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E ainda a propósito dessas Comemorações, (1) o Liceu Nacional Infante D. Henrique efectuou um espectáculo, nesse ano, com um programa variado, em parte, já apresentado anteriormente (2) (3)
Outra parte do programa foi a apresentação dos Jogos Florais pela professora Dra. Emília Cabrita da Silva. Iniciativa realizada pela primeira vez no Liceu de Macau, na apresentação de um concurso interno para testar a inspiração para a prosa e para veia poética dos alunos.
Apresentaram trinta composições que foram apreciadas por um júri composto pela Dra. Emília Cabrita da Silva, Dr. António da Conceição e Padre Dr. Júlio Augusto Massa.
Os classificados nos Jogos Florais foram da esq.ª para a dirt.ª: Nuno Roque Jorge (1.º prémio – conto «A profecia»), Manuel Jesus Tomé (2.º prémio – «Poesia obrigada a Mote»), Maria Hermínia Pimentel da Costa (3.º prémio – poesia «Caravelas, lenho leve»), Maria Teresa Rodrigues da Silva (menção honrosa- poesia «Caravelas do “Ínclito Infante”), Nuno Maria Roque Jorge (menção honrosa – poesia «Caravelas, lenho leve»)  Américo da Silva Leong Monteiro (menção honrosa – poesia «Caravelas»)

Publico a poesia do meu amigo Manuel Jesus Tomé (2.º classificado), na altura frequentava o 4.º ano do secundário.

MOTE
Caravelas, «Lenho leve»
Num mar revolto, gigante,
Mensageiras do poder,
Da fé, do «Ínclito Infante»

Ó naus mil vezes gloriosas,
Em cujas velas de neve
De Cristo o pendão flameja,
Caravelas, «Lenho leve»
 
O Tenebrosos rompestes,
Rumo às terras do levante,
Perigos mil arrostando
Num mar revolto, gigante!
 
Em vós lusos heróis, santos,
Cumprindo sacro dever,
Ó de Portugal eterno
Mensageiras do poder

Repartiram pelo mundo
Padrões e o facho ovante
Do luso amor, o Evangelho
Da fé, do «Ínclito Infante».

(1) Ver “ANO HENRIQUINO” em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/ano-henriquino/
2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/05/comemora-coes-do-v-centenario-da-morte-do-infante-em-macau-iv-liceu-nacional-infante-d-henrique-i/
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/03/05/comemora-coes-do-v-centenario-da-morte-do-infante-em-macau-v-liceu-nacional-infante-d-henrique-ii/

Já relatados em postagens anteriores, (1) foi a 4 de Março de 1960 que se iniciaram as solenes comemorações do V Centenário da morte do Navegador – o ínclito Infante D. Henrique, promovidas pela Comissão Administrativa do Leal Senado da Câmara de Macau (presidida por Pedro José Lobo).
Ainda a propósito dessas Comemorações, o Liceu Nacional Infante D. Henrique efectuou um espectáculo, nesse ano, com um programa variado, em parte também já apresentado em (2)
Hoje apresento as fotos das danças regionais que os alunos desse Liceu executaram nesse espectáculo.
1.º QUADRO
«Chula Poveira» – dança regional – pelos alunos:
comemoracoes-do-v-centenario-da-morte-do-infante-lnidh-iAnabela Fátima Xavier
Carlos Augusto Coelho Cabral

Ângela Ariana Madeira Rodrigues
Constâncio José Gracias Júnior

Maria Fernanda Ferreira Monteiro
Tranquilino Goares da Silva Júnior

Clara Rita Dias Azedo
Eugénio dos Passos Jorge Airosa

Maria do Céu Teixeira Mendes
António Ferreira Lagariça

Isabel Maria Nogueira Canhota
António Fernando Lopes da Silva

2.º QUADRO
«O Malhão» – dança regional – pelos alunos
comemoracoes-do-v-centenario-da-morte-do-infante-lnidh-iiIsabel Maria Pinto Pacheco Jorge
Ernesto Carlos Basto da Silva

Ivone de Santa Rita Vieira Freire
Rui Manuel Dias de Barros Caleres

Maria Alice de Melo Jorge
Carlos Dias Ferreira

Cíntia de Carvalho Conceição
José António de Melo

Maria de Lurdes Barros Vaz
Pedro Paulo de Almeida

Raquel Maria de Fonseca Alves
Judas Tadeu Gregório José Maria Gracias.

