Search results for: "souvenir de macau"

Continuação da publicação das fotografias deste pequeno álbum (1)

“SOUVENIR DE MACAU”

Souvenir de Macau 1910 Um Templo Chinez - Kum Iam I“UM TEMPLO CHINEZ”
Templo de Kun Iam (Kun Iam Tong) 

”Outrora havia um largo, chamado Largo do Pagode de Mong Há. Esse largo ficava em frente do Kum Yam Tong, mais conhecido por Pagode de Mong Há, mas foi quase totalmente absorvido pela Avenida do Coronel Mesquita, pelo que deixou de existir.
Kun Yam Tong ficava na antiga aldeia chamada Mong – Há Tch´un . Esta designação tem sido traduzida de três maneiras: Aldeia do Vestíbulo da Esperança, Aldeia que contempla H´á Mun ou Aldeia que contempla a Casa Grande ou Palácio.
O actual edifício de Kun Yam Tong data de 1627, (2) sendo o templo restaurado durante os reinos de Chia Ching (1796-1821) (3) e de Tong Chih (1862-1875) (4).
Na fachada do 1.º templo há frisos de barro vidrado polícromo.
Dentro, no altar, três budas de madeira dourada – os Sám Pou Fát  (三寶佛) – três Budas Preciosos), isto é: Sek Ka Man Ni Fat – 釋迦牟尼佛 (Saquiamuni) tendo à esquerda O Mi T´ó Fat –阿彌陀佛 (Amitabha) e à direita, Mi Lak Fat –彌勒佛 (Maitreia); ignora-se a época da sua construção.” (5)

Souvenir de Macau 1910 Um Templo Chinez - Kum Iam II“UM TEMPLO CHINEZ”
Templo de Kun Iam (Kun Iam Tong)

Segue-se o 2.º templo, em que se vê o Tch´eong Sau, deus da eternidade, sentado numa flor de lotus.”
O templo de Kun Yam tem em chinês dois nomes Kun Yam T´ong  (pavilhão da deusa da Misericórdia) e P´ou Tchai Sin Sim Yun (Asilo de Beneficência); os bonzos são da seita esotérica.” (5)

NOTA: Anteriores referências a este templo, 觀音堂 – Kun Iam Tong ver em:
      https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/templo-kun-iam/
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/artes/
(2) Os edifícios actuais do templo foram construídos em 1627, facto comprovado por uma laje do pátio onde está escrito, em chinês: “Construído no sétimo mês do sétimo ano do reinado do Imperador Tian Qi”.
(3) Imperador Jiaqing  (Chia ching ) –  嘉慶帝: mandarin pinyin: Jiāqìng Dì; cantonense jyutping: Gaa1 hing3 dai3
(4) Imperador Tongzhi (Tong chih) – 同治帝 –  mandarin pinyin: Tóng zhì Dì; cantonense jyutping: Tung4 ci4 dai3
(5) TEIXEIRA, Padre Manuel – Pagodes de Macau, 1982

寶佛mandarim pinyin: sàn bǎo fó; cantonense jyutping: saam1 bou2 fat1.
釋迦牟尼佛mandarim pinyin:  shì jiā móu ní fó; cantonense jyutping: sik1 gaa1 mau4 nei4 fat1.
阿彌陀佛mandarim pinyin: à mí duò fó; cantonense jyutping: aa2 mei4 to4 fat1.
彌勒佛mandarim pinyin: mí lè fó; cantonense jyutping: mei4 laak6 fat1.

Continuação da publicação das fotografias deste pequeno álbum (1)

“SOUVENIR DE MACAU”

Souvenir de Macau 1910 Guia e o Farol“A MONTANHA DA GUIA E O FAROL” (à esquerda, em primeiro plano, a casa “Silva Mendes”)

“THE GUIA FORT

The Guia Fort is one of the most conspicuous objects in a landscape whore nearly very thing seeins conspicuous. lt crowns the Guia Hill and is approached by a zig-zag path from the Gap. Within its enclosures is an old chapel, containing old graves and opened once a year when a proces sion ascends to it. The lighthouse is also within the walls of this fort, The light is a revolving one going by clock- work, the works being wound up by two convicts, who have a cell for their incarceraton within the fort. The Guia Fort was built in A. D. 1637 and the lighthouse in 1865.There is a small chapel in the Guia Fort the ermida da nossa senhora da Guia, or Neves.”(2)

