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Extraído de «A Aurora Macaense», Vol 1, n.º 1 de 14 de Janeiro de 1843, p. 2

A 9 de Setembro de 1847, foi arvorada pela primeira vez nessa ilha (Taipa) a bandeira portuguesa e essa data figura ainda na fortaleza, sob o escudo português encimando pela coroa da monarquia. (1) (2)

NOTAS: “03-10-1843 – Início do Governo de José Gregório Pegado, (3) durante o qual se iniciou a ocupação da ilha da Taipa, depois de uma memorável visita de cortesia ao vice-rei Ki-Yin, alto comissário de Cantão que prometeu «fechar os olhos» ao nosso estabelecimento na mencionada ilha. Na Taipa Pequena mandou depois Ferreira do Amaral fazer um pequeno forte (terminado em Setembro de 1847). Em 20 de Agosto de 1851, o Governador Francisco António Gonçalves Cardoso procedeu à ocupação da Taipa Grande. Só mais tarde as duas Taipas (outrora três) se uniram geograficamente. Pegado faleceu em Adem no seu regresso a Portugal de 1846, tendo embarcado em Macau, em 28 de Maio desse ano.” (2)

“1847 – O Governador Ferreira do Amaral, na sequência de conversações diplomáticas encetadas com a China pelo seu antecessor resolve ocupar a Ilha da Taipa. De resto são mesmo os comerciantes que ali habitam que pedem protecção portuguesa contra os frequentes ataques de piratas que não só atacam do mar como se açoitam em grutas do litoral, de onde organizam investidas e roubos à população. O tenente Pedro José da Silva Loureiro constrói, no actual espaço da esquadra das Forças de Segurança, uma fortaleza, tendo em vista maior eficiência da defesa. Ali se ergue pela primeira vez a bandeira portuguesa, em Setembro deste ano. Pedro Loureiro (1792-1855) natural de S. Miguel (Açores), Oficial da Marinha de Goa foi também proprietário do brigue Genoneva e Capitão do Porto de Macau.” (2)

 (1) TEIXEIRA, Padre Manuel – Taipa e Coloane, p. 5

2) (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II, 2015, pp. 99,109 e 113.

(3) “03-10-1843 – Toma posse do governo d´esta cidade o chefe de divisão da armada José Gregório Pegado.” (PEREIRA, A. Marques –  Ephemerides Commemorativas…1868)

«O Macaista Imparcial e Registo Mercantil» n.º 138 (Vol 2.º. n.º 33) de 14 de Fevereiro de 1838, p. 135

O Macaista Imparcial e Registo Mercantil» n.º 138 (Vol 2.º. n.º 33) de 14 de Fevereiro de 1838, p. 13
Retrato de Peter Parker feito por Lam Qua (1)
Dr. Peter Parker, fotografia de Mathew Brady (entre 1860 e 1865) https://archive.org/details/b21452064/mode/2up

Peter Parker (1804 – 1888) médico americano e missionário, introdutor das técnicas médicas ocidentais na China (dinastia Qing) nomeadamente a anestesia da medicina ocidental. Em Fevereiro de 1834, Parker viajou para Cantão para assumir a sua missão missionária na China sendo o 1.º a tempo inteiro nesta função. Em 1835, a “Sociedade Missionária Médica da China” (2) com o Dr.Parker inaugurou um Hospital de Oftalmologia de Cantão (futuro Hospital Guangzhou/Cantão), onde tratava as doenças dos olhos (incluindo cataratas) e também as doenças cancerígenas (tumores). Dr. Parker trabalhou no Hospital de Oftalmologia de Macau durante uns meses, de 5 de Julho a 1 de Outubro de 1838. (3) O Hospital de Cantão, em 1840, devido às hostilidades entre Inglaterra e China, foi fechada, e Parker regressou aos Estados Unidos (2) Nos E. U. A. casou com Harriet Colby Webster. Voltou à China com a mulher em 1842, e reabriu o Hospital. Foi presidente da “Sociedade Missionária Médica da China” sucedendo ao seu mentor Thomas Richardson Colledge. (https://en.wikipedia.org/wiki/Medical_Missionary_Society_of_China)

Anteriores referências ao Dr. Peter Parker em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/peter-parker/

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/02/22/leitura-pintores-chineses-lamqua/ https://en.wikipedia.org/wiki/Peter_Parker_(physician)

(2) Report of the Medical Missionary Society, containing an abstract of its history and prospects; and the Report of the Hospital at Macao, for 1841-2; together with Dr. Parker’s statement of his proceedings in England and the United States in behalf of the Society . Publisher Macao : Press of S. Wells Williams, 1843

p. 13
p. 14
p. 15

(3) The first report of the Medical Missionary Society’s hospital at Macao :

Author/first author: Parker, Peter; Medical Missionary Society in China; Harvey Cushing/John Hay Whitney Medical Library. Publisher: Printed at the office of the Chinese repository
p.3

