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Três grandes nomes da medicina que exerceram a sua profissão em Macau. Estes anúncios foram publicados no Anuário de Macau, 1921.

José Caetano Soares (Almendra, freguesia de Trancoso 1887- Lisboa 1963) – Estudou medicina na extinta Escola Politécnica no Porto e depois, em 1912, concluiu o curso na Escola Médico-Cirúrgica em Lisboa. Estagiou no Hospital de S. José (Lisboa) onde adquiriu a prática de cirurgião. Iniciou a sua vida de médico, ingressando no quadro de saúde de Moçambique como tenente- médico e em 1913 (Portaria de 5-4-1913) foi mandado servir no quadro de Macau até 1915 (com uma comissão de serviço em Timor). Após regresso de Timor em 1916, rescindiu o seu contrato como médico militar, sendo exonerado em 25-07-1916. Passou a exercer clínica particular e a ser o primeiro facultativo do «Partido Médico Municipal», recém-criado pelo Leal Senado (posse a 1-11-1916). Na mesma altura nomeado Director do Hospital de S. Rafael, da Santa Casa de Misericórdia. Começou também nessa ocasião a fazer clínica em Hong Kong aonde se deslocava semanalmente. Em 30-11-1918 casou-se com Maria Luísa da Silveira Lorena Santos. Os seus filhos (dois rapazes e uma menina) nasceram todos em Macau. Manteve-se em Macau até 22 de Julho de 1937 (22 anos de actividade clínica) tendo regressado a Portugal, fixando residência em Lisboa. Deixou escrito um livro notável de investigação histórica “Macau e a Assistência – Panorama médico-social”, de 544 páginas, que foi publicado em 1950, pela Agência Geral das Colónias. Pelos seus serviços no território, o Leal Senado, deu o seu nome à Rua da Cadeia, que hoje se chama «Rua Dr. Soares» (1) (2)

NOTA: anteriores referências neste blogue em: em:https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-caetano-soares/

José António Flipe de Morais Palha (Mormugão, Índia Portuguesa 1872 – Macau 1935). Licenciou-se em medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa e frequentou o Instituto de Oftalmologia dessa cidade. Serviu como graduado em guarda-marinha desde 5-08-1893 a 2-08-1894. Foi promovido a alferes a 22- 07-1898. Chegou a Macau a 3.03-1900, como facultativo de 3.ª classe do quadro de saúde de Macau e com guia da Canhoneira «Zaire». (em 1-07-1900 passaria ao serviço dos corpos da guarnição). Comissão em Timor de 30-01-1902 a 7-12-1908; 24-01-1908 -? ; 31.03-1913 a 16-03-1914 (já como capitão médico). Em 2-09-1918 promovido a major-médico e a 10-09-1920 a tenente-coronel médico. Em 1917 nomeado chefe interino dos Serviços de Saúde e depois efectivo neste cargo. Casou, em 1922, com Adélia Gonçalves Rodrigues. Deixou uma filha adoptiva. Entre outras actividades oficiais, foi professor do liceu (em 1900- de língua alemã; em 1912 a 1918, professor do 6. º grupo). Reformado em 15-05-1926. Faleceu em Macau a 2 de Novembro de 1935. (2)

NOTA: anteriores referências neste blogue em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-a-f-de-moraes-palha/

António do Nascimento Leitão (Aveiro 1879- 1958)

Curso de Medicina na escola Médico-Cirúrgica do Porto com 18 valores; curso de Medicina Tropical com 12 valores; curso de Medicina Sanitária com 17 valores; curso especial de Medicina Operatória na Faculdade de Medicina da Universidade de Paris e e curso de Radiologia Médica no Hospital de Saint Antoine, de Paris. Subdelegado de saúde em Lisboa. Facultativo de 3.ª classe do quadro de saúde de Macau e Timor por Decreto de 4-04-1907 (B.M.U. n.º 8). Chegou em Macau e 8 de Julho de 1907. Destacado para Timor em 1913, esteve ali algum tempo, regressando a Macau em 1917, após especializar-se em radiologia). Em Macau destacou-se como médico-cirurgião e radiologista (capitão – médico, depois promovido a major-médico e a seguir tenente-coronel médico), como médico sanitário, nomeado director do Laboratório de Radiologia em 1922, Director do Laboratório Bacteriológico do Hospital Militar (1919) e subchefe interino dos Serviços de Saúde (nomeado em 13 de Agosto de 1926). Regressou a Portugal em 1951. (2)

“Homem de cem ofícios” como lhe chamou o Padre Teixeira (“Foi um dos bons médicos que conhecemos”).

