Archives for category: Diáspora Macaense

Arnaldo Augusto de Oliveira Sales que faleceu neste dia 6 de Março, do ano de 2020, com a idade de 100 anos, foi neste mês de Março do ano de 1970, proclamado pela Sociedade de Geografia de Lisboa, seu Sócio Honorário. Arnaldo de Oliveira Sales, cidadão português de Hong Kong, na altura, Presidente do Clube Lusitano da colónia inglesa ofereceu à dita Sociedade de Geografia a antiga Biblioteca Portuguesa de Hong Kong com cerca de dez mil volumes, incluindo espécies bibliográficas de grande raridade. (1)

 Arnaldo de Oliveira Sales foi membro efectivo, nomeado pelo Governo de Sua Majestade Britânica, do “Urban Council” de Hong Kong, de 1 de Abril 1973 a 31 de Março de 1981. Foi também Presidente do “Hong Kong Olympic Academy” e do “Sports Federation and Olympic Committee of Hong Kong” (1951 -1998) e membro do Comité Consultivo da Lei Básica de Hong Kong. (2)

(1) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 369

(2) Arnaldo Augusto de Oliveira Sales, 沙利士 (1920 – 2020) nasceu em Guangzhou/ Cantão (na concessão francesa de Shamian) no dia 13 de Janeiro de 1920 e faleceu em Hong Kong no dia 6 de Março de 2020. Foi para Hong Kong aos 8 anos de idade, frequentando escolas católicas desta cidade e em Macau no Seminário de S. José. Em Hong Kong estudou numa escola de negócios. Durante a Segunda Guerra Mundial esteve refugiado em Macau. https://en.wikipedia.org/wiki/Arnaldo_de_Oliveira_Sales

Anterior referência em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/arnaldo-de-oliveira-sales/

“A visita que cerca de 70 sócios do Clube Lusitano (1) fizeram, no dia 28 de Novembro de 1976 a Macau, constitui um acontecimento de notável importância nas relações entre a comunidade portuguesa de Macau e a residente no território vizinho de Hong Kong Foram recebidos no cais pelo Presidente do Leal Senado Sr. Rogério Artur dos santos e pelo Director do CIT, Dr. Jorge Rangel, tendo-se o Governador feito representar pelo seu ajudante em campo Capitão Costa e Silva. (…)

A Direcção do Clube Lusitano recebida pelo Governador de Macau.

A direcção da referida instituição associativa, a que preside o Comendador Arnaldo de Oliveira Sales, deslocou-se ao Palácio da Praia Grande, onde foi recebida pelo Coronel Garcia Leandro. (…)

A Direcção do Clube Lusitano e outras individualidades nas escadarias da entrada no Palácio da Praia Grande

No prosseguimento do programa da visita previamente elaborado, o Senhor Bispo da Diocese, D. Arquimínio Rodrigues da Costa, celebrou uma missa na Sé Catedral. (…)

Os visitantes no jardim Lou Lim Iok

Transportados em autocarros, foi-lhes oferecida uma digressão pela cidade incidindo esta sobretudo em pontos que para alguns deviam ser desconhecidos como é o caso do jardim Lou Lim Iok, que beneficiou de grandes melhoramentos depois da compra que o Governo fez aos seus proprietários e, consequentemente, da sua transição para o domínio público.

Os visitantes à saída do jardim Lou Lim Iok

O almoço oferecido no velho mas inconfundível Hotel Bela Vista, (2) reuniu mais duma centena de convidados, mantendo-se do princípio ao fim um ambiente acentuadamente familiar.