Na edição de 28 de Setembro de 1843, do jornal “Friend of China”, noticiava a compra do Hotel Albion (1) no dia 1 de Setembro de 1843 pelo Capitão A. H. Fryer. Mais informava que a loja do Sr John Smith (2) e a sala de leilões mantinham-se no hotel. O capitão de navios A.H. Fryer que tinha residência em Macau, além de ser dono do Hotel, era sócio, em 1846, da firma “Bowra, Humphreys & Co” Em 1848 o capitão Fryer iniciou sozinho a sua firma “A.H. Fryer & Co” (3)

Extraído de «BGPMTS», VI-20 de 5 de Abril de 1851, p. 56

Anteriores referências

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/hotel-albion/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/john-smith/

Exemplares de ANÚNCIOS /AVISOS de JNO: SMITH publicados em 1851-1852

Extraído de «BGPMTS» , VII. 5 de 31 de Janeiro de 1852, p. 20

Outro aviso, acerca do falecimento (será o mesmo John Smith?) de 1854          

Extraído do «BGPMTS», IX-4 de 1 de Julho de 1854, p. 131

Extraído de «A Aurora Macaense», I-12 de 1 de Abril de 1843, p. 55

A notícia saiu na “A Revolução de Setembro “ (1) no dia 15 (e não a 16) de Novembro de 1842. Este jornal citando “O Pregoeiro de Bombaim” (2) de 16 de Julho (pressupõe-se de 1842) (notícia no entanto originária do periódico “O Farol Macaense” de 1 de Julho) (3) refere que “o governador major Adrião Accacio da Silveira Pinto (4) convocara o Senado “fazendo um discurso insultante ao governo da Mãi Patria”, resignou a autoridade, e publicou à tropa esta sua deliberação”

Extraído de “A Revolução de Setembro”, n.º 589 de 15 de Novembro de 1842, p. 3

Tomou posse a 23 de Fevereiro de 1837, na Fortaleza do Monte e governou até Outubro de 1843, (1) tenho-lhe sucedido, Joze Gregório Pegado que tomou posse a 3 de Outubro de 1843.

Extraído de «O Macaista Imparcial», I- 72 de 13 de Fevereiro de 1837, p. 288

“Teve pela frente o Senado (o governador equiparou a mera câmara municipal o “Leal Senado”) e o Ouvidor unidos e, por influência externa (Ingleses), e sentiu em Macau as implicações da I Guerra do Ópio (1840-1842) ” (4) (5)

(1) O jornal “A Revolução de Setembro” ,editor responsável: J.F.S.Castro foi publicada em Lisboa de 1840 a 1901, na tipografia de J. B. da A. Gouveia.

(2) “O Pregoeiro da Liberdade”, jornal publicado em Bombaim desde 1840 até 21 de Agosto de 1844. (Annaes Marítimos e Coloniaes, 1845, p.222)

(3) Mas “O Farol Macaense”, jornal macaense, teve inicio a sua publicação em 23 de Julho de 1841, e terminou a 14 de Janeiro de 1842. O editor e redactor era Félix Feliciano da Cruz e também era proprietário da Tipografia Arménia onde era impressa o jornal. O mesmo editou na sua tipografia, um novo jornal, o semanário “ A Aurora Macaense “ que circulou de 14-01-1843 a Maio de 1844. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/felix-feliciano-da-cruz/

(4) Adrião Acácio da Silveira Pinto nomeado Governador e Capitão Geral de Macau em 4 de Março de 1836, só chegou a Macau em 14 de Fevereiro de 1837. Desembarcou na Praia Grande (com a esposa e família) tendo vindo no navio “Resolução” que saiu de Lisboa em 18 de Junho de 1836, passando por Baía (Brasil) onde esteve dois meses e por Timor onde esteve quase duas semanas.

Extraído de «O Macaista Imparcial», I- 72 de 13 de Fevereiro de 1837, p. 288

Após o seu mandato, em 2 de Outubro de 1843 Adrião Acácio da Silveira Pinto, foi nomeado pelo Governador José Gregório Pegado, em sessão do Senado de 10 de Outubro de 1843, para tratar com os comissários chineses, no sentido de se melhorarem as condições da existência política deste estabelecimento. Seguiu para Cantão no brigue de guerra «Tejo», do comando do capitão-Tenente Domingos Fortunato de Vale. Agregaram-se a esta missão, o Procurador da Cidade João Damasceno Coelho dos Santos e o intérprete interino José Martinho Marques. (6) Em 23 de Março de 1868, foi nomeado embaixador de Portugal para tratar com os plenipotenciários chineses sobre o estabelecimento de Macau. Faleceu em Lisboa, no dia 10-10-1868, no posto de Marechal de Campo. (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume II,2015, pp.79, 93, 94 e 99)

Ver anteriores postagens em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/adriao-a-silveira-pinto/

(5) Em 26 de Janeiro de 1841, os ingleses ocuparam a Ilha de Hong Kong  e a 29 de Janeiro, C. Elliot proclamou os direitos de S.M. Britânica sobre Hong Kong. Em 1842 com o nascimento de Hong Kong e a abertura dos cinco portos chineses nos termos do Tratado de Namquim (29 de Agosto) Macau entrou numa gradual e acelerada decadência (4)

(6)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/11/04/noticia-de-4-de-novembro-de-1843-conferencia-luso-chinesa-em-cantao/

Extraído de «A Aurora Macaense», I – 19 de 20 de Maio de 1843, p. 85
Extraído de «O Procurador dos Macaístas», n.º 4, de 27 de Março de 1844

O Governador era José Gregório Pegado, que iniciou em 6 de Outubro de 1843 até 21 Abril de 1846 (posse de João Maria Ferreira do Amaral) tendo embarcado a 28 de Maio de 1846 e falecendo em Áden, no seu regresso a Portugal nesse ano.

