Archives for category: Flora e Fauna

Livro escrito por Aires Carlos de Sá Nogueira, (1) de 1933, reeditado pelos Serviços Florestais e Agrícolas de Macau em 1984. (2)
Tem nesta edição uma “Apresentação” de António Júlio E. Estácio (p. 3):
Tem sido a flora do Território referida em alguns trabalhos, de que é justo destacar o presente, cujo original veio ao público, em Macau há cinquenta e um anos.
Hoje, dada a sua raridade e considerando-se a informação nele contido, entendeu-se como de interesse proceder-se à reedição da presente obra no intuito de que o seu reaparecimento continua valioso apoio a quantos se dedicam a estudos botânicos…
O autor Aires de Sá Nogueira esteve em trabalho, em Macau, nos meses de Setembro de 1932 a Março de 1933, e durante cerca de seis meses “manuseei alguns milhares de exemplares botânicos, para apenas catalogar 380 espécies…” (Advertência, p. 5)
A arrumação sistemática seguida no Catálogo é a mesma seguida na “Flora of Kwangtung and Hong Kong” de S. T. Dunn (3) e W. J. Tutcher,(4) edição de 1912 e por enumerar cerca de 255 espécies com a indicação de existir em Macau.

Recibo original dos “Serviços Florestais e Agrícolas de Macau, n.º 106 de 17 de Outubro de 1984, data da adquisição deste livro por vinte patacas.
Pág 82, referente ao Crisântemo bravo, branco – Pac Cok Fá (白菊花)

Interessante anotação: em 1933 ainda se encontrava 白菊花 – Pak Cok Fá nos muros da Estrada de Cacilhas.
白菊花mandarim pīnyīn: bái jú huā; cantonense jyutping: baak6 guk1 faa1
(2) NOGUEIRA, A. C. de Sá – Catálogo descritivo de 380 espécies botânicas da Colónia de Macau. 2.ª edição. Serviços Florestais e Agrícolas de Macau, 1984, 181 p.; 21 cm-x 14,8 cm.
(3) Stephen Troyte Dunn (1868,-1938), famoso botânico britânico que descreveu e sistematizou numerosas plantas em todo o mundo principalmente na taxonomia da flora da China. Foi o primeiro a descrever cientificamente a “Bauhinia blakeana”, a flor que hoje é o símbolo de Hong Kong.
(4) William James Tutcher (1867-1920) – Botanista que trabalhou desde 1891 no Departamento Botânico de Hong Kong. Regressou a Inglaterra em 1904.

Na sequência das realizações da “SEMANA VERDE DE MACAU” em diversos anos (1), também em 1995 se comemorou este evento com a publicação de um postal (Edição da Câmara Municipal das Ilhas, 1995; 15,7 cm x 11,4 cm) com uma fotografia de uma cobra (Cobra-de-cabeça-encarnada) que era vulgar encontrar-se (nas décadas de 50 a 70 – século XX) junto aos arbustos ou terrenos não urbanizados principalmente na Colina da Guia, junto à Fortaleza, no sopé junto à Estrada de Cacilhas, no Paiol de Cacilhas, etc. Também era muito comum encontrá-los, nessas décadas, na Taipa e em Coloane. Desconheço se ainda haverá algum exemplar a circular por aí.

Colubriae – Amphiesma stolata (Linnacus)
Cobra-de-cabeça-encarnada

Réptil da ordem Serpentiformes que se distingue dos outros ofídios pela cor da sua cabeça (amarela com tons alaranjados muito fortes).
É tímida e não venenosa. Encontra-se normalmente, junto a baldios e terrenos ainda não urbanizados.

Verso do postal (em português e chinês com o logótipo da Câmara Municipal das Ilhas)
Envelope (16 cm x 11 cm) com o logotipo da “SEMANA VERDE DE MACAU” do ano de 1995, emitido pela Câmara Municipal das Ilhas.

