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A ponte das Nove Curvas no jardim Lou Lim Ioc em 1973

No dia 28 de Dezembro de 1974, (1) abriu as portas como Jardim Público, o único jardim de estilo chinês que pertenceu em tempos a Lou Lim Ioc e que o Governo adquiriu em 12 de Maio de 1973 (assinatura da compra e venda) (2) ao seu mais recente proprietário, «Sociedade de Fomento Predial Sei Iek Lda.», cujo gerente geral era o Ho Yin. Recuperado foi entregue ao Leal Senado para gestão deste este espaço de grande beleza e serenidade. (3)

O jardim de Lou Lim Ioc em 2017

A abastada família de artistas e letrados de apelido Lou/Lu, de Chiun Lin (distrito de San Wui/ Xinhui/Sunwui), na província de Cantão (Guangdong), cujo chefe de família era Lu Cheok Chin, também conhecido por Lou Kau, ou Lu Cao, um letrado de fino gosto artístico, veio para Macau, em 1870, fixando-se no Largo da Sé. (4) Adquiriu para recreio e “casa de campo” um terreno nas húmidas e pantanosas várzeas do Tap Seac. Contratou em Cantão os serviços de dois artistas, Lau Kat Lok e Lei Tat Chun para construírem um jardim chinês, ao estilo do século XIV, em Sou Chou (Suzhou)

O jardim de Lou Lim Ioc em 2017

O «Jardim das Delícias» ou «Yu Yun» ficou conhecido por «Jardim de Lou Kao» ou de «Lou Lim Ioc». O nome de Lou Lim Ioc (5) deriva do seu filho mais velho, que herdou parte da propriedade e o gosto do pai em receber com fausto as grandes figuras da cidade. O outro irmão, vivendo entre académicos, já que herdara do pai o pendor intelectual e literário, desinteressou-se da metade que lhe cabia na propriedade. (3)

Jardim do Lu-cau (vista interior onde se vê os viveiros, área hoje urbanizada) – “Ilustração Portugueza”, 1908.

Cercado de altos muros, tem hoje, a sua entrada pela Estrada Adolfo Loureiro, ocupando uma área de 1, 23 hectares (inicialmente registada com uma área de mais de 20 000 m2) mas reduzida por sucessíveis desanexações (por exemplo, a área ocupada actualmente pelas escolas Pui Cheng e Leng Nam). Dispondo das duas portas típicas dos jardins chineses, a “porta da lua” e a “porta da jarra”, encerra um grande lago de margens irregulares, bordejado por uma cortina de bambus e de salgueiros. Sobre o lago o célebre Pavilhão da Relva Primaveril que fica perto da montanha artificial, da qual de desprende uma cascata, e da famosa Ponte das Nove Curvas. (6)
Dentro do jardim havia um coreto inaugurado em 1928, onde, no início, o dono do jardim realizava espectáculos de ópera chinesa, de que era grande apreciador. Este coreto encontrava-se em lugar diferente do actual, visto que a porta dava para a Av. Conselheiro Ferreira de Almeida, e foi um dos edifícios destruídos pela explosão no Paiol da Flora em 13 de Agosto de 1931. (7)
Anteriores referências a este jardim em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jardim-lou-lim-ieoc/

