Continuação da publicação dos postais constantes da Colecção intitulada “澳門老照片 / Fotografias Antigas de Macau / Old Photographs of Macao”, emitida em Setembro de 2009 pelo Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau/Museu de Macau (1)
Em 1864 forma demolidos o convento e a igreja de S. Francisco. Esta demolição fora autorizada por portaria do Ministro da Marinha e Ultramar de 30 de Março de 1861, para se construir ali um quartel para o Batalhão de 1.ª linha. O desenho do quartel e do forte de S. Francisco, no lugar do antigo edifício são da autoria do Governador José Rodrigues Coelho do Amaral que também dirigiu as obras. (2)
A 1 de Janeiro de 1976, foi ali instalado o Comando das Forças de Segurança.
加思欄兵營 – mandarin pīnyīn: jiā sī lán bīng yíng; cantonense jyutping: gaa1 si1 laan4 bing1 jing4
澳門十九世纪九十年代 – mandarin pīnyīn: ào mén shí jiǔ shì jì jiǔ shí nián dài; cantonense jyutping: ou3 mun4 sap6 gau2 sai3 gei2 gau2 sap6 nin4 doi6
(1) Ver anterior referência em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/04/15/postais-coleccao-%E6%BE%B3%E9%96%80%E8%80%81%E7%85%A7%E7%89%87-fotografias-antigas-de-macau-old-photographs-of-macao-i/
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. III, 1995.
Livro de António Aresta e Celina Veiga de Oliveira. Este exemplar é da Editorial Inquérito, Lda., 2.ª edição, Novembro de 2009 (n.º 4 da Colecção Jorge Álvares) (1)
O livro tem dedicatória “Ao Governador Vasco Rocha Vieira, que tão bem soube honrar o nome de Portugal nos últimos anos de administração portuguesa de Macau”
“Que balanço deve ser pedido à história daqueles tempos em que dois povos plasmaram num espaço comum hábitos e modos de vida com marcas de recíproca aceitação e convívio? Como lhes foi possível construir e cimentar em Macau uma ambiência universalmente reconhecida como singular e rara?
A história aponta para uma responsabilidade dual dessa atmosfera peculiar, devendo-se tanto a chineses como a portugueses, como se o próprio chão do território impusesse a quem o habitava — temporária ou permanentemente — um comportamento, não totalmente português, não totalmente chinês, mas de Macau.
Obra conjunta de dois povos, do que de melhor haverá a extrair de cada um deles, Macau será sempre para os portugueses que lá vivem ou tiveram o privilégio delá viver, um encontro com a força do passado histórico da nação, uma aprendizagem de convivência, uma certeza de futuro, uma folha de nós lançada ao Oriente.”
Obra de divulgação histórica, a primeira edição de 1996 com o título “Arquivos do Entendimento – Uma Visão Cultural da História de Macau” serviu de suporte a uma série televisiva em doze episódios com realização de Rui Nunes, que foi exibida na Teledifusão de Macau (TDM) e depois na RTP (Portugal) e na CCTV (China).
Do prefácio de Jorge A. H. Rangel saliento:
“… a série televisiva, concebida com intuitos vincadamente pedagógica, visando recordar e interpretar o legado histórico e cultural que deu ao território uma identidade própria. A série constitui um excelente instrumento de comunicação com um público interessado e atento, ao mesmo tempo que estimulou nas novas gerações a curiosidade por um conhecimento maior de acontecimentos relevantes e dos homens que, ao longo de séculos, os protagonizaram, contribuindo para a afirmação e consolidação dessa identidade…”
(1) ARESTA, António; OLIVEIRA, Celina de – Macau uma história cultural. Editorial Inquérito / Fundação Jorge Álvares, 2009, 125 p. 23 cm , ISBN 978-972-670-436-2.
Mais informações sobre este livro em
http://www.jorgealvares.com/conteudo.aspx?lang=pt&id_object=759&name=N.%C2%BA-4-%E2%80%93-%E2%80%9CMacau,-uma-Historia-Cultural%E2%80%9D,-de-Celina-Veiga-de-Oliveira-e-Antonio-Aresta
e http://www.leitura.gulbenkian.pt/index.php?area=rol&task=view&id=30795
Romance de Marta Curto publicado em 2009 (1) (2).
