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O Código de sinais indicativos de tufão do Observatório Meteorológico de Macau foi actualizado  em 6 de Agosto de 1920 (MO/AH/AC/SA/01/08094). Para o caso dos incêndios, a 1 de Fevereiro de 1923, deixou-se de ser dados  sinais com tiros de artilharia para aviso de incêndios (embora mais tarde, em 1926, fosse restabelecido este aviso)

Artigo de António Carvalho Brandão (1) publicado na revista ”A Terra” (2)

Depois duma primeira parte em que descreve as origens e trajectórias dos tufões da área do Mar da China, mais especificamente na área de Macau,, o autor relata com detalhes e compara entre os naufrágios e mortes causados por dois tufões que até então atingiram Macau: o tufão de 22 de Setembro de 1874 e o tufão de 20 de Agosto de 1927

Sinais precursores” (pp. 84-85): “Os primeiros sinais da proximidade dum tufão são dados pelo céu e pelo barómetro. No céu, bandos de cirrus em leque, corando-se dos mais belos tons, ao crepúsculo, do rosa pálido à viva purpura. No barómetro, alterações nas oscilações periódicas características das baixas latitudes, que se traduzem por estacionamento durante os períodos de subida (4h às l0h e 16h às 22h), ou descida mais rápida do que a normal durante os períodos de descida. Os sinais secundários que aparecem geralmente mais tarde do que aqueles, são calma, grande calor e aumento de umidade; agitação desu­sadada do mar; aparecimento de numerosos insectos, fugindo diante da tempestade. Esses sinais precursores são porém incapazes de indicar o grau de intensidade com que se sentirá o tufão. Só depois de começar soprando o vento do tufão, conjugando zs mudanças sucessivas da sua direcção com a baixa progressiva do barómetro, é possível determinar aproximadamente a direcção do centro e a sua trajectória, operação facilitada pelo uso dum simples instrumento creado pelo Padre Algué -o barociclonómetro. Mas este processo não permite deduzir com aproximação suficiente, nem a distância a que se encontra o centro nem a intensidade do tufão.

Estes elementos, indispensáveis para prever os seus efeitos prováveis no local, são obtidos pelo traçado das cartas sinópticas de propagação do tufão, feito repetidas vezes nos Observatórios · por meio dos telegramas meteorológicos recebidos a miudo das filipinas, Carolinas e outras ilhas próximas, assim como radiogramas de navios navegando no Mar da China e Pacífico Ocidental. Esta prática, creada em Manilla pelo Padre Algué e hoje melhorada graças à T. S. F., tem prestado inestimáveis serviços em todas as regiões atingidas pelos tufões destruidores, e salvo muitos milhares de vidas. Em Macau não se faz a concentração das observações de tufões, nem ha necessidade disso, pois que se recebem com pequenos intervalos os comunicados telegráficos do Observatório de Hong-Kong, situado a curta distância da nossa Colónia.

A comparação entre os naufrágios e mortes causados por dois tufões igualmente sentidos em Macau, um no século passado (22 de Setembro de 1874) e outro ha poucos anos (20 de Agosto de 1927, permitirá avaliar bem os benefícios da atual organização meteorológica do Mar da China.”

(1) António Carvalho Brandão, Capitão de fragata. Antigo Director do Serviço Meteorológico da Marinha. Presidente do núcleo de Lisboa da Sociedade de Meteorologia e Geofísica de Portugal

(2) Revista Portuguesa de Geofísica , n.º 14 (número colonial) , maio de 1934, pp. 83-91. – Director e Administrador: Raúl de Miranda

“A 2 do corrente sentio-se nesta Cidade hum pequeno termor de terra aos 7 minutos depois do meio dia, o qual duraria por espaço de 5 segundos e sendo bastante sencível não causou com tudo prejuízo algum nos edifícios.”

«Gazeta de Macao»,n.º 11 de 10 de Janeiro de 1824, p. 301.

Notícias do brigue holandês «Constance», capitaneado pelo capitão J. S. Molder, de 270 toneladas, que tendo partido de Macau para a Batavia, voltou no dia 10, arribado com avaria grossa por causa do mau tempo, tufão de 7 a 9 de Setembro de 1864

Extraído de «TSYK», I- 50 de 15 de Setembro de 1864, p. 207
Extraído de BGM X-37 de 12 de Setembro de 1864, p.14
Extraído de «BGPMTS», I- 44 de 18 de Agosto de 1855.

Conclusão do relatório da descrição do temporal e dos estragos – ver anteriores extractos em (1) e (2) – do violento tufão de 27 de Julho de 1862 , que retirei do «Boletim do Governo de Macau».

“27-07-1862 – Perderam-se 40.000 vidas em Cantão, Hong Kong, e Macau, devido a um horrível tufão”(GOMES, Luís G. –  Efemérides da História de Macau, 1954)

Boletim do Governo de Macau, VIII-35 de 2 de Agosto de 1862, pp. 140-141

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/07/27/noticia-27-de-julho-de-1862-tufao/

(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2019/07/27/noticia-de-27-de-julho-de-1862-violento-temporal-ii/

Extraído de «BGPMTS», I-41 de 28 de Julho de 1855, p. 162

NOTA 1 – “Côxam” – verbo: cochar – em náutica torcer cabos

NOTA 2 – Este episódio está datado em 28-08-1855 em GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau, 1954 e SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Vol. 3, 1995 e Vol II, 2015)

NOTA 3: “Formou-se provavelmente no Pacífico e atingiu Macau vindo de E. Os chineses classificaram-no como «Tufão Pequeno» por ter produzido pouco estragos. O vento soprou de N e NE rondando mais tarde para E e SE ao mesmo tempo que diminuía de intensidade. (NATÁRIO, Agostinho Pereira – Tufões que assolaram Macau, 1957

Extraído de «O Macaista Imparcial», n-º 108 (Vol 2, N.º 3), de 19 de Julho de 1837, p. 15

Extraído de «BGU»,  XXXI n.º 361-361, Julho-Agosto de 1955, p. 388

“Um eclipse solar total ocorreu em 20 de junho de 1955. Um eclipse solar total ocorre quando o diâmetro aparente da Lua é maior que o do Sol, bloqueando toda a luz solar direta, transformando o dia em escuridão. A totalidade ocorre em um caminho estreito através da superfície da Terra, com o eclipse solar parcial visível sobre uma região circundante com milhares de quilômetros de largura. Com uma duração máxima de 7 minutos e 7,74 segundos, esse é o maior eclipse solar da série saros 136, bem como o maior eclipse solar total desde o século 11 e até o século 22” https://en.wikipedia.org/wiki/Solar_eclipse_of_June_20,_1955

Tabela das marés publicada na imprensa estrangeira (1), em inglês, no ano de 1873 onde além da indicação da latitude e longitude das três cidades, apresenta o horário das marés altas e a amplitude destas.
(1) «The Directory and Chronicle for China, Japan, Corea», 1873.