(1)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/03/15/noticias-de-15-21-de-marco-de-1984-e-1985-autocolan-tes-iii-e-iv-semana-verde-de-macau/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/07/13/anuncio-semana-verde-88/

De 15 a 21 de Março (Dia Mundial da Floresta) de 1982 realizou-se a «SEMANA VERDE DE MACAU“. Na sequência do dia Mundial da Floresta /Dia Mundial da Árvore de 1978 (1), António Estácio no seu artigo na Revista «Macau» (2) refere:
Em 1982 e na sequência de uma deslocação à Nova Zelândia no ano anterior, a fim de participarmos na 15.ª Assembleia Geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (UCN), decidimos organizar uma série de acções que não circunscrevessem apenas ao dia 21 de Março mas pelo contrário, ganhassem uma maior dimensão temporal, com a particularidade de se iniciarem a 15 de Março e terminarem, precisamente, no Dia Mundial da Floresta, altura em que se atingiria o culminar de uma campanha de sensibilização cujo objectivo era, e é, a necessidade de se defenderem e valorizarem as Zonas Verdes, nomeadamente, as do território.
Com entusiasmo lançámo-nos ao trabalho e em pouco mais de um mês e meio estavam assegurados apoios de entidades oficiais e privadas que permitiram a implementação de uma campanha com 17 acções diferenciadas e que designámos por «SEMANA VERDE DE MACAU».
Das 17 acções diferenciadas propostas para o ano de 1982, com um total de 53 repetições, tiveram 100 % de concretização e um custo aproximado de $ 4.000,00 (MOP). (2)
(1) Ver
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/03/21/noticia-de-21-de-marco-de-1978-dia-mundial-da-arvore/
(2) ESTÁCIO, AntónioOs Reflexos do «Desenvolvimento» Incorrecto, in «MACAU», 1988.
As fotografias foram retiradas do artigo inserido na revista «Macau»
Referências anteriores ao Eng.º António Estácio em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/antonio-estacio/
Referência à «Semana Verde» de 1988 em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2016/03/15/noticias-de-15-21-de-marco-de-1984-e-1985-autocolan-tes-iii-e-iv-semana-verde-de-macau/
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/07/13/anuncio-semana-verde-88/

manual-de-identificacao-das-aves-de-macau-capamanual-de-identificacao-das-aves-de-macau-1-a-pagLivro com 116 páginas que o autor, Leonel Barros pretendeu ser um manual que pudesse ser útil a todas as pessoas que se interessassem pelas aves e dedicado àqueles que amam a natureza. Além da descrição pormenorizada de cada ave (estão referenciadas 39 espécies) que se observa (ou observava) em Macau, Taipa e Coloane, o autor apresenta esquemas e muitos desenhos (excelentes) pormenorizados das aves, ilustrações todos do próprio autor, que como é do conhecimento geral era um excelente desenhador e pintor.
manual-de-identificacao-das-aves-de-macau-contracapa

 Contracapa com três «postais»:
1 – Reservatório da Guia
2 – Bosque em miniatura em Hac-Sá
3 – Praia de Hac-Sá.

As fotos da contracapa e as do interior também são da autoria de Leonel Barros.
A seguir três mapas (Macau, Taipa e Coloane) com indicação da espécie de ave e o local onde foi observada. Cada número no mapa representa uma espécie.
manual-de-identificacao-das-aves-de-macau-mapa-macauQuase toda a área de Macau está ocupada por edifícios. Portanto, dificilmente se consegue um lugar para a observação das aves. Mesmo assim, os que gostam de observar as aves fazem-no em meia dúzia de lugares, onde a vegetação abunda. Os lugares ideais fazem-no em meia dúzia de lugares, onde a vegetação abunda. Os lugares ideais são: A Colina da Guia, também conhecido pelo Pinheiral da Guia, a Montanha Russa, o Jardim da Flora, o Jardim de Camões, também conhecido por Gruta de Camões, a Fortaleza de Mong-Há e finalmente a Ilha Verde. “ (1)
manual-de-identificacao-das-aves-de-macau-mapa-taipaPara um observador que pretenda dedicar-se à observação das aves procurando descobrir novas espécies, aconselhamos uma deslocação até às ilhas de Taipa e Coloane, onde poderá ter ocasião de apreciar em certa época do ano a Gaivota, o Pato Bravo, o Maçarico Real, a Galinhola, a Cordoniz, a Galinha da Água, etc, etc, etc.” (1)
manual-de-identificacao-das-aves-de-macau-mapa-coloanePorém, devido ao desenvolvimento previsto para o Concelho das Ilhas é natural que cada vez seja menor a área disponível à fixação de aves, pelo que nos parece elementar consciencializar as pessoas no sentido de que o actual Património poderá ficar extremamente reduzido ou mesmo atingir à extinção, caso não sejam desde já definidas medidas tendentes a preservar ao longo do ano as espécies existentes no Território.” (1)
manual-de-identificacao-das-aves-de-macau-observando-avesO próprio autor num desenho auto-retratando-se a observar as aves com um binóculo prismático 10×50.
(1) BARROS, Leonel – Manual de Identificação das Aves de Macau, Aves Residentes e Migradoras. Publicação da Direcção dos Serviços de Turismo de Macau, Ano ????,+ 116 p., 23 cm x 17 cm.

postal-a-14-macau-acacia-rubra-em-florPostal A-14 da série “MACAU” (photo: Fred Conde) , edição de “Exclusive Distributor: TCL Lda.”. Provável da década de 80 (século XX).