É um romance que se lê muito bem, uma história de amor entre episódios históricos de Macau, com o desfecho na era actual.
Sinopse (na contra-capa)
No dia 29 de Outubro de 1850, Macau é abalada por uma forte explosão (3). No porto da Taipa no lugar onde antes estava fundeada a fragata D. Maria II, vinda de Goa para vingar a morte do governador Ferreira do Amaral às mãos dos chineses, apenas se vislumbravam os restos do casco de um navio incendiado. Em terra, acompanhado de poucos marinheiros, o filho do comandante Francisco d´Assis e Silva sobrevive e assiste à tragédia. Com apenas cinco anos vê-se órfão numa terra estranha. No mesmo ano, uma menina de poucos meses é abandonada à sua sorte na Roda da Santa Casa da Misericórdia de Macau. Receberá o nome de Vitória e o destino fará com que se encontrem anos depois.
Em Junho de 2009, Wai vive emparedado nas regras da tradicional cultura chinesa, entre os desejos do pai e o vazio que vislumbra para o seu futuro. Sofia sente-se encurralada entre Portugal, que já não conhece, e Macau, lugar onde nasceu que vê como a sua terra apesar da ascendência portuguesa. Uma visita à capela da Guia fá-la descobrir o diário onde é revelada a história de Francisco e Vitória, pela qual se encanta de imediato levando-a a sonhar com o amor.
Serão precisos mais de 150 anos para as vidas de todas estas personagens se cruzarem no tempo. Histórias feitas de encontros e desencontros, de amores proibidos, de amores que ainda nem se sabe que virão. Um livro que nos faz viajar entre a Macau do século XIX e a de hoje, dez anos depois de Portugal ter abandonado a administração do território, fazendo-nos descobrir uma nova realidade desconhecida para a maioria dos portugueses.
NOTA:
O rio das Pérolas (珠江 mandarim pinyin: Zhū Jiāng; cantonense jyutping: zyu1 gong1) é o rio localizado no sul da China, sendo o terceiro rio chinês em comprimento (depois do Yangtzé e do rio Amarelo) e o segundo em caudal (depois do Yangtzé). Atravessa as províncias de Guangdong, Guangxi, Yunnan e Guizhou e parte de Hunan e Jiangxi, desaguando no mar do Sul da China. É formado pela convergência do Xi Jiang (“rio Ocidental”), do Bei Jiang (“rio Setentrional”) e do Dong Jiang (“rio Oriental”) (4) A sua bacia hidrográfica tem 409480 km² de área. No seu delta, localizam-se Macau e Hong Kong, duas cidades e portos de grande importância económica para a República Popular da China. Por isso, a foz do rio é uma região comercial e industrial muito importante e altamente movimentada, denominada muitas vezes de região do Delta do Rio das Pérolas (珠江流域 – mandarim pinyin: zhu jiang li´yù; cantonense jyutping: zyu1 gong1lau4 wik6 área do rio da pérolas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_das_P%C3%A9rolas
(1)CURTO, Marta – Amor no Rio das Pérolas. Livros d´Hoje, 2009, 237 p., ISBN: 978-972-20-3916, 23,5 cm x 15,5 cm.
(2) Entrevista da autora pela jornalista Sandra Gonçalves sobre o livro:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=426399
Maria Curto nasceu em 1978, licenciou-se em Comunicação Empresarial e, aos 20 anos, começou a trabalhar como jornalista. Em 2007 mudou-se para Macau, onde trabalhou e vivreu durante dois anos.
(3) Episódio histórico também mencionado por Francisco Maria Bordalo na novela “Sansão na Vingança”, relatado em anterior post:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/fragata-d-maria-ii/
(4) Por isso chamado 珠江三角洲 – mandarim pinyin: zhu jiang san jué zhou; cantonense jyutping: zyu1 gong1 saam1 gok3 zau1