NOTA: sobre este médico recomendo leitura de António Aresta em «JTM», 4 de Agosto de 2016: https://jtm.com.mo/opiniao/antonio-nascimento-leitao/ Anteriores referências neste blogue em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/antonio-do-nascimento-leitao/

(1) Rua Dr. Soares começa na Rua dos Cules, entre a Calçada do Tronco Velho e o Beco da Cadeia, e termina na Avenida Almeida Ribeiro, ao lado do edifício dos Paços do Concelho.

(2) Breves notas biográficas, retiradas de TEIXEIRA, Pe. Manuel – A Medicina em Macau, Volume 2(III-IV), 1998. 566 p., ISBN 972-97934-2-5.

Extraído de «BGU», n.º 314, Ano XXVII, Agosto de 1951

Aspecto da assistência à celebração da Festa de Portugal (10 de Junho), levada a efeito na gruta de Camões, vendo-se ao centro a tribuna de honra presidida pelo Governador Capitão-tenente Albano Rodrigues de Oliveira (1) e o Dr. José Tertuliano Cabral a discursar. O outro orador foi Lei Chong Meng, director da Escola Secundária chinesa. No fim da sessão desfilaram numerosas delegações de escolas portuguesas e chinesas que depuseram flores na base do monumento.

(1) Nesse ano, em 23 de Novembro de 1951 tomava posse novo governador, Joaquim Marques Esparteiro https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/albano-rodrigues-de-oliveira/

Na noite de 7 de Maio de 1952, o Governador e sua Esposa homenagearam o brigadeiro Paulo Bénard Gudes e sua Esposa com um jantar de despedida, no Palácio da Praia Grande, ao qual assistiram altas individualidades civis e militares. (1) O Comandante Militar, coronel de infantaria, Paulo Benard Gudes (1892 – 1960) chegou a Macau a 15 de Novembro de 1950. Foi promovido ainda em Macau, a brigadeiro em 15 de Março de 1951. Foi depois promovido a General e governador-geral da Índia entre 1952 e 1958 (já em 1945 e 1946 ocupara o cargo de Governador –Geral interino). (2)

O governador Marques Esparteiro brindando pelas prosperidades do Brigadeiro Paulo Bénard Gudes e Esposa
O Brigadeiro Paulo Bénard Guedes agradecendo o brinde do Governador.

(1) Fotos extraídos de «Mosaico» IV-21/22 de Maio e Junho de 1952

(2) Anteriores referências: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/paulo-benard-guedes/

A TODOS, BOM ANO

Extraído de «BGC», XXVI-309 Março 1951.

Ainda a propósito da visita a Portugal de 29 representantes dos principais jornais ultramarinos que decorreu nos meses de Novembro e Dezembro de 1951 (ver postagem anterior), (1) recupero mais duas fotos dessa visita publicada no «BGU» (2).
Recordo que em representação de Macau foram quatro jornalistas: o redactor do «Notícias de Macau», Luís Gonzaga Gomes, o cónego Dr. Fernando Maciel do »Clarim» e dois jornalistas chineses.
Na Presidência do Conselho, com o Dr. António Oliveira Salazar e o Ministro do Ultramar
Manuel Maria Sarmento Rodrigues (3)

