Continuação da leitura da conferência realizada na Sociedade de Geografia de Lisboa, em 5 de Junho de 1946, pelo tenente-coronel de engenharia Sanches da Gama e publicada no Boletim Geral das Colónias de 1946. (1) (2)
………………………………………………………………………………..continua
(1) Ver anterior postagem em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2018/06/05/noticia-de-5-de-junho-de-1946-leitura-macau-e-o-seu-porto-i/
(2) «BGC» XXII -253, 1946.
Navio a vapor “Dard de Feu” em Macau
Gravura em madeira, cerca 1880 de 12 cm x 7 cm com a seguinte legenda:
“Ala vue de noire vapeur de ” Dard de Feu”, une population entiere sort des ecouilles (Macao)” (1)
Beatriz Basto da Silva (2) dá a informação do 1.º barco a vapor a entrar em Macau no dia 29 de Abril de 1829, segundo o Diário do P.e Leite e outra indicação para o dia 19 de Abril de 1830 para a chegada às águas da China de «Sir Charles Forbes», (3), o primeiro barco a vapor que apareceu no Extremo Oriente. (4)
Padre Videira Pires (5) indica 26 de Abril 1830, a inauguração em Macau da navegação a vapor.
A firma “Jardine, Matheson & Co“, de Hong Kong, a primeira empresa na China, a ter navios a vapor, construiu em 1835 um pequeno navio para ser usado para transporte de correio e passageiros entre a Ilha de Lantau, Macau e Whampoa. (6)
(1) http://www.philographikon.com/printschina.html
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 3, 1995.
(3) Sir Charles Forbes (1773-1849), 1.º Barão de Newe (1823), político escocês, mercador em Bombaim, era proprietário da ” Forbes & Co”, que tinha uma frota de navios mercantes. Muito dos seus navios foram contratados para levar além de emigrantes, os condenados/presos na Grã Bretanha que eram exilados para Austrália, de 1825 a 1842. (7)
O barco «Charles Forbes» (depois «Sir Charles Forbes«) foi construído em 1824 (Aberdeen) e tinha 363 toneladas. Desmanchada em 1849 (Londres).
Em 1830, o navio «Sir Charles Forbes» levou prisioneiros para Australia com partida a 1 de Abril de 1830 e chegada a 27 de Julho (160 passageiros) (8)
http://www.venitap.com/Genealogy/WebCards/ps21/ps21_245.htm
(4) Em 1830 ainda estava no início a utilização dos barcos a vapor (os chamados barcos a vapor transatlânticos) para o comércio.
Segundo A. D. Blue, a primeira referência a um barco a vapor (com pouca potência) nas águas da China, no rio Cantão, é de 1819.
BLUE, A. D. – Early Steamships in China in Journal of the Hong Kong Branch of the Royal Asiatic Society, Vol. 13 (1973), pp. 45-57.
https://www.jstor.org/stable/23881534?seq=1#page_scan_tab_contents
(5) VIDEIRA PIRES, Padre Benjamim – A Viagem de Comércio Macau-Manila nos Séculos XVI a XIX, 1971. p. 102.
(6) “The first merchant steamer in China, the Jardine, was built to order for the firm of Jardine, Matheson & Co. in 1835. She was a small vessel intended for use as a mail and passenger carrier between Lintin Island, Macao, and Whampoa“
https://en.wikipedia.org/wiki/Steamboats_on_the_Yangtze_River
(7) De 1825 a 1842, 442 navios foram contratados para transportes para o exílio dos condenados na Grâ Bretanha para Austrália.
http://www.aberdeenships.com/single.asp?offset=2310&index=99961
(8) http://www.convictrecords.com.au/ships/sir-charles-forbes/1830
No dia 28 de Agosto de 1855, um violento temporal de nordeste causou vários estragos na cidade e a morte do marinheiro Francisco dos Santos, por alcunha o Caparica, da corveta D. João I (1) que caiu ao mar, na ocasião em que, com mais alguns, tentava desembaraçar a corveta de uma embarcação chinesa, que estava encostada à proa. (2)
A corveta “D. João I” foi a última corveta de vela da Marinha Portuguesa. A carranca da proa era um busto de deus Marte, barbudo, de capacete romano emplumado, cota de combate.