Acácia Rubra tree in blossom
Acácia Rubra em flòr

A Acácia Rubra estava (está ??) na parada exterior do Quartel de S. Francisco.
postal-a-14-macau-acacia-rubra-em-flor-verso
Acácia Rubra (Delonix regia), (1) também chamada em português flamboiã, flamboaiã (2)  é uma árvore da família das leguminosas (Fabaceae). É nativa das florestas do oeste e norte da ilha de Madagascar, no Oceano Índico, tendo-se em seguida espalhado pela zona tropical da África continental, sendo posteriormente, por sua beleza, levada a outros continentes, como a Europa e as Américas.] Por sua beleza, é uma das plantas mais usadas com fins ornamentais em regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo nomeadamente en ruas e praças.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Delonix_regia
(1) Árvore de folha caduca que pode atingir os 15 m de altura. O tronco, um pouco retorcido, apresenta casca acinzentada e áspera. A copa é ampla e apresenta uma forma semelhante ao de um guarda-chuva. Folhas bipinadas de 20-60 cm de comprimento, com 10-15 pares de folíolos oblongos, de ápice e bases arredondados, sésseis, ligeiramente tomentosos; as inflorescências nascem em rácimos e cada flor possui 10 estames com filamentos avermelhados e bases peludas; as flores apresentam 5 sépalas hirsutas e 5 pétalas desiguais, sendo 4 vermelhas e uma branca, tingida de vermelho e amarelo. O fruto (vagem) é plano, castanho e lenhoso quando maduro, pode atingir 40-60 cm de comprimento.Período de floração: julho-setembro.
http://www.cm-funchal.pt/ciencia/index.php?option=com_content&view=article&id=741:acacia-rubra&catid=229:julho=&Itemid=332
(2) Flamboiã e flamboaiã derivam do nome francês «flamboyant», por sua vez oriundo do latim flammare, incendiar. Recebeu esse nome devido ao vermelho vivo característico de suas flores.

Env + selo +carimbo 24MAR63 Dia de S. Gabriel

Envelope (16, 3 cm x 10,5 cm ) comemorativo do DIA DE S. GABRIEL, lançado pelo C. T. T. de Macau. Com flâmula própria sobre um selo de 1 avo da colecção Flores (10 selos; 1953) Selo de 1  avo é o de valor facial mais baixo dessa colecção  e está representada a  Flor de Panchão / Phaó Cheong Fá.
S. Gabriel é um anjo porque que serve como mensageiro de Deus e é Arcanjo porque é o anjo principal ou anjo da mais alta ordem na hierarquia celeste os chamados anjos-chefes, o selecto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus “mensageiros dos decretos divinos” aqui na terra.

O 3 ArcanjosOs Três Arcanjos
FONTE: https://oanunciador.files.wordpress.com/2012/09/arcanjos3.jpg

A Festa litúrgica para os católicos realizava-se no dia 24 de Março; actualmente celebra-se no dia 29 de Setembro: A Igreja (decisão do Papa João Paulo VI) unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões – Miguel, Gabriel e Rafael – para o dia 29 de Setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro.Por ser responsável por trazer importantes notícias e revelações de Deus para os seres humanos, o Arcanjo Gabriel é considerado o padroeiro dos serviços de telecomunicação, dos mensageiros e dos correios.: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriel_(anjo)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arcanjo