Na estação da Barragem Trigo de Morais

A barragem de Vale do Gaio ou barragem Trigo de Morais localiza-se no concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal, Portugal. Situa-se no rio Xarrama. A barragem foi projectada em 1936 e entrou em funcionamento em 1949
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/11/30/noticias-de-novembro-dezembro-de-1951-visita-dos-jornalistas-do-ultramar-a-portugal/
(2) «BGU» XXVII-319, Janeiro de 1952..
(3) Manuel Maria Sarmento Rodrigues (1899–1979), ministro do Ultramar de 2 de Agosto de 1950 a 7 de Julho de 1955, esteve em Macau em Junho de 1952.  Ver anteriores referências, nomeadamente  e esta visita em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/manuel-m-sarmento-rodrigues/

Realizou-se nos dias 6 e 7 de Outubro um intercâmbio desportivo entre os portugueses de Hong Kong e Macau, tendo sido disputados com grande animação e concorrência, os diversos desafios de hóquei em campo, ténis e bridge.
Macau saiu vencedora em ténis e hóquei em campo mas perdeu no bridge.
O Encarregado do Governo e esposa assistiram interessados ao desafio de hóquei em campo entre os grupos de Hong Kong e Macau, no campo do Tap Seac.
O grupo de honra do Hockey Club de Macau que derrotou o grupo visitante por 2 a 0
De pé (da esqª para dtº) Herculano da Rocha, , Augusto Jorge, César Capitulé, José Vítor do Rosário, Armando Basto, Humberto Rodrigues
1.ª fila: Luís da Cunha, Frederico Nolasco da Silva, Lourenço Ritchie, Fernando Marques Marques, Albertino Almeida
Os grupos de 2.ªs categorias do Clube de Recreio e Hockey Club de Macau
O vice-cônsul de Hong Kong, sr. Fernando Ribeiro, entregando a Taça Brazão ao Sr. António de Melo, capitão do Ténis Civil de Macau que derrotou o Club de Recreio de Hong Kong por 8 a 1.
Os numerosos convivas que participaram no jantar de confraternização
O representante do grupo de Hong Kong, Sr Jackie Noronha, agradecendo a hospitalidade de Macau.
Extraído de «Mosaico» III-15/16,1951

Hóckey (Oquei) Club de Macau – Direcção (Anuário de Macau 1951/52)
Presidente : António Emílio Rodrigues da Silva
Secretário: Engenheiro Humberto Rodrigues
Tesoureiro : Herculano Silvânio da Rocha
Vogais: Frederico Nolasco da Silva e Pedro Hyndman Lobo

Ténis Civil – Direcção (Anuário de Macau 1951/52)
Presidente – Dr Cassiano C. de Castro Fonseca
Secretário: Eduardo Batalha da Silva
Tesoureiro Armando Rodrigues da Silva.

Existiu uma Associação de Bridge de Macau, que teve como presidente foi Frederico Nolasco da Silva, mas não consegui determinar com exactidão a data da sua existência.

Em consequência das circunstâncias que nessa altura afligiam a China, numerosos mendigos e vadios procedentes das diversas partes da China vieram a Macau. Para os albergar (todos os indivíduos maiores de 16 anos, sem meios de subsistência, que não tenham modo de vida ou residência na província e se entreguem à prática de mendicidade ou à vadiagem nas vias e lugares públicos) foi criado um centro de apoio e abrigo de mendigos e vadios, a título experimental e provisório na Ilha da Taipa, onde lhes foram fornecidos agasalho, alimentação, assistência médica e possibilidades de trabalho (1)

Abrigo de mendigos e vadios na Vila da Taipa
Os três barracões do referido abrigo

A Portaria na.º 4:998 de 8 de Setembro de 1951 foi substituída em 20 de Fevereiro de 1954, pela Portaria n.º 5:529  (B. O. n.º 8) (2)
Este mesmo «Abrigo de Mendigos e Vadios» passa a ser, em 20 de Maio de 1961, o «Centro de Recuperação Social» sob a responsabilidade do Corpo de Policia de Segurança Pública de Macau (Boletim Oficial n.º 20) (3)
(1) Extraído de «Mosaico», III-14 de Outubro de 1951.
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2017/02/20/noticia-de-20-de-fevereiro-de-1954-abrigo-de-mendigos-e-vadios-ilha-da-taipa/
(3)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/centro-de-recuperacao-social-da-taipa/

A esposa do Sr. Governador cortando a fita

Extraído de BGC XXVI-304, OUTUBRO de 1950.