 O Farol da Guia foi custeada pela comunidade estrangeira de Macau tendo à testa o comerciante H. D. Margesson que tinha a sua firma na Rua Central n.º 17. Construído sob a direcção do governador José Rodrigues Coelho do Amaral, sendo o hábil macaense, Carlos Vicente da Rocha, o autor do engenhoso maquinismo que funcionava com um candeeiro de petróleo e acendeu-se pela primeira vez a 24 de Setembro de 1865. (3)

Souvenir de Macau 1910 Praia da Guia“PRAIA DA GUIA” (em primeiro plano, a rua empedrada que dava acesso ao Hospital Militar Sam Januário)

Ampliação Mapa 1921 -Tellurologie et ClimatologieAmpliação do mapa de 1921, anteriormente publicado (4)
Localização da Praia da Guia (C)
Outros pontos de referência no mapa: n.º 19 – Fortaleza de S. Paulo do Monte; n.º 20 – Jardim de S. Francisco; n.º 21 – Grémio Militar; n.º 22- Quartel de S. Francisco;
n.º 23: Observatório Meteorológico; n.º 24 – Farol/Fortaleza da Guia;
n.º 25: reservatório de água n.º 26: Jardim da Flora;
n.º 27: Quartel e Monumento da Vitória;
n.º 29 – Monumento e Avenida de Vasco da Gama; n.º 30 – Cemitério de S. Miguel;
n.º 31 – Cemitério dos Parses.

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/artes/
(2) BALL, J. Dyer – Macao the Holy City: the gem of the Orient Earth.1905.
(3) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol I, 1997.
(4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/06/01/leitura-tellurolo-gie-et-climatolo-gie-medicales-de-macao/

Continuação da publicação das fotografias deste pequeno álbum (1)

“SOUVENIR DE MACAU”

Souvenir de Macau 1910 jardim Chinez

 “UM JARDIM CHINEZ”

Jaime do Inso escreve sobre este “Jardim Chinez” – o jardim de Lou Lim Ioc (também conhecido por Jardim de Lou Kao):
“Estes jardins, ali para os lados do Campo do Tap Seac, encerram uma vivenda cheia de verdadeiras fantasias orientais, formada por um palacete, pavilhões, lagos com pontes caprichosas, grutas artificiais, cascatas, flores, muitas flores, sendo de admirar como so chineses, com a aparência que nos manifestam tanto as apreciam.
Encontram-se ali recantos de verdura, fechados, discretos, com mesas e bancos, em redor, caramanchões exóticos, cheios de dragões decorativos, quiosques com vidros de cores casinhas misteriosas dispersas pelos cantos, que bem revelam quando Lu Lim Ieoc era um pagão adorador da vida…
E os trabalhos de embelezamento do famoso jardim nunca se acabavam, havia sempre mais uma gruta, uma cascata, uma árvore a dispor, etc, para não fugir à superstição de que, acabada a casa, o dono morrerá.” (2)
E na verdade, com a morte de Lou Lim Ioc, em 1927, o jardim entrou em decadência e os herdeiros (filhos) após a Segunda Guerra Mundial, em 1951,por questões financeiras venderam a extensa área (parte do jardim foi para construções urbanas, outras partes ocupadas pelas escolas Pui Cheng e Leng Nam) restando pouco, residência, pavilhões, lago que foram adquiridos pelo Governo em 1974. Após restauro abriu como jardim público.

Souvenir de Macau 1910 Um aspecto da Gruta de CamõesOUTRO ASPECTO DA GRUTA DE CAMÕES

Escreve Luís G. Gomes no Boletim do Instituto Camões, Vol. VII, n.º3, Outono de 1973:
Situado no Jardim da Gruta de Camões, está instalado em vetusto palacete, um dos raros exemplos de construção arquitectural dos meados do século XVIII, que sobreviveu ao camartelo inexorável do incessante progresso.
Foi dono, tanto deste edifício como do amplo parque que o rodeia, o abastado negociante Manuel Pereira, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real do Conselho de Sua Majestade, Conselheiro da Fazenda, Comendador das Ordens de Cristo e da Senhora da Conceição de Vila Viçosa, um dos fundadores da Casa de Seguros de Macau e seu Vice-Presidente e Tesoureiro. Tendo-se radicado nesta cidade, aqui constituiu família, casando três vezes e aqui faleceu em 10 de Março de 1826, tendo sido sepultado na igreja do extinto Convento, hoje Quartel de S. Francisco” (2)
(1)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/artes/
(2) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol I, 1997