Almoço no Hotel Bela Vista
Oferta duma Caravela em filigrana em nome de Macau para os portugueses de Hong Kong que são os sócios do Clube Lusitano, na pessoa do seu presidente, Comendador Arnaldo de Oliveira Sales (3)

(1) “O Clube Lusitano surgiu em Hong Kong em 1866. A primeira pedra foi lançada em 1865. O Clube nasceu em 1866, sendo inaugurado oficialmente por um Governador de Macau, na altura o Conselheiro Horta” (trecho do discurso do Governador de Macau). Ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/clube-lusitano-de-hong-kong/

(2) “ Escolhemos este Hotel onde nos encontramos, não por ser o Hotel mais moderno de Macau, mas precisamente por ser o Hotel mais antigo de Macau, o Hotel a que estão ligadas, com certeza, gerações e gerações de portugueses de Macau que daqui saíram para Hong Kong e, também, por durante a guerra, a segunda grande guerra mundial aqui estiveram e, julgo que neste mesmo Hotel alguns viveram durante esses dias e anos difíceis da guerra. “ (trecho do discurso do Governador de Macau)

(3) “ Não é um presente de grande valor, mas tem um grande valor simbólico. Continua a significar que é através do mar e foi através do mar que os portugueses se espalharam pelo Mundo. E esse mar que a dada altura espalhou os portugueses pelo Mundo ainda hoje serve para fazer a sua ligação.“ (trecho do discurso do Governador de Macau)

Fotos e texto extraídos de «Macau B.I.T.», XI-9/10 de Novembro/Dezembro de 1976, pp. 24-27

Extraído de «REVISTA COLONIAL», ANO I, n.º 12 de 26 de Dezembro de 1913, pp. 37-38. (1)

(1) Relação do agentes da “Agência Colonial, Limitada” nomeadamente em Macau: tenente-coronel Joaquim A. Ferreira dos Santos e em Hong Kong “Jorge & Co”

NOTA – F. J. V. Jorge referido neste artigo é Francisco José Vicente Jorge nascido na Sé a 1-11-1847 e falecido em Hong Kong a 2-04-1920. Era filho mais velho do segundo casamento do pai José Vicente Caetano Jorge (1803-1857) com Emília Antónia Xavier (1828-1892). Casou em Hong Kong a 16-02-1874 com Eulália Francisca (Xavier) de Sousa, em 1868. Irmão de Câncio José Jorge (1849-1900) e Emílio António Jorge (1850-1915) FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume II, 1996,259

Villa d´Alva 1933 – 1966?? Ver: https://gwulo.com/node/36130

The Directory & Chronicle for China, Japan, Corea, Indo-China, Straits.1904. p. 480

Ainda no âmbito do II Encontro das Comunidades Macaenses (1) e como a prática do desporto constitui parte importante no convívio social, decorreu no dia 26 de Outubro da parte da tarde, no Campo de Tap Seac, ex-libris do desporto de Macau de tantas memórias, um encontro de futebol entre a Casa de Macau em S. Paulo e os Veteranos de Macau.

Na mesma tarde e no mesmo lugar foi o hóquei em campo igualmente estrela, tendo por protagonistas a Casa de Macau em S. Paulo e o Hóquei Clube de Macau, tendo saído vencedora a equipa do Hóquei Clube de Macau por 3-1.

O evento desportivo decorreu debaixo da animação esperada com a adesão de muitos dos visitantes. (2)

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2021/10/19/noticias-de-19-a-25-de-outubro-de-1996-ii-encontro-das-comunidades-macaenses-i/

(2) Fotos e texto extraídos de «Desporto 96», IDP, 1997, pp.43-44

Em Outubro, de 19 a 25 de 1996, Macau foi palco, uma vez mais, de um Encontro das Comunidades Macaenses espalhadas pelo mundo, durante o qual foi possível o reencontro de velhas amizades e o estreitamento de laços familiares, para além da oportunidade para um conhecimento da nova realidade física e social de que se revestia o Território. (1) Mais de um milhar de pessoas participou neste encontro, número consideravelmente superior ao do I Encontro, realizado em 1993. O II Encontro das Comunidades Macaenses partiu de uma iniciativa do governo do Território, que contou com apoio da Fundação Oriente, STDM, Leal Senado, Instituto Cultural de Macau, Serviços de Turismo e das Casas de Macau espalhadas pelo mundo.