CORVETA «D. JOÃO I»
Fotografia tirada em Luanda em 1874 pertencente à Biblioteca da Marinha
Características da corveta “D. João I”
Comprimento fora a fora – 45.54 m, boca – 10.56 m, pontal – 6.27 m, calado a vante – 6027 m; tonelagem – 516 toneladas;
Em 31 de Dezembro de 1855, achava-se armada com a artilharia seguinte:
2 peças de bronze de calibre 18, 1 peça de bronze de calibre 3, 16 caronadas de ferro de calibre 32;
O armamento portátil era constituído por: 60 espingardas de fuzil, 20 pistolas de fuzil, 4 bacamartes de canos de bronze, 45 espadas e respectivos cinturões, 60 baionetas e respectivos cinturões, 20 chuços, 90 cartucheiras de cinto;
Lotação em 1842 – 161 homens. (3)
(1) A corveta “D. João I” foi construída em Damão, em teca, por Jadó Simogi, (4) pelo risco da corveta “Infante D. Miguel”, (5) aproveitando os materiais do desmancho desta corveta que estava podre, aproveitando-se forro, cobre e outros metais. Foi lançada ao mar em 9 de Outubro de 1828. Tinha boas qualidades náuticas.
Alguns dados quanto às comissões/missões desta corveta, relacionados com Macau, recolhidos do Arquivo Histórico da Marinha: (3)
O navio entrou em Goa a 28 de Novembro de 1828.
Em 1830, largou de Goa para Lisboa, conduzindo o ex-Governador de Macau. (6)
Em 1850, largou do Rio de Janeiro para Macau, conduzindo o novo Governador Capitão-de-mar-e-guerra Pedro Alexandrino da Cunha. (7) Em Janeiro de 1851, a “D. João I” largou de Macau para Hong-Kong, conduzindo o novo Governador, Capitão-de-mar-e-guerra Francisco António Gonçalves Cardoso. (8)
Em 1854, conduzindo o Governador da província (9) e o ministro plenipotenciário francês, largou de Macau para Ning-Pó, fazendo escala por Hong Kong e Amoy.
Em Julho de 1854 a corveta travou combate com os piratas chineses com completo êxito. (10)
Em 1860, o navio preparou-se para desempenhar uma missão importante – conduzir a seu bordo o Capitão-de-mar-e-guerra Isidoro Francisco Guimarães, Governador de Macau, ao Japão, a negociar um tratado de paz, amizade e comércio com os japoneses. (11)
Em 1861, largou em segunda viagem ao Japão, com escala por Xangai, para se proceder ali à ractificação do tratado do comércio luso-japonês. Devido ao mau tempo não chegou ao seu destino.
Em 1869, largou de Lisboa a fim de reforçar a Estação Naval de Macau, durante a travessia o navio sofreu uma violenta tempestade que apenas o seu Comandante Tomás Andreia evitou o pior.
(2) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954
(3) https://arquivohistorico.marinha.pt/details?id=2375
(4) “Dom Fernando II e Glória” foi uma fragata à vela da Marinha Portuguesa, que navegou entre 1845 e 1878. e o último navio de guerra inteiramente à vela da Marinha Portuguesa. Foi construída em Damão, na Índia Portuguesa, sob a supervisão do engenheiro construtor naval Gil José da Conceição, por uma equipa de operários indianos e portugueses, liderados pelo mouro Yadó Semogi. Na sua construção foi usada madeira de teca de Nagar-Aveli. Depois do lançamento ao mar, em 22 de Outubro de 1843, o navio foi rebocado para Goa onde foi aparelhado. Em 1963, um violento incêndio destruiu uma grande parte do navio, ficando abandonado no Tejo.
Entre 1992 e 1997 a fragata foi recuperada pela Marinha Portuguesa, recorrendo ao Arsenal do Alfeite e aos estaleiros Rio-Marine de Aveiro. O navio esteve exposto na Expo 98. Atualmente é um navio museu, na dependência do Museu da Marinha e classificada como Unidade Auxiliar da Marinha (UAM 203).
pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Fernando_II_e_Glória_(fragata)
(5) A corveta “Infante D. Miguel” foi construída no Arsenal da Marinha de Lisboa. Estava no Estaleiro desde 1819 onde aparece como fragatinha “Liberdade”. Foi lançada à água em 1822. Passou a chamar-se “Infante D. Miguel” desde Junho de 1823. Em Março de 1827, entrou em Damão para receber fabricos. O auto de vistoria de Maio de 1827 mandou abater o navio. Em Dezembro de 1827, chegou ordem para começar a desmanchar a corveta e tirar-lhe o risco. (3)
(6) Terá sido João Cabral d´Estefique que embora lhe esteja atribuída o governo de Macau de 7-07-1829 a 1833 (Beatriz Basto da Silva) , o padre Manuel Teixeira indica o fim em 1830.