Continuação da publicação das fotografias deste pequeno álbum (1)

“SOUVENIR DE MACAU” 

Souvenir de Macau 1910 Estrada do Hospital MilitarESTRADA DO HOSPITAL MILITAR

 “Military Hospital
From forts it is an easy transition to the Military Hospital of San Janario, which, erected in 1873, is built on a most commanding and healthy site fronting the sea. It is on the slope of the hill, just below the old fort of San Joao and just above the San Francisco Barracks, being one of the first objects that the visitor to Macao sees from the deck of the steamer. It is named after the Viscount S. Januario, a former Governor of the Colony, during whose term of office it was built, the former military hospital being in the old Convent of San Augustino. The site was that of an old gunpowder manufactory. The model for the construction of the building was the Hospital of San Raphael in Belgium.
It cost $38, 500, and covers 75 metres by 34. The building consists of a main body facing the sea with several wings running back from it. In the front are the Entrance Hall, the porter’s Lodge, the Quarters for the Chief Hospital Attendant and his Assistant, and the stairs to the Secretary’s Office in the upper story. In the Northeast part there are apartments for the Physician, the Chaplain, a room containing surgical instruments, the Dispensary, and the ChapeL while in the South-west portion of the building there are Quarters for the Officers, Bath-rooms, and the Linen Stores. The upper storey contains the Committee Room, Secretary’s Office, and the Director’s Office. The wings contain Surgical and other wards for Sergeants and Reserved Ward, Accountant’s Quarters, and a Hall for Surgical Operations, Cells, and Quarters for Military Servants.
The Mortuary, Room for Post Mortem Examinations and Room for the Collection of Soiled Linen are in a separate building some four or five metres distant from the main building and still further distant in the same direction is the Guard House. There is a garden to the South-west for the use of convalescents and there is also a tower for an Observatory. (2)

Souvenir de Macau 1910 Hospital MilitarO HOSPITAL MILITAR

 Tivemos ocasião de observar o inteligente aproveitamento das ruínas da muralha, para consolidar os vastos taludes que limitam a esplanada e as suas estradas que circundam o outeiro. Estes taludes também estão recobertos por uma vegetação própria para dar coesão às terras, e cortados por sulcos convenientemente dispostos para o escoamento das águas, de modo que a perfeição da obra não tem nada a temer da impetuosidade das chuvas. Do alto da esplanada descobre-se uma das vistas mais extensas e formosas de que é possível gozar em Macau” (3)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/category/artes/
(2) BALL, J. Dyer – Macao: the Holy City,  the Gem of the Orient Earth, 1905
(3) Parte do artigo de Henrique Carvalho na Gazetta de Macau e Timor in TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol II, 1997.

Continuação da publicação das fotografias deste pequeno álbum (1)

“SOUVENIR DE MACAU” 
Souvenir de Macau 1910 Estrada da Av Vasco da GamaESTRADA DA AVENIDA VASCO DA GAMA

A área do T´ap Seac (que significa Torre de Pedra a qual deve ter existido nesse local) era uma extensa várzea, que foi saneada quando se abriu a ampla Avenida de Vasco da Gama de 65 m de largura e 500 m de extensão. Esta avenida desapareceu para nela ser construídos o monumento de Vasco da Gama, a Escola Luso-Chinesa Sir Robert Ho Tung, o Hotel Estoril, as Escolas Primárias Municipais, a Escola Infantil e o Comando a Polícia de Segurança Pública.” (2)

Souvenir de Macau 1910 Estrada da FloraESTRADA DA FLORA

Nos Bairros de T´ap Seac, de Sá Kong e de Mong Há, entre a Estrada da Flora, a Estrada Adolfo Loureiro, a Estrada Coelho do Amaral e a povoação, existiam extensas várzeas de 300 mil metros quadrados de área, as quais pelas águas das chuvas represadas pelos agricultores e pelo adubo que nelas se empregava – fezes humanas – constituíam um grande foco de infecção e de paludismo. O governador, José Maria de Sousa Horta e Costa (1894-1897), que era capitão de engenharia, a quem Macau muito deve no campo de sanidade, dedicou-se ao saneamento desses bairros começando pelo de T´ap Seac.” (2)
(1)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/04/29/macau-de-1910-souvenir-de-macau-i/ 
(2) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol I, 1997.

