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Pequeno opúsculo individualizado de 27 páginas (22 cm x 14 cm), muito possivelmente retirado de algum livro, (Actas do Congresso)  contendo a tese “A valorização do nôvo porto de Macau como base de maior ressurgimento da colónia” apresentada pelo contra-almirante Hugo C. de Lacerda (1) no 3.º Congresso Colonial Nacional, (2)  em 9 de Abril de 1930.

As conclusões (pp. 24-27) desta tese;

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hugo-lacerda-castelo-branco/

(2) “III Congresso Colonial Nacional” realizou-se de 8 a 15 de Maio de 1930 e foi promovido pela Sociedade de Geografia de Lisboa

Sociedade de Geografia de Lisboa (onde se realizou o III Congresso Colonial em 1930

Continuação da colecção de cinco postais (14,7 cm x 10,5 cm) intitulada “Reminiscências da Antiga Taipa / Reminiscence of Old Taipa”, emissão do Instituto Cultural do Governo da R. A. E. de Macau (década de 10-séc XXI). Legendado em chinês, português e inglês. (1) (2)

Zona de Pai Kok, o molhe e o Edifício das Repartições (conhecido como Yamen), década de 1930. A marginal é a actual Rua do Regedor

Verso do postal anterior
Zona de Pai Kok, o molhe e o Edifício das Repartições (conhecido como Yamen), década de 1930. A marginal é a actual Rua do Regedor
Verso do postal anterior

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/03/22/postais-reminiscencias-da-antiga-taipa-i-1921/   

(2)

Livro do Dr. J. António Filippe de Moraes Palha, (1) de 1929, “De Portugal a Macau Através da Historia”  (2) que segundo o autor é:
Ensaio de uma narração historica por factos concatenados e raciocinados na sucessão dos tempos e nas suas relações com os factos gerais, mais particularmente os que se referem à China

CAPA: 20,5 cm x 13,5 cm
LOMBADA (gasta): 1.5 cm

As primeiras páginas com o título “A Propósito” datado de 3 de Janeiro de 1930, refere o autor:
Não é um trabalho histórico, no sentido rigoroso da palavra, o que apresentamos aqui; apenas uma compilação de factos históricos correntes, sobre alguns dos quais se vem discreteando aqui e ali, nas cavaqueiras amenas, e, por vezes, em apaixonadas discussões, que se sucedem interminavelmente desde quando esses factos como tais surgiram. Outros há que, por sua natureza, são tão claros, evidentes e incontroversos que em si encerram um poder mágico de convicção imediata; não se prestam sequer a que possam ser alterados ou adulterados na sua essência e quando o fossem, apenas de tudo, provocariam pelo menos o silêncio de quem presenciasse a um tal propósito, para não contrariar por cortesia a quem a isso se dispusesse….
Índice dos temas:
Fundação de Portugal, continental e colonial – pp. 3 –32
Macau através dos tempos – pp. 33-111
A guerra de opio – pp- 111-120
A China e o ópio – pp. 120-123
A China abatida no seu secular prestígio que vem opondo – pp. 123-166
O Clima de Macau – pp. 166 – 172
Sanidade em Macau – pp 172 – 212
Situação económica de Macau – pp. 212-223
O documento – em fac-simile – apresentado pelo autor (pp.187-188) – um ofício do Cartório da Santa Casa de 20 de Janeiro de 1902 (assinado: Albino António Pedruco) de reconhecimento e manifestação do alto apreço que a meza da Santa Casa lhi tributa. Foi aprovada por unanimidade esta moção”.
Este documento foi apresentado face à insinuação e acusação infamante que então lhe foi assacada aproveitando-se da circunstância de o autor se encontrar em Timor em cumprimento da sua missão, e somente tendo conhecimento posterior quando estava em Portugal. Então promoveu à sua conta o apuramento da verdade (já que não encontrou o devido apoio oficial) tendo: “ levou o sumisso o autor ou os autores da acusação, como sucede sempre em casos tais com os da sua laia que só nas trevas se acoitam”
(1) PALHA, J. António Filippe de Moraes – De Portugal a Macau Através da Historia, 1929, Impresso naTyp: – Mercantil de N.T.Fernandes e Filhos. 223 p., 20,5 cm x 13,5 cm x 1.5 cm
NOTA: Este meu exemplar tem algumas folhas mal paginadas: pp. 151-154 “metidas” entre pp.146 -147 e depois da p.150 segue a p.159 em diante.
Ver a biografia do Dr. J. António Filippe de Moraes Palha em anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-a-f-de-moraes-palha/