(7) Pedro Alexandrino da Cunha – governo de 30-05-1850 a 06-07-1850 – falecido de cólera. Ver anterior referência a este governador em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/pedro-alexandrino-da-cunha/
(8) Erro nesta informação: o governador capitão de Mar-e-Guerra Francisco António Gonçalves Cardoso que foi nomeado em 1850, veio de Hong Kong (onde esteve hospedado em casa de Eduardo Pereira) para Macau no dia 26 de Janeiro de 1851. A posse do governo foi a 3 de Fevereiro de 1851 (governador de 3-02-1851 a 19-11-1851). Regressou à Portugal no vapor da mala com partida de Hong Kong sendo transportado pela mesma corveta D- João I no dia 24 -11-1851 de Macau para Hong Kong.
(9) Capitão-tenente da Armada Isidoro Francisco Guimarães (depois Visconde da Praia Grande)
(10) Terá sido em Junho já que o relato dos conflitos havidos entre essa corveta e seis embarcações chinesa no rio Ningpo, feito pelo Comandante da corveta D. João I, Carlos Craveiro Lopes está datado de 27 de Junho de 1854.
(11) O tratado de Paz, Amizade e Comércio Entre Portugal e o Japão foi celebrado a 3 de Julho de 1860
Anteriores referências à corveta “D. João I”
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/corveta-d-joao-i/
“Abril 1822 – A população cristã de Macau era de 5.929 almas, das quais 4.315 são classificados como escravos.” (1)
Vista da Baía da Praia Grande do Sudeste
Artista Chinês desconhecido c. 1825
“Sir Andrew Lyungstedt nos seus “Estudos Históricos dos Estabelecimentos dos Portugueses na China”, publicados em 1836 em Boston, considera a população formada de três classes, que são os naturais ou mestiços, descendentes de portugueses, de malaios, de chinas, de japoneses, etc.; os chins propriamente ditos; e os estrangeiros, ou europeus. Os que chama naturais, diz que, em 1583, eram em Macau em número de 900, entre mulheres, escravos, e outra gente vinda da Ásia.
No fim do século XVII esta população chegava a 19 500 pessoas, mas em 1821 não era de mais de 4 600, homens livres, escravos, e oriundos de todas as nações, incluindo os chins convertidos, sem contar 186 homens de batalhão, 19 freiras e 45 frades.
Em 1830 esta população era avaliada em 4 628 indivíduos, excluindo os militares e eclesiásticos; sendo 1 202 homens brancos, 2 149 mulheres brancas, 350 escravos do género masculino, 779 do feminino, e mais 38 homens e 110 mulheres de diferentes castas. Os portugueses nascidos em Portugal ou nos seus domínios não passavam de 90. A população chinesa, que tinha sido já muito densa, mas que rareara pela estagnação do comércio, avaliava-se em 1834 em 30 000 indivíduos “(2)
(1) SILVA, Beatriz Basto de – Cronologia da História de Macau, Volume 3, 1995.)
(2) TEIXEIRA, P. Manuel – Macau Através dos Séculos, 1977.
Continuação da leitura da carta escrita (minha postagem de 22-04-2014 ) (1) pelo capitão Joseph Fry, oficial do barco «Plymouth» quando esteve em Macau , Abril de 1853, para a esposa.
“Nós éramos assaltados por tantas com estes gritos, e o clamor era tal, que, para nos defendermos, tivemos de escolher um barco e partir. As raparigas, mencionadas em primeiro lugar, devido à sua beleza, ganharam a maioria, e o seu barco era limpo e bem equipado, e isto vai além do que se podia dizer de muitos deles. Notei o olhar de desapontamento que passou pelas faces da rapariga que acabo de descrever, o qual me persegue ainda agora. Se bem que pareçam ninharias para nós, estas cenas constituem grandes acontecimentos nas suas pobres existências, e estes triunfos ou derrotas são para elas de grande importância.
Depois de entrar no barco tanká, (2) notámos que a mãe destas raparigas e a criança estavam tipicamente vestidas. A criança era filha da mais bonita das raparigas, cujo marido andava ausente na faina da pesca. A velha era muito palradora e deu-nos de facto muitas notícias!.
