Jaime do Inso que o conheceu e era seu amigo escreveu na sua obra “Visões da China”, pp. 91-95 (1)
“Lu Lim Yoc (2) teve uma curta doença da qual veio a falecer no dia 15 de Julho de 1927, em que lhe tivessem sido presados os socorros médicos devidos, porque a família se opôs à intervenção da nossa medicina. «Os mestres» chinas aplicaram-lhe um galo acabado de matar e esquartejado sobre o peito, que evidentemente, não produziu o efeito desejado, além de outras mezinhas a que cada uma das mulheres presentes ia recorrendo tentando ainda dar-lhe vinho com ópio, ao que, porém houve quem se opusesse.»
O corpo foi vestido com sete riquíssimas cabaias, enfaixado numa peça de seda e coberto com colchas de seda vermelha, dobradas. Mais tarde, queimaram-se umas ricas cabaias de seda para que o morto as pudesse vestir no outro mundo. O funeral (3) imponentíssimo realizou-se a 31 de Julho. O cadáver, depois de percorrer várias ruas de Macau, voltou à casa, entrando por uma porta escura, onde foi depositado no pavilhão Ch´on-T´sou -T´ong do seu jardim U-Un. Mais tarde foram os restos mortais transladados para Cantão, sendo sepultados na encosta da colina Pak San.” (4)
(1) in TEIXEIRA, P. Manuel – Toponímia de Macau, Volume II, pp.457-459
(2) Lu Lim Yeok (Lou Lim Ioc) 盧廉若, filho de Lu Cao, nasceu em Macau em 1878 e como o pai foi condecorado pelo Governo Português a 13 de Abril de 1925 com o grau de comendador da Ordem de Cristo, «pelos mais relevantes serviços prestados ao Pais e à Humanidade»
(4 Está enterrado em Shiqing long gang, Templo Shuangxi, Montanha Baiyun, Guangzhou. (https://www.inmediahk.net/node/1075167 )