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Por ocasião do Duplo Centenário da Independência e da Restauração de Portugal foi o velho edifício do Leal Senado (1) completamente restaurado e inaugurado a 2 de Junho de 1940. Reaberta e benzida a capela dedicada a Santa Catarina de Sena que, noutros tempos, era destinada ao serviço divino, antes de cada sessão. (2) O restauro deveu-se ao Engº Valente de Carvalho. (3)

Padre Teixeira refere a propósito deste data (4): “Data em que foi benzida a Capela da sua Padroeira, N. Sra. da Conceição; está, ainda nessa Capela, a estátua de S. João Baptista, que também é padroeiro da Cidade.”

George Smirnoff – Vestíbulo do Leal Senado, aguarela, 1945

(1)  “1784 – Neste ano, constrói-se o Leal Senado, sendo o projecto da autoria do Pe. Fr. Patrício de S. José e custando a obra 80 000 taéis. Ljungstedt descreve este edifício:

“O edifício público, em que o governo tem as suas sessões, é designado pelo nome de Casa do Senado; tem dois andares; a base é de granito e o resto de cal e tijolo, bem como os pilares. Nestes apenas se vêem caracteres chineses, significando a solene cessão do lugar pelo Imperador da China, ou seja, ou seja a concessão de Macau aos portugueses. O entabelamento assenta sobre colunas e a cornija é ornamentada vasos de porcelana vidrada. Por cima das portas, as Armas de Portugal e no arco a legenda: “Cidade do Nome de Deus”, etc.

No Salão Nobre, há a capelinha de N. Sra. Da Conceição, onde os senadores ouviam missa antes das sessões. O tufão de 1874 danificou muito o edifício; na reconstrução que se fez em 1876 são de notar «não só os melhoramentos de materiais empregados, mas a simplicidade e o bom gosto da architectura moderna, que na fachada principal representa». No Duplo centenário da Independência e Restauração de Portugal foi restaurado todo o edifício e inaugurado a 2-6-1940”. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. I, 2015, p. 309).

(2) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.p.104

(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. III, 2015, p. 264, 

(4) TEIXEIRA; P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, pp.62-63

Veja-se: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/11/29/leitura-o-leal-senado-da-camara-de-macau/

Festejos de 28 de Maio de 1939. Parada Militar. Tribuna de honra localizada no Largo do Senado, à frente da futura estátua, inaugurada a 24 de Junho de 1940, de Vicente Nicolau de Mesquita (1818-1880), militar macaense que se notabilizou na Batalha do Passaleão, a 25 de Agosto de 1849, (1)

Festejos de 28 de Maio de 1939. Parada Militar. Secção de ciclistas da Polícia de Segurança Pública passando na Avenida Almeida Ribeiro (à frente do Teatro/Cinema Apollo) (2)

Fotos extraídos do “Anuário de Macau” de 1939, p.175.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/estatua-coronel-mesquita/

(2) Teatro Apollo (Peng On) -1935 – 1993 (58 anos) – O Teatro Apollo que ocupava uma estrutura de quatro pisos, estucada a verde, situada na Avenida Almeida Ribeiro, mesmo à frente do Edifício – Sede da Direcção dos Serviços de Correios foi inaugurado em 1935. Tinha uma capacidade de 1038 lugares e nele projectavam-se filmes americanos e chineses sobre a guerra sino-japonesa. Foi também palco de reputados espectáculos de ópera cantonense e era ali que decorriam as celebrações anuais a assinalar o nascimento da nova china. (https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/teatro-apollo/)

Extraído de «BGC», XIV-155, MAIO DE 1938, p. 177

Artur Tamagnini de Sousa Barbosa foi nomeado governador de Macau, pela 3.ª vez, a 19 de Dezembro de 1936 (B. O. n.º 51) tendo tomado posse a 11 de Abril de 1937 e ficou no cargo até à sua morte em 10 de Julho de 1940. A 5 de Outubro de 1940, foi nomeado novo Governador, capitão de fragata Gabriel Maurício Teixeira (B.O. n.º 40)

“ O ano de 1937 marca o início da devastadora guerra sino-japonesa. Macau exigia um governo prudente, que assegurasse a calma no território. A população portuguesa radicada em Xangai teve de refugiar-se em Macau, que teve que fazer um enorme esforço financeiro para enfrentar a despesa de hospedagem, alimentação, manutenção de roupas, pessoal auxiliar, subsídios … Lisboa colaborou com verbas e, para respostas mais musculadas, com o envio do Bartolomeu Dias e do Gonçalo Velho, com gente e meios de defesa/ataque. A polícia de Macau também foi apetrechada e posta em alerta. O vapor Mouzinho saiu de Moçambique para reforçar Macau, com tropas, oficiais e pessoal hospitalar, além de material de guerra.