Continuação da publicação das fotografias deste pequeno álbum (1)

“SOUVENIR DE MACAU” 

Souvenir de Macau 1910 Rua de S. Lourenço IRUA DE S. LOURENÇO

(à direita, as escadas para a Igreja de S. Lourenço e o poço que foi entulhado; à esquerda, o Instituto Salesiano)

“ST LAWRENCE
The next largest district in the City is called Bairo de St. Lourenco. This church of San Lourenco, it is stated, may have been rebuilt in A. D. 1618. and within the last few years again as the roof fell in a few years ago. It is a large church, with broad stone steps leading up to it, being on a higher level than the road below. A picture of the saint is behind the high altar with a crown and dove descending from heaven on him. Two madonnas, with swords sticking in their breasts, and other images and altars abound. There are two towers to it: one containing a clock and the other a peel of three bells.” (2)

“A data de 1618 foi dada em primeira mão por Ljungsted mas há um documento de 1576, que diz que S. Lourenço era já igreja paroquial nesse ano e, portanto antes de Filipe II (de Espanha que viria a ser Filipe I em Portugal em 1580) (3)

Souvenir de Macau 1910 Rua de S. Lourenço IIRUA DE S. LOURENÇO
(à esquerda, o muro da Igreja de S. Lourenço e o poço)

A Rua de S. Lourenço começa na Rua da Imprensa Nacional, ao lado da Rua da Prata, contorna a Igreja e a residência paroquial de S. Lourenço e vai terminar na Rua Central ao cimo da Travessa do Paiva.
A Rua de S. Lourenço tomou o seu nome da Igreja de S. Lourenço que ali fica. Os chineses chama-lhe Fong Son T’ ong Kai (Rua da Igreja do Vento Favorável)” (3)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/?s=souvenir+de+macau   
(2) BALL, J. Dyer – Macao: the Holy City,  the Gem of the Orient Earth, 1905.
(3) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol. I, 1997.
Referências anteriores à Igreja de S. Lourenço, ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/igreja-de-s-lourenco/

Continuação da publicação das fotografias deste pequeno álbum (1) (2) (3), com as legendas originais.

“SOUVENIR DE MACAU”

Souvenir de Macau 1910 Um Templo Chinez - BarraUM TEMPLO CHINEZ
(Pagode/Templo de Á Má ou da Barra)

Parece ter sido construído nos princípios da dinastia Ming; a actual estrutura data do reinado de Wan-Li (1573-1621).
Em 1828, os negociantes de Fuquiem e Taicho ofereceram mais de dez mil taéis de prata para a restauração do pagode da Barra.
Jaime do Inso descreve assim o templo da Barra num artigo publicado em 1929: «É este o único ante o qual se erguem os dois mastros ou «Vai-Coni», anunciadores dos pagodes, e encimados, por duas esferas de vidro azul. À entrada, dois leões de pedra, de fera expressão, terríficos e misteriosos, em esgares de ironia e crueldade, como costumam ser estes leões mitológicos dos chineses, guardam, quais sentinelas, as portas do pagode.” (4)

Souvenir de Macau 1910 Pagode da BarraPAGODE DA BARRA 

Seguem-se dois pórticos em pedra, de arquitectura típica e por detraz fica o primeiro santuário, de um deus desconhecido, «San-Fong» – o que sabe tudo em primeira mão – e que talvez por muito frequentado, está pedindo certos cuidados de limpeza a que os crentes não são muito sensíveis” (4)

(1)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/04/29/macau-de-1910-souvenir-de-macau-i/ 
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/05/01/macau-de-1910-souvenir-de-macau-ii/
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/05/02/macau-de-1910-souvenir-de-macau-iii/
(4) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Vol. I, 1997.

