Esteve em Macau, no mês de Fevereiro, de 1952, o aviso de 1.ª classe “Afonso de Albuquerque”, (1) em viagem de soberania e instrução de um curso de vinte e um guarda-marinhas. O Comandante Galeão Roma, os oficiais e guarda marinhas foram homenageados com várias festas. (2)
O N. R. P. “Afonso de Albuquerque” no Porto Interior
Um aspecto do jantar no Palácio da Praia Grande
Um aspecto do Baile no Palácio
O Governador e o comandante Galeão Roma num grupo de membros da comunidade chinesa (à direita do Governador, Hó Yin)
A decoração da mesa da ceia
O Governador, e esposa e o Comandante Galeão Roma no “Cocktail Party“, oferecido pelo Comandante Militar no Hotel Riviera
O Comandante Galeão Roma falando no almoço de despedida a bordo do navio do seu comando
O Governador fazendo o seu brinde a bordo do “Afonso de Albuquerque”
(1) O aviso “Afonso de Albuquerque” foi um navio da Marinha Portuguesa, afundado em combate a Invasão de Goa em Dezembro de 1961 pelos navios da União Indiana (3)
O navio foi o primeiro dos avisos de 1ª classe da classe Bartolomeu Dias, construídos para a Marinha Portuguesa, em Newcastle pela firma Hawthorn, Leslie & Comp. Lançado à água em 28-5-1934 e aumentado ao efectivo dos navios da Armada em 31-1-1935, Saiu para Lisboa em companhia do submersível “Espadarte” tendo os dois novos navios entrado no Tejo pela primeira vez em 7-3-1935, sendo escoltados desde Cascais por 22 navios que, em festivo ambiente, os aguardavam.
Como aviso colonial a sua função principal era a defesa da soberania de Portugal no seu Império Ultramarino. Nessa função, o navio estava sobretudo, vocacionado para apoiar desembarques anfíbios e a acção de tropas em terra.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o Afonso de Albuquerque foi equiparado a uma fragata, recebendo o número “F470”. O navio passou a maioria da sua carreira em serviço nos oceanos Índico e no Pacífico.
Em 1945, cumpriu uma comissão de dois anos no Extremo-Oriente, durante a qual apoiou a reocupação de Timor após a capitulação japonesa. Em 29-11-1951, largou para uma viagem à Índia, Extremo-Oriente e Moçambique. Em 1952 fez uma comissão idêntica à anterior. Em 1954 saiu para uma comissão na Índia tendo sido incorporado nas Forças Navais do Estado da Índia. Após cerca de 2 anos e meio de permanência nas águas do Estado da Índia, regressou a Lisboa em 1958, entrando em reparações que decorreram até Março de 1960.
Em 18-3-1960 iniciou uma viagem de circum-navegação de Ocidente para Oriente, integrada nas Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique, na qual embarcaram os 48 cadetes do curso “D. Lourenço de Almeida” da Escola Naval. O navio chegou a Mormugão em 16-7-1960, tendo rendido o N.R.P. “Bartolomeu Dias” que se encontrava em comissão e que regressou a Lisboa depois de embarcar os cadetes em viagem. (4)
Posteriormente houve outro navio com o mesmo nome:
AFONSO DE ALBUQUERQUE A 526 ex. Dalrimple, ex. Luce Bay
“Transformado a partir de uma fragata da classe Bay, este navio foi adquirido por subscrição Nacional a fim de substituir o aviso com o mesmo nome perdido na Índia. Havia sido construído por William Pikergill & Sons na Inglaterra. Tinha servido na Royal Navy entre 1949 e 1966. Foi abatido ao efectivo da Armada em 1983, sendo mais tarde afundado em exercícios ao largo da costa.”
https://pt.wikipedia.org/wiki/NRP_Afonso_de_Albuquerque
http://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=2621.0
(2) Fotos retirados de MOSAICO, 1952.
(3) PORTARIA 19262 de 7 de Julho de 1962 – MINISTÉRIO DA MARINHA
“Manda abater ao efectivo dos navios da Armada o aviso de 1.ª classe Afonso de Albuquerque e as lanchas de fiscalização Vega e Sirius”.
(4) Sobre esta viagem de circum-navegação, ver em:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/06/29/a-viagem-de-circum-navegacao-do-curso-d-lourenco-de-almeida-passagem-por-macau/
Características do Aviso Afonso de Albuquerque (1935)
Deslocamento máximo_____________________ 2473 ton.
Deslocamento standard_____________________1811 ton.
DIMENSÕES:
Comprimento de fora a fora_______________103,2 metros
Boca ___________________________________13,3 metros
Calado máximo ____________________________3,7 metros
Velocidade máxima _________________________ 21 nós
Velocidade de cruzeiro _______________________ 10 nós
Autonomia à velocidade de cruzeiro __________ 12.000 milhas
ARMAMENTO: 4 peças “Vickers-Armstrong” de 120 mm ; 2 peças de 76.2 mm; 4 peças de 40 mm; 8 de 20 mm; 4 morteiros lança bombas “Thornycroft” ; 2 calhas lança-bombas de profundidade e 40 minas.
PROPULSÃO: 2 turbinas a vapor de 8 000 h.p. – 2 veios = 21 nós.
AUTONOMIA: 8 000 milhas a 10 nós.
SENSORES: 1 radar de navegação ; ASDIC
GUARNIÇÃO: 215 homens (13 oficiais, 21 sargentos e 181 praças)
http://www.guerracolonial.org/specific/guerra_colonial/uploaded/graficos/naviosfichas/navios.swf
http://www.navypedia.org/ships/portugal/pr_es_alfonso_de_albuquerque.htm
Anteriores referências ao Afonso de Albuquerque
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/aviso-afonso-de-albuquerque/