Membros da Assembleia Municipal (1993-1997) com os macaenses residentes no Canadá

(1) Fotos e texto extraído de «Leal Senado, uma Experiência Municipal (1989-1997)», Leal Senado, 1997, p.72

Em 7 de Agosto de 1898, celebraram os 60 anos de casados, (1) Lourenço Caetano Cortela Marques e sua prima Maria Ana Josefa Cortela Pereira, com uma grande festa a que compareceram muitos amigos e conhecidos tanto de Macau como de Hong Kong; nesse dia celebrava também o Comendador Lourenço Marques o seu 87º aniversário natalício. Um dos sues amigos Demétrio de Araújo e Silva (2) que viera de Hong Kong assistir a essa festa sentiu-se de repente indisposto, vindo a falecer em 21 de Agosto de 1898, vitimado por uma lesão cardíaca, contando 60 anos e 10 meses de vida, em casa do mesmo Comendador, sendo inúteis todos os esforços empregados pelo Lourenço Pereira Marques para o salvar.

Maria Ana Josefa Cortela Pereira veio a falecer em Macau, em 23 de Agosto de 1901, com 76 anos de idade e o Comendador Lourenço Marques faleceu no ano seguinte, a 14 de Dezembro, na sua casa do Largo Luís de Camões.com 91 anos.

 (1) Lourenço Caetano Cortela Marques, (1811-1902) em 7 de Agosto de 1838, precisamente no dia que completava 27 anos de idade, casou com sua prima, Maria Ana Josefa Cortela Pereira, a qual contava apenas 13 anos de idade, pois nascera, em Macau a 21 de Abril de 1825.

Conta-se até que, quando ela teve o primeiro filho, fazia-se mister andar a chamá-la constantemente para dar o peito à criança, pois que ela – pouco menos que criança – se entretinha a brincar no jardim com outras meninas da sua idade.

(2) Demétrio de Araújo e Silva nasceu em Macau em 21 de Outubro de 1837 e era filho de Demétrio de Araújo e Silva, natural de Lisboa, último Administrador da Alfândega Portuguesa em Macau, desde 1838 até 1845, e de Maria Micaela de Rosa Pereira, natural de Macau, casados em S. Lourenço em 31 de Agosto de 1823. Tendo falecido Maria Micaela de Rosa Pereira, em 19 de Junho de 1842, Demétrio de Araújo e Silva  casou, em segunda núpcias, em 19 de Junho de 1842 com Francisca Maria Antónia de Arriaga, nascida em 28 de Outubro de 1812 e falecida em 11 de Dezembro de 1899.

Com a decadência do comércio de Macau, devido ao estabelecimento dos ingleses em Hong Kong e à abertura de alguns portos da China ao comércio estrangeiro, começouo êxodo dos macaenses para vários portos do extremo Oriente, com o fim de angariarem meios de vida. Demétrio de Araújo e Silva (filho) peregrinou por Cantão e Xangai, até que se estabeleceu em Hong Kong em 1877.

Informações recolhidas de TEIXEIRA, P. Manuel – Galeria de Macaenses Ilustres do Século XIX, 1942 p. 180-181

Ver anteriores referências em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/comendador-lourenco-marques/

23-07-1926 – Passagem para Xangai destinada ao Chefe de Esquadra do Comissariado de Polícia Parménio Marques, (1) que ali se desloca para receber, em nome das autoridades portuguesas um preso português, de nome Mendonça acusado de homicídio voluntário” (2)   

(1) Parménio Ocúcio Marques nascido na Sé a 8.3.1890 e falecido na Sé a 1.7.1938. Solteiro, Chefe da P.S.P. Filho de José Maria Marques (1858-1911), Chefe do Serviço Telegráfico de Macau e 2.º sargento do Batalhão Nacional de Macau e de D. Euclídia da Anunciação da Luz . FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Volume II, ‘p. 571

(2) “A.H.M. – F. A. C. P. n.º 595 – S- P” in SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume III, 2015, p. 187.