Continuação da publicação das fotografias deste pequeno álbum (1) (2)

“SOUVENIR DE MACAU”

com as legendas originais, nenhuma das duas, “bem legendadas”

Souvenir de Macau 1910 Um aspecto da Gruta de CamõesUM ASPECTO DA GRUTA DE CAMÕES
(entrada do jardim, «Casa Gardens»)

“It is situated in the Casa Gardens which are entered by a gateway in the corner of the Plaza de Camoens. On entering, a small garden is seen in front of a large house; but hearing off to the right instead of going to the house and descending some steps one enters a large garden with many broad paths leading in different directions under umbrageous trees, while many ferns grow in the rocks, great masses of which are piled about in certain parts in nature’s wild confusion. The garden until recently was private property but a few years sime the Portuguese Government bought it from its owner for $35,000. Since its purchase a hand-stand has been erected and a fountain put up, the paths ivoemented (though they still retain their slipperyness as in other days) and ornamental walks and vases and borders made at certain places of little cubes or chips of white and red stone which have a somewhat bright and pleasing effect. 

Souvenir de Macau 1910 Praça de CamõesPRAÇA DE CAMÕES
(interior do jardim de Camões)

Fortunately the Government has had the good taste not to carry this ornamentation to too great an extent and many parts of the garden are delicious in their wild condition. In one on two places, especially in one corner of the garden, gigantic boulders are piled one on the top of the other and a banian is perched on the topmost, while it sends its roots down in a perfect network over the masses of rocks on their way to mother earth, for the sustenance which the unique position of the tree prevents it from absorbing otherwise.
On one of the mass of rocks thrown together in wild confusion was a small terrace where one might sit and view the landscape o’er. A flight of steps led up to it; but it has now been removed. A circular building with a slit through its roof at one side of the garden overlooking Inner Harbour will also attract attention. It was built for Laperouse and in it the scientific officers of his squadron, the Astrolabe and Boussole, made astronomical observations during the stay of those vessels in the Taipa in January 1787.” (3)

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/04/29/macau-de-1910-souvenir-de-macau-i/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/05/01/macau-de-1910-souvenir-de-macau-ii/
(3) BALL, J. Dyer – Macao: the Holy City,  the Gem of the Orient Earth, 1905

Continuação da publicação das fotografias deste pequeno álbum (1)

“SOUVENIR DE MACAU” 

Souvenir de Macau 1910 Praia GrandePRAIA GRANDE

“One of the most enchanting scenes in Macao is that of this beautiful bay, quiet and graceful sweep of sea wall and rows of houses rising up the gentle slopes and the ancient forts and modern public buildings dotted here and there, while behind all rise the Mountains of Lappa and to the right those beyond the Barrier. All descriptions are imperfect; some fail from an attempt to liken this beautiful little gem with another world-renowned spot, the Bay of Naples.” (2)

Souvenir de Macau 1910 Palácio das RepartiçõesO PALÁCIO DAS REPARTIÇÕES

“About the centre of the Praya Grande is situated the building now occupied as Government Offices. It is one of the finest and largest buildings on the Praya Grande; and was for many years the residence of the Governors. Sr. Roza transferred his gubernatorial dwelling to the fine Cercal Palace, further along, which is now the Government House of Macao; and the Judicial Department and that of the Junta de Tazenda were moved into the former head-quarters of the Governor. As sufficient space room for the department of the Procurator of Chinese Affairs was found in this same building, it was moved from its old office, a house belonging to the old convent of Santa Clara.” (2)

 Souvenir de Macau 1910 Palácio do GovernoO PALÁCIO DO GOVERNO

“The Governor’s town residence is on the Praya Grande and is a fine building. One of the most striking features about the public buildings in Macao is the clean state in which they are kept, affording often a striking contrast to those in Hongkong: it is a pleasure to the eye to rest on the former. The Chinese even note the difference and animadvert on those in Hongkong. This building was bought from the Baron do Cercal” (2)
(1)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/2015/04/29/macau-de-1910-souvenir-de-macau-i/ 
(2) BALL, J. Dyer – Macao: the Holy City,  the Gem of the Orient Earth, 1905.