A ponte das Nove Curvas no jardim Lou Lim Ioc em 2017

(1) Esta data vem referenciada na obra da Dra. Beatriz Basto da Silva (3). No entanto em muitos artigos e livros, vem referido como data de  abertura do jardim ao público o dia 28 de Setembro de 1974 – como por exemplo em «Jardins e Parques de Macau », p. 20. (6)
(2) Iniciativa do governador José Manuel Nobre de Carvalho. Foi adquirido com todas as benfeitorias existentes pela quantia de 2, 7 milhões de patacas. Após a assinatura da escritura foi feito o pagamento de $ 1 000 000,00, o restante foi feito no prazo de 18 meses a contar da data da celebração do contrato. Para o pagamento da primeira prestação foi utilizada importância de $ 1 000 000,00, referida no parágrafo segundo da 16.ª cláusula do contrato com a S. T. D. M. e destinada a obras de fomento. Dado que a despesa total excedia a importância fixada na regra 23.ª do artigo 15.º do E. P. A. da província foi necessário obter a autorização ministerial. (Macau B.I.T., 1973)
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 3 (1995) e Volume III (3.ª edição reformulada, 2015).
(4) Lou Cheok Chin ou Lu Cheok Chi ou Lu Cao (1837 – 1906) foi naturalizado português por Carta Régia de 11-05-1886.Teve 29 filhos das suas 10 mulheres. O mais velho e mais célebre foi Lou Lim Ioc.
(5) Lou Lim Ioc (1877 -1927), milionário, letrado, diplomata entre a China e Portugal, membro do Conselho Legislativo de Macau, foi agraciado com a comenda da Ordem de Cristo a 13 de Abril de 1925. Faleceu no dia 15 de Julho de 1927 e o funeral realizou-se com grande pompa e aparato no dia 31 de Julho de 1927. (7)
(6) ESTÁCIO, António Júlio Emerenciano; SARAIVA, António Manuel de Paula – Jardins e Parques de Macau. IPO, 1993
(7) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997.
NOTA: Conta-me o meu amigo Fernando Guerra, então alferes em comissão de serviço em Macau e aquartelado na Ilha Verde, onde estavam 90 militares – soldados europeus e macaenses (após a fase de recruta ; vigorava o serviço militar obrigatório) que em 1973 (após a compra pelo Governo do jardim), por ordem superior, foram os militares “encarregados” de limpar a área do jardim que estava em bastante estado de degradação e abandono. Mas entre os chineses e macaenses constava-se que a área (bem como a família) estava amaldiçoada e por isso havia “fantasmas” a circular por lá, pelo que os soldados macaenses recusaram participar na tarefa. Foram os soldados europeus a executar o trabalho.

No dia 16 de Dezembro de 1976, o Governador de Macau (José Garcia Leandro) e representantes da concessionária da «Macau (Yat Yuen) Canidrome Co. Ltd.» (澳門逸園賽狗股份有限公司) assinaram no Palácio da Praia Grande, em Macau a escritura da alteração de algumas cláusulas do contrato da exploração de corridas de galgos.
De acordo com as alterações previstas no contrato firmado em 1964 e posteriormente alterado em 1973, a concessão terminava em 31-12-1987. Conforme já estava estabelecido, durante este período da concessão, para além de outras disposições, a sociedade obrigava-se a pagar até ao final do presente contrato a renda anual de um milhão e 500 mil patacas. A partir de 1-1-1978 até 31-12-1987, a renda anual terá um adicional de duzentas e cinquenta mil patacas. A partir de 1-1-1983 até 31-12-1987, a renda anual passaria a ter um adicional de 500 mil patacas.
Ainda de acordo com o documento assinado, a «Macau (Yat Yuen) Canidrome Co. Ltd» obrigava-se a realizar, em cada ano de exploração, o mínimo de 125 sessões e de dez corridas por cada sessão, considerando-se uma sessão equivalente a um dia de corridas.. No contrato anterior a concessionária comprometia-se a realizar anualmente o mínimo de 100 sessões. (1)
NOTA: As corridas de cães iniciaram-se em 1932 mas foram suspensas em 1936. Após várias tentativas para o seu reinício, só após aprovação dos estatutos do denominado “Canídromo Clube de Macau» em 16-03-1963 (Boletim Oficial n.º 11), voltaram as ocorridas de galgos em 28 de Setembro de 1963 (sob o contrato de Agosto de 1961 com a empresa «Kun Pha») ( SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 5, 1998)
O contrato que está em vigor será o último pois foi decisão do Governo da RAEM acabar com as corridas de galgos em Macau tendo estendido a concessão da licença somente até Julho de 2018.
Ordem Executiva n.º 76/2016, Delega poderes no Secretário para a Economia e Finanças, como outorgante, na escritura pública de prorrogação do prazo até 20 de Julho de 2018 e alteração do contrato de concessão celebrado entre a Região Administrativa Especial de Macau e a Companhia de Corridas de Galgos Macau (Yat Yuen), S.A., para a exploração, em regime de exclusivo, das corridas de galgos.
(1) Extraído de «MACAU B. I. T», Vol. XI, 9-10, 1976.
Anteriores referências ao Canídromo
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/canidromo/

