O “semanário de propaganda e defeza das colonias“, a «Gazeta das Colonias», n.º 9 de 9 de Outubro de 1924 apresentava no frontispício como “Monumentos Coloniais”,
MACAU – A PORTA DO CERCO
“No limite norte da península de Macau e ligando-se à ilha de Heon-chan, existe uma istmo obra de quinhentos e quarenta metros de comprido, no fim do qual se levantava destes uma muralha chamada de Limite ou do Cêrco, onde se abriu a chamada Porta do Cêrco.
Esta muralha, construída por ordem do imperador, em 1573, constituía o limite imposto aos portugueses que em 1557 tinham ido estabelecer-se em Macau.
Guardada por soldados chineses, a Porta do Cêrco apenas se abria para dar entrada aos agentes do mandarim que iam a Macau, sendo absolutamente vedado aos portugueses, o ultrapassa-la. Com o decorrer dos tempos porem, forma caindo tais rigores e por ultimo já aporta deixava de se fechar, tendo muitos vendedores chineses passado a viver em Macau…(…)
… Em 1870, sendo o Governador o Contra Almirante Sergio de Sousa, foi levantado ao local onde se achava a antiga Porta do Cêrco, o portico que está representado na capa deste numero.
Nesse portico, além das datas do barbaro assassinato e da vitoria obtida pelos portugueses, lê-se a inscrição:
«A Patria honrai que a Patria vos comtempla»