O Colégio Imaculada Conceição fundado por iniciativa do comendador Albino da Silveira (1) foi inaugurado, em 15 de Março de 1864, sob a direcção das Irmãs do Instituto de S. Paulo de Chartres, discursando nessa ocasião Bernardino de Sena Fernandes, o Governador Coelho do Amaral e o Padre Vitorino de Almeida; em virtude do Decreto de 20 de Setembro de 1870, que excluía do ensino professores estrangeiros, o Colégio fechou em Setembro de 1871, sendo reaberto em 24 de Novembro de 1872, falando nessa ocasião a “sympathica e talentosa jovem Maria José”, (2) o Padre Vitorino de Almeida, o Governador da Colónia, Visconde de S. Januário, e o Governador do Bispado, o Padre António Luís de Carvalho. Os discursos de Maria José Pereira e do Visconde de S. Januário podem ler-se na «Gazeta de Macau e Timor», 1.º anno, n.º 10 de 26 de Setembro de 1872 (3)

O comendador Albino da Silveira, estando em Shanghai, abriu uma subscrição para a fundação de um Colégio feminino em Macau, encarregando-se ele de mandar vir da França as mestras, as Irmâs de Caridade de S. Paulo de Chartres O seu projecto, a requerimento de Bernardino de Sena Fernandes, aprovado por Portaria de 26 de Dezembro de 1863, (4) e autorizada a sua continuação por Portaria de 17 de Março de 1868, (4) o qual o Colégio apenas durou por mais três anos. Em Setembro de 1871, devido ao decreto de 20 de Setembro de 1870 (exclusão do ensino em Macau dos professores estrangeiros), as professoras retiraram-se, encerrando-se o estabelecimento.

(1) Albino da Silveira (Macau 1823- Macau 1902) filho de Francisco Cândido Pereira da Silveira e de Francisca Carlota Pereira da Silveira, naturais de Macau, foi empregado, em Cantão, em casa de Robinnet, negociante de sedas e depois em casa de Jardine, Matheson & CO. Mais tarde foi para Shanghai, em casa de Dent & Co e por fim estabeleceu-se em Hong Kong, onde serviu de guarda-livros da “Union Insurance Society of Canton” recebendo, ao reformar-se uma pensão vitalícia desta Sociedade. O comendador foi em Hong Kong Presidente do Club Lusitano, do Círculo Católico, da Confraria de SSmo Sacramento e da Sociedade de S. Vicente de Paulo por 25 ano Nomeado sócio ordinário, em 1892, da Sociedade de Geografia de Lisboa. A comenda da Conceição foi-lhe atribuída pelo Governo Português em 1893. Era também Cavaleiro de S. Silvestre. Em Shanghai foi vice-consul de vários fundou um jornal português “O Aquilão”, de duração efémera. Faleceu em Macau, na residência do Comendador Lourenço Marques, onde vivia. (3)

A filha do comendador Ana Joaquina da Silveira, estudou no Colégio da Imaculada Conceição até Junho de 1870, quando foi para França para continuar os estudos. Foi uma das primeiras alunas macaenses a ingressar no Instituto da Congregação de S. Paulo, e em 1876, tomou o hábito em Chartres  com o nome de Soeur Basilide Joseph e lá faleceu. (5)

(2) Maria José Pereira, nascida em 18 de Outubro de 1861 é filha de Bartolomeu António Pereira e de Belmira da Encarnação e casou com Leôncio Alfredo Ferreira. (6) Maria José foi aluna distinta do Colégio da Imaculada Conceição 

(3) TEIXEIRA, P. Manuel – Galeria de Macaenses Ilustres do Século XIX, 1942, p. 453

(4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/colegio-da-imaculada-conceicao/

(5)) TEIXEIRA, P. Manuel – A Educaçao em Macau, 1982, p. 315

(6)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/leoncio-alfredo-ferreira/

Aviso publicado na imprensa em 13 de Junho de 1872, para venda de diversos produtos, “vindos ultimamente da Europa” e disponíveis na Rua Central n.º 28