Souvenir de Macau 1910 CAPAPequeno álbum de fotografias de J. Arnold (dimensões da capa: 18,5 cm x 12,5 cm; 25 folhas), contendo 24 fotografias de Macau (dimensões: 14,5 cm x 9 cm), da década de 10 do século XX, com legendas em português.

Souvenir de Macau 1910 1.ª páginaFoi publicado em 1921 pela gráfica “HOOD & Co. LTD., Engravers and Printers, MIDDLESBROUGH, ENGLAND”

Souvenir de Macau 1910 Panorama de MacauPANORAMA DE MACAU

 Muitas das fotografias deste álbum são já conhecidas pois foram reproduzidas em muitas publicações quer em revistas/jornais quer em livros.
NOTA: John Arnold é autor de A Handbook to Canton, Macao and the West River, revised and re-witten (Hong Kong: Hong Kong, Canton and Macao Steamboat Co., Ltd, etc, 1910) e de A Day in Macao wiih a Camera, Scenery on the West River com fotos tiradas em Fevereiro de 1910.
Muito possivelmente foram tiradas, como em Hong Kong, com uma camera construída por Messes J. A. Sinclair & Co. Ltd, London.
É autor de dois livros com fotografias de Hong Kong que podem ser vistos em:
“Through Hong Kong with a camera : some photographs of picturesque scenery and other views in Hong Kong”, by J. Arnold. Middlesbrough, England,Hood & Co., 1910.
http://ebooks.lib.hku.hk/archive/files/3c66345ba7948c688d9289f7c42d0b58.pdf
“Picturesque Hong Kong: a handbook for travellers / illustrated with original and copyrighted photographs by J. Arnold.” Hong Kong,  Tillotson & Sons, 1911.
http://ebook.lib.hku.hk/CADAL/B38633735.pdf
No “website” do Arquivo Histórico de Macau, (1), acerca destas fotografias, encontramos oito delas, com esta explicação:
UM DIA EM MACAU COM MÁQUINA FOTOGRÁFICA
Este pequeno livro da biblioteca de Luís Gonzaga Gomes revela-nos, através da lente de um fotógrafo, a Macau de 1910. Imagens de há cem anos que nos fazem recuar a um Macau pacato, de vias quase desérticas e de um céu límpido: a marginal da Praia Grande; o descarregar do peixe nos portos interior e exterior; a Avenida Vasco da Gama ladeada de árvores, e a Estrada da Bela Vista, ambas desertas; as serenas Ruínas de S. Paulo, os tranquilos Templo de A-Ma e Jardim de Camões. Macau, tal como era antes do desenvolvimento e prosperidade que trariam mais tráfico e turistas à cidade.
Das 8 fotos digitalizadas pelo Arquivo Histórico, as seis primeiras (legendadas em inglês) estão presentes neste meu pequeno álbum, embora as legendas dos lugares, em português, não coincidam com as legendas inglesas.

Souvenir de Macau 1910 Praya Grande “Praya Grande”

 “A view of Macao from the sea is exquisitely fine. The semicircular appearance of the shore, which is unencumbered and unbroken by wharfs or piers [there are one or two small landing places projecting] and upon which the surge in continually breaking and receding in waves of foam, whereon the sun glitters in thousands of sparling beams, presents a scene of incomparable beauty. The Parade [Praia Grande] which is faced with an embankment of stone, fronts the sea and is about half a mile in length. A row of houses of a large description extends along its length, Home are coloured pink, some pale yellow and others whit.e The houses, with their large windows extending to the ground with curtains,  convey an idea to the visitor that he has entered a European rather than an Asiatic seaport. ” (Macao: the Holy City,  the Gem of the Orient Earth, by J. Dyer Ball, 1905).

Souvenir de Macau 1910 Entrance to the Barra Temple“Entrance to the Barra Temple”

“The temple near the inner harbour is remarkable for its situation. A mass of gigantic boulders are heaped together by Nature in chaotic confusion and at their feet are the main buildings of the temple while stone steps lead up amongst the masses of the rock, amidst which here and there, are perched different buildings and shrines. Inscriptions are cut in the rocks, and stone seats are placed on the little terraces, which occupy every coin of advantage, grudgingly granted by the great granite boulders.” (Macao: the Holy City,  the Gem of the Orient Earth, by J. Dyer Ball, 1905.)