NOTA: a 6 de Março de 1844, foi iniciada a publicação do seminário literário e político “ «O Procurador dos Macaístas», fundado por Manuel Maria Dias Pegado. O jornal seguiu até 2 de Setembro de 1845.

Extraído de «TSYK», III Ano, n.º 84 de 8 de Fevereiro de 1866, p. 84

João Damasceno Coelho dos Santos, natural de Macau (S. Lourenço 11.05.1800; Sé 2.02.1866), filho de Faustino Coelho dos Santos e de Maria Josefa da Costa Lage , bacharel em Direito (U. C.). Terá sido nomeado em 1826, juiz de fora de Algoso (ex-freguesia portuguesa do concelho do Vimioso – Portugal) ( (1)

Em Macau, foi membro do Senado de Macau (desde 1841) (2 ) e depois Procurador da Cidade, entre 1843 e 1844. Foi delegado do Procurador da Coroa e Fazenda em Macau (1846-1866). (3) Foi um dos fundadores e o 1.º Presidente da direcção do Teatro D. Pedro V. Casou com Eudóxia António Joana Rangel (filha de Floriano António Rangel -1778-1843-  e de Ana Maria Antónia de Jesus Correia de Carvalho), Tiveram 7 filhos (4)

(1) Extraído de «Gazeta de Lisboa», n.º 35 de 10 de Fevereiro de 1826, p. 138

(2) Extraído de «The Chinese Repository», Volume 10, From Jan to Dec, 1841, p. 57

(3) Extraído de MAIA, José António (cirurgião pela Escola Mécio-Cirúrgica de Lisboa) – Memória sobre a franquia do porto de Macao, 1849, p. 85

(4) FORJAZ Jorge – Famílias Macaenses I e II Volumes, 1996

Extraído de «Aurora Macaense», Vol. I, n.º32 de 19 de Agosto de 1843

Extraído de «Gazeta de Macao», I-31, 22 de Agosto de 1839
«O Macaísta Imparcial», de 16-06-1836

«O Macaista Imparcial» publicou-se de 09-06-1836 (preço: 50 avos) a 04-07-1838. (n.º 158)

Último número de «O Macaísta Imparcial e Registo Mercantil» II-158 de 04-07-1838

Bi-semanal até 05-05-1837 e em 05-07-1837 (n.º 106) acrescentou o subtítulo «Registo Mercantil», depois passou a hebdomadário. (1)

«O Macaísta Imparcial e Registo Mercantil» I-106 de 05-07-1837

Foi seu fundador e redactor, Félix Feliciano da Cruz. (2) Impresso na Tipografia Feliciana, do próprio fundador.  Colaborou neste jornal, José Baptista de Miranda e Lima, (4) nomeadamente com apontamentos da história de Macau na secção ”Antiguidades de Macao”. Impunha-se ser imparcial embora de feição conservadora, mas em Agosto de 1936, entrou em oposição ao jornal «Cronica de Macao» (quinzenário de 12-10-1834 a 18-11-1836) e terminou a publicação por ordem censória do governador Adrião Acácio da Silveira Pinto.

1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/o-macaista-imparcial/

(2) Félix Feliciano da Cruz nasceu na Sé, cerca de 1810 e faleceu em Hong Kong a 1 de Março de 1879. Foi Irmão da Santa Casa de Misericórdia, eleito a 29-10-1837. Publicou a «Pauta Geral da Alfândega da Cidade de Macau», em 1844. (3) Trabalhou entre Cantão e Hong Kong tendo editado o «Anglo- Chinese Kalendar and Register», em 1832 e colaborado, em Cantão, no lançamento do «Canton Press” (1835 publicado em Cantão e depois, em 1844, publicado em Macau). Depois em Macau, foi proprietário da Tipografia Feliciana e Tipografia Armenia, e fundador, em Macau, de três jornais portugueses entre 1936 e 1844: «O Macaista Imparcial» de 09-06-1836 a 04-07-1838 (Tipografia Feliciana) «O Farol Macaense» de 23-07-1841 a 14-01-1842 (Tipografia Armenia) «Aurora Macaense» 14-01-1843 A 03-02-1844, semanário (Tipografia Armenia). F. F. da Cruz foi o editor do “Canton Commercial List” com os seus filhos e “compositores tipográficos” macaenses entre 1848 e 1856. https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/felix-feliciano-da-cruz/

(3) FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Vol. I, 1996, p. 965.

(4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-baptista-de-miranda-e-lima/