3.º QUADRO
«Rapsódia Alentejana» – dança regional – pelos alunos:
comemoracoes-do-v-centenario-da-morte-do-infante-lnidh-iiiIvone de Santa Rita Vieira Freire
Fernando Airosa Branco

Maria Hermínia Nicolau Pimentel da Costa
Carlos Alberto Dias de Barros Caleres

Maria de Fátima Pestana Guedes de Andrade
Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Maria Teresa Viana da Costa Rodrigues da Silva
João Baptista Lam

Palmira de Sousa Varela Barroso
José Pereira Chan

Maria Laura Barros Vaz
Vítor de Lurdes Guilherme Manhão

(1) Ver “ANO HENRIQUINO” em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/ano-henriquino/
2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/05/comemora-coes-do-v-centenario-da-morte-do-infante-em-macau-iv-liceu-nacional-infante-d-henrique-i/

O Juramento de bandeira dos novos soldados em Macau no ano de 1960, ano das “Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique”, foi realizado com um festival militar, no Campo Desportivo «28 de Maio», no dia 11 de Dezembro de 1960

 11DEZ1960 Festa da Guarnição Militar IO recinto do festival estava profusamente engalanado, sobressaindo a tribuna de honra, em que predominavam motivos henriquinos

 A festa militar anual da guarnição teve como primeiro objectivo, dar ao acto do Juramento de Bandeira dos soldados portugueses, recrutados em Macau, a solenidade e o luzimento que a transparência do mesmo merecia.
À festa assistiram o Governador, bem como individualidades civis e militares e numeroso público.

Às 10.00 horas o Governador, Tenente-coronel do C. E. M. Jaime Silvério Marques foi recebido à entrada pelo Coronel Artur Ferrão Pimentel da Costa, comandante militar da Província e outros oficiais, tendo passado revista à guarda de honra, prestada pelo Esquadrão de Reconhecimento, sob o comando do Capitão Baracho.
Dentro do campo desportivo um batalhão de seiscentos homens, sob o comando geral do Major Mota Cerveira (1) prestou a Sua Ex.ª o Governador as honras militares da ordenança.

11DEZ1960 Festa da Guarnição Militar IIA seguir, as forças em parada prestaram continência e procedeu-se à recepção da Bandeira Nacional.

11DEZ1960 Festa da Guarnição Militar IIIO Tenente Estorninho leu os Deveres Militares e em seguida, o Alferes Araújo fez uma alocução aos jovens que a seguir fizeram o Juramento de Bandeira.

A segunda parte do programa foi preenchia com a distribuição de condecorações (Medalha Militar de Comportamento Exemplar ou Medalha de Bons Serviços no Ultramar) a vários sargentos, cabos e soldados.

Após a entrega de condecorações, as forças em parada desfilaram com garbo perante a tribuna de honra.

11DEZ1960 Festa da Guarnição Militar IVPatrulha – Competição

 A terceira e última parte do festival foi preenchida por demonstrações de caracter militar e ginástico: um serviço de patrulha em campanha, efectuado pelo Esquadrão de Reconhecimento; a luta de tracção entre as equipas das várias unidades, classificando-se em primeiro e segundo lugar respectivamente o Esquadrão de Reconhecimento e a C. I. C. n.º1; uma classe de saltos, apresentada pelo Tenente Bastos Machado; e uma classe de ginástica educativa efectuada por praças africanas, sob a direcção do Tenente Milton Borges.

