Paulo.

Propostas que foram concretizadas: prolongamento da “Avenida Almeida Ribeiro para os novos aterros da Praia Grande, a rectificação da “Rua Conselheiro Ferreira de Almeida (depois classificada como Avenida), o prolongamento da “Avenida Sidónio Paes”

Algumas sinaléticas também interessantes no mapa: atrás do “Cinema Victória” existia um “Hotel Presidente”; atrás do “BNU” estava um “Hotel”; uma “Calçada de Sta Clara” (hoje Jardim S. Francisco).

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/12/mapas-de-macau-de-1929-i/  
(2) Boletim da Agência Geral das Colónias, Ano V, N.º 53, Novembro de 1929, 236 p., + |8|.
Sobre este número, dedicado a Macau, ver anterior “post”
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/11/10/leitura-macau-no-boletim-da-agencia-geral-das-colonias-1929/
(3) “Tranvia electrica” – caminho de ferro de carris, pelo sistema americano (do castelhano tranvia, do inglês tramway) (Dicionário da Língua Portuguesan de Cândido de Figueiredo.