Esferográfica de carga azul, como lembrança do Instituto de Estudos Europeus de Macau (14 cm de comprimento x 1 cm diâmetro) (1)

Institute of European Studies of Macau
澳門歐洲研究學會 (2)

(1) Instituto de Estudos Europeus de Macau
Calçada do Gaio, n°. 6, Macau
東望洋斜巷
Telefone: +853 2835 4326
Edifício classificado de interesse Arquitectónico cuja construção foi concluída em 1 de Abril de 1930. O edifício teve vários proprietários (proprietários (durante a Guerra do Pacífico serviu de residência ao coronel japonês Sawa, chefe da polícia secreta nipónica em Guangdong, – mandou matar o cônsul japonês em Macau, Yasumitsu Fukui em 2-2- 1945, na Calçada do Paiol) até ser vendido ao Governo em 1964. Serviu depois como serviços da Administração local nomeadamente Serviços de Administração Civil (onde a minha pessoa requereu o seu  1º passaporte em 1969 – data da 1.ª  saída de Macau)
Na década de 80 passou para os Serviços de Saúde, em 1986 serviu de dormitório feminino da Escola Técnica dos Serviços de Saúde e depois foi aí instalados os serviços técnicos da Saúde nomeadamente da autoridade de saúde. Em 1995, passou a ser a sede do Instituto de Estudos Europeus de Macau cdfnbhh7 cdfnbhh76un6j
http://www.culturalheritage.mo/contentfiles/attachment/201811/07/091441_4_Edif%C3%ADcio%20na%20Cal%C3%A7ada%20do%20Gaio%20no%206.pdf
NOTA: Em 1984, o edifício de cor verde à esquerda (na foto) pertencia ao 1.º sargento Augusto Coutinho, que o adquiriu em meados de 60 (século XX)  à família Nolasco da Silva. O 1.º sargento Augusto Pereira Coutinho em Dezembro de1975 sendo o militar ao serviço de Macau mais antígo nas fileiras do Comando Territorial Independente de Macau (C.T.I.M) foi escolhido para descerrar a placa comemorativa de mármore que ficou fixada no lado direito do portão de entrada do quartel General, como lembrança da cerimónia da extinção do C.T.I.M., no dia 31 de dezembro de 1975. Após a sua morte, o edifício foi vendido e demolido e posteriormente edificado um novo prédio de vários andares.
(2) 澳門歐洲研究學會 – mandarim pīnyīn: ào mén ōu zhōu yán jiū xué huì; cantonense jyutping: Ou3 Mun4 au1 zhau1 jin4 gau3 hok6 wui2

Conferência feita em 2 de Junho de 1930 pelo Sr. Comandante Jaime do Inso (1) na Sociedade de Geografia de Lisboa e publicada em separata no Boletim da mesma Sociedade. (2)
“Ao meu presado camarada e amigo, o capitão tenente Artur Vital da Cunha Freitas, (3) com um grande abraço.
Jaime do Inso, Lx. 4.12.931”
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jaime-do-inso/
(2) INSO, Jaime do – A China. Separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. Tipografia e Papelaria Carmona, Lisboa, 1931,37 p. , 23 cm x 15,5 cm.
(3) O capitão tenente Artur Vital da Cunha Freitas (1880-1951) foi condecorado com o Grau de Comendador da Ordem Militar de Avis (Decreto de concessão em 11 de Janeiro de 1921)

Uma foto de José Neves Catela (1), publicada no “Magazine BERTRAND”, de 1930 (2) intitulada:

Um templo chinês de Macau”, (3)