11DEZ1960 Festa da Guarnição Militar VUm aspecto da classe de saltos

 A banda da música da P. S. P. tocou, nos intervalos, alguns números do seu vasto reportório.
Os números foram executados com agrado geral da assistência, que por várias vezes se exteriorizou em manifestações de muito apreço.

Informações retiradas de “Comemorações, em Macau, do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique”,  ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/01/16/leitura-comemora-coes-em-macau-do-v-centenario-da-morte-do-infante-d-henrique-ii/
(1) Carlos Armando da Mota Cerveira, futuro comandante do Corpo de Polícia de Segurança Pública de Macau e depois comandante militar , nos acontecimentos do “1-2-3# de 1966.

Integrado no programa das Comemorações Henriquinas, foi levado a efeito em Macau, nos dias 29 e 30 de Abril e 1 de Maio de 1960, no Campo Desportivo «28 de Maio», um Torneio Escolar de Atletismo, que “em todos deixou as melhores impressões”. (1)

O evento desportivo foi “o segundo dos que ultimamente se realizaram em Macau”, promovidos pelos Serviços de Instrução da chefia do Intendente António Emílio Maria Rodrigues da Silva, com a colaboração da Mocidade Portuguesa, Leal Senado e Conselho Provincial de Educação Física.

Estiveram inscritos neste certame atlético 376 estudantes de ambos os sexos pertencentes aos seguintes estabelecimentos de ensino:

Colégio D. Bosco,
Colégio do Sagrado Coração,
Colégio de Santa Rosa de Lima,
Escola Comercial «Pedro Nolasco»,
Escolas Primárias Oficiais «Pedro Nolasco» (sexo masculino e sexo feminino),
Instituto Canossiano,
Instituto Salesiano,
Liceu Nacional Infante D. Henrique e
Externato do Seminário de S. José.

Comemorações Henriquinas Torneio Escolar IProva de corridas 100 metros (?) , vendo-se três atletas do Liceu

Nos dias 29 e 30 de Abril fizeram-se as eliminatórias e as provas de apuramento.

Comemorações Henriquinas Torneio Escolar IIProva do lançamento do dardo, vendo-se três atletas do Colégio D. Bosco

Foram disputadas as seguintes taças:
Taça «Infante D. Henrique» entregue ao Liceu Nacional Infante D. Henrique
Taça «Governador da Província», entregue ao Colégio de Santa Rosa de Lima
Taça «Leal Senado», entregue ao Instituto Salesiano.
Quatro taças «Conselho Provincial de Educação Física», entregues no final às classes de ginástica das quatro escolas que as apresentaram.
Duas taças «Mocidade Portuguesa», entregues no final à equipa do Liceu, vencedora da luta de tracção masculina e à equipa do Colégio de Santa Rosa de Lima, vencedora da luta de tracção feminina e
Taças «Serviços de Instrução» foram entregues às escolas vencedoras das provas de estafetas.

Comemorações Henriquinas Torneio Escolar IIIProva de salto em comprimento de um atleta da Escola Comercial

No dia 1 de Maio, o programa compreendia a apresentação de quatro classes de ginástica, do Colégio de Santa Rosa de Lima, das Escolas Primárias Oficiais (1) , do Colégio D. Bosco e do Instituto Salesiano; desfile dos atletas e ginastas e disputa das finais das provas do torneio.
O Governador à entrada do recinto, foi saudado pelos primeiros acordes do Hino Nacional, executados pela Banda do Instituto Salesiano da Imaculada Conceição.
No campo, os estudantes, em formatura e sob a direcção do reverendo Pe. José Barcelos Mendes, entoaram «A Portuguesa», acompanhados pela banda dos alunos salesianos, findo o que, desfilaram perante a tribuna, saudando a primeira autoridade da Província.

Os juízes das provas estavam sob a direcção do Sr. José dos Santos Ferreira.

Informações recolhidas de: Comemorações, em Macau, do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique. Leal Senado da Câmara de Macau, 1960, 417 p.