Sampana (com tancareiras)
Aguarela sobre papel de George Chinnery (1834)
Tinham um templo em miniatura na proa do barco, com um ídolo sentado, de pernas cruzadas, mostrando-se muito gordo, muito vermelho e muito estúpido. Diante dele havia uma oferta de dois pêssegos, mas o ídolo não se dignava olhar para eles e parece que não tinha apetite. No entanto, senti um profundo respeito para com os sentimentos devotos destes pobres idólatras, reconhecendo ainda aqui o instinto universal que ensina que há Deus.
Tancareira num barco
Desenho a lápis sobre papel de George Chinnery (1830)
Visitei o comodoro, que me recebeu com grande cortesia e me deu um relato interessante da viagem, via das Ilhas Maurícias, do «Susquehanna”, (3) para cujo serviço eu recebi a minha primeira nomeação. Ele (o navio) partiu para Amoy.
Conheci uma família portuguesa, chamada Lurero (4). As raparigas tinham uma educação completa, falando francês, espanhol, italiano, mas não o inglês. Elas desceram para receber a visita do nosso cônsul (5) e esposa, que foram a casa delas quando eu ali estava. O sr. Lurero deu-me alguns exemplares de soap-fruit (fruta-sabão) (6) e mostrou-me a árvore. O fruto é um sabão magnífico, que, sem preparação alguma, é usado para os artigos mais elegantes.” (7)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/04/22/noticia-de-22-de-abril-de-1853-o-plymouth-em-macau/
(2) Tanká ( 蛋 家 – mandarim pinyin: dàn jiá; cantonense jyutping: daan2 gaat1 – casa do ovo), também chamado “t´eang-chai”, é uma pequena embarcação, comum nos portos da China, pelo menos no Sul e muito usada em Macau, no transporte de passageiros dentro do porto. Quase sempre tripulada por mulheres a que em Macau chamam «tancareiras»
(3)O “Susquehanna” era o navio principal da expedição diplomática americana à China por indicação do Comodoro Matthew C. Perry (comandante das expedições ao Japão entre 1852 e 1954) que esteve em Macau e Hong Kong de 4 a 17 de Abril) a bordo da fragata “Mississipi“. Os outros navios da expedição à China foram o “Plymouth” (onde estava Joseph Fry), o “Saratoga” e o “Supply” (navio de abastecimento).
(4) Segundo Padre Teixeira, tratava-se de Pedro José da Silva Loureiro, capitão do porto de Macau desde 1847 até à sua morte ocorrida a 12-09-1855. Casou com Ana Rosa Inocência de Almeida (neta paterna do Barão de S. José de Porto Alegre e materna do Conselheiro Manuel Pereira e Ana Pereira Viana. Pedro Loureiro teve de Ana de Almeida 10 filhos.
“Nesse tempo o francês prevalecia sobre o inglês, que pouca gente aprendia; por isso as filhas de Pedro Loureiro, conheciam a primeira, mas não a segunda língua.”
Foi sob a direcção de Pedro Loureiro que foi construído em 1847 o forte na Taipa sendo ele louvado, em 14-01-1848, pelo Governador João Maria Ferreira do Amaral.(7)
(5) Robert P. De Silver era o Vice-cônsul dos E. U. A. em Macau, nesse ano.
(6) É a árvore sapindus , em chinês môk wan sue (木患樹) , árvore que atinge até 15 e 18 metros de altura; fácil de identificar pelos seus frutos: uma drupa carnuda, oleosa, quase transparente, com um ou dois carpelos na base, dando ao fruto um aspecto assimétrico.. Os chineses empregavam o fruto como sabão para a lavagem da seda preta, devido à grande percentagem da saponina contida na polpa oleosa.(7)
木 患樹 – mandarim pīnyīn: mù huàn shù; cantonense jyutping: muk6 waan6 syu6.
“Sapindus” derivado do latim que significa “sapo” = sabão e “indicus” = índia
(7) Transcrito das pp. 45-46 de TEIXEIRA, P. Manuel – Macau Através dos Séculos. Macau, 1977.