Continuação do artigo anterior (1)
“Formam a Escola de Recrutas de 1973, 61 moços: 18 de curso de Sargentos Milicianos e 41 do Contingente Geral, quase todos saídos, directamente, das diversas escolas, em que estudavam, para ingressar na tropa.
Uma pequena piscina e um campo para a prática de futebol que poderá ser utilizada pelos grupos desportivos de Coloane constituem outros novos melhoramentos que se ficam a dever aos militares do aquartelamento.
Na messe dos oficias, uma encantadora vivenda bem situada, foi servido aos homens da Imprensa um beberete, que foi aproveitado para uma conversa amigável, enquanto esperavam que chegasse a hora do rancho das praças da unidade e dos recrutas que se aproximava.

No refeitório, na hora do almoço.

Uma boa sopa – o prato indispensável – e um prato único, abundante, acompanhado de pão fruta e vinho, constituíam o almoço daquele dia.
No exercício de patrulhas dentro do esquema da instrução que recebem, os soldados recrutas avançam, cuidadosamente, pelas estradas íngremes de Coloane.

Os jornalistas observam os exercícios dos recrutas

No exercício dos «slides», este soldado recruta lança-se pelo cabo de aço para transpor um ribeiro que impedia o avanço da tropa.
(1) Fotos e reportagem in MACAU Boletim de Informação e Turismo Vol. IX n.ºs 1 e 2 Mar/Abr, 1973 pp. 3-7.

No dia 27 de Março de 1973, a convite do Comando Territorial Independente de Macau, a imprensa portuguesa e chinesa, a que se associou uma equipa de reportagem da C.I.T., o Aquartelamento de Coloane onde se encontra instalada uma Companhia de Caçadores (constituída na sua grande maioria, por rapazes da Madeira, que chegaram a Macau nos princípios do mês de Janeiro de 1973 e onde decorre a Escola de Recrutas de 1973.

Grupo fotográfico dos jornalistas com os oficiais que os acompanharam na visita, na entrada da messe.

Acompanharam os representantes dos órgãos de informação pública locais, o Major do CEM Rui Lobato de Faria Ravara, Chefe do Estado Maior do CTIM, e o Capitão Elísio Rolando Bastos Bandeira, a que se juntaram, no cais da Taipa, onde se fez o desembarque, o Major Helder Reis de Oliveira, director da Instrução e o Capitão Henrique Dias, comandante da referida Companhia de Caçadores.

Na carreira de tiro da Taipa, um grupo de recrutas em exercício.

Transportados em «jeeps», os visitantes dirigiram-se à Carreira de Tiro da Taipa, onde se encontrava um grupo de recrutas em instrução. Explicou o Major Ravara que esta dependência dos Serviços Militares seria, em breve, transferida para outro local das Ilhas – melhor situada e com instalações apropriadas e funcionais. – por interferir com os planos do Governo no aproveitamento desta zona para fins industriais e outros de grande interesse para o progresso do território insular.