O Governador José Maria da Ponte e Horta, pela Portaria de 2-02-1867, proibiu a Roda dos expostos da Santa Casa de Misericórdia de Macau, (desde 1726 que a Santa Casa Misericórdia tinha um Recolhimento para orfãs e Viúvas) a partir de 8 do mesmo mês e ano, devendo no entanto a Santa Casa continuar a tratar dos enjeitados que tinha a seu cargo nessa data . No entanto a ordem não foi cumprida pois embora a Roda não existisse, as crianças continuaram a ser abandonadas (e recebidas) à porta da Santa Casa.
A Santa Casa confiou os Expostos (crianças abandonadas aos nascer) às Filhas de Caridade Canossianas estabelecidas em Macau em 1874) (1) que tomaram conta deles, a princípio no próprio edifício dos Expostos e, mais tarde, no Asilo da Santa Infância, em Santo António, fundada em 1885, pelo Bispo D. António Joaquim de Medeiros. (2)

Um grupo de crianças abandonadas e recolhidas no Asilo da Santa Infância em 1934

O novo Edifício da Santa Infância na Rua Francisco Xavier Pereira inaugurado em 1950, foi mandado construir pelas irmãs Canossianas. A Santa Infância em 1950, foi transferida para o rés do chão do novo edifício em Mong Há continuando no antigo edifício as crianças mais pequenas mas em 1959 sessenta crianças foram transferidas para a Casa Canossiana de S. Coração de Maria em Coloane.
Informações recolhidas de TEIXEIRA, Padre Manuel – A Educação em Macau, 1982
Anteriores referências a este Asilo em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/asilo-de-santa-infancia/
(1) Em fins de 1873 e inícios de 1874, chegou a Macau a irmandade canossiana cujo lema era “caridade na humildade e humildade na caridade”, passou a se fazer presente em Macau.
Mas antes já a irmã Madre Teresa Lucian chegara a Macau, tendo fixado residência no bairro chinês próximo à igreja de Santo Antônio e ali foi construindo a sua obra, abrindo uma escola chinesa para crianças pobres, perto da Fortaleza do Monte.
Em 1885 foi construído o Asilo da St.ḁ Infância, para crianças abandonadas, posteriormente demolido para dar lugar à Escola Canossa.
No Asilo da Santa Infância, anexo à igreja de Santo Antônio, as irmãs fizeram um belo trabalho e ganharam a confiança e o respeito dos chineses. Por volta de 1895, uma grande epidemia de peste bubônica atingiu Macau. A irmã Madre Teresa Lucian foi para esse front social em 1898, e ali viu serem abatidos aproximadamente 1200 chineses.
Para se ter uma ideia do volume de trabalho assistencial que faziam as irmãs, somente no período de 1885 a 1951, foram recebidas 65.000 crianças, ou seja, em cada um dos 66 anos de atuação receberam em média 985 crianças por ano. A partir de 1952 até 1972, o número de crianças hospitalizadas é de 16.725, e um número dramático de abandonados é de 1.123 crianças chinesas ou mestiças, em sua maioria meninas.
Anjos de Macau na primeira década do século XX
LIMA-HERNANDES, Maria Célia; SILVA, Roberval Teixeira e – Anjos de Macau na primeira década do século XX in fragmentum, N. 35, parte I. Laboratório Corpus: UFSM, Out./ Dez. 2012 15 p.
file:///C:/Users/ASUS/Downloads/7860-35024-1-PB.pdf
(2) O Padre António Joaquim Medeiros (1846-1897) veio para Macau em 1872 tendo ocupado os cargos de Reitor do Seminário, Vigário Geral e Visitador das Missões de Timor e em 1884, foi nomeado Bispo de Macau. Faleceu de morte natural durante a visita às Missões de Timor em 1897.