Para quem estiver interessado poderá ler o original em inglês ” Life of Captain Joseph Fry – The Cuban Martyr” em
http://www.latinamericanstudies.org/book/Joseph_Fry.pdf
Este opúsculo (como lhe chama o autor) (1) é constituído por dois relatos de Macau “comentados” pelo Padre Manuel Teixeira. Das páginas 1 a 52, apresenta pequenos excertos do volumoso Diário (de sete volumes) da estadia em Macau (2) da escritora Harriet Low, (1809-1877), nascida em Salem, Massachusetts (U.S.A.) (3). Chegou a Macau em Setembro de 1829 quando tinha 20 anos de idade (tornando-se, assim, a primeira jovem americana, de que há registo, a visitar a China) (4) no navio Sumatra e regressou a 1834 à sua terra natal, a bordo do Waterloo.
“Sunday, May 24, 1829: Embarked on board the Sumatra bound to Manila, and thence to Macao, where I shall probably take up my residence for the next four years; and for you, my dear sister, shall this journal be kept. I left home at five o’clock (in the morning) with feelings not to be described or imagined but by those who have been placed in a similar situation.”
— Harriet Low’s journal
Nas páginas 53 a 57, encontram-se as cartas (depositadas no “The Essex Institute Historical Colections, Vol LXXXVI, January 1950, Salem, Mass”) de Rebecca Chase Kinsman que esteve em Macau, 10 anos depois de Harriet (1843) (5)
Harriet Low viveu em casa do seu tio, Williams Henry Low, (1795-1834) que era então o chefe da firma Russel & Co., no Pátio da Sé (o Padre Teixeira menciona às vezes Largo da Sé), ao alto da Calçada de S. João, no prédio n.º2.
O Diário é constituído por cartas que eram enviadas à sua irmã mais velha Molly (1808-1851), posteriormente reunidos e publicados pela filha, Katherine Hillard, em 1901.
View of Two Bays, Macau, ca. 1830 (7)
Unknown Chinese artist
NOTA: anteriores referências a esta escritora:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/harriet-low/
(1) TEIXEIRA, Padre Manuel – Macau no Séc. XIX Visto por uma Jovem Americana. Direcção dos Serviços de Educação de Cultura, 1981, 59 p.
(2) Está na Biblioteca do Congresso de Washington.
(3) Nascida a 18 de Maio de 1809 e falecida a 1877. O Padre Teixeira neste livro atribui o seu nascimento ao dia 24 de Maio de 1809.
(4) Aconselho a leitura dos artigos de Rogério Miguel Puga “ Interpreting Macau through the Journals of Harriett Low an Rebecca Chase Kinsman” em
http://www.academia.edu/867552/Interpreting_Macao_through_the_Journals_of_Harriett_Low_and_Rebecca_Chase_Kinsman e
“A Vivência Social do Género de Macau Oitocentista no Diário de Harriet Low (Hillard)” file:///C:/Users/Jorge/Downloads/A%20vivência%20social%20do%20género%20de%20Macau%20oitocentista%20no%20diário%20de%20Harriet%20Low%20(Hillard).pdf
(5) Rebecca Chase Kinsman (1810-1882) mulher de Nathaniel Kinsman (1798 – morreu em Macau a 1 de Maio de 1847, capitão e mercador, natural de Salem , Massachusetts, colocado em Cantão na firma “ tradins house of Wetmore and Company”) acompanhou o marido (e dois filhos) em 5 de Julho de 1843 para Macau e depois Cantão. Regressou após morte do marido tendo casado em 1865 com Joseph Grinnell (1788-1885).
Rebecca Chase Kinsman, ca.1842, by Charles Osgood.
Credit: Silk Damask. (8)
(6) http://en.wikipedia.org/wiki/Harriet_Low
(7) http://ocw.mit.edu/ans7870/21f/21f.027/rise_fall_canton_04/gallery_places/pages/cwM_1830c_M975102_TwoBays.htm
(8) http://hongkongsfirst.blogspot.pt/2012_02_01_archive.html
Aconselho artigo interessante sobre “Rebecca Kinsman and the Architecture of Macao, 1843–1847” de Kimberly Sayre Alexander e pode consultá-lo em:
http://worldhistoryconnected.press.illinois.edu/11.1/forum_alexander.html
Outro livro com interesse é o de Rosemary Wank-Nolasco Lamas
“Everything in Style: Hariet Low´s Macau.” (2006, The Asian Review of Books.)
Pode-se ler a recensão literária de Valery Garrett em:
http://www.asianreviewofbooks.com/new/?revID=715