Souvenir de Macau 1910 Inner Harbour“Fishing Fleet Inner Harbour”

“Unfortunately the outer Harbour on which the Praya Grande faces is shallow and any large vessels which may call at Macao have to lie some miles from the shore in the offing. The Inner Harbour lying between the Peninsula and the Island of Lappa affords a secure harbour, but, unfortunately it has been silting up with mud for many years past. Of late years, however, a dredger has improved matters. The Praya on the Inner Harbour presents a great contrast to the other Praya for whereas quiet reigns on the seaward one, the inland one is all bustle; rows of Chinese vessels are anchored off the shore and boats and sampans line the banks on which coolies are busy loading or unloading cargo to carry into the stores, shops, and wholesale Chinese merchants’ places of business on this Menduia Praya or into the back streets.” (Macao: the Holy City,  the Gem of the Orient Earth, by J. Dyer Ball, 1905)

Souvenir de Macau 1910 Ruin S. Paulo Cathedral “Ruin of San Paulo Cathedral”

 Descrição do frontispício da antiga catedral de S. Paulo por J.. Dyer Ball, ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/27/pintura-de-macau-de-1831-1832-vi-ruinas-de-s-paulo/

Souvenir de Macau 1910 Villa Leitão View from Road Below the Guia Lighthouse

 Esta foto é conhecida por apresentar a Villa ou Chácara Leitao (2) que ficava à beira mar no Porto Exterior, na encosta onde hoje está o Cemitério dos Parses e o começo da antiga Estrada de Solidão (desde 1869, Estrada de Cacilhas), que torneia a fortaleza da Guia pelo lado do mar. Termina na antiga praia de Cacilhas.
Curiosamente a legenda em português, está “Estrada da Bella Vista” (levando por isso certos autores a atribuírem esta foto, à actual Avenida da República na zona do Hotel Bela/Boa Vista) mas a Estrada com esse nome existe, não no sítio da foto mas na estrada que circunda a Montanha Russa junto à Estrada de D. Maria II portanto perto da antiga praia de Cacilhas (hoje reservatório) e da Colina D. Maria II:
“Tem este nome Macau Seac (Má-Káu-Seak 馬交石)(3),a via pública designada actualmente por Avenida do Almirante Magalhães Correia, via esta que começa na Estrada da Areia Preta  e termina na Rua dos Pescadores. Teve também a mesma designação, em época anterior, uma via pública que começava na Estrada da Bela Vista e terminava na Estrada de D. Maria II”. (4)
Em 1858, Osmund Cleverly comprou uma propriedade chamada «Jardim do Carneiro» e também «Bela Vista», fora das muralhas da cidade para o novo Cemitério Protestante, que fica na Estrada de Ferreira do Amaral” (4)

Souvenir de Macau 1910 Avenida Vasco da GamaEntrance to the Avenida Vasco da Gama.

 Creio que o a legenda correcta é “Rua do Campo” pois esta estava ladeada de árvores e casas já no ano de 1910.
Recorda-se que na entrada da Avenida «Vasco da Gama», em 1911 (31 de Janeiro) foi inaugurado o busto de Vasco da Gama e ainda nesse ano de 1911 existia um Coreto. A abertura de novas ruas através da propriedade denominada «San Fá Un», Jardim de Vasco da Gama foi só em 1928. (5)
As duas últimas fotos do Arquivo, legendadas como “ Scenes on the quays, inner harbour”, não constam deste meu álbum.Souvenir de Macau 1910 Scenes of Inner Harbour(1)  http://www.archives.gov.mo/pt/featured/detail.aspx?id=15
(2) Ver em https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/chacara-leitao/
(3)  https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/rua-de-ma-kau-seak/
(4) TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau Volume I
(5) “31-03-1928 – Expropriação de vários prédios e faixas de terreno para alargamento das ruas Central e Entena, e para a abertura de novas ruas através da propriedade denominada «San Fá Un» (Jardim de Vasco da Gama)”
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4.

ACTUALIZAÇÃO EM 15-03-2016: o nome do autor estava errado, por isso corrijo-o hoje. J. Arnold é John Arnold. Peço desculpas a todos pelo erro. Ao João Botas, muito obrigado por me ter alertado para esse facto.