Em 1937 três “destroyeres” japoneses e um cruzador desembarcaram tropas na Ilha da Montanha mas afastaram-se quando informados que se encontravam em águas portuguesas. O perigo continuou a rondar. Tamagnini foi sempre firme e e morreu ao serviço de Macau, no cargo de Governador, a 10 de Julho de 1840; pouco dias antes, abriu em Lisboa a Exposição do Mundo Português com uma sala da China e uma rua de Macau reproduzida cm enorme realismo” (1) (2)

(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia de História de Macau, Vol. III, 2015, pp.256-259)

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/exposicao-do-mundo-portugues-1940/

Anteriores referências a este governador em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/artur-tamagnini-barbosa/

Numa cerimónia realizada em Dezembro de 1977, no Restaurante Riviera, o escultor e construtor civil Oseo Leopoldo Goffredo Acconci, de nacionalidade italiana, radicado há longos anos em Macau, recebeu das mãos do Cônsul-Geral da Itália acreditado neste território, Michelangelo Pisani Massamormile, a «Croce de Cavaliere de Lavoro» (Cruz de Cavaleiro do Trabalho) que lhe foi concedida pelo Governo do seu país. Oseo Acconci que veio para Macau pouco antes de eclodir a Segunda Guerra Mundial, (mudou-se com a família de Hong Kong para Macau em 1940, seis meses antes de a Itália aderir à Segunda Guerra Mundial) realizou importantes trabalhos de construção civil, com destaque para edifícios de carácter religioso, esculturas e trabalhos de ornamentação, revelando.se um verdadeiro artista.

Cidadão de fino trato e de carácter bondoso, era por todos estimado, nomeadamente pelos seus operários a quem tratava como amigos. A cerimónia da entrega da condecoração contou com a presença do Governador de Macau, coronel Garcia Leandro, e esposa, as principais autoridades e outras pessoas, tendo o cônsul Massamormile enaltecido as qualidades do homenageado que, muito comovido, agradeceu a distinção conferida e a presença dos convidados. (1)

Algumas obras mais conhecidas em Macau deste escultor, arquitecto e empreiteiro italiano falecido em 1988 aos 83 anos: Escola Comercial, hoje Escola Portuguesa de Macau, desenhada por Chorão Ramalho; Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Ká Hó, projectada e construída por Oseo Acconci; Nossa Senhora de Fátima do Quartel de Mong-Há; as moradias da Coronel Mesquita e o painel da mulher seminua na fachada do Hotel Estoril.(2)

(1) Extraído de “Macau Boletim de Informação e Turismo”, XII, n.º 9-10 de 1977, p. 36

(2) Ver artigo “Fortuna ou a história da mulher futurista de Macau” no jornal Ponto Final” de 30.09.2015 https://pontofinalmacau.wordpress.com/2015/09/30/fortuna-ou-a-historia-da-mulher-futurista-de-macau/

Anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/oseo-acconci/

Notícia publicada no jornal «A voz de Macau» de 11 de Dezembro de 1939 e reproduzida no «Boletim Geral das Colónias» (1)

(1) «BGC», XVI-177, Março de 1940, pp. 61-63

No número dedicado às comemorações centenárias da Fundação e da Restauração Nacional na Metrópole e no Império 1140-1640-1940, o «Boletim Geral das Colónias» no seu número 187 do volume XVIII, refere às comemorações centenárias em Macau

Extraído de «BGC» XVII- 187, Janeiro de 1941, p. 287

Nesta data, era governador: Gabriel Maurício Teixeira (5-10-1940/23-06-1947), o bispo: D. José da Costa Nunes (1920-1941), o presidente do Leal Senado: Luciano Botelho da Costa Martins (3-1-1938/2-01-1941), o chefe de serviço da Repartição Central dos Serviços de Administração Civil: Luiz de Câmara Meneses Alves e o juiz de direito da Comarca de Macau: Dr. Evaristo Fernandes Mascarenhas.