Anuário de Macau de 1951-1952 pp. 201-202

TSYK I-32, 12 de Maio de 1864

Muralha e escadas do Bom Jesus
George Chinnery c. 1836

O Mato de Bom Jesus também chamado Monte de Bom Jesus é apenas um pequeno outeiro que pertencia a Inácia Vicência Marques da Paiva, natural de Macau, filha de Domingos Marques (natural da Beira) e de Maria Francisca dos Anjos Ribeiro Guimarães (natural de Macau).
O nome de Bom Jesus vinha-lhe da Capela do Bom Jesus, que ali existia, e à qual se refere J. M. Braga (1)  ao identificar os edifícios que aparecem numa chapa holandesa do século XVIII:
«À esquerda desta residência (das 16 colunas, hoje Instituto Salesiano) está uma colina que parece se a velha Horta do Bom Jesus. Sabe-se que havia, nessa colina, uma capela em honra do Bom Jesus Cristo, (construído por volta de 1744 por Francisco Xavier Doutel, (2) que depois governaria Timor de 1745 a 1749), o último passo da «Procissão dos Passos», em Macau, até à sua destruição. O desenho que se vê nesta gravura não é uma capelinha, mas um grande edifício (segundo Padre Teixeira, seria a mansão da família Marques ou da família Ribeiro Guimarães). Fica-se a cogitar o que poderia ter sido. O actual convento das Carmelitas ou o Carmelo (construído em 1951, e também já destruído) foi erigido nesta colina apenas há poucos anos» (BRAGA, J. M. – Algumas achegas para a iconografia de Macau. Arquivos de Macau, Março de 1965, p. 190)
Inácia Vicência faleceu viúva a 2 de Novembro de 1822, rica, tendo deixado à Santa Casa um legado de $ 10 000, que na época era uma fortuna.

MAPA DA PENÍNSULA DE MACAU DE 1889 (pormenor)  assinalando a Horta de Bom Jesus

O Monte de Bom Jesus foi depois comprado pelo comissário inglês das Alfândegas Chinesas, que vivia ali perto, numa grande casa na Rua da Boa Vista, que fica em frente do antigo Hotel Bela Vista (hoje, consulado de Portugal), do lado poente. O bispo de Macau, José da Costa Nunes (3) planeava construir ali um colégio pelo que incumbiu o reitor do Seminário de S. José, Padre Francisco Bonito Bragança de adquirir o terreno para a Diocese de Macau. A compra concretizou-se no dia 6 de Setembro de 1923 tendo a Diocese entregue ao Comissário das Alfândegas $ 5 000 00 de sinal. D. José da Costa Nunes não conseguiu concretizar a construção do colégio nem o plano de um hospital no Mato de Bom Jesus, pois partiu para Goa em Dezembro de 1941 sem o ter feito.
As Carmelitas vieram para Macau em 1941, ficando alojadas num terreno em Mong Há e em 1949, o bispo D. João de Deus Ramalho (4) ofereceu-lhes o mato de Bom Jesus para aí levantarem o seu Carmelo.
Hoje ainda está referenciada na Toponímia de Macau, a Calçada do Bom Jesus, que começa na Travessa do Bom jesus, entre a Calçada da Paz e a Travessa do Seminário e termina entre o prédio n.º 1 da Rua da Praia Grande e o prédio n.º 30 da Praça Lobo de Ávila. A Travessa do Bom Jesus começa na Rua da Penha e termina na Calçada do Bom Jesus entre a Travessa do Colégio e a Calçada da Paz. (5)
(1) Ver referências anteriores em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jack-m-braga-jose-maria-braga/
(2) Ver referências anteriores em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/francisco-xavier-doutel/
(3) Ver referências anteriores em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/d-jose-da-costa-nunes/
(4)  Ver referências anteriores em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/d-joao-de-deus-ramalho-%E7%BD%97%E8%8B%A5%E6%9C%9B/
(5)TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, 1997,pp 124-131.