Realizou-se em Macau e Ilhas a «IV SEMANA VERDE DE MACAU» (1), do dia 15 a 21 de Março de 1985, organizada pelos  Serviços Florestais e Agrícolas de Macau (S.F.A.M.).
Entre as diversas actividades programadas  para esse período, emitiu-se  autocolantes.
AUTOCOLANTE IV SEMANA VERDE EM MACAU 1985O primeiro autocolante é rectangular com 7 cm x 5 cm (interno) e um rebordo externo perfazendo no total: 8,3 cm x 6 cm.
AUTOCOLANTE III SEMANA VERDE EM MACAU 1984O segundo autocolante que tenho, emitido pelos mesmos S. F. A. M. , também em comemoração da Semana Verde, apresenta-se com a mesma data (15 a 21 de Março) mas sem referência ao ano, com indicação de “III SEMANA VERDE MACAU” (esta realizou-se em 1984).
Este autocolante com o lema «PROTEGE AS ZONAS VERDES» tem as seguintes  dimensões: 8.9 cm x 7,7 cm (total),  com um recorte interno de 6,3 cm x 7 cm (vertical máxima)
(1) Ver anterior referência à semana verde em Macau
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/07/13/anuncio-semana-verde-88/

Em 1954, a Ilha da Taipa, ainda era designada conforme o local, por Taipa Pequena ou Taipa Grande: um istmo constituído por terrenos conquistados ao rio estabelecia a ligação entre as duas ilhas. Tinha 3.478 km2 de superfície e era como Coloane, bastante acidentada.

MACAU B.I. I-14 28FEV1954 - ILHA DA TAIPA IA velha ponte-cais da Ilha da Taipa

Com a construção da ponte na Taipa Pequena, a lancha que estabelecia as comunicações entre Macau a as ilhas, fazia ali o desembarque, seguindo depois os passageiros para vila, que estava situada na Taipa Grande, em carreiras de camionagem. Partindo de Macau a viagem demorava apenas cerca de vinte e cinco minutos.
A parte da ilha conhecida por Taipa pequena era ornamentada por um pinhal único que a cobria em toda a sua extensão e é, por assim dizer, um monte apenas, pois não possuia em parte alguma da sua superfície qualquer terreno plano.

MACAU B.I. I-14 28FEV1954 - ILHA DA TAIPA IIUm recanto da Ilha da Taipa perto de «Os sete tanques»

Aconselhava-se os forasteiros a visitarem, na Taipa Pequena, o sítio designado por «Os sete tanques», sem dúvida (na altura) o local mais bonito e curioso de toda a ilha. Alguns tanques seguidos num declive suave até quase junto ao rio e alimentados por veios de água nascidos na montanha e descendo pelas vertentes, «Os sete tanques», em bucólica paisagem, marginados por frondosa arborização  e vegetação luxuriante, constituíam o deleite de recantos campesinos aprazíveis.

MACAU B.I. I-14 28FEV1954 - ILHA DA TAIPA IIIA vila da Taipa “dominado” pelo quartel militar

Uma estrada de ligação com  a Taipa Grande e surgia depois uma planície de proporções modestas que ia estreitando até ao rio.

MACAU B.I. I-14 28FEV1954 - ILHA DA TAIPA IVAs fábricas de panchões

Era nesta faixa plana da Taipa Grande que começava por se encontrar a maioria das fábricas de panchões existentes, principal indústria da ilha, e se situava a vila que se estendia até ao cais.

MACAU B.I. I-14 28FEV1954 - ILHA DA TAIPA VA rua principal da Vila da Taipa

A vila possuía um mercado regular, abastecido suficientemente para as necessidades  da terra, mercearias e outros estabelecimentos comerciais. O antigo cais, amplo e ajardinado denotava à primeira vista, pelo asseio existente, ser a sala de visitas da terra.
A população da ilha, segundo o censo de 1952, compreendia 7.887 habitantes, incluindo algumas dezenas de portugueses. Os chineses, além do ramo comercial, agricultura e algumas pequenas indústrias, ocupam-se principalmente na pesca e no fabrico de panchões, profissão mal remunerada mas que absorve a maioria da população, pela continuidade de serviço. Os portugueses, além da guarnição militar ali aquartelada, eram empregados públicos em actividade ou na situação de reforma.

MACAU B.I. I-14 28FEV1954 - ILHA DA TAIPA VIO pequeno reservatório  que posteriormente seria ampliado

No vale existente, de pequena superfície, entre o verdejante monte que é a Taipa Pequena e os montes pedregosos e agrestes  da Taipa Grande, estavam além das fábricas de panchões, alguns campos, arrozais e hortícolas, e árvores de fruto em especial papaieiras.
Aparte umas pequenas nesgas de areia, que num ou noutro lado se mostravam, não possuía no seu contorno, uma faixa de areia com categoria de praia, o que, do ponto de vista turístico, a colocava em manifesta situação de inferioridade em relação a Coloane. Na maré baixa, o caudal da água que separa a Taipa de Coloane, quase desaparecia podendo, nalguns locais, passar-se a vau, pois a altura de água não ultrapassava o peito de qualquer banhista. Nesse período, vários pescadores armados do respectivo engenho, andavam  a pé pelo canal, pescando peixe miúdo.
Transcrevi partes dum artigo (não assinado) de “Macau B. I., Ano I, n.º 14,  28 de Fevereiro de 1954 pp. 8-11″