Continuação da postagem anterior (1) sobre um suplemento de 80 páginas dedicado ao Império Colonial Português e às comemorações nas Províncias Ultramarinas dos Centenários da Fundação e da Restauração de Portugal, nomeadamente à parte referente a Macau. (2)

MACAU – Parte sul da península macaísta, p. 63.
Macau, sentinela lusitana às portas da China, p. 64
Portugal Ultramarino 1940- MACAU – Edifício do Liceu , p. 54
Portugal Ultramarino 1940 – MACAU-Condução de hortaliças para o mercado , p. 57

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/05/22/leitura-o-seculo-numero-comemorativo-dos-centenarios-i/

(2) Disponível em: http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/RaridadesBibliograficas/OSeculo_Imperio/OSeculo_Imperio_item1/index.html

O jornal “ O Século” publicou em Lisboa, em Junho de 1940, com o número comemorativo dos Centenários (1140-1640-1940), um suplemento de 80 páginas dedicado ao Império Colonial Português e às comemorações nas Províncias Ultramarinas dos Centenários da Fundação e da Restauração de Portugal (1)

Capa de “ O Século”, número comemorativo dos Centenários (1140-1640-1940)

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O Império Português na sua Máxima Expressão , pp. 2-3
Governadores coloniais: governador de Macau, p. 4 – Comandante Gabriel Maurício Teixeira
Macau é uma colónia em plena prosperidade, p. 60
Portugal Ultramarino 1940- MACAU – Rua de 5 de Outubro «, p. 53 –

(1) Disponível em: http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/RaridadesBibliograficas/OSeculo_Imperio/OSeculo_Imperio_item1/index.html

Livro de referência, em português, sobre arte chinesa, onde apresenta a colecção (parte dela) de José Vicente Jorge (1872 – 1948) (1), na altura considerada a colecção particular mais valiosa na arte chinesa.

25, 5 cm x 19 cm x 3,5 cm

Fornece a descrição cronológica da arte chinesa e das suas principais produções em cada dinastia
No seu prólogo intitulado “EXPLICANDO “ o autor explica os motivos que o levaram a redigir esta obra sobre a arte chinesa
Macau, Setembro de 1940
J. V. JORGE

Contracapa

Diz ainda o autor:
“A MINHA COLECÇÃO
Tem cêrca de 10 000 peças, representando os principais ramos da arte chinesa – cerâmica, bronze, jade, pintura, caligrafia, escultura, esmalte, laca, bordado e mobília.
A reprodução de todas as peças tornaria esta obra muito dispendiosa e êste livro demasiadamente volumoso.
As gravuras que seguem são das principais peças e dão uma boa ideia da colecção, que, como ficou dito, me levou cêrca de 50 anos a fazer.
Acho também de interesse reproduzir alguns aspectos, em conjunto, para se poder julgar do seu valor decorativo.
Macau, Setembro de 1940.”

(1) JORGE, J. V. – Notas sobre a Arte Chinesa. 1940, Tip. Mercantil de N. T. Fernandes & Filhos Ltda., Macau, 150 p + 111 folhas com 524 gravuras de peças antigas impressas em separado. O Instituto Cultural de Macau fez uma nova edição desta obra, em 1995.

NOTA: Recordo a postagem anterior de 30-11-2014 que mostra um quadro do pintor Fausto Sampaio retratando o vestíbulo da casa de José Vicente Jorge, com a sua colecção de arte chinesa.

“O quadro mostra o vestíbulo da casa de José Vicente Jorge, com a sua colecção de arte chinesa. “Macaense de destaque na Colónia e um dedicado cultor da arte chinesa. Serviu como encarregado de Negócios de Portugal em Pequim, quando da proclamação da República, em 1910 e mais tarde, em 1912, sendo chefe de Expediente Sínico em Macau foi a Cantão várias vezes, como agente diplomático, quando do tratado de expatriação com a China …(…) A colecção de preciosidades que possue é tida como a melhor do Extremo-Oriente e já mereceu a visita do director do Museu Britânico de Londres
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/11/30/leitura-fausto-sampaio-pintor-do-ultramar-portugues-vi/

Sobre este livro algumas considerações em:
TING, Caroline Pires 丁小雨; BUENO, André – Colecionismo Orientalista como Resultado de um Processo de Interação Cultural entre China, Macau e Portugal in pp. 221 a 232 de: https://entresseculos.files.wordpress.com/2018/01/anais_versc3a3o-3_2018.pdf
TING, Caroline Pires – Exposição do Mundo Português e Divulgação da Arte Chinesa in pp. 65- 69 de:
https://books.google.pt/books?id=klg6DwAAQBAJ&pg=PA65&lpg=PA65&dq=Notas+
s%C3%B4bre+arte+chinesa+#v=onepage&q=Notas%20s%C3%B4bre%20arte%20chinesa&f=false

No dia 30 de Março de 1786, (1) chega a Macau, vindo de Cantão, o Padre João Baptista Marchini, procurador da sagrada congregação da Propaganda, (2) que transferiu para Macau a Procuradoria, fundada em 16-08 1705 , em Kuang-Chau pelo Patriarca Tournon.

