ANÚNCIO de 1922 ANIMATÓGRAFO MACAUUm dos primeiros anúncios do “ANIMATÓGRAFO MACAU”  que começou em 1922.
O mais confortável salão cinematografico“, na Rua do Hospital (1) e pertencia ao empresário Filipe Hung
A 1.ª classe custava 20 avos (1.ª sessão) e 30 avos (2.ª sessão)
A 2.ª classe custava 10 avos (1.ª sessão e 2.ª sessão )
Para os “Praças sem graduação e crianças“: 20 avos só para a 2.ª sessão
Não sei em que mês foi a inauguração do “Animatógrafo Macau” mas há referência que em Maio desse ano, exibiu-se aí uma fita sobre Macau, destinada à Exposição do Rio de Janeiro. Apesar de algumas passagens escuras, era muito interessante e foi inteiramente feita por um amador, Sr. Antunes Amor (2).
Embora desde 1915  se passavam filmes no Teatro «D. Pedro V» (não regularmente) (3) e nos teatros então existentes em 1922 – o “Cheng Peng” construído em  1875, mas somente a partir de 1915 foi-lhe passada licença para exibições cinematográficas,  o “Teatro Vitória”  desde 1910 na Rua da Cadeia ( hoje Rua Dr. Soares)  (4) e o chamado “Cinematógrafo Chip Seng” (5) no Largo da Caldeira em 1912 (uma barraca onde se exibia fitas cinematográficas ), o primeiro cinema de Macau instalado para esse fim terá sido o “Teatro Yo Duo“, em 1921.(6)
(1) Em 22-04-1942 a Rua do Hospital passou a designar-se por Rua de Pedro Nolasco da Silva
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/rua-pedro-nolasco-da-silvarua-do-hospital
(2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4,, 1997)
Ver também em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/04/19/leitura-macau-a-cidade-mais-pitoresca-do-nosso-dominio-ultramari-no-i/
(3) “Esta empresa cinematográfica, instalada no edifício do Teatro Dom Pedro V desta cidade, tem, sem exagero, procurado meios para agradar ao público, com ricos dramas e variadíssimas fitas cómicas, belas ventoinhas e toda a espécie de acomodações; ultimamente, contratou um trio que diariamente executará variado e escolhido reportório”. Do programa deste cinema, constavam matinés especialmente dirigidas às crianças, todas as quintas-feiras e aos domingos, das 16h00 às 18h00, com filmes apropriados. Os preços variavam entre os dez e os 40 avos, dependendo se fosse um bilhete para a galeria e plateia, para a plateia 1.ª classe ou plateia 2.ª classe. Crianças e soldados pagavam apenas metade do preço de um bilhete normal”. (Jornal «O Progresso» de 13 de Setembro de 1914)
http://www.revistamacau.com/2015/02/09/os-loucos-anos-do-cinema/
(4) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2011/12/28/cinemas-de-macau-i/
(5) O escritor Senna Fernandes além de mencionar o “Cinematógrafo Chip Seng” nomeia outro com o nome de “Olympia”, na Rua do Hospital. Será o mesmo “Animatógrafo Macau” ?
 “o mais remoto cinematógrafo da altura era o Chip Seng, na Rua da Caldeira, com bilhetes cujos preços variavam entre os oito e os 35 avos (de pataca), dependendo do assento. Havia também o Tin Lin, no Largo de Hong Kong Mio, com preços entre os dez e os 50 avos. Entre os outros, contava-se também o Olympia, na Rua do Hospital (hoje, Rua Pedro Nolasco da Silva). Seja como for, eram apenas “sórdidos barracões, nada convidativos para os tai-pans (indivíduos ilustres) e os elegantes da época”.
http://www.revistamacau.com/2015/02/09/os-loucos-anos-do-cinema/
(6) “1921Neste ano foi instalado o primeiro cinema de Macau no Teatro «YO DUO». Estava-se no tempo do cinema mudo. Ao lado da pantalha sentava-se um indivíduo que, inspirado nos gestos dos actores principais, narrava vivamente uma história. Os lugares em frente da pantalha eram caros mas por detrás, onde as imagens apareciam do avesso, eram bastante acessíveis. Deve dizer-se que mesmo sem equipamento adequado, já se passavam filmes desde 1915 no Teatro «D. Pedro V» do Clube de Macau.”  (SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 4, 1997).