Extraído da gazeta “O Oriente”. I-22 de 13 de Junho de 1872, p. 4

NOTA: Em Hong Kong, a casa leiloeira “Ayres & Co” ficava em “Queen´s Road”, n.º 42 (Central). A empresa era de Miguel Ayres da Silva (leiloeiro) e trabalhavam lá, no ano de 1872: José Maria Guedes jr (leiloeiro); Adelino E. Alemão (escriturário) e Ricardo de Souza (escriturário). No ano de 1873:

«The Chronicle & Directory for China, Japan, & The Philippines…1873», p. 195

Anuário de Macau, 1922

A empresa «Botelho Bros.» foi fundada em Hong Kong por irmãos macaenses:  Braz Joaquim Heitor Botelho (1), o seu irmão mais velho, António Alexandrino Heitor Botelho Jr (2) e o mais novo, Pedro Vicente Heitor Botelho.(3) São filhos de António Alexandrino Heitor Botelho (Macau 21.10.1852 – HK antes de 1920) e de Melânia Joana da Luz Vieira (1854 – HK 23.2.1937) que casaram na Catedral de Hong Kong em 18.4.1874 e tiveram 8 filhos e são netos de Guilherme Sabino Heitor Botelho (Macau 30.12.1823 – Macau 26.3.1868 e de Paulina Francisca Salatwicky Piter (4)

A empresa tinha sede no Alexandra Building em Hong Kong e filiais em Shanghai, São Francisco e Nova Iorque e dedicava-se à importação, exportação e agência de navios, sendo agentes exclusivos da Mala Real Espanhola. Em 1918, a empresa tinha a sede na “Ormsby Villas” (5)

(1) Braz Joaquim Heitor Botelho (HK 26.2.1876 – Macau 6.7.1919, sepultado em Hong Kong) foi o fundador da empresa. Casou em Hong Kong a 3.10.1897 com Francisca Maria Lima Yvanovich.

(2) António Alexandrino Heitor Botelho Jr (HK 11.1.1875 – HK 13.2.1908). Casou com Sara Balbina dos Remédios. A 29.12.1895 em Hong Kong

(3) Pedro Vicente Heitor Botelho (HK 22.7.1879 – Tientsin. China).Foi comerciante em Shanghai e Manila. Depois fixou residência em Hong Kong onde foi presidente do «Club Recreio» em Kowloon. Casou com Maria Christina Rosello (Manila 27.10.1887 – HK em 1988). O 2.º filho deste casal, António Alexandrino Rosello Botelho (nascido em Manila em 1905) foi o fundador das firmas «A. A. R. Botelho & C.ª», «Lanena Shipping Corp.» e da «Botelho Shipping Corp.», todas em Manila.

(4) Segundo Padre Teixeira, terá sido um ascendente desta família “que deu o nome primeiro ao Largo, depois ao Cais e subsequentemente à Calçada do Botelho. Este toponímico é muito antigo, pois já se menciona em 1727. Supomos que lhe foi dado por ali viver Botelho. TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume II, 1997

(5) Lista Oficial dos jurados de 1918 da Colónia de Hong Kong – Braz J. H. Botelho e Pedro V. H. Botelho. https://gwulo.com/jurors-list-1918

NOTA I – Informações biográficas da família Botelho foram recolhidas de: FORJAZ, Jorge – Famílias Macaenses, Vol I, 1996 e https://www.geni.com/people/Guilherme-Botelho/6000000061019194845

NOTA II – Em 1925 ainda existia a empresa nas mãos da família Botelho (sede: Peking Road, 64)  como comprova este anúncio no «Comacrib  Directory of China», 1925

NOTA III – «Transportes Marítimos do Estado» (TME) (ou Comissão Administrativa dos Serviços de Transportes Marítimos) foi uma empresa estatal de navegação portuguesa criada em 1 de Fevereiro de 1916 com a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial, tendo ficado responsável pela manutenção e exploração dos navios confiscados à Alemanha. Foi extinta em 1 de Fevereiro de 1925 após sindicância por gestão danosa da empresa. https://pt.wikipedia.org/wiki/Transportes_Mar%C3%ADtimos_do_Estado