Archives for posts with tag: 1582

Continuação da divulgação da colecção de 12 postais (dimensão do postal: 15 cm x 10,4 cm), intitulada “Património Arquitectónico de Macau / 澳門建築文物 / Architectural Heritage of Macau” contendo desenhos de Ung Vai Meng (do ano de 1983), editado pelo Instituto Cultural de Macau – Departamento do Património Cultural e impresso na Tipografia Welfare. (1)

Templo da Barra – 媽閣廟 – Barra Temple
Ung Vai Meng 1983

“Na primeira capela de Ma-Kok-Miu (ou Ma – Chu-Poh)ou Pagode da Barra, em frente dos arcos do vestíbulo, lê-se uma inscrição chinesa na face interior da soleira da porta, cuja tradução é a seguinte: foi construída na dinastia Ming (1366-1644), no reinado de Mán-Leck (1573-1619) no ano Ut Chi (1605), 33.º ano de Man Leck. Foi reconstruída na dinastia Ming no reinado de Song Ch´ing (1628-1644), no ano K´ei Chi (1629), 2.º ano do reinado de Song. Foi consertada na dinastia Ch´ing (1644-1911), no 8.º ano do reinado de Tou Kuong (1828).

Segundo esta inscrição, o templo foi levantado em 1605, mas deverá ter sido de muitos anos antes. O Padre Mateus Ricci, que chegou a Macau a 7 de Agosto de 1582, menciona este templo no seu Diário, dizendo que os mandarins deram licença aos portugueses para se fixar em Macau, “onde era venerado um pagode que chamam Amá. Por isso chamavam àquele lugar Amacao, que quer dizer na nossa língua Baía de Amá”.

Portanto, segundo Ricci, este templo já existia quando os portugueses aqui fixaram em 1557. (2)

Ver mais informações em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/templo-de-a-ma-da-barra-%E5%AA%BD%E9%96%A3%E5%BB%9F/

Edifício da Misericórdia -仁慈堂 – Misericórdia Building
Ung Vai Meng 3-06-1983

A Santa Casa da Misericórdia de Macau (仁慈堂大樓), é um edifício histórico no Largo do Senado, Macau, China. Estabelecido como um ramo da Santa Casa da Misericórdia, foi construído em 1569 por ordem do Bispo de Macau, Belchior Carneiro Leitão. Foi uma clínica médica e com várias outras estruturas sociais no início da história de Macau. Mais tarde serviu como um orfanato e refúgio para as viúvas de marinheiros perdidos no mar. A 30 de Julho de 1969 a Santa Casa da Misericórdia de Macau foi distinguida como Membro-Honorário da Ordem do Mérito de Portugal.

Ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/santa-casa-da-misericordia/

Museu Luís de Camões – 博 物院 – Luís de Camões Museum
Ung Vai Meng 1983

Museu de Luís de Camões, instalado no palacete que pertenceu a Manuel Pereira, no Jardim de Camões (arrendada em 1785 à Companhia Inglesa das Índias Orientais passando a chamar-se ao palacete, a «Casa Garden») foi aberta ao público em 25 de Setembro de 1960, integrado nas Comemorações Henriquinas de Macau. A primeira sugestão de se fundar este Museu partiu do Governador de Macau, Artur Tamagnini Barbosa, em 1927.

O Museu funcionava no edifício que, contíguo ao jardim de Camões foi construído em 1770 e serviu de residência do então presidente da Comissão Selecta da Companhia Britânica das Índias Orientais.

Em 1960, a construção foi convertida em Museu Comercial e Etnográfico Luís de Camões e depois Museu Camões e finalmente adquirido em 1988 pela Fundação Oriente, para sua sede.

Ver mais informações em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/06/18/mapa-turistico-de-macau/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/09/25/noticia-de-25-de-setembro-de-1960-museu-luis-de-camoes/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/museu-luis-de-camoes/

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/ung-vai-meng/

(2) TEIXEIRA, Padre Manuel – Pagodes de Macau, 1982, p.47

Em 18 de Dezembro de 1582, as autoridades de Macau reconheceram oficialmente Felipe II de Espanha, como seu soberano, (Filipe I de Portugal) com a condição desta cidade servir de intermediária obrigatória das Filipinas nas suas relações com a China e que nada traísse aos olhos dos chineses da sua comunidade de soberano. Os mandarins perceberam, porém, bem depressa a mudança de regime (1)

Extraído de «Ephemerides da semana» in Bol. Gov. Macau», XIII-2, 14 de Janeiro de 1867, p. 8.

Em 1583, (2) foi criado o (Leal) Senado de Macau pelos bons ofícios de D. Belchior Carneiro. D. Leonardo de Sá viria a presidir às primeiras eleições do Senado (D. Belchior morreu pouco depois). Na origem desta importante instituição estava o facto de os portugueses residentes em Macau, receosos de se tornarem simples súbditos espanhóis (união ibérica -1580), terem deliberado em reunião presidida pelo Bispo D. Belchior Carneiro, criar uma forma de administração que lhes desse alguma independência. Nasce assim o Senado (foi autorizada a continuação do uso da bandeira portuguesa, com a aprovação do Vice-Rei da Índia, D. Francisco de Mascarenhas. Três anos depois, 10 de Abril de 1586, o Vice-Rei Duarte de Menezes concedeu ao mesmo Senado o estatuto e privilégios de Cochim (Évora e Coimbra), passando Macau s ser considerada como cidade portuguesa com o nome de Cidade do Nome de Deus do Porto de Macau na China. Com o Governo Municipal nasceu o cargo de Procurador, especificamente, em Macau, um dos mais importantes da hierarquia do senado. Tinha, entre outras funções, a de gerir as relações com a China; foi criada também uma guarda de segurança e muda-se o nome de “povoação” para “cidade” (3)

(1) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954.

(2) 1583 – Fundação do Leal Senado – O Senado foi fundado pouco depois de 18 de Dezembro de 1582. (TEIXEIRA; Pe. Manuel – Toponímia de Macau, Volume I, 1997, pp. 48-49.)

(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume I, 2015, p. 84

Continuação da leitura de alguns trechos “Cousas da China, Costumes e Crenças”, de Joaquim Heliodoro Calado Crespo, cônsul de Cantão, “homem hábil e culto que deixou algumas obras interessantes sobre a China do seu tempo”. (1) (2)

A PRIMEIRA EXPEDIÇÃO PORTUGUEZA À CHINA (p. 37)

A LÍNGUA CHINEZA (pp. 41 -43)

(1) CRESPO, Joaquim Heliodoro Callado – Cousas da China, Costumes e Crenças. Contribuições da Sociedade de Geographia de Lisboa. Quarto Centenário do Descobrimento da Índia. Acabou de imprimir-se aos 31 dias do mez de Maio do anno M DCCC XCVIII nos prelos da Imprensa Nacional de Lisboa. 1898, 283 p., 25 cm x 17 cm.(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/03/19/leitura-cousas-da-china-costumes-e-crencas-i/https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/07/13/leitura-cousas-da-china-costumes-e-crencas-ii/