A Arborização em Macau CAPAPequeno livrete de 27 páginas (21,5 cm x 15,2 cm) com o título

“A ARBORIZAÇÃO EM MACAU
INTERVENÇÃO
DE TRANCREDO DO CASAL RIBEIRO
(1883-1885)

Editado pelos Serviços Florestais e Agrícolas de Macau (SFAM), em 1985, aquando da “IV Semana Verde de Macau” que se realizou de 15 a 21 de Março, é dedicado em memória do responsável pela arborização de Macau (trabalho de maior vulto a arborização da Colina da Guia de 1883 e 1885), Agrónomo Tancredo do Casal Ribeiro (1). No interior do livrete, cópia do seu relatório acerca da arborização de Macau. O texto foi recolhido e preparado por António Júlio E. Estácio (Engenheiro Técnico Agrário).
A Arborização em Macau 1.ª páginaNa Introdução:
Este ano (1985) e à semelhança do que fizemos durante a III Semana Verde de Macau, entendemos homenagear, ainda que modestamente, outro técnico português que esteve no Território e que nos legou um valioso trabalho. Referimo-nos a Tancredo Caldeira do Casal Ribeiro, que dirigiu a arborização de Macau (Colina da Guia) no período de 1883/85, tendo-nos chegado o relatório das actividades efectuadas, relatório esse dirigido ao Governador Tomás de Sousa Rosa, que às Zonas Verdes de Macau, dedicou especial atenção...”
A Arborização em Macau B.O. Macau e Timor 1881O fac simile do Boletim da Província de Macau e Timor, (2) “Sabbado, 30 de Julho de 1881″ contendo a nomeação de “Tancredo Caldeira de Casal Ribeiro, agronomo do districto de Aveiro para exercer o logar de agronomo da provincia de Macau e Timor”
A Arborização em Macau Vista aérea Colina da Guia 1980Fotografia aérea da Colina da Guia, tirada em Outubro de 1980 e cedida pelo Serviço de Cartografia e Cadastro.
O livro contém ainda pequenos extractos dum relatório que Tancredo do Casal Ribeiro elaborou sobre o ponto da situação agro-pecuária de Timor e uma proposta de estabelecimento do Posto Experimental de Baucau (Timor).
(1) Tancredo Caldeira do Casal Ribeiro (1856- ? ) licenciado em 1897 pelo Instituto Geral de Agricultura, em Lisboa. Exerceu funções em Macau entre 1881 e 1886, tendo sido também professor no Seminário de S. José.
(2) Macau e Timor constituíam na altura uma só Província. A separação foi a 15 de Outubro de 1896.

Celebrou-se no dia 21 de Março de 1978 , pela primeira vez, em Macau, o Dia Mundial da Floresta/ Dia Mundial da Árvore.

Semana Verde I MACAU, 1988, n.º 9

Propusemos, e foi bem acolhida, a ideia de celebrar-se, ao que supomos pela primeira vez em Macau, o dia 21 de Março (Dia Mundial da Floresta) também conhecido como o Dia Mundial da Árvore. Como o tempo urgia, rapidamente, preparámos um mini-programa e, assegurada que foi a participação de algumas turmas da Escola Primária Oficial Pedro Nolasco da Silva, partimos para Coloane com destino à antiga Granja, na altura gerida então pelos Serviços Florestais e Agrícolas de Macau (SFAM), a fim de efectuarmos uma visita guiada e, simbolicamente, proceder-se à plantação de duas árvores. Tratou-se de u primeiro passo do que mais tarde viria a ser uma acção cada vez mais envolvente e participada pela juventude escolar do Território e não só, como adiante se verá” (1)

Semana Verde II MACAU, 1988, n.º 9 Foto da primeira «Semana Verde» em Macau, 1982. Plantação de árvores na Praia de Hac Sá

 (1) Fotos e artigo de ESTÁCIO, António – Os Reflexos do «Desenvolvimento» Incorrecto in MACAU, n.º 9, 1988, pp 35-38.