(1) Anteriores referências de José Neves Catela ( 1901-1951) em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-neves-catela/ 
(2) “Magazine BERTRAND”, IV – 41, 1930.
Director: João de Sousa Fonseca.
A revista que se intitulava “O melhor Magazine da língua portuguesa” com “Assuntos inteiramente inéditos e exclusivos e ainda “«Magazine Bertrand» não ilude com promessas mas satisfaz sempre com as suas realizações. É um «Magazine» português e feito para dignificar a língua portuguesa, respeitando-a”, tinha o preço de assinatura para “Índia, Macau e Timor” semestral: 35$00 e anual 68$00 e sendo registado $37$40 e 72$80 respectivamente.
(3) Templo de Kun Iam Tong – 觀音堂, um dos templos mais antigos, fundado no século XIII.
Ver anteriores referências em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/templo-de-kun-iamkun-iam-tong-%E8%A7%80%E9%9F%B3%E5%A0%82/

Artigo publicado em 1930 na revista “Magazine Bertrand” (1), (sem indicação do nome do autor) intitulado “MACAU MARAVILHA DO ORIENTE”
A acompanhar o texto, seis fotografias de Macau cedidas, segundo o Director, pelo “ilustre amador Constantino Alves de Almeida, premiado no concurso fotográfico de Macau”

“As magestosas ruinas de S. Paulo do Monte (Macau)”
“Baía da Praia Grande, em Macau”
“Pagode da Barra, o mais antigo templo chinês de Macau”
“Pedra de São Paulo do Monte, colocada na muralha da fortaleza do mesmo nome”
“O Farol da Guia, o mais antigo do extremo Oriente”
“Armas da cidade de Macau que se encontram no Salão Nobre do leal Senado da Câmara”

(1) “Magazine Bertrand” ano IV, n.º 46, outubro de 1930, pp. 36-39.

O Jornal de Macau publicava neste dia, 17 de Julho de 1930, um artigo que relembra os belos tempos do Jardim de S. Francisco:
“ O tempora! Ó mores! … em que ali  à noite se via o Governador da Província com sua família, a sociedade elegante, dando-se rendez-vous em quanto a Banda Policial ia tocando a gazza ladra de Rossini e outras melodias avoengas que se por si não despertavam atenção constituíam no entanto um motivo e dos mais belos para tornar aquele jardim num ponto de reunião de fina flor da sociedade.
– Ali se conversava, se discutia passeando até perto da meia-noite. porque algumas vezes os pingos anunciadores do aguaceiro obrigavam a uma fugida, não era raro ver instantaneamente organizava uma soirée no Grémio Militar./em>
O tempora! Ó mores! Em que o Jardim de S. Francisco era como um grande salão onde se combinavam salsifrés e piqueniques” (1)
O jardim de S. Francisco que foi murado, c. de 1860, constituindo um belíssimo campo de lazer, com três portões e uma porta pequena em frente do Convento de St. Clara, em 1927, foram desmantelados os muros, parte dos canteiros e o caramanchão, abrindo-se nele duas vias alternativas ao trânsito da rua principal, para facilitar o tráfego com o Porto Exterior. Ficou o quiosque. (2)

Quartel de S. Francisco ao fundo. Caminho interior do Jardim de S. Francisco c. 1890
O mesmo caminho interior do Jardim de Francisco, em direcção à Rua do Campo (contrária ao anterior postal). Hoje Rua de Santa Clara c. 1920.

Em 1890, no arco de entrada, na parte inferior do actual Jardim de S. Francisco havia um lago com crocodilos e uma jaula com macacos para as pessoas visitarem. Actualmente só resta o arco.

Por volta de 1930, existiam gaiolas para macacos no desvão das arcadas do jardim de S. Francisco, sendo que no interior de uma delas ainda pode encontrar sinais de ali ter existido uma casa de banho! A este propósito note-se também a reduzida escala dos canteiros da parte inferior desse jardim “ (3)
(1) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol. I, 1999, pp. 207-208.
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4,1997.
(3) in MACAU, encontros de divulgação e debate  em estudos sociais, p. 202.