(1) Quanto à apresentação da classe de ginástica da Escola Primária Oficial (sector masculino), pode ver três fotos, tiradas nesse dia, 1 de Maio de 1960, da minha participação nessa classe de ginástica , então aluno da 3.ª classe da primária.
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/03/14/escola-primaria-oficial-pedro-nolasco-da-silva-emblema-i/

Ainda a propósito das Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique, em Macau, no ano de 1960 (1), o Liceu Nacional Infante D. Henrique apresentou um espectáculo, nesse ano, com o seguinte programa: (2) 

PROGRAMA:
1 – Alocução  – pelo aluno do 7.º ano José Carlos Miranda Vieira
2 – Apresentação do Orfeão do Liceu – sob a regência da professora do Canto Coral, Sr.ª D.ª Emília Amado Antunes:

a)      A Portuguesa;
b)      Estrela;
c)      Luar;
d)      Coral alentejano;
e)      Coro de Riba;
f)      Senhora da Aparecida;
g)      Trevo;
h)      Portugal;
i)       Hino do Liceu.

Comemorações Henriquinas 1960 LNIH Orfeão do LiceuOrfeão do Liceu

3 – Apresentação dos Jogos Florais – pela professora Sr.ª Dr.ª Emília Cabrita da Silva.
4 – «Portugal Pequenino e Gigante» – apresentação pela aluna do 5.º ano Dália Pimentel da Costa.
Foram apresentados 4 quadros (danças regionais, poesia e canto) e um «Quadro Vivo».

O «Quadro Vivo» com uma poesia declamada por Ângela Ariana Madeira Rodrigues, aluna do 2.º ano, era composto por:

Comemorações Henriquinas 1960 LNIH Quadro VivoQUADRO VIVO

D. Henrique  – Manuel Alexandrino Xavier, aluno do 5.º ano.
Pagem – Nuno Maria Roque Jorge, aluno do 4.º ano.
Gil Eanes – Ricardo Maria da Conceição, aluno do 7.º ano.
Cartógrafo – Álvaro Henrique Andrade, aluno do 5.º ano.

Todo o espectáculo foi acompanhado por um grupo musical constituído por alunos do Liceu:

Piano: Maria de Lurdes Barros Vaz.
Acordeão: Ana Maria da Luz Xavier e
Maria de Lurdes Mourinho
Viola: Carlos Alberto Pacheco Jorge
Ferrinhos: Henrique Nolasco da Silva

(1) Ver anteriores referências ao Ano Henriquino, em Macau, em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/ano-henriquino/
(2) Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique. Leal Senado da Câmara de Macau, 1960, 417 p + |8|, 26,5 cm x 19,5 cm.

Comemorações Henriquinas Infante D. Henrique

Neste dia de 1394, nascia na cidade do Porto, o Infante D. Henrique de Avis, duque de Viseu e 1.º senhor da Covilhã. Faleceu em Sagres  a 13 de Novembro de 1460.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Henry_the_Navigator1.jpg

Foi a 4 de Março, do ano de 1960 que se iniciaram as comemorações do V Centenário da morte do Infante D. Henrique, promovidas pela  Comissão Administrativa do Leal Senado da Câmara de Macau (1)

Comemorações Henriquinas Painel C. T. T.Mapa alusivo às festas comemorativas do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique exposto na Estação Telégrafo-Postal de Macau durante as Festas Henriquinas que decorreram de 4 de Março a 13 de Novembro de 1960.(2)

Comemorações Henriquinas PadrãoPadrão erecto à memória do inclito Infante, colocado nesse ano na Avenida Dr. Oliveira Salazar, defronte do Liceu Nacional Infante D. Henrique.(2) 

E se mais
mundo houve-
ra la chegara 

    OS LUSÍADAS
CANTO VII   ESTÂNCIA 14.ª

(1) Ver anteriores referências ao Ano Henriquino, em Macau em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/ano-henriquino/
(2) Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique. Leal Senado da Câmara de Macau, 1960, 417 p + |8|, 26,5 cm x 19,5 cm.

