Um poema da Professora Graciete Batalha, em “Língu Maquista” sobre o progressivo desaparecimento das lorchas nas águas de Macau, em finais da década de 80.
Ai mar di Macau sem Vela!
Onde foi teu velejá?
Qui saiã vela tam bela,
Cor di azul, rosa, amarela,
Deitando a sombra na mar! …
Hoje tancá nã qué vela,
Pressa, pressa, as lorchas nua …
Antigo passa tambela,
Em frente di eu-sa janela
As vela, em noite di lua ! …
Hoje nem lua nem estrela,
Nem sol vê elas passa …
Onde qui Macau é ela
Sem boniteza di vela
Sem borboleta na mar? …
Gracieta Batalha (1)
Anteriores referências à Professora Graciete Batalha em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/graciete-batalha/
(1) Da Sampana ao Jactoplanador, Da Cadeirinha ao Automóvel. Correios e Telecomunicações de Macau, 1990, 114 p.