No dia 23 de Maio de 1930, seguiu o pessoal da aviação marítima da vila da Taipa para Tim-pin, próximo da vila de Ngai- Hau, a 60 milhas de Macau, onde caiu o avião Potez Colonial n.º 1480, em que viajava o aviador francês Terrassier e seu mecânico Felin. Os outros dois aviadores, Mathis e Durand conseguiram chegar a Cantão, vindos todos de Hanói. (GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954)
Os aviões “Potez” (com as várias variantes) foi fundada pela Sociedade francesa “Aéroplanes Henry Potez” de Henry Potez em 1919 e eram muito utilizados na aviação militar francesa entre as duas grandes guerras nomeadamente nas colónias francesas, neste caso estacionados na Indochina desde 1928. Também utilizados para o transporte de correio aero-postal.
O mais utilizado terá sido o “Potez 25” monomotor avião de observação e de bombardeamento construídos desde 1924.
https://fr.wikipedia.org/wiki/Potez_25
https://en.wikipedia.org/wiki/Potez
https://www.youtube.com/watch?v=EHNDZTUcogY

Extraído do «BGC»  XXIII – 260, 1947
Funeral do Governador Artur Tamagnini Barbosa em Macau – 1940 

Artur Tamagnini Barbosa filho primogénito de Artur Tamagnini de Abreu da Mota Barbosa (1) e de Fátima Carolina Correia de Sousa. Nasceu em Lisboa em 31-08-1881 e veio para Macau ainda bebé chegando no transporte África a 22-01-1882. Cursou o Seminário de S. José e o Liceu de Macau até à idade de 19 anos, em que regressou a Portugal com a família em 1900.
Governador de Macau por três vezes: de 1-07-1918 a 12-04-1919; 19-06-1926 a 19-11-1930 sendo exonerado a 2-1-1931;  e nomeado em 25-11-1936 para novo mandato que se iniciou a 11-04-1937  até sua morte. (TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, volume II, 1997)

O governador faleceu pelas 7h30 do dia 10 de Julho de 1940,  no Palácio de Santa Sancha. O cadáver foi depositado no Salão Nobre do Leal Senado da Câmara de Macau até o dia de funeral que se realizou pelas 11 horas do dia 11 de Julho, sendo o féretro conduzido até à Sé Catedral onde ficou depositado até seguir para Portugal. Mas devido à Guerra do Pacífico somente foi transladado para Portugal em 7 de Dezembro de 1946, a bordo do paquete “Quanza” (2)
NOTA: Meu pai que chegou a Macau em 1936 como soldado de artilharia referia muitas vezes que fez parte das sentinelas (nos primeiros dias na Sé Catedral) que revezavam o corpo do Governadornuma das alas/corredor da Sé Catedral onde o corpo estavaassim como esteve integrado na guarda de honra no dia 7 de Dezembro que acompanhou o féretro da Sé Catedral até ao cais, onde os restos mortais foram transportados para o paquete “Quanza
Ver anteriores referências a este Governador em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/artur-tamagnini-barbosa/
(1)  Artur Tamagnini de Abreu da Mota Barbosa (1852 – ?) esteve pela 1.ª vez em  Macau de 1877 a  1880 como 2.º oficial da administração de fazenda militar e depois contador interino da junta de fazenda de Macau e Timor e pela 2.ª vez em Macau e Timor de 1882 a 1897  como quartel mestre do 1.º Batalhão do Regimento da Infantaria. Pertenceu à Comissão de Contas da primeira Direcção do Grémio Militar eleita a 1 de Janeiro de 1880  e foi  eleito vogal efectivo da Direcção a 3 de Janeiro de 1888.
(2) Paquete «Quanza» (1928 – 1968)
Navio de passageiros da Companhia Nacional de Navegação. Deslocava 11 550 toneladas (em plena carga) e media 133,53 metros de comprimento por 16,05 metros de boca. Movia-se graças à força de 2 máquinas, de 4 000 cv, que lhe permitiam navegar à velocidade de 13 milhas/hora. A sua tripulação era constituída por 162 membros. Podia receber a bordo 518 passageiros, distribuídos por várias classes.
http://alernavios.blogspot.pt/2010/11/quanza.html