Carimbos utilizados durante as festas comemorativas do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique.

V Centenário Morte do Infante CARIMBOS

O carimbo (superior) foi utilizado pelos Correios Telégrafos e Telefone (CTT) no dia 25 de Junho de 1960 para lançamento do envelope comemorativo do 1.º dia de circulação do selo do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique. (1) (2)
O carimbo (inferior direito) foi utilizado pelos CTT, no dia 1 de Setembro de 1960.
O carimbo inferior esquerdo é a Cruz de Cristo -ver referência anterior (2).

Informação retirada de:
Comemorações, em Macau, do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique. Leal Senado da Câmara de Macau, 1960, 417 p.

(1)    https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/09/27/envelope-selo-v-centenarioo-da-morte-do-infante-d-henrique/
(2)   http://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/09/30/postal-de-1960-residencia-do-governo-da-praia-grande/

Residência do Governo Praia Grande 1960Fotografia intitulada “Residência do Governo da Praia Grande” (1)

 Reparar: ao alto, à direita, a bandeira da Cruz de Cristo que foi desfraldada em todos os domingos e feriados, nos edifícios públicos de Macau, desde 4 de Março a 13 de Novembro de 1960 aquando das comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique, em Macau.

Cruz de CristoA Cruz da Ordem de Cristo é o emblema da histórica Ordem de Cristo (também chamada Ordem dos cavaleiros de Cristo) de Portugal. Desde então tornou-se um símbolo intrínseco a Portugal, usado, por exemplo, nas velas das naus do tempo dos Descobrimentos, pela Força Aérea Portuguesa e na bandeira da Região Autónoma da Madeira.(2)

(1)   Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique. Leal Senado da Câmara de Macau, 1960, 417 p.+ |8|.
(2) http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruz_da_Ordem_de_Cristo

V Centenário Morte do Infante ENVELOPE              Envelope comemorativo do 1.º dia de circulação do selo do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique, em 26 de Junho de 1960.

Os selos postais emitidos e postos em circulação em todas as províncias ultramarinas por Portaria n.º 17754 do Ministério do Ultramar de 31 de Maio de 1960, comemorativos do 5.º centenário da morte do Infante D. Henrique, tinham todos as dimensões de 34,5 cm x 23,4 cm, embora as quantidades, taxas, motivos e cores variassem de província para província.

V Centenário Morte do Infante SELO 2 PtsPara Macau foram emitidos 250000 da taxa de 2 patacas (esfera armilar, com faixa zodiacal) amarelo-torrado, castanho, preto, verde, verde-azeitona e amarelo-palha.

O monumento ao Infante D. Henrique que se vê no envelope está na cidade do Porto (Praça do Infante, onde está o Palácio da Bolsa, o instituto do vinho do Porto e o mercado Ferreira Borges e próximo da casa do Infante, onde segundo a tradição terá nascido o Infante em 1394).

V Centenário Morte do Infante ESTÁTUAA estátua e figuras alegóricas da Fé e do tratado da navegação portuguesa de bronze é da autoria de Tomás Costa. Monumento foi construído por subscrição pública em 1893 e inaugurada em 1900. Compõe-se de vários grupos escultóricos. No cimo, a estátua do Infante, tendo junto, um globo terrestre. No sopé, vêem-se dois grupos alegóricos: uma Vitória conduzindo dois corcéis e dois tritões, representando o triunfo das navegações portuguesas; e uma figura feminina simbolizando a Fé das Descobertas. Possui, ainda, baixos-relevos junto ao pedestal, representando a tomada de Ceuta e o Infante no Promontório de Sagres.
http://www.visitporto.travel/visitar/paginas/descobrir/DetalhesPOI.aspx?POI=717

Integrado nas Comemorações Henriquinas de Macau, abre ao público o Museu Luís de Camões instalado no Palacete que pertenceu a Manuel Pereira, no Jardim de Camões. (1)