O Padre Marchini (1758-1823)  além de Procurador da Propaganda, foi procurador das Missões Estrangeiras de Paris (3) de 1813 a 1816. Esta sociedade foi suprimida por Napoleão I em 1809, e o seu procurador expulso de Roma em 1812. De 1785 a 1803 foi procurador das M. E. P. em Macau Claude François  Letondal; sucedeu-lhe Marchini e a este, o Padre Jean Jacques Louis Baroudel (1816-1830). Marchini faleceu em Macau em 22-IV-1823, sendo sepultado na Igreja do Seminário, onde se encontra a sua lápide com a seguinte inscrição :

«A João Baptista Marchini, Dertonense, Protonoraio Apostolico, Procurador da Congregação da Propagação da Fé insigne pela piedade, doutrina e sabedoria; benemérito da Religião Cristã. O seu companheiro Carlos Vidua Conzani, italiano, dedicou (esta lápide) a um italiano. Viveu 65 anos. Faleceu em Macau no ano de 1823» (4)

Foto de José Neves Catela, publicado em 1940 (5)

 (1) O Padre João Baptista Marchini, da Congregação de São João Baptista, Companheiro encarregado das missões da China, partiu de Lisboa em Abril de 1780, acompanhando o padre Francisco José da Torre, da mesma Congregação que foi nomeado Procurador dessas missões.

20-05-1780Carta de Roma do Cardeal Antonelli, Prefeito [da Sagrada Congregação de Propaganda Fide], para o Núncio Apostólico e Arcebispo de Petra, acusando a recepção da carta de 18 de Abril em que o informava do embarque do Padre Francisco José da Torre e do seu colega, Padre Marchini, para Macau. O autor recomenda a chamada dos ex-Jesuítas Espinha e Loureiro, residentes, respectivamente, em Pequim e Cantão, para que regressem a Portugal.” (Arquivo Secreto do Vaticano-Expansão Portuguesa, Tomo II – Oriente, 2011) http://www.lusosofia.net/textos/20121207-arqsecretovaticano_tomo_ii.pdf

Ensaio sobre o Padroado Portuguez. Dissertação Inaugural Para o Acto de Conclusões Magnas de J. Lopes Praça, Coimbra, 1869, p. 127 https://www.fd.unl.pt/Anexos/Investigacao/1484.pdf

(2) Com a “Bula Inscrutabili Divinae”, do dia 22 de junho de 1622, o Papa Gregório XV criava a Congregação, com o nome de “Propaganda Fide”. A tarefa primordial da Congregação é missionária, propagação da Fé pelo mundo inteiro, com a específica competência de coordenar todas as forças missionárias, de proporcionar directivas para as missões, de promover a formação do clero e das hierarquias locais, de incentivar a fundação de novos Institutos missionários e de prover às ajudas materiais para as actividades missionárias. A recém-criada Congregação se transformara, deste modo, o instrumento ordinário e exclusivo do Santo Padre e da Santa Sé, para o exercício da jurisdição sobre todas as missões e a cooperação missionária. Com o tempo foi-se acrescentando outros documentos pontifícios fundamentais como: “Romanum decet” (com a mesma data), “Cum inter multíplices” (14 de Dezembro de 1622), “Cum nuper” (13 de Junho de 1623), e por fim “Immortalis Dei” (1 de Agosto de 1627)

(3) A Sociedade para as Missões Estrangeiras de Paris (em francês, La Société des Missions Étrangères, outrora chamado de Séminaire des Missions Étrangères; em latim, Societas Parisiensis missionum ad exteras gentes), fundada em 1660 (outras fontes: 1658-1663), é uma sociedade de vida apostólica e de direito pontifício, católica romana, constituída por padres seculares e leigos dedicados à evangelização em terras estrangeiras. Logo, não é uma ordem religiosa. Seu acrónimo é M.E.P. Os dois fundadores da Sociedade, os padres franceses Pierre Lambert de La Motte (1624 – 1679) e François Pallu (陸方濟) (1626 – 1684), foram respectivamente nomeados vigários apostólicos da Cochinchina e do Tonkin pelo Papa Alexandre VII, em 1658. Estas nomeações entraram em directo confronto com o Padroado português, que naquela altura era o principal responsável pela evangelização da Ásia e do Extremo Oriente (excepto as Filipinas). https://en.wikipedia.org/wiki/Paris_Foreign_Missions_Society

(4) SILVA, Beatriz de – Cronologia da História de Macau, Vol. 2, 1997

(5) Sobre José Neves Catela, ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-neves-catela/ Foto extraído de TEIXEIRA, P. Manuel – Macau e a sua Diocese, 1940