Os recrutas aprendem a conhecer as armas

Referindo-se à finalidade da visita, acentuou que a mesma se destinava a mostrar os melhoramentos realizados nas instalações do aquartelamento de Coloane, que reentrava ao serviço no ano passado (1972) , depois de cerca de 14 anos praticamente sem serventia e a verificar como se preparavam os jovens recrutas.
Novamente nos veículos, os jornalistas e as individualidades que os acompanhavam romperam caminho por estreitas picadas, até entrarem na estrada que os levou a Coloane, depois de atravessarem a faixa de ligação entre as duas ilhas.
Num terreiro, a meio da encosta, um pelotão da Escola de recrutas fazia exercícios físicos, que já contavam quase três meses de treinos . Outro pelotão faziam exercícios de marcha e manejo de armas , como parte da instrução que lhes cabia no programa desse dia.” (1)
Continua…
(1) Fotos e reportagem in «MACAU B.I.T.», 1973.

Na cerimónia de assinatura do termo de início das funções do Dr. António Joaquim Paulino, (1) médico-inspector do quadro médico comum do Ultramar como chefe dos Serviços de Saúde e Assistência de Macau, que se realizou na Sala das Sessões do Conselho Legislativo, no Palácio da Praia Grande, o Governador da Província aproveitou o ensejo para pôr em evidência a importância daquele departamento público, com uma projecção muito directa na saúde de toda a população.

O Dr. António Joaquim Paulino na cerimónia de assinatura do termo de início de funções

O Dr. António Paulino no discurso, apresentou duma maneira geral, a problemática da Assistência Sanitária focando a política de saúde simultaneamente curativa, assistencial e profiláctica.
A reportagem desta cerimónia publicada numa revista (2) vem acompanhada de fotografias do dia-a-dia das enfermarias do Hospital Central Conde de S. Januário.

Enfermaria de Medicina (Homens)
Enfermaria de Medicina (mulheres) , a Dra. Maria José Lam (3)
Enfermaria de Cirurgia (Homens), tratamento de enfermagem
Enfermaria de Medicina (Homens)

Enfermaria de Obstetrícia / Ginecologia

(1) Sobre o Dr. António Joaquim Paulino ver
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/antonio-joaquim-paulino/
(2) Reportagem de «Macau, B.I. T.», 1973.
(3) A Dra. Maria José dos Santos Graça Lam, foi nomeada médica interina de 2.ª classe dos S. S. de Macau na vaga resultante da proprietária do lugar, Dra. Maria Nazaré Freitas de Oliveira Almeida, para o cargo de 1.ª classe. Tomou posse a 17 de Fevereiro Foi exonerada, a seu pedido, em 18-12-1973, partindo com a família para a Metrópole.
TEIXEIRA, Pe. Manuel – A Medicina em Macau, Volumes III-IV, 1973.

Os alunos da Escola Comercial festejaram o velho Carnaval, no ano de 1973, no ginásio da Escola, com danças modernas.
macau-b-i-t-ix-1-2-mar-abr-1973-carnaval-da-esola-comercial-iNão faltou uma exibição dos últimos modelos de vestidos próprios para a estação
macau-b-i-t-ix-1-2-mar-abr-1973-carnaval-da-esola-comercial-iiE ainda uma competição para os/as modelos em “mini” e “maxi”
macau-b-i-t-ix-1-2-mar-abr-1973-carnaval-da-esola-comercial-iiiFotos de “MACAU BIT, 1973″.

Realizou-se no dia 31 de Janeiro de 1973, a festa escolar do Festa Escolar do Colégio Dom Bosco, (1) destinada, particularmente, à distribuição de diplomas aos finalistas e de prémios aos alunos que mais se distinguiram no ano lectivo findo.

macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-iO Revdo Pe. Ramiro Pereira Galhispo, director do Colégio fez um breve discurso sobre a juventude e os seus problemas nesta conjuntura do mundo actual.macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-iiUm aspecto da assistência, com a presença do governador e esposa

macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-iiiO programa de variedades agradou, salientando-se pela sua graciosidade e originalidade a «Dança das Vassouras» executada pelos mais miudinhos.
macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-ivOs pequenos cantores do Colégio D. Bosco deliciaram a assistência com a execução dum variado e aliciante reportório de canções portuguesas e estrangeiras, salientando-se uma composição de Áureo Castro «A Menina de Olhos Verdes» sobre uma poesia lírica de Camões.
macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-festa-escolar-d-bosco-vAos finalistas foram impostos os distintivos do Antigo Aluno Salesiano, que os vinculam para sempre às instituições salesianas espalhadas por todo o mundo.
(1) No ano lectivo 1971/1972 funcionaram as seguintes classes:
Pré-primária com 15 alunos; Quarta classe, com 133 alunos; Curso preparatório para o ensino secundário 71 alunos; Curso Profissional (Mecânica) 44 alunos; Secção preparatória para os Institutos Industriais 9 alunos.
Fotos e reportagem (não assinada) retirada de “MACAU B.I.T., 1973”.

macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-danca-de-leao-iCom o agitar permanente da cabeça, enorme e temerosa, seguindo o programa clássico dos ritmos e das suas sequências, o bicho não se quietou enquanto não patenteou à curiosidade dos espectadores toda uma série de acrobacias com um fundo mitológico, a dar-lhe uma significação que se prende a tempos imemoriais dos homens e da história desta lendária China.
Seguiu-se à primeira, uma outra dança, com dois leões, menos estilizados e, portanto mais próximos da realidade figurativa dos animais. Pulando para cima de duas mesas sobrepostas, equilibrando-se com espantosa habilidade que punha arrepios de susto na assistência, que não despregava os olhos de todo aquele aparato agitado, os dois bichos evidenciaram, perfeitamente, o temperamento feroz que os dominava.” (1)

macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-danca-de-leao-iiOs dois outros leões preparam-se para tentar o salto para cima das duas mesas sobrepostas numa demonstração de perfeita agilidade de movimentos, enquanto um dos acrobatas os incita a realizar tão atrevidos cometimentos.

(1) Reportagem (não assinada) e fotos já publicados em anterior postagem (2), (hoje com mais pormenores sobre a dança de leão) retirados de Macau B. I.T., 1973.
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/02/03/noticia-de-3-de-fevereiro-de-1973-macau-e-o-dragao-xxxv-ano-novo-lunar-boiagua/

KUNG HEI FAT CHOI
FELIZ ANO NOVO CHINÊS
中國農新年快樂
HAPPY CHINESE NEW YEAR

macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-ano-novo-chines-iChegá ano-novo china,
Nôs ta fica alucinado;
Sai rua, dobrá esquina
Clu-clú pa tudo lado.

China bulí chaminica,
Gritá «Nhónha, ióga, ióga»!
Nôs encosta na botica.
China goelá «Ábli, ióga»!

Sês-pique, sete-cavéra,
Nádi sai si nôs temá;
Nhum já dá co dôs asnéra,
Virá costa gurunhá.

Versos de “Macau di tempo Antigo” de José dos Santos Ferreira in «Qui-Nova Chencho», 1972
macau-b-i-t-viii-11-12-jan-fev-1973-ano-novo-chines-iiFotos do Ano Novo Lunar de 1973 (Boi).

macau-b-i-t-viii-11-12-1973-capa-ano-novoAs flores são as mais belas manifestações da natureza. Exprimem graça e bondade, suscitam amizades e enfloram preitos de homenagem. Onde abrem os seus botões nascem esperanças de primavera e frutos de outono. Por isso, os chineses ligam o destino das suas vidas e dos seus negócios ao seu viço e beleza. No quadro que apresentamos, os compradores de ramos de flores, na véspera do Ano Novo, aproximam-se das tendas e contratam a sua compra para que a casa tenha uma atmosfera de sorte no Ano Novo que vai começar”.
Foto e legenda de «Macau B.I.T. , 1973»