Palacet Manuel Pereira IO palacete de Manuel Pereira, rodeado pelo parque e vendo-se ao fundo, no alto dum montículo, a Gruta de Camões. (Do Archivo Pitoresco, Vol VII, 1864, pg. 57) (2)

 “Quando o Comandante Pedro Correia de Barros veio chefiar esta província, incumbiu este Governador o então Reitor do Liceu Nacional Infante D. Henrique, Dr. Pedro de Guimarães Lobato, do planeamento das obras de adaptação do edifício, da selecção das peças que nele deveriam figurar. Para este efeito, confiou o sr. Dr. Lobato ao falecido antiquário T´ou Kim Tchâu, devidamente remunerado pelo Leal Senado, o arrolamento, classificação e selecção das peças que julgasse dignas de ser expostas ao público.

Palacet Manuel Pereira IIO palacete de Manuel Pereira, quando serviu de depósito de Material de Guerra (Da revista Ta-Ssi-Yang-Kuo, 2. Vol, pg 387) (2)

 Pelo Diploma Legislativo n.º 1 429 de 4 de Outubro de 1958, publicado no mesmo Boletim Oficial n.º 40 da mesma data, foi o Museu Comercial e Etnográfico Luís de Camões entregue ao Leal Senado, da Câmara de Macau, ficando a propriedade do imóvel registada em nome da mesma entidade e, para auxiliar a manutenção do pessoal do museu, o Estado passou a conceder um subsídio anual de $ 15.000,00 ao Leal Senado da Câmara de Macau, que nomeou uma comissão para estudar as beneficiações que carecesse o edifício do museu e 32 quadros de relativo valor histórico e artístico foram enviados para o Museu de Arte Antiga de Lisboa para serem restaurados.

 Museu Luís de Camões

Em 10 de Agosto de 1960, a Comissão Administrativa Municipal da presidência do Dr. Pedro José Lobo, reconhecendo ser de toda a vantagem abrir o museu ao público, o mais depressa possível, e a achando inexequíveis o plano e as sugestões apresentadas, mandou efectuar, urgentemente, várias obras de reparação e adaptação no edifício, determinando que a sua abertura fosse efectuada, em 25 de Setembro de 1960, como parte integrante das Comemorações Henriquinas, sendo, sob proposta do Vice-presidente Capitão de Engenharia José Arede Bastos, convidado para desempenhar as funções de Conservador do Museu, o então Professor do Liceu Nacional Infante D. Henrique, sr. Luís Gonzaga Gomes.

 Após novo trabalho de selecção, classificação, distribuição e arrumação, efectuado pelo actual Conservador, o Museu Luís de Camões, como ficou definitivamente a chamar-se, foi, finalmente, aberto ao público, na referida data,, e, desde então, todos os dias, com a exclusão das quartas feiras, ao princípio, das 10.00 às 16.00 horas e actualmente, das 11.00 às 17.00 horas, está franqueado aos visitantes, sendo o custo do bilhete de entrada $ 0,50, em qualquer dia de semana, excepto, às sextas feiras em que a entrada é gratuita, conforme ficou determinado pela Portaria n.º 577 de 1 de Outubro de 1960. (2)

(1)     25 de Agosto de 1960 – Completadas as novas instalações do Museu Luís de Camões, em Macau. A primeira sugestão de se fundar esse Museu partiu do Governador de Macau, em 1927. O resto do tempo foi utilizado a recolher peças e, talvez pelo espaço de que iam necessitando, o espólio mudou 5 vezes de lugar, até esta data em que foi inaugurado, na Casa do Jardim de camões. A abertura ao público, no entanto, ainda iria esperar mais um mês
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XX, Volume 5. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, Macau, 1998, 320 p (ISBN 972-8091-64-8)
(2)   GOMES, Luís G. – Museu Luís de Camões. Macau, Imprensa Nacional, 1973, 57 p.
Ver anteriores referências ao Museu em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/museu-luis-de-camoes/